O documento discute a semiologia do paciente politraumatizado. Ele define politrauma como múltiplas lesões que podem levar a disfunção de órgãos não diretamente afetados pelo trauma. O documento também descreve a abordagem ATLS para avaliação e tratamento inicial de politraumatizados, incluindo exame primário dos sistemas ABCDE e medidas para estabilização do paciente.
2. DEFINIÇÃO DE POLITRAUMA
- A definição do que é um paciente politraumatizado é
difícil e controversa
- Trentz: múltiplas lesões com reação sistêmica
sequencial, que pode levar à disfunção ou falha de órgãos
remotos e sistemas vitais que não foram diretamente
acometidos pelo trauma.
3. DADOS
- Traumas matam mais que as três grandes
endemias: malária, tuberculose e AIDS (OPAS
Brasil)
- Estados Unidos gasta cerca de 150 bilhões de
dólares por ano no tratamento das incapacidades
resultantes de acidentes.
4.
5. Distribuição Global da Mortalidade por Trauma
1º pico: segundos a minutos do trauma.(ex: lesão
aorta, coração, gdes vasos).
2º pico: minutos a várias horas do trauma. (ex:
ruptura de baço, fígado, fraturas pélvicas).
3º pico: dias a semanas do trauma.
9. James Styner, ele é ORTOPEDISTA!
O ATLS surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. Teve como fator
precipitador um acidente ocorrido com um ortopedista do estado de
Nebraska, Dr. James Stimmer, enquanto pilotava seu avião.
ATLS (Advanced Trauma and Life Support)
É um treinamento téorico-prático, desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, para
médicos que atuam nos serviços de emergências.
10. AMERICAN COLLEGE OF
SURGIONS COMMITTEE ON
TRAUMA .
Advanced Trauma Life Suport
ATLS. 10 ed. , 2018.
*Faloppa - Propedeutica Ortopedica e Traumatologica, 1ed
11. ATLS - INTRODUÇÃO
1- Preparação
2- Triagem
3- Exame primário (ABCDE)
4- Reanimação
5- Medidas auxiliares ao exame primário e à
reanimação
6- Exame secundário (da cabeça aos dedos dos
pés)
7- Medidas auxiliares ao exame secundário
8- Reavaliação e monitorização contínua
9- Cuidados definitivos
As avaliações primaria e secundária devem
ser repetidas com frequência
- com intuito de detectar qualquer deterioração
no estado do doente e
- de identificar as medidas terapêuticas a serem
adotadas tão logo se descubra a mudança
ocorrida.
12. ATLS – FASE PRÉ-HOSP
- Manutenção das vias aéreas;
- Controle dos sangramentos externos e do choque
- Imobilização do doente
- Transporte imediato ao PS.
Preparação- Planejamento antecipado da equipe
13. EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com PROTEÇÃO DA COLUNA
CERVICAL
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D “Disability” Incapacidade, Déficit neurológico
E Exposição/controle do ambiente
14. A - Vias aéreas com controle da coluna cervical
- Assegurar a permeabilidade - corpos estranhos, fraturas
faciais, mandibulares ou tráqueo-laríngeas
- Técnicas de manutenção das VAS:
- “chin lift”: elevação do queixo
- aspirador rígido
- “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula
subluxações de até 5mm, mesmo com o colar cervical
(APRAHAMIAN - 1984 ).
-cânula orofaríngea
15. A - Vias aéreas com controle da coluna cervical
- Considerar inicialmente lesão de coluna cervical
em todo politrauma
Retirar o colar:
-conscientes
-após palpação
-dúvida: Rx Coluna Cervical
16.
17. EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
18. Expor o tórax do paciente
- Inspeção, palpação, ausculta, percussão
- Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem
oxigenado
- Via aérea pérvia não significa uma ventilação adequada
- Não há necessidade de exame complementar para diagnosticar
lesões potencialmente fatais
- Nesta fase o oxímetro de pulso deve ser conectado ao paciente
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
20. EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
21. CIRCULATÓRIO
Hemorragia: principal causa de óbito no trauma
(Principal causa de mortes evitáveis)
Avaliação -nível de consciência
(menor perfusão cerebral)
-cor da pele (cianose – perda 30% volemia)
- PA (diminuição – perda 30% volemia)
- pulso (taquicardia, filiformes, ausentes)
- diurese (50ml/h); PVC
03 parâmetros rápidos: nível de consciência, cor de pele e pulso
22. EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
26. ESTADO NEUROLÓGICO
- Nível de consciência
-Glasgow (< 8 – intubação)
- A (Alerta)
- V ( resposta ao estímulo Verbal )
- D ( só responde a Dor )
- I ( Inconsciente )
- Pupilas : tamanho e reação (nl: isocóricas e fotorreagentes)
- Rebaixamento - diminuição oxigenação - lesão cerebral ou choque hipovolêmico
- Diagnóstico de exclusão: hipoglicemia, álcool e/ou outras drogas
27. ESTADO NEUROLÓGICO
- Fraturas de base de crânio
- Otorréia
- Rinorréia
- Sinal de Battle
(equimose reg. Mastóidea)
- Sinal de guaxinim
(equimose periorbitária)
28. EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
29. EXPOSIÇÃO
- Despir totalmente o paciente
- Cobrir o paciente: prevenir hipotermia
- Cobertores aquecidos
- Fluidos aquecidos
- Ambiente aquecido
História - A (Alergia)
- M (Medicação)
- P (Passado médico)
- L (Líquidos e alimentos ingeridos)
- A (Ambiente e eventos relacionados ao trauma)