1. O trabalho docente: elementos
para uma teoria da docência como
profissão de interações humanas
Maurice TARDIF e Claude LESSARD
Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes, 2005.
2. Docência = compreendida como uma atividade
em que o trabalhador se dedica ao seu
"objeto" de trabalho, que é justamente um
outro ser humano, no modo fundamental da
interação humana.
Abordagem da docência como um trabalho
interativo
3. O trabalho docente hoje: elementos para um
quadro de análise
• Representações que se tem do Ensino:
Ensino = é visto como uma ocupação secundária ou
periférica em relação ao trabalho material e produtivo.
Docência e seus agentes = ficam subordinados à esfera
da produção
sua missão primeira é preparar os
filhos dos trabalhadores para o mercado de trabalho manutenção e desenvolvimento do capitalismo agentes de reprodução sociocultural.
O tempo de aprender não tem valor por si mesmo = é
uma preparação para o trabalho produtivo.
4. Qual é o lugar da docência e qual o significado do
trabalho dos professores em relação a esses
postulados e ao ethos (usos e costumes de um grupo)
que eles impõem?
Longe de ser uma ocupação secundária ou
periférica em relação à hegemonia do trabalho
material, o trabalho docente constitui uma das
chaves para a compreensão das transformações
atuais das sociedades do trabalho.
Todos os profissionais devem necessariamente ser
instruídos antes de ser o que são e para poderem
fazer o que fazem
5. Quatro constatações dessa tese:
Primeira constatação: há cinquenta anos, a categoria
dos trabalhadores produtores de bens materiais está
em queda livre em todas as sociedades modernas
avançadas.
Segunda constatação: na sociedade dos serviços,
grupos de profissionais, cientistas e técnicos ocupam
progressivamente posições importantes e
dominantes em relação aos produtores de bens
materiais = sociedade da informação ou do
conhecimento
Adaptada a uma nova economia, estaria surgindo
progressivamente a "sociedade cognitiva" .
6. Terceira constatação: o crescimento das profissões
está ligado ao crescimento dos conhecimentos
formais, das informações abstratas e das tecnologias,
que exigem uma formação longa e de alto nível.
Quarta constatação: crescente status de que gozam os
ofícios e profissões que têm seres humanos como
"objeto de trabalho".
Estas ocupações se referem ao trabalho interativo
= relação entre um trabalhador e um ser humano
que se utiliza de seus serviços.
7. Qual o lugar da docência entre essas
transformações?
• Estudo da docência = análise do trabalho dos
professores e do trabalho escolar.
1.A escola e o ensino têm sido historicamente invadidos
por modelos de gestão e de execução do trabalho
oriundos diretamente do contexto industrial e de
outras organizações econômicas hegemônicas =
controle burocrático, tarefas e conteúdos prescritivos,
controle do tempo (horas/aula)
2. Impossível compreender o que os professores
realmente fazem sem elucidar os modelos de gestão e
de realização de seu trabalho = modelos heterogêneos
ou contraditórios orientando a organização do seu
trabalho na escola.
8. 3. Necessário ligar a profissionalização do ensino ao
trabalho docente = profissional docente – possui
autoridade sobre a execução de tarefas e
conhecimentos para sua realização.
• Ensinar é trabalhar com seres humanos, sobre seres
humanos, para seres humanos.
• A docência é um trabalho cujo objeto não é
constituído de matéria inerte ou de símbolos
(números, conceitos, palavras), mas de relações
humanas com pessoas capazes de iniciativa e
dotados de capacidade de resistir ou de participar da
ação dos professores.
9. Como analisar o trabalho dos professores?
• Como qualquer trabalho humano.
• A docência carrega um peso de normatividade, de saberes,
técnicas, objetivos, um objeto, resultados, um processo...
• Primeiro passo para analisar o trabalho dos professores:
fazer uma crítica as visões normativas e moralizantes da
docência = se interessam pelo que os professores
deveriam ou não fazer, deixando de lado o que eles
realmente são e fazem
Durante muito tempo, ensinar foi sinônimo de obedecer e
de fazer obedecer
Como superar os pontos de vista moralizantes e normativos
sobre a docência?
• Privilegiando mais o estudo do que os docentes fazem e
não tanto prescrições a respeito do que deveriam ou não
fazer.
10. • Existem diferentes maneiras de descrever e
compreender o trabalho docente:
• Docência como trabalho codificado = atividades
regidas por procedimentos metódicos.
• Docência como trabalho flexível = comporta
diversos elementos "informais", indeterminados,
incertezas, imprevistos.
Qual das duas imagens de docência é válida?
• O trabalho dos professores possui aspectos
formais e informais.
• Trata-se ao mesmo tempo de um trabalho
flexível e codificado, controlado e autônomo =
trabalho heterogêneo
11. Nunca se pode controlar perfeitamente uma
classe na medida em que a interação em
andamento com os alunos é portadora de
acontecimentos e intenções que surgem da
atividade dela mesma.
12. • O trabalho docente pode ser analisado, como
todo trabalho humano socializado, em função de
3 dimensões:
• Trabalho como atividade = ensinar é agir na
classe e na escola em função da aprendizagem e
da socialização dos alunos, atuando sobre sua
capacidade de aprender, para educá-los com a
ajuda de programas, métodos, livros, normas etc.
• Trabalho como status = remete à questão da
identidade do professor tanto na escola quanto
na organização social
• Trabalho docente como experiência = professor
experiente para saber lidar com as situações de
sala de aula e quanto suas competências
profissionais.
13. A escola como organização do trabalho
docente
• A docência se realiza numa escola = lugar
organizado, espacial e socialmente separado dos
outros espaços da vida social cotidiana.
• A escola possui características organizacionais e sociais
que influenciam o trabalho dos agentes escolares :
a) Como lugar de trabalho = ela não é apenas um espaço
físico, mas também um espaço social que define como
o trabalho dos professores é repartido e realizado,
como é planejado, supervisionado, remunerado e visto
por outros.
b) Esse lugar também é produto de convenções sociais e
históricas que se traduzem em rotinas organizacionais
relativamente estáveis através do tempo.
14. c) Os objetivos do trabalho da escola são
simbólicos e materialmente intangíveis = tratam
de concepções socioculturais da criança, do
adolescente e do adulto = como eles devem ser,
fazer e saber enquanto membros educados
(socializados e moralizados) e instruídos de uma
determinada sociedade.
d) Necessário considerar outras categorias de
funcionários = sua relação entre si e com os
professores.
e) Levar em conta o surgimento das estruturas
burocráticas e de instâncias ou poderes internos
e externos à escola que, de um modo ou de
outro, controlam o trabalho docente ou
interferem sobre ele.
15. Fins gerais e ambiciosos
= promover uma nova
ética social, formar
cidadãos esclarecidos,
melhorar o destino das
classes trabalhadoras
Fins heterogêneos e
contraditórios =
assegurar o bem estar de
todos e garantir o
respeito às diferenças,
favorecer o sucesso da
maioria dos alunos,
valorizando, ao mesmo
tempo, os alunos mais
dotados, funcionar
segundo o princípio da
igualdade, mas estimula
a competição.
16. Século XX
entrada massiva de alunos na organização escolar
necessidade do sistema escolar oferecer serviços cada
vez mais diversificados a uma clientela cada vez mais
diferenciada
escolas maiores e necessidade de grande
investimento financeiro e mão-de-obra nas escolas
aumento do número de professores e de problemas
de coordenação do aparelho escolar
entrada de especialistas no sistema educativo
(pedagogos, psicólogos, avaliadores)
ambiente escolar dinâmico e maleável no plano
organizacional
relações marcadas por colaborações recíprocas e por
conflitos e negociações sobre a própria intervenção e
sobre a gestão do trabalho escolar
17. Da classe ao sistema escolar
• Ensinar é trabalhar em um ambiente
organizacional fortemente controlado,
saturado de normas e regras e, ao mesmo
tempo, agir em função de uma autonomia
importante e necessária (na sala de aula) para
a realização dos objetivos da própria escola.
• Professor = posição de “executante
autônomo” dentro da organização escolar
18. A carga de trabalho dos professores - fatores a
considerar:
1. Carga de trabalho
• local de trabalho e recursos materiais disponíveis ou
não;
• localização da escola, situação socioeconômica dos
alunos, violência;
• tamanho das turmas, diversidade da clientela,
presença de alunos com necessidades especiais etc.;
• tempo de trabalho, número de matérias a dar, vínculo
empregatício, outras tarefas além do ensino – tutoria,
supervisão;
• observância do horário, avaliação dos alunos,
atendimento aos pais, reuniões;
• tempo de profissão, experiência, dupla jornada das
professoras – escola e casa
19. 2. Componentes da tarefa dos professores
• Aulas em classe com presença de alunos
• Tarefas diversificadas – recuperação,
atividades paraescolares, tutoria, conselheiro
pedagógico, supervisor de estágios etc.
• Tarefas escolares fora das horas normais de
trabalho = preparação das aulas, deveres de
casa, preparação de provas e correção,
atualizar-se em filmes, programas televisivos
• Avaliação dos alunos
• Aperfeiçoamento profissional
20. 3. A relação dos professores com os alunos revela-se:
• mais complexa que antigamente = o mundo dos jovens
muda mais depressa que a escola, os alunos estão
mais pragmáticos e utilitaristas (conhecimentos mais
funcionais)
• variada e comporta tensões = falta de respeito pelas
pessoas e materiais, indisciplina, falta de motivação,
dificuldades de concentração
• determinada por fatores ambientais = pobreza,
violência, origem étnica etc.
• comporta dilemas importantes = investimento
emocional, equidade do tratamento que devem
garantir a todos os alunos, apesar das diferenças
individuais, sociais e culturais
21. Os trabalhos e os dias
• Quando se estuda as jornadas de trabalho dos
professores: todos os eventos cotidianos estão
encaixados em ritmos e atividades relativamente
uniformes.
• Todos os alunos conhecem perfeitamente o ciclo
cotidiano e repetitivo do trabalho escolar, com
suas alternâncias de aulas e pausas.
• Com o tempo, todas as aulas, todos os recreios,
todos os professores acabam ficando parecidos e
se confundindo.
22. • Docência = atividade estruturada e orientada
para objetivos no contexto de um trabalho
relativamente planejado no seio de uma
organização escolar burocrática.
• Trabalho dos professores = obriga a encarar
dilemas fundamentais: seguir um programa
padronizado e coletivo ou considerar as
diferenças entre os alunos.
• O essencial da atividade profissional docente
= consiste em entrar numa classe e deslanchar
um programa de interações com os alunos
Ensinar é essencialmente um trabalho
interativo.
23. Os fins do trabalho docente
• Trabalho docente - do ponto de vista de seus
resultados ou de seu produto - tem um alcance
relativamente indeterminado:
nenhum professor é responsável sozinho pela
educação de um aluno;
é um trabalho coletivo de longa duração;
• é difícil ou até impossível precisar claramente se
o objetivo do trabalho foi mesmo realizado. (ex:
socialização dos alunos)
24. • Objetivos curriculares/ programas escolares:
pertencem ao mandato do professor;
impõem certas ideologias, pois veiculam bem ou
mal, valores pedagógicos, culturais, intelectuais,
sociais;
permitem aos professores organizarem sua ação –
objetivos, expectativas, sequências, cronologias etc.;
unificam a ação coletiva dos professores;
contribuem para homogeneizar as práticas escolares;
servem para avaliar e comparar os conhecimentos
escolares transmitidos aos alunos;
dependem da experiência dos professores.
25. • Os objetivos e programas escolares se
transformam e se modelam a partir das
escolhas de ensino e das estratégias
pedagógicas feitas pelos professores.
• Três situações são importantes:
o planejamento do ensino,
o ensino propriamente dito
a avaliação do ensino.
26. Planejamento de O trabalho
ensino
curricular em
classe
- curto, médio e - a maneira de
longo prazo;
transmitir a
- ajustado
matéria,
durante o
- manter o
processo
interesse,
- ajustar a
matéria para a
compreensão dos
alunos,
- gestar o tempo
Avaliação
- das
aprendizagens
- das ações de
ensino
27. Os fundamentos interativos da docência
• Interatividade = principal objeto do trabalho do
professor.
• Exemplos de interação cotidianas em sala de aula:
Comportamentos perturbadores do grupo e reações
da professora;
Interações entre o professor e o grupo: instruções
coletivas, esclarecimentos sobre tarefas ;
Atividade central da aula = fazer um exercício de
matemática;
Interações entre o professor e os alunos no contexto
da tarefa coletiva: correções de exercícios, instruções
sobre a tarefa, avaliação, reforço.
28. • A interatividade do trabalho docente não se limita a
ações físicas e comportamentos observáveis.
• Há também a dimensão comunicativa das interações,
que opera em três planos:
a) Interpretação = o professor interpreta o que acontece
em sala de aula (movimentos dos alunos, suas reações,
seus progressos, suas motivações)
b) Imposição = o professor impõe à classe regras,
conhecimentos, significações – ele é superior aos
alunos
c) Comunicação = o professor comunica alguma coisa aos
alunos, os alunos comunicam-se com o professor e
entre si.
Elemento essencial do trabalho docente e tensão central
deste ofício: lidar com coletividades atingindo os
indivíduos que as compõem.
29. • Os professores utilizam, no dia a dia de suas
atividades, conhecimentos práticos tirados das
suas vivências, saberes do senso comum,
competências sociais.
• Os conhecimentos provenientes das ciências da
educação e das instituições de formação de
mestres não têm poder de dar aos professores
respostas simples e claras sobre o "como fazer".
• Entram em cena as tecnologias do ensino =
correspondem às tecnologias da interação
graças às quais um professor pode chegar a seus
fins nas atividades com os alunos.
30. • Tecnologia do Ensino = são os meios
utilizados pelo professor para atingir seus
objetivos em suas interações com os alunos.
• Pode-se identificar três grandes tecnologias
da interação: a coerção, a autoridade e a
persuasão.
• Elas permitem ao professor impor seu
programa de ações em detrimento das ações
desencadeadas pelos alunos, contrárias a esse
programa.
31. Coerção
• Reside em condutas punitivas reais e simbólicas
desenvolvidas pelos professores na interação com os alunos
em sala de aula.
• Uma olhada ameaçadora, uma cara feia, insultos, ironia,
apontar o dedo etc.
• A coerção reside também nos procedimentos desenvolvidos
pelas instituições escolares para controlar as clientelas:
exclusão, estigmatização, isolamento, seleção, suspensão etc.
• Se existe educação sem coerção física, não existe, pelo
contrário, educação sem exigência e coerção simbólica.
• Coerção simbólica = o desprezo, a reticência ou a recusa de
considerar alguns alunos como sendo capazes de aprender, a
vontade de excluir alguns, considerados como nocivos, a
resignação ou a falta de atenção, voluntária ou não, em
relação a alunos "lentos", o racismo etc.
32. Autoridade
• Autoridade tradicional = ligada tanto ao estatuto
de adulto do professor em relação às crianças e
aos jovens quanto ao seu estatuto de “mestre'',
conferido a ele pela escola.
• Autoridade carismática = capacidades subjetivas
do professor para suscitar a adesão dos alunos à
sua "personalidade" profissional como meio
utilizado na ação.
• Autoridade racional-legal = regulamento da
organização escolar e da classe.
• A autoridade reside no respeito que o professor é
capaz de impor sem coerção aos alunos.
33. Persuasão
• É a arte de convencer o outro a fazer alguma
coisa ou a acreditar em alguma coisa.
• Ela se apoia em todos os recursos teóricos da
linguagem falada - promessas, convicção,
dramatização etc.
• As crianças e os adolescentes são seres de
paixões suscetíveis de se deixarem impressionar,
adular, dobrar, convencer .
• Sua importância se deve ao fato de o meio
linguístico ser o vetor principal da interação entre
professores e alunos.
• Ensinar é agir falando.
34. • A coerção, a autoridade e a persuasão =
lembram que a docência assemelha-se à
atividade política ou social, que lida com a
presença de seres humanos.
• Ele mobilizará durante seu exercício um amplo
espectro de saberes, recursos e habilidades
que cobre várias modalidades de interação
humana: afetiva, normativa, instrumental etc.
• Dimensão ética do trabalho docente =
fundamentada no respeito aos alunos e no
cuidado constante de favorecer seu
aprendizado.
35. Conclusão
Docência:
•trabalho humano sobre seres humanos;
•trabalho interativo – o trabalhador se relaciona com seu
objeto de trabalho de maneira interativa;
• constitui uma atividade social fundamental no âmbito
das sociedades modernas.
•Três dimensões solidárias do trabalho docente:
a atividade,
o status,
a experiência.
36. A atividade
docente
A docência na organização do trabalho escolar:
•Plano de trabalho = fonte de tensões e de dilemas internos à
atividade de ensino
•Célula-classe = dispositivo relativamente estável ao longo do tempo e
espaço;
•Classe = define uma atividade autônoma, solitária, separada da
comunidade de trabalho;
•Tarefas incontornáveis na classe= assegurar a ordem, trabalhar na
forma da visibilidade diante dos grupos, lidar com o coletivo de alunos
atingindo, ao mesmo tempo, os indivíduos;
•Dentro da classe = predomina o elemento humano e a interação com
os alunos
•As interações acontecem em um ambiente social já ordenado e
regulado
•Classe = é, ao mesmo tempo, uma ordem social dada através dos
controles institucionais e uma ordem construída nas interações entre
professores e alunos;
37. A docência na organização do trabalho escolar:
•Organização do trabalho docente = é um dispositivo espacial (classe), mas
também temporal ( rege o tempo de trabalho) e social ( formas de
colaboração na coletividade de trabalho dos estabelecimentos);
•Trabalho interativo em classe e os alunos = são centrais, as demais
atividades e elementos que compõem a tarefa docente são periféricos;
•Relações com os demais colegas professores – colaboração acaba no limite
da sala de aula;
•Trabalho em classe = leva marcas da organização escolar: o professor
trabalha em função dos programas e das finalidades escolares, persegue
objetivos heterogêneos e ambíguos, o trabalho se rege pelo tempo, ritmos e
rotinas escolares;
•Diferentes grupos atuam e trabalham na organização escolar = relações
complexas entre os atores;
•Trabalho docente = se confronta com dilemas e pressões do ambiente
escolar: trabalho solitário e trabalho coletivo, autonomia na classe e
controle na escola, tarefa prescrita e tarefa real, currículo formal e currículo
real, educação e instrução dos alunos.
38. Docência e seu processo interacional de realização
•As relações dos professores com os alunos se
desdobram em diversas modalidades – de
relações afetivas a relações de poder;
•Interações significativas são mediatizadas pela
linguagem;
•O trabalho curricular do professor = processo
de negociação e de ajustamento entre os
programas e a realidade cotidiana do ensino em
classe.
39. O status
•Compreende a identidade dos professores
como modelada por múltiplas interações com os
outros atores educativos e com os alunos;
•Fragilização do status docente = revela-se pela
multiplicidade de atores escolares que assumem
missões e papéis tradicionalmente atribuídos ao
professor.
40. A experiência
•Experiência:
remete a um sujeito ativo, que aprende fazendo,
também se caracteriza pelo fenômeno da rotinização
( experiência garante as mesmas ações, respostas e
soluções no cotidiano da sala de aula)
•Experiência do trabalho docente = é multidimensional e
cobre diversos aspectos (domínio, identidade,
personalidade, conhecimento, crítica etc.);
•Não se reduz a uma simples sobreposição linear de
receitas e conhecimentos práticos adquiridos com o
tempo.