O documento discute os sais minerais para rebanhos leiteiros. Muitos suplementos são compostos principalmente por sal comum e oferecem poucos minerais essenciais como cálcio e fósforo. Isso faz com que os rebanhos continuem com deficiências minerais, apesar do uso dos suplementos, o que afeta negativamente a produção leiteira. Algumas empresas também fazem afirmações exageradas sobre os benefícios de seus produtos que não são comprovadas cientificamente.
Contabilidade i exercício 07 - apuração simplificada de resultado
Preços do leite em agosto de 2009
1. ISSN 1808-1231
CIRCULAÇÃO NACIONAL
número
138
A NATA
SCOT CONSULTORIA
O INFORMATIVO DE MERCADO DA PECUÁRIA LEITEIRA
DO LEITE
edição mensal ano 12 setembro de 2009
PREÇOS DO LEITE - Preços brutos pela produção de julho, pagos em agosto de 2009.
.
Leite B Leite C Médias Regionais MERCADO
U.F. Região Mínimo Máximo Mínimo Máximo B C rafael ribeiro de lima filho
ZOOTECNISTA
R$ / litro de leite R$/l US$/l R$/l US$/l
SP Avaré 0,875 0,900 0,650 0,900 0,885 0,4810 0,800 0,4349
Campinas 0,920 0,940 0,640 0,940 0,930 0,5054 0,828 0,4499
· O mercado do leite esfriou.
Mococa - - 0,700 0,870 - - 0,774 0,4207
Sorocaba 0,790 0,970 0,750 0,970 0,850 0,4620 0,818 0,4444
· A queda do consumo entre julho e a
Vale do Paraíba 0,790 0,920 0,760 0,850 0,856 0,4652 0,808 0,4391 primeira quinzena de agosto (prolongamento
Oeste Paulista 0,810 0,860 0,660 0,923 0,835 0,754
São Carlos 0,850 0,900 0,660 0,850 0,875
0,4538
0,780
0,4097
das férias escolares em função da gripe H1N1)
0,4755 0,4239
Alta Mogiana 0,830 0,940 0,600 0,830 0,885 0,4810 0,703 0,3820 contribuiu para a queda dos preços dos lácteos
São J. Rio Preto - - 0,680 0,983 - - 0,825 0,4484 no atacado e no varejo. Veja mais na página
MG Sul de Minas 0,650 0,910 0,610 0,870 0,779 0,753
Gov. Valadares - - 0,500 0,891 -
0,4231
- 0,770
0,4093
0,4184
16.
Belo Horizonte - - 0,550 0,920 - 0,795
Montes Claros - - 0,600 0,808 -
-
- 0,704
0,4318
0,3827
· Além disso, a produção aumentou no
Triângulo Mineiro - - 0,700 0,910 - - 0,813 0,4420 Centro-Sul, fato que diminuiu a concorrência
RJ Rio de Janeiro 0,930 0,940 0,640 0,950 0,935 0,5082 0,815 0,4429 entre os laticínios.
ES Espírito Santo - - 0,700 0,980 - - 0,861 0,4679
GO Goiânia - - 0,630 0,970 - - 0,775 0,4214 · A captação subiu em 42% dos laticínios
Rio Verde - - 0,573 0,880 - 0,769
Catalão - - 0,570 0,782 -
-
- 0,715
0,4181
0,3888
pesquisados e em 46% deles o volume ficou
MS Campo Grande - - 0,600 0,696 - - 0,656 0,3566 estável.
MT Mato Grosso - - 0,590 0,820 - - 0,678 0,3687
RO Rondônia - - 0,600 0,740 - - 0,672 0,3652
· Dessa forma, a alta do preço do leite ao
PA Pará - - 0,440 0,500 - - 0,470 0,2554 produtor foi menor no pagamento de agosto,
PR Maringá 0,776 0,860 0,660 0,900 0,829 0,4504 0,797 0,4334 que diz respeito ao leite entregue em julho.
Castro - - 0,560 0,939 - - 0,844 0,4588
SC Santa Catarina - - 0,500 0,820 - - 0,758 0,4122 · A média nacional ficou em R$0,758/litro,
RS Porto Alegre - - 0,590 0,900 - 0,746
- 0,4056
aumento de 2% em relação ao mês anterior.
BA Feira de Santana - - 0,600 0,750 - - 0,653 0,3548
Itabuna - - 0,490 0,740 - - 0,644 0,3500 Vale destacar que nos dois últimos meses o
PE Pernambuco - - 0,690 0,780 - - 0,738 0,4011 reajuste mensal foi de aproximadamente 9%.
CE Ceará - - 0,590 0,710 - - 0,666 0,3620
AL Alagoas - - 0,630 0,750 - - 0,707 0,3841 · No Nordeste, a produção caiu por causa da
MA Maranhão - - 0,450 0,600 - - 0,520 0,2826 entressafra e o reflexo foi a alta do preço do
Fonte: Scot Consultoria
leite ao produtor em praticamente todas as
Figura 1.
Preço do leite “spot”, média de São Paulo, Minas Gerias e Goiás – em R$/litro. praças.
0,90 · No mercado “spot” (leite comercializado
R $0,86/l
0,85
R $0,86/l entre as indústrias), considerando as médias de
0,80
São Paulo, Minas Gerais e Goiás, o litro do
R $0,79/l leite ficou cotado em R$0,79/litro, queda de
0,75
R $0,70/l 7,8% em relação a julho (figura 1).
0,70
0,65
· Em São Paulo o preço do leite “spot” caiu
0,60
pouco mais de 10% em função do aumento da
oferta.
0,55
· Os negócios ocorreram, em média, em
ago/08
set/08
out/08
nov/08
dez/08
jan/09
fev/09
jun/09
jul/09
mar/09
abr/09
mai/09
ago/09
R$0,80/litro na maioria das regiões do Estado.
Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br
· Por fim, a expectativa para o próximo
NESTA EDIÇÃO pagamento, a ser realizado em meados de
U COLUNA DO OTALIZ: AI... MEUS SAIS MINERAIS
U TÉCNICA: CONTROLE LEITEIRO: COMO E POR QUE FAZER
setembro, é de queda, de acordo com 56%
U INSUMOS: TANQUES DE EXPANSÃO, MOURÕES, COCHO PARA RAÇÃO, COCHO PARA SAL, ARAMES E ACESSÓRIOS, das empresas consultadas. Entretanto, 30%
CALCÁRIO, TRONCO DE CONTENÇÃO, FERTILIZANTES, HERBICIDAS, SEMENTES DE FORRAGEIRAS E LEGUMINOSAS,
VACINAS, HORMÔNIOS, ANTIMASTÍTICOS, SUCEDÂNEOS, MATA BICHEIRA, VOLUMOSOS, CONCENTRADOS acreditam em manutenção de preços.
Fonte: Scot Consultoria
PROTEICOS, CONCENTRADOS ENERGÉTICOS, SUPLEMENTOS MINERALIZADOS E NÚCLEO, SUPLEMENTO MINERAL
COM URÉIA, VITAMINAS E MINERAIS. · O principal fator de baixa daqui para frente
U SÉRIE HISTÓRICA: POLPA CÍTRICA PELETIZADA
U O LEITE NA SUA REGIÃO: PRODUÇÃO COMEÇA A AUMENTAR NO CENTRO-SUL E O MOVIMENTO DE ALTA PERDE
é justamente o aumento da oferta de leite
FORÇA conforme se aproxima o fim da entressafra. A
U CONJUNTURA: A QUESTÃO DAS COTAS DE PRODUÇÃO DE LEITE NA EUROPA
U BALANÇA COMERCIAL DE LÁCTEOS: DÉFICIT NOS PRIMEIROS SETE MESES É O PIOR DESDE 2002 queda das cotações dos lácteos também deve
U LEITE NA LINHA: QUEDA DE PREÇO DO FOSFATO BICÁLCICO DA SINAIS DE ESTAR CHEGANDO AO FIM pesar no preço do leite pago ao produtor.
U PECUÁRIA DE CORTE: O BOI VAI A R$90,00/@ EM OUTUBRO DE 2009?
U O LEITE NO MUNDO: DO URUGUAI PARA O BRASIL
U ATACADO E VAREJO
SCOT CONSULTORIA - 17 3343 5111 ou fax 17 3342 5590 - Caixa postal 14 - 14700-970 - Bebedouro - SP - scotconsultoria@scotconsultoria.com.br – www.scotconsultoria.com.br
2. 2 A NATA DO LEITE O INFORMATIVO DE MERCADO DA PECUÁRIA LEITEIRA 138 setembro de 2009 SCOT CONSULTORIA
otaliz de vargas montardo médico
otaliz de vargas montardo éémédico
veterinário eeinstrutor do senar ––rs
veterinário instrutor do senar rs
COLUNA DO OTALIZ 55 3332 2209
55 3332 2209
otaliz.iju@terra.com.br
otaliz.iju@terra.com.br
AI... MEUS SAIS
MINERAIS
Divulgação
A
expressão que serve de mais barato que as fontes de cálcio e mineral marca “X” é capaz de:
título para este artigo fósforo, alguns fabricantes exageram V Reduzir o conteúdo de células
foi utilizada há anos por na relação sal comum X fonte de somáticas no leite;
pessoas surpreendidas cálcio e fósforo, a ponto de em V Aumentar a taxa de
por observações ou alguns casos, na formulação do sal espermatogênese nos machos e de
fatos incoerentes na sua rotina. mineralizado, o sal comum ovulação nas fêmeas;
Algo como “Jesus me abana” representar 90% da mistura. V Aumentar em até 20% a produção
divulgado diariamente na atual É claro que neste tipo de leiteira;
novela da Rede Globo. Pois bem, formulação os minerais essenciais, V Reduzir a presença de bactérias
deixando de lado expressões como cálcio e fósforo, participam no leite;
idiomáticas, quero me referir em porções ínfimas. Dentro deste V E outras virtudes possíveis apenas
diretamente aos sais minerais quadro, o produtor está investindo na fértil imaginação de
destinados aos rebanhos leiteiros na mineralização do seu rebanho, e, “empresários” desonestos.
deste país. no entanto, esse rebanho continua É claro que as afirmações acima
Como não há uma eficiente com deficiências minerais que se não estão e nunca estarão
fiscalização dos órgãos oficiais, a refletem no desempenho produtivo amparadas pela pesquisa científica.
comercialização de sais minerais se e reprodutivo Ou seja, não têm nenhum
transformou numa “zorra total”. Segundo técnicos e pesquisadores, fundamento técnico.
Pelo menos na região Sul deste um sal mineralizado deveria conter
PAGAMENTO POR QUALIDADE DO LEITE
país, sabe-se que a principal 23% de cálcio e 17% de fósforo na
carência mineral do rebanho leiteiro sua formulação. Você, leitor, já Brevemente, entre os fatores que
está vinculada aos minerais cálcio e mandou analisar o sal mineral que balizam os preços do leite pago aos
fósforo. está comprando para o seu rebanho? produtores, será incluído o teor de
Como as fontes naturais desses Acredite... essa análise laboratorial sólidos totais. Com certeza
elementos são de baixa não é cara. É possível que você aparecerão no mercado sais minerais
palatabilidade para os bovinos, é venha a se surpreender que, à título de apelo comercial,
natural que sejam misturadas com o negativamente. aumentarão significativamente esse
sal comum, que ao contrário das teor. Não acredite nisso. Os minerais
ARTIMANHAS UTILIZADAS PELAS
fontes de cálcio e fósforo, é não têm nada a ver com o teor de
EMPRESAS
apreciado pelo paladar dos bovinos. proteína, gordura e carboidratos do
Então, num sal mineralizado, o sal Apostando na ingenuidade dos leite.
comum entra como tempero para produtores, algumas empresas fazem Produtor leiteiro, fique atento e se
estimular o consumo das fontes de propaganda surrealista de seus aproxime cada vez mais de técnicos
cálcio e fósforo. Mas não é o que produtos. Não me surpreende mais e instituições idôneas, pois sempre
acontece na prática. apelos comerciais irresponsáveis que haverá alguém tentando explorar a
Considerando que o sal comum é afirmam categoricamente que o sal sua ingenuidade.
A NATA DO LEITE - INFORMATIVO PECUÁRIO MENSAL - SCOT CONSULTORIA ISSN 1808-1231
Editor-chefe substituto: Rafael R. de Lima Filho
Equipe Técnica: Alcides de Moura Torres Jr., Alex Lopes Silva, Cristiane de Paula Turco, Fabiano R. Tito Rosa, Lygia Pimentel, Maria Gabriela Tonini e Rafael R. de Lima Filho
Jornalista Responsável: Isabel Torres MTB – 10097
A reprodução de dados e artigos publicados nesta edição é permitida sob consulta formal.
Este relatório foi preparado pela Scot Consultoria para uso exclusivo de seus assinantes e colaboradores, não podendo ser reproduzido ou distribuído por estes a qualquer pessoa sem a
expressa autorização (Artigo 184 do Código Penal).
SCOT CONSULTORIA - 17 3343 5111 ou fax 17 3342 5590 - Caixa postal 14 - 14700-970 - Bebedouro-SP - scotconsultoria@scotconsultoria.com.br – www.scotconsultoria.com.br
3. A NATA DO LEITE O INFORMATIVO DE MERCADO DA PECUÁRIA LEITEIRA 138 setembro de 2009 SCOT CONSULTORIA 3
rogério m. coan é zootecnista,
doutor em produção animal,
TÉCNICA diretor da coan consultoria e
coordenador da divisão técnica
da scot consultoria.
rogerio@scotconsultoria.com.br
CONTROLE
LEITEIRO:
COMO E POR QUE
FAZER Divulgação
O
controle leiteiro é uma facilitar o manejo, em grupos de animais c) efetue a ordenha o mais rápido
ferramenta de aferição da do mesmo nível de produção. O possível, sem ser excessiva e sem a
capacidade de produção volumoso também pode ser preocupação em retirar a última gota.
de leite de uma vaca. diferenciado, tanto em qualidade como Um indicador de fluxo poderá mostrar
Somente por meio dele é em quantidade, de acordo com o quando o leite deixa de escoar;
que se pode ter uma estimativa segura potencial de produção dos animais. d) ordenhe as vacas na mesma ordem,
da produtividade. A melhor maneira de V O provimento de informações que todos os dias.
se obter informações sobre as auxiliem no melhoramento genético
PESAGEM DO LEITE APÓS ORDENHA
quantidades de leite e seus constituintes animal. Este melhoramento é decorrente
produzidos por uma vaca durante a do acasalamento dos melhores Balança: zere a balança para excluir o
lactação é através de pesagens e indivíduos e, para se saber quem são os peso do recipiente com o leite,
amostragens diárias. Isto, entretanto, é melhores, é necessário avaliá-los pela registrando-se os pesos em quilogramas
impraticável, em virtude dos custos e sua produção. O controle leiteiro (kg), com uma casa decimal;
dos transtornos advindos de um controle periódico permite calcular a produção Garrafões medidores: leia o peso do
diário. de uma vaca durante toda a lactação, leite na escala do próprio garrafão que
O controle de um dia no mês tem sido sendo esta produção utilizada para se reterá todo o leite da vaca recém-
considerado suficiente para se obter uma estimar o valor genético dessa vaca, de ordenhada. É preciso esperar a
estimativa precisa da produção na seus pais e mesmo de seus irmãos, dissipação da espuma antes da leitura;
lactação. Entretanto, alguns cuidados usando-se modelos estatísticos Misture o leite, antes da amostragem.
devem ser observados, para se ter específicos. Conhecendo-se a produção O leite, no início da ordenha, é pobre
segurança de que os controles mensais dos animais e seu valor genético, pode- em gordura e, no final, é bastante rico.
representam as quantidades médias se então selecionar os melhores e usá-los Para se ter uma amostra representativa,
diárias de leite e dos constituintes, para intensivamente nos acasalamentos ou todo o leite deve ser ordenhado e
um período de 24 horas. Além disso, então descartar aqueles que não são de misturado.
uma equipe treinada e o uso adequado interesse. Balde: misture o leite com movimentos
dos equipamentos são também Outra finalidade é o uso das de cima para baixo, evitando-se
necessários. informações do controle leiteiro para movimentos de rotação que podem
propaganda do rebanho, e esta separar gordura na superfície do leite.
FINALIDADES DO CONTROLE LEITEIRO Garrafões medidores: inverta o fluxo
utilização comercial certamente induzirá
O controle leiteiro tem várias a uma maior disseminação dos de vácuo, após a ordenha. O leite no
finalidades, mas dentre elas destacam-se: genótipos superiores, principalmente garrafão irá borbulhar, homogeneizando-
V O fornecimento de alimentos, através da venda de tourinhos ou de se em poucos segundos.
principalmente o concentrado, de sêmen de touros provados. IDENTIFICAÇÃO DOS FRASCOS PARA A
acordo com a produção de leite.
Conhecendo-se portanto, o potencial
QUANDO ORDENHAR COLETA DE AMOSTRAS
de produção de uma vaca, não a) observe a regularidade de horários na Os frascos são específicos para as
estaremos fornecendo alimentos além do ordenha. Para se ter o controle de um amostras e contêm três divisões de
necessário para algumas e aquém para dia, as ordenhas deverão começar mesmo volume, sendo o total de leite de
outras. Isso resultará em maiores sempre em um mesmo horário; aproximadamente 60ml. Deve-se rotular
produções e custos reduzidos. Este b) estimule a descida do leite, por prazo os frascos com etiquetas, identificando a
fornecimento de concentrado pode ser não superior a um minuto; atrasos data da amostragem, o nome e o ...
feito individualmente no cocho, ou para podem reduzir o teor de gordura;
SCOT CONSULTORIA - 17 3343 5111 ou fax 17 3342 5590 - Caixa postal 14 - 14700-970 - Bebedouro-SP - scotconsultoria@scotconsultoria.com.br – www.scotconsultoria.com.br
4. 4 A NATA DO LEITE O INFORMATIVO DE MERCADO DA PECUÁRIA LEITEIRA 138 setembro de 2009 SCOT CONSULTORIA
...número da vaca. de Controle Leiteiro, para serem DATA E CAUSA DA SECAGEM DOS ANIMAIS
OBTENHA AMOSTRAS SIGNIFICATIVAS oficializados, ou pelo próprio criador,
Assim como a data do parto, quando
para uso próprio ou em pesquisa;
Quando o sistema de ordenha for com se inicia a lactação é importante anotar a
3- Ao iniciar o controle leiteiro em um
o uso de balde, obtém-se a amostra por data e causa da secagem, o que define a
rebanho, recomenda-se controlar
meio de coletor. Quando for por duração e a normalidade ou não daquela
inicialmente apenas as vacas recém-
tubulação, abre-se o registro dos lactação.
paridas, isto é, com mais de cinco e
garrafões medidores ou desvia-se o leite Entre as principais causas de secagem,
menos de 45 dias pós-parto, que serão
para um aparelho (milk meter) que, além podemos citar:
controladas até o fim desta lactação.
de fornecer o peso do leite, possibilita a Mensalmente, novas vacas recém- V Secagem - por estar próxima ao parto
retirada de amostra de leite para análise. paridas entrarão em controle e, ao final (60 dias para o próximo parto);
Duas ordenhas: use 2/3 do frasco para de aproximadamente um ano, todas as V Secagem - por baixa produção
amostra do leite da primeira ordenha da vacas já estarão sob controle leiteiro; (produzindo pouco, de acordo com a
manhã e o restante para amostra da 4- Todos os animais devem ser bem raça ou critérios do produtor; secou
ordenha da tarde. identificados, fazendo-se uso de sozinha; secou normal; secou
Três ordenhas: Uue 1/3 do frasco por tatuagens, de brinco na orelha, ou naturalmente; vaca não deu leite etc.);
ordenha. marcação a ferro etc., para que as V Aborto após o nono mês de lactação
Verifique, ao final de cada coleta, os anotações sejam precisas; ou sétimo mês de gestação, com início
frascos para se ter certeza de que o leite 5- Como a produção é medida em 24 de nova lactação;
de todas as vacas foi amostrado e de que V Morte ou separação do bezerro;
horas, recomenda-se, dentro do possível,
os frascos correspondentes às vacas um intervalo próximo a 12 horas entre V Doença, morte ou venda da vaca;
secas, que deixaram o rebanho, estão V Parto subseqüente, sem período seco;
as duas ordenhas e oito horas entre as
vazios. três ordenhas, para melhor padronização V Peitos perdidos por mastite, etc.
Garanta qualidade da amostra.
dos dados; No Brasil, poucas são as fazendas que
Cada frasco deverá conter uma
6- Recomenda-se como ideal que, tanto realizam o controle leiteiro, enquanto
pastilha de dicromato de potássio, como
na ordenha de esgota como nas nos países desenvolvidos a maioria delas
conservante do leite. Para se obter a
ordenhas do controle leiteiro, as vacas o faz rotineiramente.
eficiência esperada, a concentração de
sejam ordenhadas aleatoriamente, isto é, É necessário que o controle seja
dicromato na amostra deve ser de 1
sem nenhuma preferência para implementado no maior número
mg/ml de leite. possível de fazendas,
determinadas vacas serem ordenhadas
Agite levemente o frasco após a adição independentemente da raça ou grau de
no início ou fim da ordenha;
do leite. A pastilha irá se dissolver em sangue do animal, devido à sua grande
7- As ordenhas devem ser completas, ou
poucos segundos. importância para o melhoramento
seja, retirar todo o leite possível, não
Cuide para que a amostra não animal e gerência das fazendas.
deixando nada para o bezerro no caso
esquente muito. Principalmente nos Para obtenção higiênica do leite e
de ordenhas com bezerros ao pé.
meses mais quentes, é muito importante manutenção da saúde do úbere da vaca,
Trabalhos experimentais comprovam
que o conservante se dissolva e a linha de ordenha e a completa higiene
que o jejum de um dia por mês não
desapareça no leite. das tetas e dos utensílios utilizados são
prejudica, nem interfere na criação de
Cuide para que o tempo entre a coleta condições indispensáveis, pois reduzem
bezerros;
e a entrada das amostras no laboratório os índices de infecção nos rebanhos e
de análises seja o mínimo, devendo-se 8- As produções de leite em cada
ordenha (em kg, com um decimal), possibilitam obter leite de boa
também, se possível, conservá-las qualidade.
resfriadas em geladeira, caso não sejam assim como o sistema de alimentação e
ocorrências diversas observadas no A ocorrência de mastite será
enviadas para o laboratório no mesmo diretamente ligada ao manejo correto da
dia. O prazo máximo entre a coleta e a intervalo de um controle com o anterior
(assim como parto, secagem, venda, ordenha.
análise é de sete dias. Os cuidados higiênicos necessários só
Encaminhe os frascos ao laboratório de doença, aborto, etc.) devem ser anotadas
individualmente, em formulário ou livro poderão ser tomados mediante
análises em recipientes (caixas de participação efetiva de ordenhadores
papelão, maletas, etc.) com separações próprio;
9- Sempre que possível, coletar amostra capacitados.
internas, tendo-se o cuidado de mantê-
individual de leite para determinação de Resultados de pesquisa nos Estados
los na posição vertical.
gordura, proteína ou outro tipo de Unidos indicam que os rebanhos
COMO EXECUTAR O CONTROLE LEITEIRO análise, como por exemplo a contagem participantes do controle leiteiro oficial
1- O controle leiteiro deve ser feito em de células somáticas. têm maior produtividade por vaca do
duas ou três ordenhas diárias, conforme Deve-se utilizar frascos apropriados, que aqueles que não o executam,
o sistema adotado na propriedade e, em limpos, previamente marcados com as certamente devido ao retorno em
quaisquer dos casos, recomenda-se fazer proporções de leite a serem coletadas informações que lhes possibilitam
a esgota total na tarde anterior ao dia do em cada ordenha (2/3 pela manhã e 1/3 aplicar as vantagens do controle
controle leiteiro; à tarde), e devidamente etiquetados para leiteiro.
2- O controle deve ser feito em todas as identificação dos animais, e enviados
vacas em lactação do rebanho, e por para análise no laboratório, cooperativa
controladores credenciados pelas mais próxima ou na própria fazenda. VVV
organizações responsáveis pelo Serviço
SCOT CONSULTORIA - 17 3343 5111 ou fax 17 3342 5590 - Caixa postal 14 - 14700-970 - Bebedouro-SP - scotconsultoria@scotconsultoria.com.br – www.scotconsultoria.com.
5. A NATA DO LEITE O INFORMATIVO DE MERCADO DA PECUÁRIA LEITEIRA 138 setembro de 2009 SCOT CONSULTORIA 5
INSUMOS AGROPECUÁRIOS
TANQUES DE EXPANSÃO MOURÕES R$/Dúzia US$/Dúzia
Capacidade
Horas R$ Depreciação anual R$/ litro armazenável
(Litros) AROEIRA - ESTICADOR 2,5m 1.200,00 652,17
200 24 6.623,00 819,60 0,0112 AROEIRA - LASCA 280,00 152,17
200 48 6.623,00 819,60 0,0112 ESTICADOR DE CIMENTO - 1,5m 372,00 202,17
250 24 7.805,00 965,87 0,0106 ESTICADOR DE CIMENTO - 2,5m 408,00 221,74
250 48 7.805,00 965,87 0,0106 ESTICADOR DE CIMENTO - 2,8m 432,00 234,78
300 24 10.185,00 1.260,39 0,0115 ESTICADOR DE CIMENTO – 3 m 528,00 286,96
300 48 8.513,10 1.053,50 0,0096 EUCALIPTO - 12 a 15cm 144,00 78,26
350 24 8.784,00 1.087,02 0,0085 EUCALIPTO - 17 a 20cm 336,00 182,61
350 48 8.763,00 1.084,42 0,0085 EUCALIPTO - 6 a 8cm 63,60 34,57
500 24 9.438,00 1.167,95 0,0064 EUCALIPTO - 9 a 12cm 110,00 59,78
500 48 8.800,00 1.089,00 0,0060
EUCALIPTO - ESTICADOR 10 a 13cm; 2,5m 110,00 59,78
650 24 11.002,00 1.361,50 0,0057
EUCALIPTO - ESTICADOR 12 a 14cm; 2,5m 185,00 100,54
650 48 10.714,00 1.325,86 0,0056
EUCALIPTO - ESTICADOR 13 a 16cm; 2,5m 252,00 136,96
750 24 12.138,50 1.502,14 0,0055
EUCALIPTO - ESTICADOR 14 a 17cm; 2,5m 280,00 152,17
750 48 10.527,00 1.302,72 0,0048
EUCALIPTO - ESTICADOR 16 a 20cm; 2,5m 336,00 182,61
800 24 12.960,00 1.603,80 0,0055
EUCALIPTO - LASCA 72,00 39,13
800 48 12.125,00 1.500,47 0,0051
ITAÚBA - ESTICADOR 2,7m 1.320,00 717,39
1.000 24 13.339,60 1.650,78 0,0045
ITAÚBA – LASCA 250,00 135,87
1.000 48 12.463,00 1.542,30 0,0042
MASSARANDUBA - LASCA 240,00 130,43
1.250 24 15.188,00 1.879,52 0,0041
MOURÃO DE AÇO - 2,20m 302,11 164,19
1.250 48 14.209,00 1.758,36 0,0039
1.270 24 15.638,00 1.935,20 0,0042 MOURÃO DE AÇO - 2,20 m galvanizado 433,35 235,52
1.270 48 14.947,00 1.849,69 0,0040 MOURÃO DE CIMENTO - 2,2m 288,00 156,52
1.300 24 17.701,95 2.190,62 0,0046 MOURÃO DE CIMENTO - 2,5m 372,00 202,17
1.300 48 16.692,90 2.065,75 0,0044 MOURÃO DE CIMENTO - 2,8m 336,00 182,61
1.500 24 15.730,00 1.946,59 0,0036 MOURÃO DE CIMENTO - 3m 432,00 234,78
1.500 48 15.125,00 1.871,72 0,0034
1.600 24 17.424,00 2.156,22 0,0037 COCHOS PARA RAÇÃO Material Módulo R$/Módulo R$/m
1.600 48 16.589,00 2.052,89 0,0035
2.000 24 18.205,00 2.252,87 0,0031 ITABIRA Concreto 1,5 m 300,00 200,00
2.000 48 17.228,00 2.131,97 0,0029 ITABIRA Concreto 2 m 335,00 167,50
2.500 24 22.858,00 2.828,68 0,0031 ITABIRA Concreto 3 m 450,00 150,00
2.500 48 18.812,00 2.327,99 0,0026 PRÁTICO MAXXI 2.0 Madeira 2 m 1.760,00 880,00
3.000 24 24.250,00 3.000,94 0,0027 PRÁTICO TRADICIONAL 2.0 Madeira 2 m 1.590,00 795,00
3.000 48 21.446,00 2.653,94 0,0024 R$/
4.000 24 35.000,00 4.331,25 0,0030 COCHOS PARA SAL Material Módulo
Módulo
R$/m
4.000 48 29.155,00 3.607,93 0,0025 ITABIRA Concreto 2,5 m 1.075,00 430,00
5.000 24 39.000,00 4.826,25 0,0026 PRÁTICO MAXXI 2.0 Madeira 2 m 1.760,00 880,00
5.000 48 34.305,00 4.245,24 0,0023 PRÁTICO TRADICIONAL 2.0 Madeira 2 m 1.590,00 795,00
6.000 24 50.054,00 6.194,18 0,0028 UNICOCHO Polietileno 1,91 m 122,02 63,88
6.000 48 42.077,00 5.207,03 0,0024 ZILOTTI Concreto 2,5 m 220,00 88,00
ARAMES Marca Referência R$ R$/km 1 CALCÁRIO R$/t US$/t
E ACESSÓRIOS CALCÍTICO - CENTRO OESTE 42,00 22,83
BALANCIM BELGO BEKAERT cento 111,00 444,00 CALCÍTICO - MINAS GERAIS 23,50 12,77
BALANCIM GERDAU cento 140,00 560,00 CALCÍTICO - PARANÁ 35,00 19,02
CATRACA HM unidade 2,90 23,20 DOLOMÍTICO - CENTRO OESTE 32,00 17,39
CATRACA CAÇULA unidade 3,00 24,00 DOLOMÍTICO - MINAS GERAIS 23,00 12,50
CORDOALHA BELGO BEKAERT 250 m 456,00 - DOLOMÍTICO - PARANÁ 13,00 7,07
CORDOALHA BELGO BEKAERT 500 m 1.210,00 - DOLOMÍTICO - SÃO PAULO 33,00 17,93
CORDOALHA GERDAU 500 m 1.030,23 - MAGNESIANO - CENTRO OESTE 42,00 22,83
CORDOALHA GERDAU 250 m 375,00 - MAGNESIANO - MINAS GERAIS 23,50 12,77
FARPADO MOTTO - BELGO BEKAERT 500 m 155,80 1.246,40
FARPADO MOTTO - BELGO BEKAERT 400 m 162,00 1.620,00 TRONCOS DE Marca
Preço Preço
R$ US$
FARPADO VARJÃO - BELGO BEKAERT 400 m 175,00 1.750,00 CONTENÇÃO
FARPADO RODEIO - BELGO BEKAERT 500 m 144,90 1.159,20 Americano Fixo* Coimma 9.650,00 5.244,57
FARPADO NELORE - MORLAN 500 m 200,00 1.600,00 Americano Fixo* Açores 9.000,00 4.891,30
GRAMPO AROEIRINHA GIOMETTI kg 7,39 44,34 Convencional Fixo* Coimma 10.700,00 5.815,22
GRAMPO GALVANIZADO GERDAU kg 4,90 29,40 Convencional Fixo* Açores 9.500,00 5.163,04
GRAMPO GALVANIZADO BELGO BEKAERT kg 5,20 31,20 Fixo* Beckhauser 10.848,00 5.895,65
GRAMPO POLIDO BELGO BEKAERT kg 5,61 33,66 Padrão* Valfran 9.970,00 5.418,48
GRAMPO POLIDO GERDAU kg 4,40 26,40 Parede móvel* Beckhauser 12.288,00 6.678,26
LISO Z-700 - BELGO BEKAERT 1.000 m 260,00 1.040,00 Trapézio* Beckhauser 14.285,00 7.763,59
LISO PANTANAL - MORLAN 1.000 m 310,00 1.240,00 Tronco PH* Beckhauser 14.333,00 7.789,67
LISO OVALADO - GERDAU 500 m 149,30 1.194,40 VF Premium Parede móvel* Valfran 7.990,00 4.342,39
LISO OVALADO - GERDAU 1.000 m 279,30 1.117,20 * Preço na fábrica
PARA CERCA ELÉTRICA ** GERDAU 500 m 136,92 547,68
PARA CERCA ELÉTRICA** GERDAU 1.000 m 261,00 522,00
PARA CERCA ELÉTRICA ** BELGO ELETRIX 500 m 114,87 459,48 Scot Consultoria
PARA CERCA ELÉTRICA ** BELGO ELETRIX 1.000 m 197,00 394,00
Cerca com 4 fios de Arame ** Cerca elétrica com dois fios Desenvolver e fortalecer o agronegócio
1 Os custos por quilometro de cerca correspondem apenas aos gastos com cada item separadamente.
SCOT CONSULTORIA - 17 3343 5111 ou fax 17 3342 5590 - Caixa postal 14 - 14700-970 - Bebedouro-SP - scotconsultoria@scotconsultoria.com.br – www.scotconsultoria.com.br