SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 12
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Economia Brasileira Contemporânea
Aluno: Claudemiro Farias Junior
Matrícula: 21106055
Manaus
Janeiro de 2015
Exercícios de Economia Brasileira
Capitulo 5.
01- Quais foram os efeitos da grande depressão sobre a política econômica brasileira?
A grande depressão que atingiu a economia mundial de 1930 é considerada como o marco
fundamental do processo de consolidação da produção industrial brasileira e mesmo de toda
América latina.
Os principais efeitos da grande depressão sobre a economia brasileira foi que graças à grande
depressão o café que até então era o produto que determinava a economia brasileira deixou de
ter tanta força para dar lugar a indústria, mesmo que a produção industrial tenha sido inferior a
agrícola por décadas após a grande depressão. Mas esse e o principal marco de mudança da
economia brasileira deixando de lado a proteção da política do café e tendendo para uma política
em favor da classe industrial ascendente.
02- Que mecanismos de defesa do café foram utilizados durante a grande depressão? De
que forma a desvalorização cambial atendia ao objetivo de defesa do café?
Alguns mecanismos de defesa do café eram utilizados, a depreciação da moeda nacional nos
momentos de queda dos preços de exportação, era o mais frequente.
No entanto o mecanismo cambial tinha seus limites. O ônus da preservação da renda dos
cafeicultores recaia sobre o conjunto da sociedade, por meio da desvalorização cambial e da alta
dos preços de importação.
03- Quais foram as consequências da defesa do café durante a Depressão dos anos 1930
com relação à renda nacional?
Por meio da desvalorização cambial e da alta dos preços de importações. Os cafeicultores, com
a queda dos preços, aumentaram volume físico exportado em 25%, entre 1929 e 1937, tentando
preservar a sua renda, vendendo mais a um preço menor. Isso só fortaleceu ainda mais a posição
dos fortes grupos importadores que controlavam a distribuição mundial do café. Essas medidas
não foram suficientes para manter estáveis os preços do café diante da dimensão da crise, pois
o aumenta da oferta só poderia pressionar para baixo o preço pago aos produtores.
04- Que papel assumiu o mercado interno após a grande depressão?
Devido à grande depressão, houve uma queda no nível de renda de 25% a 30%, e o nível de
renda dos produtos importados subiu com consequência a redução das importações foi na ordem
de 60% baixando de 14% para 8% do produto interno. Parte da procura antes satisfeita pelas
mercadorias estrangeiras passou a ser atendida pela oferta interna. Com isso a demanda interna
passou a ter importância crescente como elemento dinâmico na conjuntura da recessão mundial.
A intensidade de procura por produtos no mercado interno criou uma situação nova com o
aumento do mercado interno no processo de formação de capital e no conjunto de investimentos
no país.
Resumindo, o mercado interno foi a principal válvula de escape da recessão mundial atuando
como principal fator dinâmico da economia brasileira nos anos de crise mundial. Isso pode foi
constatado por furtado que disse:
“O fator dinâmico principal nos anos que se seguem à crise, passar a ser, sem nenhuma duvida,
o mercado interno. A produção industrial que destinava em sua totalidade ao mercado interno
sofre durante a grande depressão uma queda de menos de 10%, e a em 1933 recuperava o nível
de 1929”.
05- O que caracteriza o modelo de industrialização por substituição de importações?
O conceito de substituição de importações, além de significar o início da produção interna de um
bem antes importado, indica também uma mudança qualitativa na pauta de importações do país.
Conforme aumenta a produção interna de um bem de consumo antes importado, também
aumenta as importações de bens de capital e de bens intermediários necessários para essa
produção.
06- Explique o conceito de industrialização restringida.
Tratava-se de um processo de industrialização ainda incompleto, uma vez que os setores
produtores de bens de capital e de bens intermediários eram muito pouco desenvolvidos no país.
07- Qual foi o projeto nacional que se tentou implantar durante o Estado Novo?
O projeto foi o intervencionismo, que caberia ao Governo central assumir o papel de indutor do
desenvolvimento industrial, quer implantando agências governamentais para a regularização das
atividades econômicas quer estabelecendo uma nova legislação trabalhista quer ainda
assumindo o papel de produtor direto.
08- Como evoluiu o crescimento industrial no país pós-guerra durante o governo Dutra?
Com uma posição mais liberal no governo Dutra, o resultado dessa política foi o que se previa:
uma literal queima das divisas, só em partes gastos com importações de máquinas e matérias-
primas essenciais. O mercado livre foi instituído, com a abolição das restrições e do controle dos
fluxos de divisas por parte do governo central, existentes desde os anos 1930.
Capitulo 6.
01- Explique quais são os setores ou departamentos da economia.
De acordo com o livro os setores ou departamentos da economia seriam 2: O departamento I
seria o departamento produtor de bens de capital e de bens intermediários isto é os bens de
produção; Já o departamento 2 seria o departamento de bens de consumo dos capitalistas (bens
de consumo de luxo ou bens de consumo ou bens duráveis) e um departamento de bens de
consumo dos trabalhadores ( bens simples ou não duráveis). O departamento I é também aquele
em que se encontra a indústria pesada ou de base, incluindo indústrias químicas de aço, de
cimentos etc.
O departamento I e responsável pela produção de insumos indispensáveis ao desenvolvim ento
do setor de produtos de bens de consumo e historicamente o crescimento desse departamento
impulsiona o crescimento das economias capitalistas.
A identificação dos departamentos de maior crescimento é a articulação desse crescimento com
as formas de seu financiamento possibilitam a determinação de padrão de acumulação dessa
economia.
02- Quais foram as bases econômicas da nova tentativa de Vargas de implementar um
projeto nacional no inicio dos anos 1950?
Numa conjuntura marcada pela Guerra Fria, os interesses estratégicos norte-americanos
estavam concentrados na reconstrução europeia e japonesa, logo, aliados latino-americanos
como o Brasil foram deixados praticamente à própria sorte. Dessa forma, dependiam
estritamente do mercado e dos movimentos privados de capitais internacionais para o
financiamento de seus déficits em transações correntes e de seus projetos desenvolvimentistas.
Nesse momento, houve um fortalecimento dos movimentos anticoloniais e de afirmação nacional
em um grande número de países. Ganhou destaque a questão do desenvolvimento econômico.
Com Vargas de volta ao poder pela via democrática, há uma nova tentativa de superação
nacionalista dos estrangulamentos do PSI e dos entraves à afirmação de um projeto nacional,
apesar das contradições e limitações da proposta política getulista.
03- Descreva a atuação do governo Café Filho e da gestão Eugenio Gudin no ministério
da Fazenda.
Café Filho executou duas políticas econômicas claramente distintas, consubstanciadas em dois
ministros da Fazenda, Eugênio Gudin e o banqueiro José Maria Whitaker, representante da
cafeicultura paulista.
Uma das principais ações de Gudin no ministério foi a Instrução 113 da Sumoc como forma de
extinguir os obstáculos à livre entrada de capital estrangeiro.
Além disso, implementou uma política de estabilização notadamente ortodoxa. Para ele, a
inflação seria resultado da monetização dos déficits públicos e do excesso de crédito, que
resultava numa exacerbação da demanda. Assim, buscou cortas gastos públicos e executou uma
forte política de contração monetária e creditícia, cujo resultado foi uma falta de liquidez que
provocou uma crise bancária (a liquidação de dois bancos paulistas e uma corrida aos pequenos
e médios bancos) bem como o aumento de falências e concordatas.
A gestão de Gudin, entretanto, contrariando as expectativas de um pensador que destacava a
vocação agrária do país, não atendeu à cafeicultura, uma vez que não extinguiu o confisco
cambial. A oposição dos cafeicultores o deixou sem sustentação política e ele foi substituído por
José Maria Whitaker.
04- Qual foi à importância da Instrução 113 da Sumoc? Quais eram suas principais
características?
Instrução 113 da Sumoc, de 27 de janeiro de 1955, foi uma ação do ministro de fazenda da época
Sr. Eugenio Gudin e estação instrução teve grande importância por que permitia às empresas
estrangeiras instaladas no país importar máquinas e equipamentos sem cobertura cambial para
a complementação dos conjuntos industriais já existentes no país e classificados nas três
primeiras categorias de importação, conforme a essencialidade dos produtos.
A existência de taxas cambiais múltiplas beneficiava duplamente os capitais externos. Ao
importar bens de capital sem a necessidade de primeiro internalizar as divisas à taxa de mercado
livre para depois recomprar as licenças de importações por um valor mais alto nos leilões de
câmbio, o capital estrangeiro estaria recebendo um subsídio equivalente ao diferencial entre o
custo das divisas na categoria relevante e a taxa do mercado livre. Esse subsídio não era
concedido às empresas nacionais, que já enfrentavam normalmente em condições de
inferioridade a concorrência com as empresas estrangeiras e quase sempre importavam
máquinas e equipamentos de segunda mão (resultantes de linhas de produção obsoletas e já
desativadas). No governo JK, a Instrução foi um dos principais instrumentos para entrada de
capital externo no país.
5- Explique o que foi a tentativa de unificação do câmbio, proposta por José Maria
Whitaker:
Whitaker encontrou no Ministério uma gravíssima crise bancária resultante da política
contracionista de Gudin. Imediatamente, a liquidez da economia foi restabelecida por Intermédio
da ação do Banco do Brasil. Além disso, ele sugeriu uma profunda reforma cambial, buscando
unificar as dez taxas distintas de câmbio (cinco de importação, quatro de exportação e a do
mercado livre). A proposta foi elaborada sob os auspícios do FMI e significaria a derrota de uma
política desenvolvimentista impulsionadora Processo de Substituição de Importações (PSI) e não
encontrou apoio político dos principais candidatos à sucessão de Café Filho. Assim, Whitaker foi
exonerado.
Capitulo 7
01- Caracterize, em linhas gerais, o Plano de Metas.
O Plano de Metas proposto por JK para o período 1956-1960 tinha um conjunto de 31 metas,
incluída a meta-síntese: a construção de Brasília. Segundo Lessa, “constituiu a mais sólida
decisão consciente em prol da industrialização na história econômica do país”.
Os setores de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo receberam a maior parte dos
investimentos do governo. Subsídios e estímulos seriam concedidos para a expansão e
diversificação do setor secundário, produtor de equipamentos e insumos com alta intensidade
de capital e, para a implementação do plano (especialmente nos aspectos de responsabilidade
do setor privado) foram criados grupos executivos colegiados com membros dos setores público
e privado, como o GEIA (da indústria automobilística) e o GEICON (da construção naval).
O Plano de Metas é considerado um caso bem-sucedido de formulação e implementação de
planejamento estatal.
02- Pode-se afirmar que a implementação do Plano de Metas foi bem-sucedida? Por quê?
O Plano é considerado um caso bem sucedido, já que suas principais metas foram alcançadas:
houve um grande crescimento industrial e Brasília foi construída.
03- Explique o tripé em se apoiou a estrutura industrial brasileira a partir do Plano de
Metas.
O crescimento industrial brasileiro durante o governo JK estava estruturado num tripé formado
por empresas estatais, capital privado estrangeiro e, como sócio menor, pelo capital privado
nacional.
O objetivo de implantar de chofre o departamento II da economia, sintetizado pelo slogan “50
anos em 5″, bem como o obrigatório desenvolvimento complementar do departamento I, só seria
atingido em um curto espaço de tempo com a participação dominante do capital externo (um dos
dilemas históricos mais complexos já enfrentados pela sociedade brasileira).
04- Qual foi a importância do capital estrangeiro no Brasil a partir do Plano de
Metas? E do capital estatal?
Foi um suporte para o plano de metas, porque financiava os gastos públicos e privados com
expansão dos meios de pagamentos do credito via empréstimos.
O desenvolvimento industrial durante o período do Plano de Metas estava estruturado em
um tripé, constituído por: empresas estatais, pelo capital privado nacional e pelo capital
estrangeiro, sendo este último o agente mais importante. As empresas multinacionais passaram
a dominar os setores mais dinâmicos da economia brasileira, como bens de consumo
duráveis e bens de capital. Em contrapartida, a produção de bens não duráveis ficou a cargo
das empresas privadas nacionais. Houve, nesse período, uma clara relação de subordinação do
capital nacional em relação ao capital estrangeiro.
Os investimentos estrangeiros foram fundamentais para o sucesso do Plano de Metas. Todavia,
quais razões levaram a esse aumento drástico da participação do capital estrangeiro no setor
produtivo nacional nesse período? Sem dúvida, o nível de investimentos exigidos tornava
inevitável a supremacia do capital estrangeiro, mas houve também um outro fator importante que
merece ser analisado.
05- É paradoxal o fato de a economia brasileira ter-se fechado com relações aos fluxos
comerciais ao mesmo tempo que se tornava uma das mais abertas do mundo com relação
aos fluxos de investimentos ? Por quê?
Capitulo 8
01- Compare as diferentes interpretações sobre a crise econômica de 1962-1967.
O Brasil, nos anos 60 atinge um alto nível de crescimento, resultante principalmente do processo
de substituição de importações e do Plano de Metas. As taxas de crescimento oscilavam entre
6,5 a 10% ao ano. Apesar do saldo positivo, o crescimento econômico era acompanhado por
uma inflação igualmente elevada. Além do surto inflacionário que infundou-se na economia, outro
problema do país era a necessidade de reformas institucionais. A política econômica durante a
década de 60 será praticamente fundamentada no combate inflacionário e pela tentativa de
retomada e aceleração do crescimento econômico. Uma possível interpretação para a crise se
dá pela visão estagnicionista, onde se destaca o enfraquecimento ou ainda esgotamento do
processo de substituição de importações, que viria a gerar inflação por conta de um excesso de
demanda. A outra visão define a razão da crise como uma crise cíclica endógena, característica
típica de uma economia industrial capitalista. A crise seria então resultante do fato da economia
industrial brasileira ter entrado na fase de dinâmica capitalista. Essa dinâmica, por sua vez, é
explicada pela inter-relação dos setores, onde a desaceleração dos investimentos faz com que
os demais setores econômicos fossem igualmente afetados.
02- Que aspectos políticos influenciaram a política econômica durante o período 1962-
1967?
O período anterior, a 1962 é marcado por grande euforia. Houve a intensificação do processo de
substituição das importações resultando na elevação do PIB em torno de 6,9% ao ano, mas
também seguido por um alto grau inflacionário. Apesar da euforia econômica, o quadro político
refletia um cenário de ebulição. Primeiramente houve a renuncia do Presidente Jânio Quadro, a
tentativa fracassada de implantar um regime parlamentarista, e uma amplitude de movimentos
sindicais reinvidicando reajustes salariais defasados por conta dos altos níveis inflacionários. O
quadro político era, portanto, realmente alarmante. As políticas econômicas dos anos 1962-1967
seriam orientadas pelo controle inflacionário. Acreditava-se que a inflação era o grande mal
infestado na crise e somente controlando a inflação poderiam ser resolvidos os demais aspectos
críticos da política econômica brasileira.
03- Explique os objetivos do Plano Trienal, de Celso Furtado, os instrumentos utilizados
para sua implementação e seus resultados.
Este plano tinha o objetivo de principal de conciliar o combate inflacionário a manutenção das
taxas de crescimento do período anterior, em torno de 7% e também implementar pequenas
reformas estruturais. O plano era caracterizado por políticas recessivas, fundamentando-se na
contração monetária. O plano se articulava pelo controle do déficit público, elevação da carga
fiscal, captação de recursos do setor privado no mercado de capitais e mobilização de recursos
monetários. O resultado não foi positivo. Pode-se inclusive inferir que o plano foi um fracasso. A
elevação de preços programada era entorno de 25% e saldo final foi de 78%. A meta de
crescimento esperado era de 7% enquanto o crescimento pós-plano foi de apenas 1,6%. Por fim,
o déficit de caixa do Tesouro Nacional praticamente dobrou em relação ao valor programado.
04- Qual era o diagnóstico do PAEG sobre as causas da inflação brasileira?
A crise dos anos 60 é resultante da aceleração inflacionaria, que desde o início da década
assolava o país. Além da desvalorização cambial, o problema inflacionário gerava insegurança
no meio empresarial o que provocava a queda dos investimentos no país e diminuía
consequentemente o seu ritmo de crescimento. A inflação foi então diagnosticada como um
problema de demanda.
05- Quais os principais objetivos do PAEG?
O objetivo do PAEG é retomar e acelerar o crescimento do PIB, conter o processo inflacionário,
corrigir pequenos desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e
consequentemente o nível de emprego. Resolvendo os desequilíbrios internos, seria também
corrigida a tendência ao desequilíbrio externo. Em sumo, o PAEG buscava retomar os índices
de crescimento do país, conter a inflação e implementar reformas institucionais.
06- Quais foram as principais transformações institucionais efetuadas pelo PAEG?
O plano se articulava pela redução do déficit público, restrição do crédito e aperto monetário,
política arrocho salarial, indexação dos valores da inflação e redução gradualista do nível
inflacionário. A reforma institucional era uma das principais características do PAEG. As próprias
iniciativas e propostas eram barradas por leis deterioradas. As reformas visavam abranger
principalmente a questão tributária, questão monetário-financeira e a política externa.
07- Pode-se considerar que o PAEG atingiu seus objetivos?
Algumas críticas podem ser feitas o plano, como a elevação de impostos, arrocho salarial e crise
de liquidez. Apesar das críticas que possam ser inferidas, o resultado final é positivo. O governo
conseguiu reduzir a inflação e as reformas conjuntas de diversos setores permitiram a retomada
do desenvolvimento do país. As reformas implementadas pelo PAEG tiveram influência em
praticamente toda a estrutura institucional brasileira vigente. Formou-se um forte sistema de
financiamento e o Estado adquiriu maior capacidade de intervenção na economia.
Capitulo 9
01- Faça um breve comentário sobre o comportamento da economia mundial no pós II
Guerra.
É um período de intenso desenvolvimento da economia capitalista. O comércio mundial cresceu
em conjunto com fluxos financeiros que promoviam cada vez mais a abertura das economias.
Todo esse crescimento foi beneficiado por instituições e acordos reguladores que se firmaram
no pós-guerra, a exemplo do GATT, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
02- Qual foi o diagnóstico do processo inflacionário brasileiro abordado por Delfim Netto,
que assumiu a direção da economia em 1967?
No contexto em que foi elaborado o PAEG, a inflação fora diagnosticada como uma inflação de
demanda. Quando Delfim Netto assume a função de Ministro da Fazenda, a inflação passa a ser
vista como uma inflação de custo. A partir deste diagnóstico, a política econômica de então seria
orientada pelo controle de preços por meio de uma política monetária expansionista.
03- Que departamentos da economia podem ser considerados responsáveis pelo
crescimento econômico durante o milagre?
A principal diretriz do governo em 1967 era a expansão dos setores de bens de consumo
duráveis. Para alcançar tal meta, houve um investimento maciço nos setores energéticos,
siderúrgico e preto químico. Por meio da expansão destes setores, buscava-se construir um
sistema industrial praticamente autônomo capaz de produzir bens mais sofisticados em termos
tecnológicos.
04- O financiamento externo durante o período do milagre brasileiro era realmente
imprescindível? Por quê?
Sim. O país passava pelo processo de expansão economia, o que gerava pressão por
importações, mas essa pressão foi superada pelo crescimento das exportações, este decorrente
da expansão do comércio mundial. O cenário mundial era de muita liquidez, o que tornava o juros
baixo e, portanto, mais atraente a alternativa de tomar empréstimos. Como o saldo da balança
de pagamentos era positivo, os empréstimos tomados foram usados na forma de captação que
era repassada para empresas instaladas no país. Apesar deste saldo positivo, a dívida externa
brasileira foi registrada em torno de US$ 9 bilhões.
05- Como evoluíram os indicadores sociais durante o milagre econômico?
Apesar da evolução econômica observada no período, os indicadores sociais não eram
igualmentes positivos. Houve aumento da concentração de renda em decorrência da diminuição
do valor real do salário mínimo. Posteriormente, o salário real chegou a ser reajustado, mas por
conta da evolução inflacionária que se retomou. A exclusão social chegou ao ponto de novas
epidemias se alastrarem e elevarem-se as taxas de mortalidade infantil.
06- Como se comportaram os salários reais ao longo do milagre?
Adotou-se uma política de arrocho salarial. E esse achatamento somente se intensificava por
conta de uma situação de pleno emprego. O reajuste salarial é um dos principais elementos que
veio a constituir índices de distribuição de renda tão díspares.
07- Quais eram os limites estruturais do crescimento dependente?
Um dos grandes limites estrutural da economia brasileira no período era o Departamento I, que
era insuficientemente desenvolvido para absorver todo o desenvolvimento que se planejava, o
que resultou no significante aumento da importação de bens de produção. Houve também a
formação de pressões inflacionária resultantes principalmente do aumento salarial e da redução
do estoque de commodities que se destinavam principalmente a exportação. Por fim, os juros no
mercado internacional começaram a se elevar, aumentando também o peso dos serviços na
conta de transações internacionais. O déficit na balança de pagamento era coberto com novos
endividamentos.
Capitulo 10
01-Quais eram os principais objetivos do II PND?
O II PND tinha como objetivo superar o próprio subdesenvolvimento do país, eliminando os
estrangulamentos estruturais de nossa economia. A maioria dos investimentos para crescimento
industrial estava direcionada ao departamento I, produtos de bens de capital e bens
intermediários, superando a forte dependência externa de produtos como petróleo, químicos,
fertilizantes etc. e principalmente com o incentivo da agricultura voltada para a produção de
alimentos. O financiamento para o II PND foi feito em boa parte com empréstimos externos.
Houve auxílio de estatais como produtoras e como grande mercado para as indústrias do setor
privado.
02- Os financiamentos externos tiveram grande importância durante o II PND?
As empresas estatais eram o centro do palco da industrialização e elas, só podiam recorrer a
financiamento externo, conforme determinação do governo. As estatais por sua vez, eram o
mercado ideal para o sistema financeiro internacional, que estavam reciclando os petrodólares,
que eram os imensos excedentes que os países árabes exportadores de petróleo acumulavam
com o produto. O único porém, é que esse financiamento era baseado a taxas de juros flutuantes.
03- Quais foram os limites e as contradições do II PND?
Foi sua própria ambição. Segundo Lessa, tal plano era impossível de ser implantado, em função
do seu gigantismo e da crise econômica mundial. Porém para Castro, os grandes projetos do
plano, pela sua complexidade e longo prazo de maturação, teriam começado a produzir
resultados visíveis somente a partir de 83/84. As dificuldades econômicas e políticas apontadas
por Lessa teriam levado à diminuição do ritmo, mas não a sua paralisação total. Até os grandes
empresários nacionais do setor de bens de capital, que eram considerados os sócios estratégicos
das grandes estatais na implantação do II PND, passaram lentamente à oposição ao governo
militar. Para alguns autores, a implantação do plano, articulando o Estado e a burguesia
industrial, constituiu-se em mais uma tentativa rejeitada de afirmação de um projeto nacional.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Decisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolistaDecisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolistaLuciano Pires
 
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)Luciano Pires
 
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoCrescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoYuri Silver
 
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)Luciano Pires
 
Custos de Produção
Custos de ProduçãoCustos de Produção
Custos de ProduçãoLuciano Pires
 
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)Luciano Pires
 
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionista
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionistaEconomia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionista
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionistaFelipe Leo
 
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)Luciano Pires
 
Mercados e políticas do governo
Mercados e políticas do governoMercados e políticas do governo
Mercados e políticas do governoLuciano Pires
 
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregadaEconomia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregadaFelipe Leo
 
Aula 1 - Introdução à Economia
Aula 1 - Introdução à Economia Aula 1 - Introdução à Economia
Aula 1 - Introdução à Economia Souza Neto
 
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)Luciano Pires
 
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4   aula 9 - 4 procura e oferta (meu)4   aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)Jenny Fortes
 
Economia: Elementos Básicos, Oferta e Procura
Economia: Elementos Básicos, Oferta e ProcuraEconomia: Elementos Básicos, Oferta e Procura
Economia: Elementos Básicos, Oferta e ProcuraPedro De Almeida
 
Respostas mankiw - capítulo 4 (superior)
Respostas mankiw  - capítulo 4 (superior)Respostas mankiw  - capítulo 4 (superior)
Respostas mankiw - capítulo 4 (superior)Luciano Pires
 
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)Luciano Pires
 
Apresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaApresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaIvanildo Moreira
 

Was ist angesagt? (20)

Decisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolistaDecisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolista
 
Exercício
 Exercício Exercício
Exercício
 
Cap10 - PODER DE MERCADO
Cap10 - PODER DE MERCADOCap10 - PODER DE MERCADO
Cap10 - PODER DE MERCADO
 
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
 
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoCrescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
 
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 26 (Superior)
 
Custos de Produção
Custos de ProduçãoCustos de Produção
Custos de Produção
 
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
 
Teoria da firma
Teoria da firmaTeoria da firma
Teoria da firma
 
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionista
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionistaEconomia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionista
Economia – a equação da curva de phillips e a tese aceleracionista
 
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
 
Mercados e políticas do governo
Mercados e políticas do governoMercados e políticas do governo
Mercados e políticas do governo
 
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregadaEconomia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
 
Aula 1 - Introdução à Economia
Aula 1 - Introdução à Economia Aula 1 - Introdução à Economia
Aula 1 - Introdução à Economia
 
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
 
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4   aula 9 - 4 procura e oferta (meu)4   aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
 
Economia: Elementos Básicos, Oferta e Procura
Economia: Elementos Básicos, Oferta e ProcuraEconomia: Elementos Básicos, Oferta e Procura
Economia: Elementos Básicos, Oferta e Procura
 
Respostas mankiw - capítulo 4 (superior)
Respostas mankiw  - capítulo 4 (superior)Respostas mankiw  - capítulo 4 (superior)
Respostas mankiw - capítulo 4 (superior)
 
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)
As forças de oferta e demanda dos mercados (técnico)
 
Apresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaApresentação politica monetária
Apresentação politica monetária
 

Andere mochten auch

Economia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exerciciosEconomia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exercicioszeramento contabil
 
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulart
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulartOs governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulart
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulartmariorevoredo
 
Expectativas racionais e adaptadas
Expectativas racionais e adaptadasExpectativas racionais e adaptadas
Expectativas racionais e adaptadasFilipe Simão Kembo
 
Monografia análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...
Monografia   análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...Monografia   análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...
Monografia análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...Universidade Pedagogica
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRANinho Cristo
 
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano Real
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano RealEconomia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano Real
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano RealDiana Sampaio
 
O Estado E A ProduçãO Do EspaçO
O Estado E A ProduçãO Do EspaçOO Estado E A ProduçãO Do EspaçO
O Estado E A ProduçãO Do EspaçOAlmir
 
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)Elvio Giasson
 
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIA
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIAAtividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIA
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIACarlos Benjoino Bidu
 
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Elvio Giasson
 
Juscelino Kubitschek plano de metas
Juscelino Kubitschek plano de metasJuscelino Kubitschek plano de metas
Juscelino Kubitschek plano de metasMilena Rebouças
 
O governo de juscelino kubitschek slide
O governo de juscelino kubitschek slideO governo de juscelino kubitschek slide
O governo de juscelino kubitschek slideNeena Gomes
 
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentais
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentaisEconomia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentais
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentaisFelipe Leo
 
Bens públicos e recursos comuns
Bens públicos e recursos comunsBens públicos e recursos comuns
Bens públicos e recursos comunsLuciano Pires
 

Andere mochten auch (20)

2 pnd
2 pnd2 pnd
2 pnd
 
Economia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exerciciosEconomia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exercicios
 
Economia para executivos - Aula 1
Economia para executivos - Aula 1Economia para executivos - Aula 1
Economia para executivos - Aula 1
 
II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)
 
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulart
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulartOs governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulart
Os governos dutra, vargas, café filho, kubitscheck, quadros e goulart
 
Expectativas racionais e adaptadas
Expectativas racionais e adaptadasExpectativas racionais e adaptadas
Expectativas racionais e adaptadas
 
Monografia análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...
Monografia   análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...Monografia   análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...
Monografia análise do papel dos stocks na gestão financeira das pequenas e ...
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
 
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano Real
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano RealEconomia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano Real
Economia Brasileira - Da Economia Cafeeira ao Plano Real
 
O Estado E A ProduçãO Do EspaçO
O Estado E A ProduçãO Do EspaçOO Estado E A ProduçãO Do EspaçO
O Estado E A ProduçãO Do EspaçO
 
Patrimoniocultural
PatrimonioculturalPatrimoniocultural
Patrimoniocultural
 
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)
Sistema Brasileiro de Classificação da Aptidão Agrícola das Terras (SiBCAAT)
 
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIA
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIAAtividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIA
Atividades Módulos 01 e 02 - SOCIOLOGIA
 
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
 
Juscelino Kubitschek plano de metas
Juscelino Kubitschek plano de metasJuscelino Kubitschek plano de metas
Juscelino Kubitschek plano de metas
 
O governo de juscelino kubitschek slide
O governo de juscelino kubitschek slideO governo de juscelino kubitschek slide
O governo de juscelino kubitschek slide
 
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentais
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentaisEconomia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentais
Economia em exercícios – identidades macroeconômicas fundamentais
 
Bens públicos e recursos comuns
Bens públicos e recursos comunsBens públicos e recursos comuns
Bens públicos e recursos comuns
 
O Governo JK
O Governo JKO Governo JK
O Governo JK
 
Externalidades
ExternalidadesExternalidades
Externalidades
 

Ähnlich wie Economia Brasileira pós-1930

Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve históricoEconomia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve históricoLucas Andrade
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileirafernandesrafael
 
Brasil economia e população observações de texto
Brasil  economia e população  observações de textoBrasil  economia e população  observações de texto
Brasil economia e população observações de textoSalageo Cristina
 
Indústria no brasil
Indústria no brasilIndústria no brasil
Indústria no brasilWander Junior
 
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano Moitinho
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano MoitinhoMódulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano Moitinho
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano MoitinhoAdriano Moitinho Pinto
 
O processo de substituição de importações na Argentina
O processo de substituição de importações na ArgentinaO processo de substituição de importações na Argentina
O processo de substituição de importações na ArgentinaMariana Amorim
 
Retrospectiva da economia_brasileira
Retrospectiva da economia_brasileiraRetrospectiva da economia_brasileira
Retrospectiva da economia_brasileiraMax Teixeira Junior
 
O Período Militar - Geografia
O Período Militar - GeografiaO Período Militar - Geografia
O Período Militar - GeografiaLucas Castro
 
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOAULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOaulasdejornalismo
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRANinho Cristo
 
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioO Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioProfWellingtonAleixo
 
A economia brasileira 1985 geografia
A economia brasileira  1985 geografiaA economia brasileira  1985 geografia
A economia brasileira 1985 geografiaDelmira Pereira Muniz
 
A economia brasileira a partir de 1985
A economia brasileira a partir de 1985A economia brasileira a partir de 1985
A economia brasileira a partir de 1985Josenilson S'ilva
 
Aula 04 desenv_industrial
Aula 04 desenv_industrialAula 04 desenv_industrial
Aula 04 desenv_industrialRaoni Pereira
 

Ähnlich wie Economia Brasileira pós-1930 (20)

Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve históricoEconomia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileira
 
Revisão IBC
Revisão IBCRevisão IBC
Revisão IBC
 
A.0. funcoes fiscais
A.0. funcoes fiscaisA.0. funcoes fiscais
A.0. funcoes fiscais
 
Brasil economia e população observações de texto
Brasil  economia e população  observações de textoBrasil  economia e população  observações de texto
Brasil economia e população observações de texto
 
Indústria no brasil
Indústria no brasilIndústria no brasil
Indústria no brasil
 
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano Moitinho
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano MoitinhoMódulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano Moitinho
Módulo completo sobre Gestão Industrial prof. Adriano Moitinho
 
A indústria no brasil ifpe
A indústria no brasil ifpeA indústria no brasil ifpe
A indústria no brasil ifpe
 
Carta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentistaCarta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentista
 
O processo de substituição de importações na Argentina
O processo de substituição de importações na ArgentinaO processo de substituição de importações na Argentina
O processo de substituição de importações na Argentina
 
Retrospectiva da economia_brasileira
Retrospectiva da economia_brasileiraRetrospectiva da economia_brasileira
Retrospectiva da economia_brasileira
 
O Período Militar - Geografia
O Período Militar - GeografiaO Período Militar - Geografia
O Período Militar - Geografia
 
Planos econômicos no brasil - Aula 17
Planos econômicos no brasil - Aula 17Planos econômicos no brasil - Aula 17
Planos econômicos no brasil - Aula 17
 
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOAULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
 
Geografia 2 ano
Geografia 2 anoGeografia 2 ano
Geografia 2 ano
 
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioO Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
 
A economia brasileira 1985 geografia
A economia brasileira  1985 geografiaA economia brasileira  1985 geografia
A economia brasileira 1985 geografia
 
A economia brasileira a partir de 1985
A economia brasileira a partir de 1985A economia brasileira a partir de 1985
A economia brasileira a partir de 1985
 
Aula 04 desenv_industrial
Aula 04 desenv_industrialAula 04 desenv_industrial
Aula 04 desenv_industrial
 

Kürzlich hochgeladen

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 

Economia Brasileira pós-1930

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Economia Brasileira Contemporânea Aluno: Claudemiro Farias Junior Matrícula: 21106055 Manaus Janeiro de 2015
  • 2. Exercícios de Economia Brasileira Capitulo 5. 01- Quais foram os efeitos da grande depressão sobre a política econômica brasileira? A grande depressão que atingiu a economia mundial de 1930 é considerada como o marco fundamental do processo de consolidação da produção industrial brasileira e mesmo de toda América latina. Os principais efeitos da grande depressão sobre a economia brasileira foi que graças à grande depressão o café que até então era o produto que determinava a economia brasileira deixou de ter tanta força para dar lugar a indústria, mesmo que a produção industrial tenha sido inferior a agrícola por décadas após a grande depressão. Mas esse e o principal marco de mudança da economia brasileira deixando de lado a proteção da política do café e tendendo para uma política em favor da classe industrial ascendente. 02- Que mecanismos de defesa do café foram utilizados durante a grande depressão? De que forma a desvalorização cambial atendia ao objetivo de defesa do café? Alguns mecanismos de defesa do café eram utilizados, a depreciação da moeda nacional nos momentos de queda dos preços de exportação, era o mais frequente. No entanto o mecanismo cambial tinha seus limites. O ônus da preservação da renda dos cafeicultores recaia sobre o conjunto da sociedade, por meio da desvalorização cambial e da alta dos preços de importação. 03- Quais foram as consequências da defesa do café durante a Depressão dos anos 1930 com relação à renda nacional? Por meio da desvalorização cambial e da alta dos preços de importações. Os cafeicultores, com a queda dos preços, aumentaram volume físico exportado em 25%, entre 1929 e 1937, tentando preservar a sua renda, vendendo mais a um preço menor. Isso só fortaleceu ainda mais a posição dos fortes grupos importadores que controlavam a distribuição mundial do café. Essas medidas não foram suficientes para manter estáveis os preços do café diante da dimensão da crise, pois o aumenta da oferta só poderia pressionar para baixo o preço pago aos produtores. 04- Que papel assumiu o mercado interno após a grande depressão? Devido à grande depressão, houve uma queda no nível de renda de 25% a 30%, e o nível de renda dos produtos importados subiu com consequência a redução das importações foi na ordem de 60% baixando de 14% para 8% do produto interno. Parte da procura antes satisfeita pelas mercadorias estrangeiras passou a ser atendida pela oferta interna. Com isso a demanda interna passou a ter importância crescente como elemento dinâmico na conjuntura da recessão mundial.
  • 3. A intensidade de procura por produtos no mercado interno criou uma situação nova com o aumento do mercado interno no processo de formação de capital e no conjunto de investimentos no país. Resumindo, o mercado interno foi a principal válvula de escape da recessão mundial atuando como principal fator dinâmico da economia brasileira nos anos de crise mundial. Isso pode foi constatado por furtado que disse: “O fator dinâmico principal nos anos que se seguem à crise, passar a ser, sem nenhuma duvida, o mercado interno. A produção industrial que destinava em sua totalidade ao mercado interno sofre durante a grande depressão uma queda de menos de 10%, e a em 1933 recuperava o nível de 1929”. 05- O que caracteriza o modelo de industrialização por substituição de importações? O conceito de substituição de importações, além de significar o início da produção interna de um bem antes importado, indica também uma mudança qualitativa na pauta de importações do país. Conforme aumenta a produção interna de um bem de consumo antes importado, também aumenta as importações de bens de capital e de bens intermediários necessários para essa produção. 06- Explique o conceito de industrialização restringida. Tratava-se de um processo de industrialização ainda incompleto, uma vez que os setores produtores de bens de capital e de bens intermediários eram muito pouco desenvolvidos no país. 07- Qual foi o projeto nacional que se tentou implantar durante o Estado Novo? O projeto foi o intervencionismo, que caberia ao Governo central assumir o papel de indutor do desenvolvimento industrial, quer implantando agências governamentais para a regularização das atividades econômicas quer estabelecendo uma nova legislação trabalhista quer ainda assumindo o papel de produtor direto. 08- Como evoluiu o crescimento industrial no país pós-guerra durante o governo Dutra? Com uma posição mais liberal no governo Dutra, o resultado dessa política foi o que se previa: uma literal queima das divisas, só em partes gastos com importações de máquinas e matérias- primas essenciais. O mercado livre foi instituído, com a abolição das restrições e do controle dos fluxos de divisas por parte do governo central, existentes desde os anos 1930. Capitulo 6. 01- Explique quais são os setores ou departamentos da economia.
  • 4. De acordo com o livro os setores ou departamentos da economia seriam 2: O departamento I seria o departamento produtor de bens de capital e de bens intermediários isto é os bens de produção; Já o departamento 2 seria o departamento de bens de consumo dos capitalistas (bens de consumo de luxo ou bens de consumo ou bens duráveis) e um departamento de bens de consumo dos trabalhadores ( bens simples ou não duráveis). O departamento I é também aquele em que se encontra a indústria pesada ou de base, incluindo indústrias químicas de aço, de cimentos etc. O departamento I e responsável pela produção de insumos indispensáveis ao desenvolvim ento do setor de produtos de bens de consumo e historicamente o crescimento desse departamento impulsiona o crescimento das economias capitalistas. A identificação dos departamentos de maior crescimento é a articulação desse crescimento com as formas de seu financiamento possibilitam a determinação de padrão de acumulação dessa economia. 02- Quais foram as bases econômicas da nova tentativa de Vargas de implementar um projeto nacional no inicio dos anos 1950? Numa conjuntura marcada pela Guerra Fria, os interesses estratégicos norte-americanos estavam concentrados na reconstrução europeia e japonesa, logo, aliados latino-americanos como o Brasil foram deixados praticamente à própria sorte. Dessa forma, dependiam estritamente do mercado e dos movimentos privados de capitais internacionais para o financiamento de seus déficits em transações correntes e de seus projetos desenvolvimentistas. Nesse momento, houve um fortalecimento dos movimentos anticoloniais e de afirmação nacional em um grande número de países. Ganhou destaque a questão do desenvolvimento econômico. Com Vargas de volta ao poder pela via democrática, há uma nova tentativa de superação nacionalista dos estrangulamentos do PSI e dos entraves à afirmação de um projeto nacional, apesar das contradições e limitações da proposta política getulista. 03- Descreva a atuação do governo Café Filho e da gestão Eugenio Gudin no ministério da Fazenda. Café Filho executou duas políticas econômicas claramente distintas, consubstanciadas em dois ministros da Fazenda, Eugênio Gudin e o banqueiro José Maria Whitaker, representante da cafeicultura paulista. Uma das principais ações de Gudin no ministério foi a Instrução 113 da Sumoc como forma de extinguir os obstáculos à livre entrada de capital estrangeiro. Além disso, implementou uma política de estabilização notadamente ortodoxa. Para ele, a inflação seria resultado da monetização dos déficits públicos e do excesso de crédito, que resultava numa exacerbação da demanda. Assim, buscou cortas gastos públicos e executou uma forte política de contração monetária e creditícia, cujo resultado foi uma falta de liquidez que
  • 5. provocou uma crise bancária (a liquidação de dois bancos paulistas e uma corrida aos pequenos e médios bancos) bem como o aumento de falências e concordatas. A gestão de Gudin, entretanto, contrariando as expectativas de um pensador que destacava a vocação agrária do país, não atendeu à cafeicultura, uma vez que não extinguiu o confisco cambial. A oposição dos cafeicultores o deixou sem sustentação política e ele foi substituído por José Maria Whitaker. 04- Qual foi à importância da Instrução 113 da Sumoc? Quais eram suas principais características? Instrução 113 da Sumoc, de 27 de janeiro de 1955, foi uma ação do ministro de fazenda da época Sr. Eugenio Gudin e estação instrução teve grande importância por que permitia às empresas estrangeiras instaladas no país importar máquinas e equipamentos sem cobertura cambial para a complementação dos conjuntos industriais já existentes no país e classificados nas três primeiras categorias de importação, conforme a essencialidade dos produtos. A existência de taxas cambiais múltiplas beneficiava duplamente os capitais externos. Ao importar bens de capital sem a necessidade de primeiro internalizar as divisas à taxa de mercado livre para depois recomprar as licenças de importações por um valor mais alto nos leilões de câmbio, o capital estrangeiro estaria recebendo um subsídio equivalente ao diferencial entre o custo das divisas na categoria relevante e a taxa do mercado livre. Esse subsídio não era concedido às empresas nacionais, que já enfrentavam normalmente em condições de inferioridade a concorrência com as empresas estrangeiras e quase sempre importavam máquinas e equipamentos de segunda mão (resultantes de linhas de produção obsoletas e já desativadas). No governo JK, a Instrução foi um dos principais instrumentos para entrada de capital externo no país. 5- Explique o que foi a tentativa de unificação do câmbio, proposta por José Maria Whitaker: Whitaker encontrou no Ministério uma gravíssima crise bancária resultante da política contracionista de Gudin. Imediatamente, a liquidez da economia foi restabelecida por Intermédio da ação do Banco do Brasil. Além disso, ele sugeriu uma profunda reforma cambial, buscando unificar as dez taxas distintas de câmbio (cinco de importação, quatro de exportação e a do mercado livre). A proposta foi elaborada sob os auspícios do FMI e significaria a derrota de uma política desenvolvimentista impulsionadora Processo de Substituição de Importações (PSI) e não encontrou apoio político dos principais candidatos à sucessão de Café Filho. Assim, Whitaker foi exonerado. Capitulo 7 01- Caracterize, em linhas gerais, o Plano de Metas.
  • 6. O Plano de Metas proposto por JK para o período 1956-1960 tinha um conjunto de 31 metas, incluída a meta-síntese: a construção de Brasília. Segundo Lessa, “constituiu a mais sólida decisão consciente em prol da industrialização na história econômica do país”. Os setores de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo receberam a maior parte dos investimentos do governo. Subsídios e estímulos seriam concedidos para a expansão e diversificação do setor secundário, produtor de equipamentos e insumos com alta intensidade de capital e, para a implementação do plano (especialmente nos aspectos de responsabilidade do setor privado) foram criados grupos executivos colegiados com membros dos setores público e privado, como o GEIA (da indústria automobilística) e o GEICON (da construção naval). O Plano de Metas é considerado um caso bem-sucedido de formulação e implementação de planejamento estatal. 02- Pode-se afirmar que a implementação do Plano de Metas foi bem-sucedida? Por quê? O Plano é considerado um caso bem sucedido, já que suas principais metas foram alcançadas: houve um grande crescimento industrial e Brasília foi construída. 03- Explique o tripé em se apoiou a estrutura industrial brasileira a partir do Plano de Metas. O crescimento industrial brasileiro durante o governo JK estava estruturado num tripé formado por empresas estatais, capital privado estrangeiro e, como sócio menor, pelo capital privado nacional. O objetivo de implantar de chofre o departamento II da economia, sintetizado pelo slogan “50 anos em 5″, bem como o obrigatório desenvolvimento complementar do departamento I, só seria atingido em um curto espaço de tempo com a participação dominante do capital externo (um dos dilemas históricos mais complexos já enfrentados pela sociedade brasileira). 04- Qual foi a importância do capital estrangeiro no Brasil a partir do Plano de Metas? E do capital estatal? Foi um suporte para o plano de metas, porque financiava os gastos públicos e privados com expansão dos meios de pagamentos do credito via empréstimos. O desenvolvimento industrial durante o período do Plano de Metas estava estruturado em um tripé, constituído por: empresas estatais, pelo capital privado nacional e pelo capital estrangeiro, sendo este último o agente mais importante. As empresas multinacionais passaram a dominar os setores mais dinâmicos da economia brasileira, como bens de consumo duráveis e bens de capital. Em contrapartida, a produção de bens não duráveis ficou a cargo das empresas privadas nacionais. Houve, nesse período, uma clara relação de subordinação do capital nacional em relação ao capital estrangeiro.
  • 7. Os investimentos estrangeiros foram fundamentais para o sucesso do Plano de Metas. Todavia, quais razões levaram a esse aumento drástico da participação do capital estrangeiro no setor produtivo nacional nesse período? Sem dúvida, o nível de investimentos exigidos tornava inevitável a supremacia do capital estrangeiro, mas houve também um outro fator importante que merece ser analisado. 05- É paradoxal o fato de a economia brasileira ter-se fechado com relações aos fluxos comerciais ao mesmo tempo que se tornava uma das mais abertas do mundo com relação aos fluxos de investimentos ? Por quê?
  • 8. Capitulo 8 01- Compare as diferentes interpretações sobre a crise econômica de 1962-1967. O Brasil, nos anos 60 atinge um alto nível de crescimento, resultante principalmente do processo de substituição de importações e do Plano de Metas. As taxas de crescimento oscilavam entre 6,5 a 10% ao ano. Apesar do saldo positivo, o crescimento econômico era acompanhado por uma inflação igualmente elevada. Além do surto inflacionário que infundou-se na economia, outro problema do país era a necessidade de reformas institucionais. A política econômica durante a década de 60 será praticamente fundamentada no combate inflacionário e pela tentativa de retomada e aceleração do crescimento econômico. Uma possível interpretação para a crise se dá pela visão estagnicionista, onde se destaca o enfraquecimento ou ainda esgotamento do processo de substituição de importações, que viria a gerar inflação por conta de um excesso de demanda. A outra visão define a razão da crise como uma crise cíclica endógena, característica típica de uma economia industrial capitalista. A crise seria então resultante do fato da economia industrial brasileira ter entrado na fase de dinâmica capitalista. Essa dinâmica, por sua vez, é explicada pela inter-relação dos setores, onde a desaceleração dos investimentos faz com que os demais setores econômicos fossem igualmente afetados. 02- Que aspectos políticos influenciaram a política econômica durante o período 1962- 1967? O período anterior, a 1962 é marcado por grande euforia. Houve a intensificação do processo de substituição das importações resultando na elevação do PIB em torno de 6,9% ao ano, mas também seguido por um alto grau inflacionário. Apesar da euforia econômica, o quadro político refletia um cenário de ebulição. Primeiramente houve a renuncia do Presidente Jânio Quadro, a tentativa fracassada de implantar um regime parlamentarista, e uma amplitude de movimentos sindicais reinvidicando reajustes salariais defasados por conta dos altos níveis inflacionários. O quadro político era, portanto, realmente alarmante. As políticas econômicas dos anos 1962-1967 seriam orientadas pelo controle inflacionário. Acreditava-se que a inflação era o grande mal infestado na crise e somente controlando a inflação poderiam ser resolvidos os demais aspectos críticos da política econômica brasileira. 03- Explique os objetivos do Plano Trienal, de Celso Furtado, os instrumentos utilizados para sua implementação e seus resultados. Este plano tinha o objetivo de principal de conciliar o combate inflacionário a manutenção das taxas de crescimento do período anterior, em torno de 7% e também implementar pequenas reformas estruturais. O plano era caracterizado por políticas recessivas, fundamentando-se na contração monetária. O plano se articulava pelo controle do déficit público, elevação da carga fiscal, captação de recursos do setor privado no mercado de capitais e mobilização de recursos monetários. O resultado não foi positivo. Pode-se inclusive inferir que o plano foi um fracasso. A elevação de preços programada era entorno de 25% e saldo final foi de 78%. A meta de
  • 9. crescimento esperado era de 7% enquanto o crescimento pós-plano foi de apenas 1,6%. Por fim, o déficit de caixa do Tesouro Nacional praticamente dobrou em relação ao valor programado. 04- Qual era o diagnóstico do PAEG sobre as causas da inflação brasileira? A crise dos anos 60 é resultante da aceleração inflacionaria, que desde o início da década assolava o país. Além da desvalorização cambial, o problema inflacionário gerava insegurança no meio empresarial o que provocava a queda dos investimentos no país e diminuía consequentemente o seu ritmo de crescimento. A inflação foi então diagnosticada como um problema de demanda. 05- Quais os principais objetivos do PAEG? O objetivo do PAEG é retomar e acelerar o crescimento do PIB, conter o processo inflacionário, corrigir pequenos desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e consequentemente o nível de emprego. Resolvendo os desequilíbrios internos, seria também corrigida a tendência ao desequilíbrio externo. Em sumo, o PAEG buscava retomar os índices de crescimento do país, conter a inflação e implementar reformas institucionais. 06- Quais foram as principais transformações institucionais efetuadas pelo PAEG? O plano se articulava pela redução do déficit público, restrição do crédito e aperto monetário, política arrocho salarial, indexação dos valores da inflação e redução gradualista do nível inflacionário. A reforma institucional era uma das principais características do PAEG. As próprias iniciativas e propostas eram barradas por leis deterioradas. As reformas visavam abranger principalmente a questão tributária, questão monetário-financeira e a política externa. 07- Pode-se considerar que o PAEG atingiu seus objetivos? Algumas críticas podem ser feitas o plano, como a elevação de impostos, arrocho salarial e crise de liquidez. Apesar das críticas que possam ser inferidas, o resultado final é positivo. O governo conseguiu reduzir a inflação e as reformas conjuntas de diversos setores permitiram a retomada do desenvolvimento do país. As reformas implementadas pelo PAEG tiveram influência em praticamente toda a estrutura institucional brasileira vigente. Formou-se um forte sistema de financiamento e o Estado adquiriu maior capacidade de intervenção na economia.
  • 10. Capitulo 9 01- Faça um breve comentário sobre o comportamento da economia mundial no pós II Guerra. É um período de intenso desenvolvimento da economia capitalista. O comércio mundial cresceu em conjunto com fluxos financeiros que promoviam cada vez mais a abertura das economias. Todo esse crescimento foi beneficiado por instituições e acordos reguladores que se firmaram no pós-guerra, a exemplo do GATT, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). 02- Qual foi o diagnóstico do processo inflacionário brasileiro abordado por Delfim Netto, que assumiu a direção da economia em 1967? No contexto em que foi elaborado o PAEG, a inflação fora diagnosticada como uma inflação de demanda. Quando Delfim Netto assume a função de Ministro da Fazenda, a inflação passa a ser vista como uma inflação de custo. A partir deste diagnóstico, a política econômica de então seria orientada pelo controle de preços por meio de uma política monetária expansionista. 03- Que departamentos da economia podem ser considerados responsáveis pelo crescimento econômico durante o milagre? A principal diretriz do governo em 1967 era a expansão dos setores de bens de consumo duráveis. Para alcançar tal meta, houve um investimento maciço nos setores energéticos, siderúrgico e preto químico. Por meio da expansão destes setores, buscava-se construir um sistema industrial praticamente autônomo capaz de produzir bens mais sofisticados em termos tecnológicos. 04- O financiamento externo durante o período do milagre brasileiro era realmente imprescindível? Por quê? Sim. O país passava pelo processo de expansão economia, o que gerava pressão por importações, mas essa pressão foi superada pelo crescimento das exportações, este decorrente da expansão do comércio mundial. O cenário mundial era de muita liquidez, o que tornava o juros baixo e, portanto, mais atraente a alternativa de tomar empréstimos. Como o saldo da balança de pagamentos era positivo, os empréstimos tomados foram usados na forma de captação que era repassada para empresas instaladas no país. Apesar deste saldo positivo, a dívida externa brasileira foi registrada em torno de US$ 9 bilhões. 05- Como evoluíram os indicadores sociais durante o milagre econômico? Apesar da evolução econômica observada no período, os indicadores sociais não eram igualmentes positivos. Houve aumento da concentração de renda em decorrência da diminuição
  • 11. do valor real do salário mínimo. Posteriormente, o salário real chegou a ser reajustado, mas por conta da evolução inflacionária que se retomou. A exclusão social chegou ao ponto de novas epidemias se alastrarem e elevarem-se as taxas de mortalidade infantil. 06- Como se comportaram os salários reais ao longo do milagre? Adotou-se uma política de arrocho salarial. E esse achatamento somente se intensificava por conta de uma situação de pleno emprego. O reajuste salarial é um dos principais elementos que veio a constituir índices de distribuição de renda tão díspares. 07- Quais eram os limites estruturais do crescimento dependente? Um dos grandes limites estrutural da economia brasileira no período era o Departamento I, que era insuficientemente desenvolvido para absorver todo o desenvolvimento que se planejava, o que resultou no significante aumento da importação de bens de produção. Houve também a formação de pressões inflacionária resultantes principalmente do aumento salarial e da redução do estoque de commodities que se destinavam principalmente a exportação. Por fim, os juros no mercado internacional começaram a se elevar, aumentando também o peso dos serviços na conta de transações internacionais. O déficit na balança de pagamento era coberto com novos endividamentos.
  • 12. Capitulo 10 01-Quais eram os principais objetivos do II PND? O II PND tinha como objetivo superar o próprio subdesenvolvimento do país, eliminando os estrangulamentos estruturais de nossa economia. A maioria dos investimentos para crescimento industrial estava direcionada ao departamento I, produtos de bens de capital e bens intermediários, superando a forte dependência externa de produtos como petróleo, químicos, fertilizantes etc. e principalmente com o incentivo da agricultura voltada para a produção de alimentos. O financiamento para o II PND foi feito em boa parte com empréstimos externos. Houve auxílio de estatais como produtoras e como grande mercado para as indústrias do setor privado. 02- Os financiamentos externos tiveram grande importância durante o II PND? As empresas estatais eram o centro do palco da industrialização e elas, só podiam recorrer a financiamento externo, conforme determinação do governo. As estatais por sua vez, eram o mercado ideal para o sistema financeiro internacional, que estavam reciclando os petrodólares, que eram os imensos excedentes que os países árabes exportadores de petróleo acumulavam com o produto. O único porém, é que esse financiamento era baseado a taxas de juros flutuantes. 03- Quais foram os limites e as contradições do II PND? Foi sua própria ambição. Segundo Lessa, tal plano era impossível de ser implantado, em função do seu gigantismo e da crise econômica mundial. Porém para Castro, os grandes projetos do plano, pela sua complexidade e longo prazo de maturação, teriam começado a produzir resultados visíveis somente a partir de 83/84. As dificuldades econômicas e políticas apontadas por Lessa teriam levado à diminuição do ritmo, mas não a sua paralisação total. Até os grandes empresários nacionais do setor de bens de capital, que eram considerados os sócios estratégicos das grandes estatais na implantação do II PND, passaram lentamente à oposição ao governo militar. Para alguns autores, a implantação do plano, articulando o Estado e a burguesia industrial, constituiu-se em mais uma tentativa rejeitada de afirmação de um projeto nacional.