SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
DOENÇA DO REFLUXO
GASTRO ESOFÁGICO
    (D.R.G.E.)




               Dr. Marcelo Falcão
Definição
† OCORRE QUANDO O REFLUXO DE CONTEÚDO
  GÁSTRICO PARA O ESÔFAGO CAUSA SINTOMAS
  E/OU COMPLICAÇÕES.




                                  Dr. Marcelo Falcão
Epidemiologia
† Está entre as mais freqüentes doenças do trato
  gastro intestinal superior.

† Prevalência de 04-09% ( até mais de 10% nos
  estados unidos).

† Sem predominância de sexo ou raça.


                                        Dr. Marcelo Falcão
Epidemiologia
† 07% da população tem pirose diariamente
† 14% tem pirose 01 vez por semana
† 44% tem pirose 01 vez por mês
† 90% tem pirose 01 vez por ano
† 50% da população tem ou vai apresentar
  sintomas de DRGE durante sua vida


                                      Dr. Marcelo Falcão
Epidemiologia

† Prevalência de 02% para esofagite
† 120 anos casos por 100.000 pessoas/ano
† Aumento da incidência após os 50a.
† Esofagite severa predomina em homens.



                                       Dr. Marcelo Falcão
Fisiopatologia
• Mecanismos antirefluxo

• Hérnia hiatal

• Conteúdo e motilidade gástricos

• “Clareamento”esofágico

• Resistência do epitélio esofágico



                                      Dr. Marcelo Falcão
Quadro Clínico
• Pirose
• Hipersalivação
• Regurgitação
• Disfagia
• Dor torácica
• Anemia não esclarecida


                            Dr. Marcelo Falcão
Quadro Clínico
• “Non cardiac chest pain”(dor torácica)
• Manifestações pulmonares:
  –   Pigarro
  –   Tosse espasmodica
  –   Bronco pneumonia
  –   Asma
• Manifestações OTR:
  –    Rouquidão
  –    Lesões em cordas vocais
  –    Laringite crônica


                                      Dr. Marcelo Falcão
Quadro Clínico
• Exames Complementares

  - Endoscopia
  - Biópsia/citologia
  - Radiologia
  - pHmetria de 24h
  - Manometria
  - Cintilografia
  - Testes “provocativos” – Bernestein test




                                              Dr. Marcelo Falcão
Endoscopia
Esofagite GI      Esofagite GII       Barret -”Short”




                                          Barret
                Displasia no Barret




 Câncer
Phmetria




           Dr. Marcelo Falcão
Manometria




             Dr. Marcelo Falcão
SENSIBILIDADE x ESPECIFICIDADE


EXAME           SENS.                ESPEC.

E.D.A           62%                  96%
T.P. REFLUXO    59%                  98%
MANOMETRIA      84%                  89%
PHMETRIA 24H    96%                  96%

                        De. Meester, Tr surgery: 1987




                                        Dr. Marcelo Falcão
EXAME x ÍNDICE DIAGNÓSTICO


                ÍNDICE DIAGNÓSTICO
                     “ACCURACY”


EDA                      86%
T.P. REFLUXO             81%
MANOMETRIA               87%
PHMETRIA 24H             96%


                          Dr. Marcelo Falcão
CLASSIFICAÇÃO ENDOSCÓPICA ESOFAGITE

† Classificação de Savary-Miller:
  ӿ Grau I:
     o Erosões isoladas
  ӿ Grau II:
     o Erosões confluentes
  ӿ Grau III:
     o Erosões “circuferenciais”
  ӿ Grau IV:
     o Complicações; úlcera, estenose, Barret

                                                Dr. Marcelo Falcão
CLASSIFICAÇÃO
      ENDOSCOPICA/RADIOLÓGICA DE
            HERNIA HIATAL
† Hérnia hiatal por deslizamento ( classificação ):
                                                      Pinçamento
                                                      Diafragmático
   ӿ Grau I:
      o Até 04cm
   ӿ Grau II:                         TEG
      o 04-06cm
                                        Saco
   ӿ Grau III:
                                   Diafragma
      o >06cm.
                                                      T.E.G.


                                                      Dr. Marcelo Falcão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
† Dispepsia não ulcerosa ( quadro clínico; endoscopia; manometria;
  cintilografia)

† Úlcera péptica ( endoscopia )

† Alterações motoras ( manometria )

† Colecistopatia ( us; cintilografia )

† Coronariopatias ( E.C.G.;teste ergométrico )

† Pneumopatia ( r-x de tórax; teste de função pulmonar)



                                                          Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CLÍNICO

† Alterações comportamentais

† Terapia anti-secretora

† Procinéticos

† Terapêutica combinada

† Terapêutica de manutenção

    “80-90% dos pacientes com DRGE respondem bem ao
                     tratamento clínico”

                                               Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CLÍNICO x CIRÚRGICO


ӿ A cirurgia não deve ser indicada na intenção de
 que os pacientes não mais necessitem de
 medicamentos a longo prazo


ӿ A cirurgia não deve ser indicada na intenção de
 prevenir câncer

                                        Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
              INDICAÇÕES
† Intratabilidade clínica/Opção do paciente
† Úlcera esofágica             Intratabilidade clínica

† Estenose
† Sangramento
† Esôfago de Barret
† Manifestações pulmonares/OTR refratárias.

                                             Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES
† INTRATABILIDADE CLÍNICA
  - LITERATURA CONTROVERSA.
                                            Úlcera esofágica
  - AUSÊNCIA DE CICATRIZAÇÃO DA ESOFAGITE
    EROSIVA APÓS 2 TRATAMENTOS COM IBP +
    CISAPRIDA.


  - INCAPACIDADE DO TRATAMENTO CLÍNICO EM
    PROMOVER “DOWN STAGE” NO GRAU DA
    ESOFAGITE.


  - RECIDIVA DA ESOFAGITE DURANTE TERAPÊUTICA
     DE MANUTENÇÃO.                             Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES
† INTRATABILIDADE CLÍNICA

  -OPÇÃO DO PACIENTE
  -PACIENTE JOVEM
  -ÚLCERA ESOFÁGICA
  -ESTENOSE PASSÍVEL DE DILATAÇÃO
  -SANGRAMENTO
  -ESOFAGO DE BARRET
  -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS (SUPRA ESOFÁGICOS)
  -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS
  -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS (OTR)

                                              Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
       CONTRA INDICAÇÕES
† ESCLERODERMIA
† ESPASMO ESOFAGEANO DIFUSO
† ACALASIA
† BARRET DE ALTO GRAU
† NEOPLASIA


                              Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
          COMPLIAÇÕES ESPECÍFICAS
† PERFURAÇÃO DO ESOFAGO
† PERFURAÇÃO DO ESTOMAGO
† PNEUMOTORAX


† Complicações Gerais:
  ӿ   Barret
  ӿ   Estenose
  ӿ   Úlcera esofágica
  ӿ   Manifestações extra esofágicas persistentes
  ӿ   Desejo do paciente ?                          Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO OBJETIVOS
† Reconduzir o esôfago abdominal ao seu sítio.
† Corrigir os defeitos do hiato diagragmático
  ӿ Hiatoplastia
† Confeccionar mecanismo anti-refluxo
  ӿ Fundoplicatura
† Restaurar a pressão do E.I.E.




                                          Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO OBJETIVOS
  CORRIGIR OS DEFEITOS DO HIATO DIAGRAGMÁTICO - HIATOPLASTIA




                                                        Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
             FUNDOPLICATURAS

† 180 º / LOTART JACOB
   ӿ Fundoplicatura Lateral
† 270 º / LIND - TOUPET
   ӿ Fundoplicatura postero-lateral
† 360 º / NISSEN - ROSSET
   ӿ Fundoplicatura Total
† 360 º no centro - 270 º nas extremidades / ARANHA -
  BRANDALISE
   ӿ Fundoplicatura mista
                                               Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
              RESULTADOS
† Cirurgia oferece bons resultados em 85-95% dos
  casos

† Nissen x Lind obtém resultados superponíveis


  “A cirurgia laparoscópica atende aos passos técnicos da
       cirurgia convencional com as vantagens da via
      laparoscópica e com menor morbi-mortalidade
                (resultados de curto prazo)”.

                                                Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
CONVENCIONAL X LAPAROSCÓPICO
• I Consenso Brasileiro da D.R.G.E., 2000
  • Savassi-Rocha
     • Estudos randomizados e não randomizados
        • Melhora dos sintomas e contenção do refluxo
            • Resultados semelhantes (curto e médio prazos)
        • Mortalidade e morbidade (geral)
             na convencional
        • Complicações específicas
             na laparoscópica
        • Custos (geral)
             na convencional
        • Qualidade de vida
            • Convencional = Laparoscópica               Dr. Marcelo Falcão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
FUNDOPLICATURAS LAPAROSCÓPICAS

      † 1991              36%
      † 1992              71%
      † 1993              92%
      † 1994              97%
       Acad. Francesa de Cirurgia

                                    Dr. Marcelo Falcão

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Câncer gástrico
Câncer gástrico Câncer gástrico
Câncer gástrico gabrielrb87
 
Protocolo De Tumor De Esôfago
Protocolo De Tumor De EsôfagoProtocolo De Tumor De Esôfago
Protocolo De Tumor De EsôfagoVagner
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoCaroline Reis Gonçalves
 
Derrame pleural parapneumonico
Derrame pleural parapneumonico Derrame pleural parapneumonico
Derrame pleural parapneumonico Mônica Firmida
 
Hernia inguinais . dr. falcão
Hernia inguinais . dr. falcãoHernia inguinais . dr. falcão
Hernia inguinais . dr. falcãoMarcelo Falcao
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudopauloalambert
 
Refluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoWelisson Porto
 
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 

Mais procurados (20)

Hérnias abdominais
Hérnias abdominaisHérnias abdominais
Hérnias abdominais
 
Câncer gástrico
Câncer gástrico Câncer gástrico
Câncer gástrico
 
Apendicite aguda
Apendicite agudaApendicite aguda
Apendicite aguda
 
DRGE
DRGEDRGE
DRGE
 
Manejo Conservador do Prolapso Genital
Manejo Conservador do Prolapso GenitalManejo Conservador do Prolapso Genital
Manejo Conservador do Prolapso Genital
 
Protocolo De Tumor De Esôfago
Protocolo De Tumor De EsôfagoProtocolo De Tumor De Esôfago
Protocolo De Tumor De Esôfago
 
Dispnéia 2014
Dispnéia 2014Dispnéia 2014
Dispnéia 2014
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Protocolo FAST POCUS
Protocolo  FAST POCUSProtocolo  FAST POCUS
Protocolo FAST POCUS
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
 
Derrame pleural parapneumonico
Derrame pleural parapneumonico Derrame pleural parapneumonico
Derrame pleural parapneumonico
 
Hernia inguinais . dr. falcão
Hernia inguinais . dr. falcãoHernia inguinais . dr. falcão
Hernia inguinais . dr. falcão
 
Refluxo gastroesofágico
Refluxo gastroesofágicoRefluxo gastroesofágico
Refluxo gastroesofágico
 
Neoplasias Periampulares
Neoplasias PeriampularesNeoplasias Periampulares
Neoplasias Periampulares
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudo
 
Refluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo Gastroesofágico
 
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
 
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
 

Destaque (19)

Doença do refluxo gastroesofágico
Doença do refluxo gastroesofágicoDoença do refluxo gastroesofágico
Doença do refluxo gastroesofágico
 
DRGE Dr.Falcão, 2012
DRGE   Dr.Falcão, 2012DRGE   Dr.Falcão, 2012
DRGE Dr.Falcão, 2012
 
Refluxo gastroesofágico-drge
Refluxo gastroesofágico-drgeRefluxo gastroesofágico-drge
Refluxo gastroesofágico-drge
 
Refluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSRefluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MS
 
Megacolon ufba.
Megacolon ufba.Megacolon ufba.
Megacolon ufba.
 
Pancreatites .
Pancreatites .Pancreatites .
Pancreatites .
 
Peritonites
PeritonitesPeritonites
Peritonites
 
Acalasia
AcalasiaAcalasia
Acalasia
 
Doença de gaucher
Doença de gaucherDoença de gaucher
Doença de gaucher
 
Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2
 
Traumatismos esofágicos (Dr Juan Carlos Meneu Diaz). Oncocir. Clinica Ruber
Traumatismos esofágicos (Dr Juan Carlos Meneu Diaz). Oncocir. Clinica RuberTraumatismos esofágicos (Dr Juan Carlos Meneu Diaz). Oncocir. Clinica Ruber
Traumatismos esofágicos (Dr Juan Carlos Meneu Diaz). Oncocir. Clinica Ruber
 
Trauma Esofagico
Trauma EsofagicoTrauma Esofagico
Trauma Esofagico
 
Aula sistema digestorio
Aula sistema digestorioAula sistema digestorio
Aula sistema digestorio
 
Hipert. portal
Hipert. portalHipert. portal
Hipert. portal
 
Câncer de esôfago
Câncer de esôfagoCâncer de esôfago
Câncer de esôfago
 
Gastrite
GastriteGastrite
Gastrite
 
Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1
 
Cirurgia Bariátrica - Núcleo do Obeso
Cirurgia Bariátrica - Núcleo do ObesoCirurgia Bariátrica - Núcleo do Obeso
Cirurgia Bariátrica - Núcleo do Obeso
 
Indicações e técnicas para a cirurgia bariátrica
Indicações e técnicas para a cirurgia bariátricaIndicações e técnicas para a cirurgia bariátrica
Indicações e técnicas para a cirurgia bariátrica
 

Semelhante a DRGE: Doença do Refluxo Gastroesofágico

Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Dario Hart
 
APENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfAPENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfSamuel Dianin
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptDiagnostic Radiologist
 
patologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfpatologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfRobertJnior
 
Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial LaparoscópicaNefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial LaparoscópicaUrovideo.org
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Doencas pulmonares difusas
Doencas pulmonares difusasDoencas pulmonares difusas
Doencas pulmonares difusasFlávia Salame
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominaisdapab
 
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoLAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoEnfº Ícaro Araújo
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cisticaMandydra
 
Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT felippehenrique
 
Propedeutica reumato lourdes 2016
Propedeutica reumato lourdes 2016Propedeutica reumato lourdes 2016
Propedeutica reumato lourdes 2016ERALDO DOS SANTOS
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESTRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESdouglas870578
 
Via aérea dificil
Via aérea dificilVia aérea dificil
Via aérea dificilAnestesiador
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Urovideo.org
 

Semelhante a DRGE: Doença do Refluxo Gastroesofágico (20)

Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
 
APENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfAPENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdf
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
 
patologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfpatologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdf
 
Apendicitis aguda.pdf
Apendicitis aguda.pdfApendicitis aguda.pdf
Apendicitis aguda.pdf
 
Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial LaparoscópicaNefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial Laparoscópica
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
 
Hemangioma
HemangiomaHemangioma
Hemangioma
 
Doencas pulmonares difusas
Doencas pulmonares difusasDoencas pulmonares difusas
Doencas pulmonares difusas
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominais
 
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoLAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT
 
Propedeutica reumato lourdes 2016
Propedeutica reumato lourdes 2016Propedeutica reumato lourdes 2016
Propedeutica reumato lourdes 2016
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESTRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
 
Hemorragia digestiva show13
Hemorragia digestiva show13Hemorragia digestiva show13
Hemorragia digestiva show13
 
Via aérea dificil
Via aérea dificilVia aérea dificil
Via aérea dificil
 
Tomografia do Abdome
Tomografia do Abdome Tomografia do Abdome
Tomografia do Abdome
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
 

Último

TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 

Último (7)

TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 

DRGE: Doença do Refluxo Gastroesofágico

  • 1. DOENÇA DO REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO (D.R.G.E.) Dr. Marcelo Falcão
  • 2. Definição † OCORRE QUANDO O REFLUXO DE CONTEÚDO GÁSTRICO PARA O ESÔFAGO CAUSA SINTOMAS E/OU COMPLICAÇÕES. Dr. Marcelo Falcão
  • 3. Epidemiologia † Está entre as mais freqüentes doenças do trato gastro intestinal superior. † Prevalência de 04-09% ( até mais de 10% nos estados unidos). † Sem predominância de sexo ou raça. Dr. Marcelo Falcão
  • 4. Epidemiologia † 07% da população tem pirose diariamente † 14% tem pirose 01 vez por semana † 44% tem pirose 01 vez por mês † 90% tem pirose 01 vez por ano † 50% da população tem ou vai apresentar sintomas de DRGE durante sua vida Dr. Marcelo Falcão
  • 5. Epidemiologia † Prevalência de 02% para esofagite † 120 anos casos por 100.000 pessoas/ano † Aumento da incidência após os 50a. † Esofagite severa predomina em homens. Dr. Marcelo Falcão
  • 6. Fisiopatologia • Mecanismos antirefluxo • Hérnia hiatal • Conteúdo e motilidade gástricos • “Clareamento”esofágico • Resistência do epitélio esofágico Dr. Marcelo Falcão
  • 7. Quadro Clínico • Pirose • Hipersalivação • Regurgitação • Disfagia • Dor torácica • Anemia não esclarecida Dr. Marcelo Falcão
  • 8. Quadro Clínico • “Non cardiac chest pain”(dor torácica) • Manifestações pulmonares: – Pigarro – Tosse espasmodica – Bronco pneumonia – Asma • Manifestações OTR: – Rouquidão – Lesões em cordas vocais – Laringite crônica Dr. Marcelo Falcão
  • 9. Quadro Clínico • Exames Complementares - Endoscopia - Biópsia/citologia - Radiologia - pHmetria de 24h - Manometria - Cintilografia - Testes “provocativos” – Bernestein test Dr. Marcelo Falcão
  • 10. Endoscopia Esofagite GI Esofagite GII Barret -”Short” Barret Displasia no Barret Câncer
  • 11. Phmetria Dr. Marcelo Falcão
  • 12. Manometria Dr. Marcelo Falcão
  • 13. SENSIBILIDADE x ESPECIFICIDADE EXAME SENS. ESPEC. E.D.A 62% 96% T.P. REFLUXO 59% 98% MANOMETRIA 84% 89% PHMETRIA 24H 96% 96% De. Meester, Tr surgery: 1987 Dr. Marcelo Falcão
  • 14. EXAME x ÍNDICE DIAGNÓSTICO ÍNDICE DIAGNÓSTICO “ACCURACY” EDA 86% T.P. REFLUXO 81% MANOMETRIA 87% PHMETRIA 24H 96% Dr. Marcelo Falcão
  • 15. CLASSIFICAÇÃO ENDOSCÓPICA ESOFAGITE † Classificação de Savary-Miller: ӿ Grau I: o Erosões isoladas ӿ Grau II: o Erosões confluentes ӿ Grau III: o Erosões “circuferenciais” ӿ Grau IV: o Complicações; úlcera, estenose, Barret Dr. Marcelo Falcão
  • 16. CLASSIFICAÇÃO ENDOSCOPICA/RADIOLÓGICA DE HERNIA HIATAL † Hérnia hiatal por deslizamento ( classificação ): Pinçamento Diafragmático ӿ Grau I: o Até 04cm ӿ Grau II: TEG o 04-06cm Saco ӿ Grau III: Diafragma o >06cm. T.E.G. Dr. Marcelo Falcão
  • 17. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL † Dispepsia não ulcerosa ( quadro clínico; endoscopia; manometria; cintilografia) † Úlcera péptica ( endoscopia ) † Alterações motoras ( manometria ) † Colecistopatia ( us; cintilografia ) † Coronariopatias ( E.C.G.;teste ergométrico ) † Pneumopatia ( r-x de tórax; teste de função pulmonar) Dr. Marcelo Falcão
  • 18. TRATAMENTO CLÍNICO † Alterações comportamentais † Terapia anti-secretora † Procinéticos † Terapêutica combinada † Terapêutica de manutenção “80-90% dos pacientes com DRGE respondem bem ao tratamento clínico” Dr. Marcelo Falcão
  • 19. TRATAMENTO CLÍNICO x CIRÚRGICO ӿ A cirurgia não deve ser indicada na intenção de que os pacientes não mais necessitem de medicamentos a longo prazo ӿ A cirurgia não deve ser indicada na intenção de prevenir câncer Dr. Marcelo Falcão
  • 20. TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES † Intratabilidade clínica/Opção do paciente † Úlcera esofágica Intratabilidade clínica † Estenose † Sangramento † Esôfago de Barret † Manifestações pulmonares/OTR refratárias. Dr. Marcelo Falcão
  • 21. TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES † INTRATABILIDADE CLÍNICA - LITERATURA CONTROVERSA. Úlcera esofágica - AUSÊNCIA DE CICATRIZAÇÃO DA ESOFAGITE EROSIVA APÓS 2 TRATAMENTOS COM IBP + CISAPRIDA. - INCAPACIDADE DO TRATAMENTO CLÍNICO EM PROMOVER “DOWN STAGE” NO GRAU DA ESOFAGITE. - RECIDIVA DA ESOFAGITE DURANTE TERAPÊUTICA DE MANUTENÇÃO. Dr. Marcelo Falcão
  • 22. TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES † INTRATABILIDADE CLÍNICA -OPÇÃO DO PACIENTE -PACIENTE JOVEM -ÚLCERA ESOFÁGICA -ESTENOSE PASSÍVEL DE DILATAÇÃO -SANGRAMENTO -ESOFAGO DE BARRET -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS (SUPRA ESOFÁGICOS) -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS -SINTOMAS EXTRA-DIGESTIVOS (OTR) Dr. Marcelo Falcão
  • 23. TRATAMENTO CIRÚRGICO CONTRA INDICAÇÕES † ESCLERODERMIA † ESPASMO ESOFAGEANO DIFUSO † ACALASIA † BARRET DE ALTO GRAU † NEOPLASIA Dr. Marcelo Falcão
  • 24. TRATAMENTO CIRÚRGICO COMPLIAÇÕES ESPECÍFICAS † PERFURAÇÃO DO ESOFAGO † PERFURAÇÃO DO ESTOMAGO † PNEUMOTORAX † Complicações Gerais: ӿ Barret ӿ Estenose ӿ Úlcera esofágica ӿ Manifestações extra esofágicas persistentes ӿ Desejo do paciente ? Dr. Marcelo Falcão
  • 25. TRATAMENTO CIRÚRGICO OBJETIVOS † Reconduzir o esôfago abdominal ao seu sítio. † Corrigir os defeitos do hiato diagragmático ӿ Hiatoplastia † Confeccionar mecanismo anti-refluxo ӿ Fundoplicatura † Restaurar a pressão do E.I.E. Dr. Marcelo Falcão
  • 26. TRATAMENTO CIRÚRGICO OBJETIVOS CORRIGIR OS DEFEITOS DO HIATO DIAGRAGMÁTICO - HIATOPLASTIA Dr. Marcelo Falcão
  • 27. TRATAMENTO CIRÚRGICO FUNDOPLICATURAS † 180 º / LOTART JACOB ӿ Fundoplicatura Lateral † 270 º / LIND - TOUPET ӿ Fundoplicatura postero-lateral † 360 º / NISSEN - ROSSET ӿ Fundoplicatura Total † 360 º no centro - 270 º nas extremidades / ARANHA - BRANDALISE ӿ Fundoplicatura mista Dr. Marcelo Falcão
  • 28. TRATAMENTO CIRÚRGICO RESULTADOS † Cirurgia oferece bons resultados em 85-95% dos casos † Nissen x Lind obtém resultados superponíveis “A cirurgia laparoscópica atende aos passos técnicos da cirurgia convencional com as vantagens da via laparoscópica e com menor morbi-mortalidade (resultados de curto prazo)”. Dr. Marcelo Falcão
  • 29. TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL X LAPAROSCÓPICO • I Consenso Brasileiro da D.R.G.E., 2000 • Savassi-Rocha • Estudos randomizados e não randomizados • Melhora dos sintomas e contenção do refluxo • Resultados semelhantes (curto e médio prazos) • Mortalidade e morbidade (geral)  na convencional • Complicações específicas  na laparoscópica • Custos (geral)  na convencional • Qualidade de vida • Convencional = Laparoscópica Dr. Marcelo Falcão
  • 30. TRATAMENTO CIRÚRGICO FUNDOPLICATURAS LAPAROSCÓPICAS † 1991 36% † 1992 71% † 1993 92% † 1994 97% Acad. Francesa de Cirurgia Dr. Marcelo Falcão