2. As araras-azuis são animais que se destacam pela beleza, tamanho e comportamento.
Características
Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinu;
Esta espécie pode encontrar-se em 11 estados brasileiros;
Está na lista de espécies ameaçadas de extinção;
Maior entre os psitacídeos (papagaios, periquitos, araras,
maritacas);
Chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda;
Peso de até 1,3 kg
3. Comportamento
Gostam de voar em pares ou em grupo
Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos
filhotes
.
Nos fins de tarde, reúnem-se em bandos nas árvores
“dormitório”
Alimentação
Alimentam-se das castanhas retiradas de cocos
de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiúva
.
No caso do acuri, aproveitam-nos caídos no chão,
ruminados pelo gado ou por animais silvestres
O coco da bocaiuva é colhido e comido
diretamente no cacho
4. Habitat
No Pantanal, 90% dos ninhos de araras-azuis são feitos no manduvi,
árvore com cerne macio. Também são utilizados a Ximbuva
(Enterolobium contortisiliquum) e o Angico Branco (Albizia nipioides).
As araras aumentam pequenas cavidades no tronco das
árvores para fazer os seus ninhos.
Os ninhos são forrados com lascas que as araras arrancam da árvore
Há disputa com outras espécies por ser difícil encontrar cavidades
naturais
5. Reprodução
Aos sete anos a arara-azul começa sua própria família
Em média, a fêmea tem dois filhotes, mas em geral, só um sobrevive
Ela passa a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação
dos ovos
O macho se responsabiliza por alimentá-la.
Na época de incubação, 40% dos ovos são predados por gralhas e
tucanos, entre outras aves, ou por algumas espécies de mamíferos,
como o gambá
Passados aproximadamente 28 dias, o ovo
eclode
6. Os filhotes
Nascem frágeis e são alimentados pelos pais até os seis meses
Correm risco de vida até completarem 45 dias, pois não conseguem
defender-se de baratas, formigas ou de outras aves que invadam o ninho
Somente com três meses de vida, quando o corpo está todo coberto
por penas, se aventuram em seus primeiros voos
Na maioria dos casos, só um filhote (o mais forte mais saudável)
sobrevive
7. A presença da arara-azul é um importante indicador de saúde ambiental. A conservação
do Pantanal passa pela sua proteção.
Contudo, essa bela ave que encanta a todos com sua
cor vibrante e som alegre e barulhento vem sofrendo
com a destruição dos habitats e com a captura ilegal
para tráfico de animais exóticos e quase desapareceu
das matas brasileiras.
Considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002, é a Arara mais rara do mundo! O
último exemplar selvagem conhecido dessa espécie e que habitava a região de Curaçá, no
sertão da Bahia, desapareceu em outubro de 2000. Este macho de tão solitário (pois sua
espécie é gregária, vivendo em grupos) acabou acasalando com uma fêmea de Maracanã
(Ara maracana), que também vive no mesmo habitat. Logicamente, mesmo com o casal
tentando reproduzir, não houve filhotes.
8. Esta Arara é também única na sua aparência. O azul é de um tom diferente. chegando em
algumas penas a tornar-se cinzento, cores menos apelativas do que a maioria das Araras
que conhecemos. O bico é menor em relação as outras espécies e tem uma particularidade
única, tem uma parte de pele nua de cor cinzento escura que vai desde a parte superior do
bico até ao olho, esta parte cinzenta deixa sobressair a cor amarela da íris do olho.
9. É uma ave muito difícil de procriar em cativeiro. Mesmo antes de se encontrar em
extinção, foram poucos os registos de criações com grandes sucessos.
Mas no Mato Grosso do Sul, as aves têm um aliado importante na luta pela sua
preservação: o Projeto Arara Azul. Criado pela bióloga Neiva Guedes para salvar a
espécie de extinção, o projeto teve o apoio do WWF-Brasil durante 10 anos
(1998/2008).