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FILOSOFIA
Aula 3 – Clássicos gregos II


  Prof. Ms. Elizeu N. Silva
TEORIA DA LINHA DIVISÓRIA – PLATÃO
Por meio desta teoria, Platão expõe sua filosofia como um
sistema completo, da qual fazem parte:
• Epistemologia (teoria do conhecimento);
• Ontologia (teoria do ser);
• Ética (teoria da moral);
• Estética (teoria do belo).
Constitui a “metafísica de Platão” >> sua visão de
mundo, concepções que ultrapassam a percepção
física, que procuram descrever e explicar o mundo sem
reduzi-lo ao perceptível fisicamente.
Teoria da Linha Divisória
Teoria da Linha Divisória


Em ambas as colunas há uma hierarquia.
• Caminha-se do campo do ser, do qual as imagens
  (eikones) fazem parte, para os objetos particulares
  (eikasia).
• A opinião faz parte do mundo visível, que se baseia, no
  âmbito do ser (ontologia) nas imagens, nos objetos
  particulares e em conceitos científicos; em etapas
  correspondentes, mas no âmbito do saber
  (epistemologia), percorre-se as etapas da conjectura, da
  crença e do entendimento.
Teoria da Linha Divisória


• Já o conhecimento faz parte do mundo inteligível, aquele
  acessível somente pela razão. No âmbito do ser, está
  relacionado às formas puras; no campo do
  saber, relaciona-se com a razão pura.
• O sol constitui-se como potência máxima, o superlativo de
  todas as coisas do mundo visível. De forma equivalente, o
  bem é o superlativo, a potência máxima do mundo
  inteligível.
Teoria da Linha Divisória


• Para Platão, o homem que adquire o conhecimento
  verdadeiro alcança o Bem. Não pode haver conhecimento
  sem virtude. É natural que o sábio seja virtuoso. Na
  medida em que encontrar a Verdade (e o Belo), só está
  fazendo uma coisa: encontrando o Bem.
• Para cada estado de ser há um estado de saber, ou de
  consciência. Das sombras, que são iluminadas pelo
  Sol, pode-se ir à verdadeira luz que não produz sombra, o
  Bem – o que equivale a sair do campo físico e ingressar
  no metafísico.
Teoria da Linha Divisória


• Para Platão, o mundo visível, sensível, o campo do ser, é
  apenas uma cópia do mundo inteligível, o campo do
  saber. Nos dias atuais, fala-se em correspondência entre
  mundo sensível e mundo metafísico.
• Platão considera como mundo real o campo do inteligível.
  Trata-se do mundo ideal para o filósofo, ao qual ele
  chama de verdadeiramente real. Platão é considerado um
  filósofo idealista.
Teoria da Linha Divisória


• Para Platão, o Bem é a fonte do ser (ontologia), do
  conhecimento (deontologia) e da verdade (ética) e, ao
  mesmo tempo, constitui-se no que há de mais belo
  (estética).
• Na metafísica de Platão, Bem, Belo e Saber se fundem
  no Bem.
Platão ambicionava inicialmente ter uma participação política
por meio da qual pudesse melhorar a sociedade ateniense.
No entanto, desistiu ante a degeneração que afirma ter
observado:
• “A legislação e a moralidade estavam a tal ponto
  corrompidas que eu, antes cheio de ardor para trabalhar
  para o bem público, considerando essa situação e vendo
  que tudo rumava à deriva, acabei por ficar aturdido”.
Platão faz da crise política da cidade um tema de reflexão.
Procura um fundamento sólido para a conduta
humana, pois, segundo ele, as ações não se justificam por si
mesmas, nem as opiniões ligadas a essas ações.
Em sua Academia, nos arredores da cidade, ele procura
afastar-se da vida prática para uma forma de contemplação
(theoria) por meio da qual consiga encontrar a Verdade.
Busca, assim, um conhecimento teórico que se auto-
fundamente e que proclame sua validade unicamente pela
força de suas demonstrações. Lança mão, nessa busca, da
dialética – não no sentido da arte da discussão cultivada e
ensinada pelos sofistas, mas tendo como modelo os diálogos
de Sócrates, que procurava encadear os raciocínios de tal
forma até excluir a possibilidade de refutação.
Se, por um lado, Sócrates produzia um saber negativo, pois
encadeando perguntas levava o interlocutor a compreender
que nada sabia, Platão pretende produzir um saber positivo.
Por meio de afirmações procura chegar a conclusões
irrefutáveis que separam o aparente (mundo do ser) do
essencial (mundo do saber).
Esses dois mundos, embora separados, estão relacionados
num sentido preciso: as coisas sensíveis imitam as ideias que
lhes correspondem. Como imitação (mimesis), as coisas são
sempre imperfeitas – o que explica o fato do mundo sensível
estar sempre em mutação e variação.
Somente aquele que conhece o Bem (o filósofo >> indivíduo
que sai da caverna e contempla o Sol) pode organizar a
cidade – não mais segundo as opiniões, mas tendo como
base o verdadeiro conhecimento.
Platão afirma (Carta VII): “Os males não cessarão para os
homens antes que a raça dos puros e autênticos filósofos
chegue ao poder”.
Fontes bibliográficas:


ABRÃO, Bernadette Siqueira. A história da filosofia. São
Paulo, Ed. Nova Fronteira, 2004
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, 13ª
edição, Ed. Ática, 2005
GHIRALDELLI JR., Paulo. Introdução à filosofia. Barueri, Ed.
Manole, 2003
Internet
CEIA, Carlos. E-dicionário de temas literários. Disponível em
www.edtl.com.pt. Consulta realizada em 21/02/2013.

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  • 3. Teoria da Linha Divisória
  • 4. Teoria da Linha Divisória Em ambas as colunas há uma hierarquia. • Caminha-se do campo do ser, do qual as imagens (eikones) fazem parte, para os objetos particulares (eikasia). • A opinião faz parte do mundo visível, que se baseia, no âmbito do ser (ontologia) nas imagens, nos objetos particulares e em conceitos científicos; em etapas correspondentes, mas no âmbito do saber (epistemologia), percorre-se as etapas da conjectura, da crença e do entendimento.
  • 5. Teoria da Linha Divisória • Já o conhecimento faz parte do mundo inteligível, aquele acessível somente pela razão. No âmbito do ser, está relacionado às formas puras; no campo do saber, relaciona-se com a razão pura. • O sol constitui-se como potência máxima, o superlativo de todas as coisas do mundo visível. De forma equivalente, o bem é o superlativo, a potência máxima do mundo inteligível.
  • 6. Teoria da Linha Divisória • Para Platão, o homem que adquire o conhecimento verdadeiro alcança o Bem. Não pode haver conhecimento sem virtude. É natural que o sábio seja virtuoso. Na medida em que encontrar a Verdade (e o Belo), só está fazendo uma coisa: encontrando o Bem. • Para cada estado de ser há um estado de saber, ou de consciência. Das sombras, que são iluminadas pelo Sol, pode-se ir à verdadeira luz que não produz sombra, o Bem – o que equivale a sair do campo físico e ingressar no metafísico.
  • 7. Teoria da Linha Divisória • Para Platão, o mundo visível, sensível, o campo do ser, é apenas uma cópia do mundo inteligível, o campo do saber. Nos dias atuais, fala-se em correspondência entre mundo sensível e mundo metafísico. • Platão considera como mundo real o campo do inteligível. Trata-se do mundo ideal para o filósofo, ao qual ele chama de verdadeiramente real. Platão é considerado um filósofo idealista.
  • 8. Teoria da Linha Divisória • Para Platão, o Bem é a fonte do ser (ontologia), do conhecimento (deontologia) e da verdade (ética) e, ao mesmo tempo, constitui-se no que há de mais belo (estética). • Na metafísica de Platão, Bem, Belo e Saber se fundem no Bem.
  • 9. Platão ambicionava inicialmente ter uma participação política por meio da qual pudesse melhorar a sociedade ateniense. No entanto, desistiu ante a degeneração que afirma ter observado: • “A legislação e a moralidade estavam a tal ponto corrompidas que eu, antes cheio de ardor para trabalhar para o bem público, considerando essa situação e vendo que tudo rumava à deriva, acabei por ficar aturdido”. Platão faz da crise política da cidade um tema de reflexão. Procura um fundamento sólido para a conduta humana, pois, segundo ele, as ações não se justificam por si mesmas, nem as opiniões ligadas a essas ações.
  • 10. Em sua Academia, nos arredores da cidade, ele procura afastar-se da vida prática para uma forma de contemplação (theoria) por meio da qual consiga encontrar a Verdade. Busca, assim, um conhecimento teórico que se auto- fundamente e que proclame sua validade unicamente pela força de suas demonstrações. Lança mão, nessa busca, da dialética – não no sentido da arte da discussão cultivada e ensinada pelos sofistas, mas tendo como modelo os diálogos de Sócrates, que procurava encadear os raciocínios de tal forma até excluir a possibilidade de refutação.
  • 11. Se, por um lado, Sócrates produzia um saber negativo, pois encadeando perguntas levava o interlocutor a compreender que nada sabia, Platão pretende produzir um saber positivo. Por meio de afirmações procura chegar a conclusões irrefutáveis que separam o aparente (mundo do ser) do essencial (mundo do saber). Esses dois mundos, embora separados, estão relacionados num sentido preciso: as coisas sensíveis imitam as ideias que lhes correspondem. Como imitação (mimesis), as coisas são sempre imperfeitas – o que explica o fato do mundo sensível estar sempre em mutação e variação.
  • 12. Somente aquele que conhece o Bem (o filósofo >> indivíduo que sai da caverna e contempla o Sol) pode organizar a cidade – não mais segundo as opiniões, mas tendo como base o verdadeiro conhecimento. Platão afirma (Carta VII): “Os males não cessarão para os homens antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder”.
  • 13. Fontes bibliográficas: ABRÃO, Bernadette Siqueira. A história da filosofia. São Paulo, Ed. Nova Fronteira, 2004 CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, 13ª edição, Ed. Ática, 2005 GHIRALDELLI JR., Paulo. Introdução à filosofia. Barueri, Ed. Manole, 2003 Internet CEIA, Carlos. E-dicionário de temas literários. Disponível em www.edtl.com.pt. Consulta realizada em 21/02/2013.