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Catedr
al   de

               tr e-
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             D   Paris
           a
Catedral de Notre-
   Dame Paris
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas
            catedrais francesas em estilo gótico
A catedral de Notre-Dame de
Paris, considerada por Victor
Hugo como o paradigma das
catedrais francesas,
estabeleceu o modelo ideal
do templo gótico,
constituindo um dos
exemplos mais equilibrados e
coerentes deste período.
Bastante maltratada após a
Revolução Francesa, foi
reabilitada durante o século
XIX através de uma grande
campanha de trabalhos de
restauração orientados pelos
arquitetos Viollet-le-Duc e
Jean Baptiste Lassus.
A igreja foi erguida no local da primeira igreja
cristã de Paris, a Basílica de Saint-Étienne,
que por sua vez foi erguida sobre um antigo
templo galo-romano dedicado a Júpiter.
A catedral surge intimamente ligada à idéia
do gótico no seu esplendor: uma abordagem
nova da catedral como edifício de contacto e
ascensão espiritual. A arquitetura gótica é um
instrumento poderoso no seio de uma
sociedade que vê, no início do século XI, a
vida urbana transformar-se a um ritmo
acelerado. A cidade ressurge com uma
extrema importância no campo político e
econômico
Situa-se na praça Parvis, numa pequena ilha, a “Île de la

Cité” em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
Na ficção, as torres da igreja
         serviam como lar para o
         personagem principal do romance
         de Hugo, o Quasímodo.
              Na prática, a obra alertaria os
              franceses para a necessidade
              de recuperar um monumento
              nacional que já estava bastante
              deteriorado.

Sem esta grande restauração,
provavelmente não poderíamos hoje
apreciar o magnífico resultado
desta obra prima da Idade Média.
A citada restauração, levada a cabo no
século XIX e que deveu-se sobretudo ao
romance de Victor Hugo, que leva o nome da
Catedral, permitiu restituir a sua imagem
original gótica, dando-lhe o aspecto que
atualmente apresenta.
Foram reconstruídas as
esculturas destruídas pelos
revolucionários e
reintroduziram-se os quatro
níveis do alçado.
A atual agulha que coroa
exteriormente o cruzeiro
deve-se também a esta
restauração.
Sua construção foi iniciada no ano de
1.163, e dedicada a Maria, Mãe de Jesus,
daí o nome:
Notre-Dame (Nossa Senhora).
Ela é uma das mais belas igrejas do
mundo e, um símbolo da arquitetura
gótica.
Mas, ela é mais que isso.
Nos últimos nove séculos, a catedral
tem sido cenário dos grandes
acontecimentos da história da França
A Île de la Cité e a Île Saint-Louis




A Île de la Cité e a Île Saint-Louis são duas ilhas no rio Sena
em Paris, consideradas o centro da capital francesa.
Pode-se dizer que a Île de la Cité, é a célula mãe da cidade
medieval de Paris, que foi desenvolvendo-se em círculos
concêntricos ao redor deste ponto.
Na Île de la Cité se encontram dois belos exemplos da arte
gótica: a Catedral de Notre-Dame e a Saint Chapelle .
NOTRE-DAME




A Île de la Cité e a Île Saint-Louis
A Île de la Cité e a Île Saint-Louis
O local onde hoje se encontra a Catedral de Notre-
Dame sempre foi o centro religioso de Paris.
Primeiro os Celtas aí a tiveram como sua terra
sagrada e, mais tarde, os romanos construíram um
templo para adoração a Júpiter.
Entre os séculos IV e VII aí foi construída uma
basílica dedicada a St. Etienne.
 Em 1.163, Maurice de Sully, Bispo de París,
começou a construção da nova Catedral, sobre os
restos de duas antigas igrejas, ecujos trabalhos só
terminaram em 1.250. Sully desejava que fosse
construída com os recursos que o novo estilo
arquitetônico permitia: naves mais altas, janelas
maiores e, consequentemente, mais LUZ! Uma
Igreja no estilo GÓTICO.
MARCO ZERO - Placa de bronze, no pavimento na praça Parvis, em frente
 à fachada ocidental da catedral. Representa o “ponto zero”, a partir do
qual todas se calculam as distâncias das estradas nacionais francesas.

Sua planta é de extrema simplicidade:
a longa nave central, rodeada de duplas
naves laterais, cruza-se com o transepto,
cujos braços apenas afloram no exterior do
edifício.




 Maquete mostrando a
 atual planta em cruz
         latina.
A forma final do templo resultou de um conjunto de
modificações, ampliações e restaurações que
abrangem uma larga diacronia. À planta,
inicialmente retangular e extremamente compacta,
foi acrescentado o transepto que a tornou
cruciforme. Apresenta cinco naves que se
prolongam pela charola da profunda cabeceira.
Plano da abside da Notre
Dame de Paris, tal qual
era antes do acréscimo
das capelas do s. XIV.
Transepto




    Nave central



      Naves laterais
Notre Dame em números
•   Comprimento - 128 metros
•   Largura da nave central - 12 metros
•   Largura total - 40 metros de largura,
•   Altura interior da abóbada - 33 metros
•   Altura do telhado – 43m
•   Altura das torres – 60m
•   Altura do pináculo – 96m
•   Colunas ou pilares – 75
•   Outros números: 5 naves, 37 capelas, 113
    janelas
Notre Dame em números

• Sinos - Quatro na torre norte (Angélique-
 Françoise; Antoinette-Charlotte, Yacinthe-Jeanne,
 Denise-David) e um na torre sul - o famoso
 sino de nome Emmanuel, instalado em
 1.686 e que pesa 13 toneladas.
O edifício tem 127 metros de comprimento, 48
  metros de largura e 35 metros de altura é
  rematada em cima por abóbadas e dá o primeiro
  passo na construção colossal do gótico.
                    Fonte: www.cathedraldeparis.com
As Fachadas
   A fachada principal, a ocidental,
apresenta o mesmo modelo da igreja
    de Saint-Denis, precursora da
arquitetura gótica, uma derivação da
  fachada do românico normando.
A Fachada Ocidental

Esta é a fachada principal e não só a
de maior impacto e monumentalidade
      como também a de maior
            popularidade.
Fachada Oeste
Fachada Ocidental (oeste)

                    A fachada principal
                    apresenta três níveis
                    horizontais.
                    Contrafortes
                    ligeiramente
Fachada Ocidental   proeminentes a
                    dividem também em
                    três zonas verticais
                    unindo os dois pisos
                    inferiores e
                    reforçando os cunhais
                    das duas torres
                    laterais de 70 metros
                    de altura.
Torre Sul
  Nível superior


                    Galeria das gárgulas




Fachada Ocidental
                       Rosácea
   Intermediário

                    Galeria dos Reis

                    Portal do Julgamento

                    Portal da Virgem

      1o nível      Portal de Santa Ana
O primeiro nível

No primeiro nível são evidentes três
              portais.
Estes três portais foram construídos em
épocas diferentes.
São muito trabalhados, penetrando na parede
por uma sucessão de arcos em degrau ou
arquivoltas.
  O portal central destaca-se ligeiramente em
altura dos laterais.
A magnífica entrada da Catedral faz-
    se por estes três elaborados
    portões, onde cenas bíblicas,
      pintadas na idade Média,
  representam a vida da Virgem, o
 Julgamento Final, e a vida de
             Santa Ana.
Acima vê-se a Galeria dos reis da
Judéia e de Israeal. Em cima de
tudo, a Grande Rosácea, rematada
por uma galeria balaustrada de
traçaria.
Rosácea
                        Balaustrada
Galeria dos
   reis
Galeria dos Reis
Na transição para o nível intermediário
está esta fileira de estátuas de 3,5
metros de altura cada representando 28
reis de Judá e Israel.
Estas estátuas foram destruídas durante
a revolução francesa, pois os
revolucionários acreditavam que
representassem reis da França.
                         Foram
redesenhadas por Violet-le-Duc (1845).
                                     As
originais estão no Museu de Cluny.
Os 3 Portais
Apresenta três portais que surgem em épocas diferentes
e que formam um conjunto que passa a ser utilizado na
arquitetura a partir de meados do século XII.
1. Portal do Julgamento - o Central e mais novo do
conjunto.
2. Portal da Virgem - o da esquerda, pertence ao século
XIII, com iconografia referente a María.
3. Portal de Santa Ana - o da direita, vem da época do
início da construção da catedral.
1. Portal do Julgamento

O Central e mais novo do conjunto
Fachada Oeste, a
Portada principal
No românico a figura central do portal é
sempre Cristo Pantocrator, em ascensão aos
  céus, como parte dos acontecimentos de
 pentecostes ou no papel de Julgador.
Mas no gótico o tema do Julgamento passa a
    representar o papel principal no portal.
 Aqui, já não é o monge que inicia os fiéis no
   mundo iconográfico do sagrado. A fé e a
     experiência espiritual são, nesta fase,
       sobrepostos pela autoridade e lei
  representadas pelo bispo, o clero ligado à
                   cidade.
TÍMPANO                        ARQUIVOLTAS
Apresenta Cristo na   Nas arquivoltas Abraão recebe as
  pose de Julgador almas dos escolhidos e o Diabo as dos
revelando as chagas   pecadores. Concêntricos a Cristo
nas palmas das suas  surgem anjos, patriarcas, profetas,
       mãos.        dignitários, mártires e virgens santas.
                                                ARQUITRAVE
                                           A banda inferior
                                            da arquitrave,
                                               por estar
                                            danificada, foi
                                            substituída no
                                           século XVIII por
                                                 uma
                                            representação
                                           da ressurreição
                                            dos mortos. A
                                           banda superior
                                            representa os
                                           “escolhidos” e
                                                  os
                                            “condenados”
Na banda superior vemos os “escolhidos” e os
 “condenados”. Estão separados pelo Diabo e pelo arcanjo
              Miguel com a balança das almas.
  Os que entram no paraíso levam uma coroa, uma possível
alusão à santidade da coroa francesa ou mesmo da nobreza.
Cristo -
entre as
duas portas
do Portal
Central
Detalhe da arquivolta
                                            (esquerda) do Portal de
                                            Julgamento –
                                            Abraão recebendo as
                                            almas no Céu.

                           multidão rindo




Detalhe da arquivolta do
 Portal de Julgamento -
                Inferno
2. Portal da Virgem
           O portal da esquerda

Neste portal o volume corporal é mais acentuado e a
   representação mais realista, em oposição ao
             abstracionismo românico.
O magnífico tímpano de pedra foi esculpido no século
  XIII e mostra a morte da virgem Maria e a gloriosa
coroação no Céu. No entanto, a estátua da Virgem e o
    Menino entre os portais é uma obra moderna.
Tímpano: trata da coroação      Arquitrave: banda superior, são
de Maria: Cristo, sentado,      representados a morte e a ascensão
recebe-a e benze-a, enquanto    de Maria aos céus Cristo, no ponto
um anjo descende e a coroa.     central, toca o corpo de sua mãe,
                                como que num sinal à futura
                                ressurreição. Os apóstolos que
                                rodeiam a cena.
                                               banda inferior, seis
                                               patriarcas do Antigo
                                               Testamento e reis
                                               sentados entre um
                                               pequeno
                                               baldaquino.

                                                     Arquivoltas:
                                                     anjos,
                                                     profetas, reis e
                                                     santos
                                                     assistem ao
                                                     acontecimento
                                Virgem e
                                o Menino
Coroação de Maria: Cristo sentado, recebe-a e benze-a.
  Dois anjos ajoelhados carregam candelabros nas mãos.
3. Portal de Santa Ana
             O portal da direita

Ele vem da época do início da construção da catedral
e terá sido no início possivelmente pensado para um
              dos braços do transepto.
  No tímpano, que representa a Virgem com Cristo
    menino, transparece ainda uma forte ligação à
 escultura do românico tardio pela sua frontalidade,
  rigidez do vestuário e pouco índice volumétrico.
O tímpano, representa a Virgem Maria com
Jesus menino. Na proximidade da Virgem
(esquerda) está um rei ajoelhado, que se crê
ser Luís VII e a sua direita um bispo, que
poderá ser Sully, o impulsionador da
construção da catedral.
A arquitrave possui dois níveis:
 a) superior, de cerca de 1.170, com cenas da
vida de Maria e
        b) inferior, do início do século XIII,
altura em que o portal deverá ter sido
colocado neste local, retrata cenas da vida de
Sant’Ana e São Joaquim, pais de Maria, fato
que terá dado o nome ao portal.
Tímpano: Virgem                a) Nível superior
Maria com Jesus   ARQUITRAVE
menino                                        b) Nível inferior
O Nível intermédio

  Dominando o nível intermédio
encontra-se a rosácea de 13 metros
           de diâmetro.
ARCADA
Dominando o nível intermédio encontra-
se a rosácea de 13 metros de diâmetro,
bem ao centro e encaixada entre os
contrafortes; ladeada por janelas
gêmeas.
    À sua frente surge a estátua da
Virgem Maria com o Menino.
Seguindo o traçado do piso inferior, e
contribuindo para a unidade da fachada,
corre uma galeria de arcadas
rendilhadas rematando este nível em sua
zona superior.
Estátua da Virgem Maria com o Menino
O Nível Superior

  Aqui erguem-se as duas torres,
influência normanda do século XII
  que acabou por permanecer na
  arquitetura religiosa européia.
As duas torres de
      69 metros de
         altura
NORTE
                SUL
No nível superior, erguem-se as duas torres
de 69 metros de altura. dominando toda a
fachada ocidental do templo.

A torre sul acolhe o famoso sino de nome
“Emmanuel”.

É possível visitar a torre norte onde, após
uma subida de 386 degraus, pode-se
vislumbrar a cidade de Paris, os pináculos e
as gárgulas da catedral que povoaram o
romance de Victor Hugo.
O sino Emmanuel pesa 13 ton. Para
acionar seu badalo de 500 quilos, que
   só toca em datas especiais, são
       necessários oito homens




                                             Gárgula




                                        Torre Sul
“Galèrie des Chimères”
Gárgulas ou Quimeras

Na antiguidade acreditava-se que as
 gárgulas eram os guardiões das
  catedrais e que durante a noite,
          ganhavam vida.
Muitas das conhecidas figuras de Notre-
Dame não são, na verdade, medievais, tendo
 sido desenhadas por Viollet-le-Duc, já no
    século XIX, durante os trabalhos de
          restauração da Catedral.
Gárgulas: na arquitetura, são desaguadouros, ou
seja, a parte saliente das calhas de telhados que se
destina a escoar águas pluviais a certa distância da
parede e que, especialmente na Idade Média, eram
ornadas com figuras monstruosas, humanas ou
animalescas, típicas na arquitetura gótica. O termo
se origina do francês gargouille (de gargalo ou
garganta), pelo Latim gurgulio, gula. Palavras
similares derivam da raiz gar, engolir, onomatopéia
representando o gorgulhante som da água. Em
italiano: doccione; alemão: Ausguss, Wasserspeier.
Quimera, ou grotesca: é um tipo de escultura similar
que não funciona como desaguadouro, servindo
apenas para funções artísticas e ornamentais. Mas
também são popularmente conhecidas como
gárgulas.
Gárgulas na arquitetura, como desaguadouros
Gárgulas: na arquitetura, como ornamentos
As assustadoras
      gárgulas
ornamentais
    de Notre-Dame
   foram feitas na
   restauração do
  século XIX e têm
   apenas função
     decorativa.
Elas se espalham
por todo o exterior
da igreja, porém as
mais famosas ficam
nas torres.
Escondiadas
entre as torres,
as gárgulas
(chimères ou
quimeras) foram
colocadas por
Viollet-le-Duc,
com meras
funções
decorativas e
talvez como
homenagem ao
romance de
Victor Hugo....
Pensativas, elas contemplam
Paris e sua história...
As demais Fachadas
A fachada Oriental (da Cabeceira), e as
fachadas do transepto: a Norte e a Sul.
A Fachada Oriental
        A Cabeceira
Esta é a fachada da abside.
   Na primeira metade do século XIV
  foram concluídos os arcobotantes
erguidos na cabeceira do templo.
           A melhor vista é da Place
              Jean XXIII.
ARCOBOTANTES: A estrutura de suporte de
peso é visível do exterior ladeando todo o
edifício, mas na zona da cabeceira a
elegância destes elementos resulta numa
fluidez visual que só se tornou possível
depois de 1.225, quando as capelas foram
acrescentadas ao exterior.
Na altura todo o esplendor técnico do gótico
está ao alcance e os arcobotantes, que fluem
da zona superior da parede do coro, onde a
impulsão da abóbada para o exterior se
concentra, prolongam-se até aos
contrafortes, não de forma pesada, mas
transmitindo leveza e harmonia.
Vista da cabeceira na zona este
Notre-Dame de Paris foi um dos primeiros
edifícios a usar a técnica de contenção
estrutural através de arcobotantes.
Originalmente estes não constavam no
projeto, mas à medida que as paredes iam
sendo erguidas, sendo muito finas como de
hábito no gótico, começaram a aparecer
rachaduras, e as paredes ameaçavam se
inclinar para fora, assim os arcobotantes,
como contrafortes, foram acrescentados
para evitar desabamento. Foram ironizados
na época, pois para eles a aparência era de
andaimes não removidos e que davam à
catedral um aspecto inacabado.
... os arcobotantes,
 A cabeceira
fluem da zona
superior da parede
do coro, onde a
impulsão da abóbada
para o exterior se
concentra,
prolongando-se até
aos contrafortes, não
de forma pesada,
mas transmitindo
leveza e harmonia.
  Vista da “Place Jean XXIII”
É justamente na
zona da cabeceira
 que a elegância
dos arcobotantes
   resulta numa
  fluidez visual.
    Estes, que
    suportam a
 fachada oriental
da catedral são de
 Jean Ravy e têm
 um vão de 15 m.
As Fachadas do
    transepto
                             N

                                    S




As fachadas Norte e Sul.
  Após a construção das capelas
  exteriores tornou-se necessário
prolongar os braços do transepto.
A Fachada Norte

Obra de Jean de Chelles, de um modo
 geral sua decoração em filigrana e o
   traçado aqui utilizados irão ser
 adotados pela arquitetura européia.
Jean de Chelles inicia ao norte demonstrando já um
traçado típico do gótico alto. O frontão trabalhado
coroando o portal, denominado gablete, cresce no
segundo nível e sobrepõe-se à fileira de janelas que
surgem num plano recolhido.
  Do mesmo modo também é a rosácea colocada
num nível mais recolhido e ligeiramente sobreposta
por uma balaustrada fina.
Rematando a fachada surge um frontão com janela
circular ladeado de tabernáculos abertos.
O tímpano apresenta um registro em três bandas,
típico do gótico, onde se torna possível representar
diversos episódios alimentando o gosto pela
festividade do relato.
O TÍMPANO
Na banda inferior vêem-se cenas de Jesus menino.
Nas duas bandas superiores um bispo conta a
história do presbiteriano Teófilo, desenvolvendo-se
a lenda do mesmo personagem numa sequência de
quatro cenas na banda imediatamente inferior.
Também no portal toma lugar a estátua de uma
Madona que sobreviveu à revolução francesa e que
denota o nível avançado da escultura gótica,
apresentando uma naturalidade na atitude e rotação
corporal.

  O portal norte foi construído entre 1.210 e 1.220.
Sua rosácea, a maior
  das três, tem 13
metros de diâmetro.
A Fachada Sul


O projeto da fachada do transepto Sul
segue um traçado mais ou menos fiel
  ao do seu antecessor na fachada
                Norte.
. O Portal sul do transepto, consagrado a Santa Ana,
               data do século XII
Após a morte de Chelles, Montreuil assume o
projeto da fachada do transepto sul seguindo
um traçado mais ou menos fiel ao do seu
antecessor. A plasticidade dos elementos e o
trabalho de filigrana da pedra revelam uma
virtuosidade com o material atingindo o mais
alto nível, assim como uma clara
individualização do trabalho do artista que
começa a se destacar do conjunto do
movimento artístico geral.

O Portal sul do transepto, consagrado a Santa
Ana, data do século XII.
Fachada
Sudeste



          Desse ângulo, pode-se
          observar a magnífica
          rosácea sul, ladeada por
          duas pequenas torres,
          e a delicadeza dos
          arcobotantes.

                Fachada do transepto sul
Fachada sul do transepto
Vista de Sudeste
A Flecha ou Pináculo
       “La Flèche”
A flecha atual foi acrescentada por
           Viollet-le-Duc.
O Pináculo

Chamada pelos
franceses de “La
Flèche” (A Flecha),
atinge 96 metros de
altura.
Espécie de grande
antena foi construída
durante a restauração
da catedral no século
XIX, substituindo um
antigo pináculo mal
conservado.
OS VITRAIS DE
         NOTRE-DAME

Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um
  capítulo à parte, dada sua magnificência.
Vitrais
VITRAIS
A introdução dos pilares
na arquitetura gótica
permitiu a substituição
das sólidas paredes com
janelas estreitas, do estilo
românico, pela
combinação de pequenas
áreas de parede com
grandes áreas
preenchidas por vidros
coloridos e trabalhados,
chamados VITRAIS.
Na catedral
      de
 Notre-Dame
    existem
     quase
   duzentos
vitrais, alguns
    entre os
    maiores
 construídos
 na História.

“
Rosáceas
  As grandiosas rosáceas adornam as
 fachadas norte, sul, e oeste, mas só a
rosácea norte conserva o vitral original
do século XIII, que representa a Virgem
     rodeada por figuras do Antigo
             Testamento.
A rosácea do braço
norte do transepto tem
13 m de diâmetro e um
azul forte como cor
dominante.
A composição baseia-se
no número 8 e seus
múltiplos e simboliza o
Universo: a Terra e os
sete planetas.
No centro surge a
Mãe de Deus
rodeada de
medalhões com
representação de
personagens do
Antigo Testamento,
profetas, reis e
altos clérigos.
A rosácea do braço sul do transepto baseia-
se do mesmo modo no número 12 e
apresenta central a imagem de Cristo como o
julgador do mundo, rodeado pelos Apóstolos
e anjos, em medalhões.

Indiscutíveis Mandalas, as rosáceas góticas
têm sido apontadas também como símbolos
de chacras.
O termo traceria, ou arrendado,
refere-se ao trabalho decorativo em pedra (também por
vezes madeira) composto por elementos geométricos e
utilizado na arquitetura, especialmente de grande
desenvolvimento na arquitetura gótica. Este ornamento
pode subdividir aberturas (como em rosáceas) em forma de
renda perfurada ou revestir áreas com formas em relevo
podendo-se encontrar aplicado a coroar janelas, arcos, a
ornamentar abóbadas, gabletes e pináculos ou a cobrir
superfícies planas como painéis (de coro por exemplo) ou
paredes.
O INTERIOR DE
         NOTRE-DAME

Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um
  capítulo à parte, dada sua magnificência.
No interior, um vasto espaço com 130 metros
de comprimento e 48 de largura, são ainda
evidentes as ascendências românicas
normandas do edifício, denunciadas por
grossas colunas das arcadas da nave e do
coro.
 Os pilares mais recentes, localizados junto
da fachada poente e estruturados por
colunelas assim como as grandes janelas e a
verticalidade do espaço interior acentuam o
efeito gótico. Com 35 metros de altura, a
relação entre a largura e altura da nave
central é de 1 para 2,75.
A arquitetura
gótica expressa a
grandiosidade, a
crença na
existência de um
Deus que vive num
plano superior;
assim, tudo se
volta para o alto,
projetando-se na
direção do céu.
Esta verticalidade
 é demonstrada
       pela
monumentalidade
das paredes e nos
    pináculos.

O gótico almejava
desta forma,
 a ligação da terra
      ao céu.
Altíssimos pilares (feixes de colunas) recebem as pressões
 descarregadas pelas nervuras das abóbadas de arestas.
A junção das nervuras e torais que
   reforçam as abóbadas e os seus
    prolongamentos pelos pilares,
ligada à grande dimensão das naves
  assim como a difusão espacial da
  luz através das grandes rosáceas
dos topos das naves, garantem esta
    amplitude e nobreza do espaço
       interior do templo gótico.

OS ÓRGÃOS DE
           NOTRE-DAME

Há três órgãos em Notre-Dame. O principal está
   situado em frente da rosácea da fachada
                  ocidental.
O Grande Órgão


Datando originalmente do século XIV, só doze
dos seus 32 tubos são originais e já foi alvo de
             várias restaurações.
O Grande Órgão
e a Rosácea da
fachada ocidental
Situado em
frente da
rosácea da
fachada
ocidental, com
seus 113
registros e
7.800 tubos, o
principal é um
dos maiores
órgãos do
mundo.
Vistos do
interior, a
rosácea e
o Grande
Órgão
coroam a
Fachada
Ocidental
Este órgão é usado em eventos especiais enquanto
   o órgão do coro tem mais serventia para os
               eventos de rotina.
Esculturas

     .
Estátua da Virgem Maria e do Menino
Estátua da Virgem Maria e do Menino

  Também conhecida por Notre-Dame
   de Paris esta belíssima estátua foi
trazida para a catedral da capela de st.
Aignan.
       Fica junto ao pilar sudeste do
         transepto, na entrada
              para o coro.
Os frisos de Notre-Dame

Representam as aparições de Cristo ressuscitado
       (parede direita da nave – lado sul) e
 cenas dos evangelhos (parede esquerda, norte).
    Esta forma de narrar fatos bíblicos tinha o
            propósito de catequizar.
Os
Frisos

A dúvida de Tomé
As bodas de Caná
                e
A entrada de Cristo em Jerusalém
Os Bancos do Coro

       Mais de metade dos bancos originais
encomendados por Luís XIV ainda existe.
Entre o esplêndido trabalho de talha nos 78 bancos
           há cenas da Vida da Virgem.
Parabéns por ter
             conseguido ler esta
              mensagem até ao
                    fim.

 Muitos certamente só terão lido pela metade,
para "não perder tempo“!
     Tão valioso neste mundo globalizado.
CRÉDITOS

FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ
MÚSICA: “Ave Maria” de Gounoud,
canta: Nana Mouskouri
DATA:




     © favor manter os créditos, sem alterar

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Notre-Dame Paris

  • 1. Catedr al de tr e- o N me D Paris a
  • 2. Catedral de Notre- Dame Paris
  • 3. A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas  catedrais francesas em estilo gótico
  • 4. A catedral de Notre-Dame de Paris, considerada por Victor Hugo como o paradigma das catedrais francesas, estabeleceu o modelo ideal do templo gótico, constituindo um dos exemplos mais equilibrados e coerentes deste período. Bastante maltratada após a Revolução Francesa, foi reabilitada durante o século XIX através de uma grande campanha de trabalhos de restauração orientados pelos arquitetos Viollet-le-Duc e Jean Baptiste Lassus.
  • 5. A igreja foi erguida no local da primeira igreja cristã de Paris, a Basílica de Saint-Étienne, que por sua vez foi erguida sobre um antigo templo galo-romano dedicado a Júpiter. A catedral surge intimamente ligada à idéia do gótico no seu esplendor: uma abordagem nova da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual. A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade ressurge com uma extrema importância no campo político e econômico
  • 6. Situa-se na praça Parvis, numa pequena ilha, a “Île de la  Cité” em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
  • 7. Na ficção, as torres da igreja serviam como lar para o personagem principal do romance de Hugo, o Quasímodo. Na prática, a obra alertaria os franceses para a necessidade de recuperar um monumento nacional que já estava bastante deteriorado. Sem esta grande restauração, provavelmente não poderíamos hoje apreciar o magnífico resultado desta obra prima da Idade Média.
  • 8. A citada restauração, levada a cabo no século XIX e que deveu-se sobretudo ao romance de Victor Hugo, que leva o nome da Catedral, permitiu restituir a sua imagem original gótica, dando-lhe o aspecto que atualmente apresenta. Foram reconstruídas as esculturas destruídas pelos revolucionários e reintroduziram-se os quatro níveis do alçado. A atual agulha que coroa exteriormente o cruzeiro deve-se também a esta restauração.
  • 9. Sua construção foi iniciada no ano de 1.163, e dedicada a Maria, Mãe de Jesus, daí o nome: Notre-Dame (Nossa Senhora). Ela é uma das mais belas igrejas do mundo e, um símbolo da arquitetura gótica. Mas, ela é mais que isso. Nos últimos nove séculos, a catedral tem sido cenário dos grandes acontecimentos da história da França
  • 10. A Île de la Cité e a Île Saint-Louis A Île de la Cité e a Île Saint-Louis são duas ilhas no rio Sena em Paris, consideradas o centro da capital francesa. Pode-se dizer que a Île de la Cité, é a célula mãe da cidade medieval de Paris, que foi desenvolvendo-se em círculos concêntricos ao redor deste ponto. Na Île de la Cité se encontram dois belos exemplos da arte gótica: a Catedral de Notre-Dame e a Saint Chapelle .
  • 11. NOTRE-DAME A Île de la Cité e a Île Saint-Louis
  • 12. A Île de la Cité e a Île Saint-Louis
  • 13.
  • 14. O local onde hoje se encontra a Catedral de Notre- Dame sempre foi o centro religioso de Paris. Primeiro os Celtas aí a tiveram como sua terra sagrada e, mais tarde, os romanos construíram um templo para adoração a Júpiter. Entre os séculos IV e VII aí foi construída uma basílica dedicada a St. Etienne. Em 1.163, Maurice de Sully, Bispo de París, começou a construção da nova Catedral, sobre os restos de duas antigas igrejas, ecujos trabalhos só terminaram em 1.250. Sully desejava que fosse construída com os recursos que o novo estilo arquitetônico permitia: naves mais altas, janelas maiores e, consequentemente, mais LUZ! Uma Igreja no estilo GÓTICO.
  • 15. MARCO ZERO - Placa de bronze, no pavimento na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral. Representa o “ponto zero”, a partir do qual todas se calculam as distâncias das estradas nacionais francesas.
  • 16.
  • 17. Sua planta é de extrema simplicidade: a longa nave central, rodeada de duplas naves laterais, cruza-se com o transepto, cujos braços apenas afloram no exterior do edifício. Maquete mostrando a atual planta em cruz latina.
  • 18. A forma final do templo resultou de um conjunto de modificações, ampliações e restaurações que abrangem uma larga diacronia. À planta, inicialmente retangular e extremamente compacta, foi acrescentado o transepto que a tornou cruciforme. Apresenta cinco naves que se prolongam pela charola da profunda cabeceira.
  • 19. Plano da abside da Notre Dame de Paris, tal qual era antes do acréscimo das capelas do s. XIV.
  • 20. Transepto Nave central Naves laterais
  • 21.
  • 22. Notre Dame em números • Comprimento - 128 metros • Largura da nave central - 12 metros • Largura total - 40 metros de largura, • Altura interior da abóbada - 33 metros • Altura do telhado – 43m • Altura das torres – 60m • Altura do pináculo – 96m • Colunas ou pilares – 75 • Outros números: 5 naves, 37 capelas, 113 janelas
  • 23. Notre Dame em números • Sinos - Quatro na torre norte (Angélique- Françoise; Antoinette-Charlotte, Yacinthe-Jeanne, Denise-David) e um na torre sul - o famoso sino de nome Emmanuel, instalado em 1.686 e que pesa 13 toneladas. O edifício tem 127 metros de comprimento, 48 metros de largura e 35 metros de altura é rematada em cima por abóbadas e dá o primeiro passo na construção colossal do gótico. Fonte: www.cathedraldeparis.com
  • 24. As Fachadas A fachada principal, a ocidental, apresenta o mesmo modelo da igreja de Saint-Denis, precursora da arquitetura gótica, uma derivação da fachada do românico normando.
  • 25. A Fachada Ocidental Esta é a fachada principal e não só a de maior impacto e monumentalidade como também a de maior popularidade.
  • 27. Fachada Ocidental (oeste) A fachada principal apresenta três níveis horizontais. Contrafortes ligeiramente Fachada Ocidental proeminentes a dividem também em três zonas verticais unindo os dois pisos inferiores e reforçando os cunhais das duas torres laterais de 70 metros de altura.
  • 28. Torre Sul Nível superior Galeria das gárgulas Fachada Ocidental Rosácea Intermediário Galeria dos Reis Portal do Julgamento Portal da Virgem 1o nível Portal de Santa Ana
  • 29. O primeiro nível No primeiro nível são evidentes três portais.
  • 30. Estes três portais foram construídos em épocas diferentes. São muito trabalhados, penetrando na parede por uma sucessão de arcos em degrau ou arquivoltas. O portal central destaca-se ligeiramente em altura dos laterais.
  • 31. A magnífica entrada da Catedral faz- se por estes três elaborados portões, onde cenas bíblicas, pintadas na idade Média, representam a vida da Virgem, o Julgamento Final, e a vida de Santa Ana. Acima vê-se a Galeria dos reis da Judéia e de Israeal. Em cima de tudo, a Grande Rosácea, rematada por uma galeria balaustrada de traçaria.
  • 32. Rosácea Balaustrada Galeria dos reis
  • 33.
  • 34. Galeria dos Reis Na transição para o nível intermediário está esta fileira de estátuas de 3,5 metros de altura cada representando 28 reis de Judá e Israel. Estas estátuas foram destruídas durante a revolução francesa, pois os revolucionários acreditavam que representassem reis da França. Foram redesenhadas por Violet-le-Duc (1845). As originais estão no Museu de Cluny.
  • 35.
  • 36. Os 3 Portais Apresenta três portais que surgem em épocas diferentes e que formam um conjunto que passa a ser utilizado na arquitetura a partir de meados do século XII. 1. Portal do Julgamento - o Central e mais novo do conjunto. 2. Portal da Virgem - o da esquerda, pertence ao século XIII, com iconografia referente a María. 3. Portal de Santa Ana - o da direita, vem da época do início da construção da catedral.
  • 37. 1. Portal do Julgamento O Central e mais novo do conjunto
  • 39. No românico a figura central do portal é sempre Cristo Pantocrator, em ascensão aos céus, como parte dos acontecimentos de pentecostes ou no papel de Julgador. Mas no gótico o tema do Julgamento passa a representar o papel principal no portal. Aqui, já não é o monge que inicia os fiéis no mundo iconográfico do sagrado. A fé e a experiência espiritual são, nesta fase, sobrepostos pela autoridade e lei representadas pelo bispo, o clero ligado à cidade.
  • 40.
  • 41. TÍMPANO ARQUIVOLTAS Apresenta Cristo na Nas arquivoltas Abraão recebe as pose de Julgador almas dos escolhidos e o Diabo as dos revelando as chagas pecadores. Concêntricos a Cristo nas palmas das suas surgem anjos, patriarcas, profetas, mãos. dignitários, mártires e virgens santas. ARQUITRAVE A banda inferior da arquitrave, por estar danificada, foi substituída no século XVIII por uma representação da ressurreição dos mortos. A banda superior representa os “escolhidos” e os “condenados”
  • 42. Na banda superior vemos os “escolhidos” e os “condenados”. Estão separados pelo Diabo e pelo arcanjo Miguel com a balança das almas. Os que entram no paraíso levam uma coroa, uma possível alusão à santidade da coroa francesa ou mesmo da nobreza.
  • 43. Cristo - entre as duas portas do Portal Central
  • 44. Detalhe da arquivolta (esquerda) do Portal de Julgamento – Abraão recebendo as almas no Céu. multidão rindo Detalhe da arquivolta do Portal de Julgamento - Inferno
  • 45. 2. Portal da Virgem O portal da esquerda Neste portal o volume corporal é mais acentuado e a representação mais realista, em oposição ao abstracionismo românico. O magnífico tímpano de pedra foi esculpido no século XIII e mostra a morte da virgem Maria e a gloriosa coroação no Céu. No entanto, a estátua da Virgem e o Menino entre os portais é uma obra moderna.
  • 46. Tímpano: trata da coroação Arquitrave: banda superior, são de Maria: Cristo, sentado, representados a morte e a ascensão recebe-a e benze-a, enquanto de Maria aos céus Cristo, no ponto um anjo descende e a coroa. central, toca o corpo de sua mãe, como que num sinal à futura ressurreição. Os apóstolos que rodeiam a cena. banda inferior, seis patriarcas do Antigo Testamento e reis sentados entre um pequeno baldaquino. Arquivoltas: anjos, profetas, reis e santos assistem ao acontecimento  Virgem e o Menino
  • 47. Coroação de Maria: Cristo sentado, recebe-a e benze-a. Dois anjos ajoelhados carregam candelabros nas mãos.
  • 48. 3. Portal de Santa Ana O portal da direita Ele vem da época do início da construção da catedral e terá sido no início possivelmente pensado para um dos braços do transepto. No tímpano, que representa a Virgem com Cristo menino, transparece ainda uma forte ligação à escultura do românico tardio pela sua frontalidade, rigidez do vestuário e pouco índice volumétrico.
  • 49. O tímpano, representa a Virgem Maria com Jesus menino. Na proximidade da Virgem (esquerda) está um rei ajoelhado, que se crê ser Luís VII e a sua direita um bispo, que poderá ser Sully, o impulsionador da construção da catedral. A arquitrave possui dois níveis: a) superior, de cerca de 1.170, com cenas da vida de Maria e b) inferior, do início do século XIII, altura em que o portal deverá ter sido colocado neste local, retrata cenas da vida de Sant’Ana e São Joaquim, pais de Maria, fato que terá dado o nome ao portal.
  • 50. Tímpano: Virgem a) Nível superior Maria com Jesus ARQUITRAVE menino b) Nível inferior
  • 51. O Nível intermédio Dominando o nível intermédio encontra-se a rosácea de 13 metros de diâmetro.
  • 53. Dominando o nível intermédio encontra- se a rosácea de 13 metros de diâmetro, bem ao centro e encaixada entre os contrafortes; ladeada por janelas gêmeas. À sua frente surge a estátua da Virgem Maria com o Menino. Seguindo o traçado do piso inferior, e contribuindo para a unidade da fachada, corre uma galeria de arcadas rendilhadas rematando este nível em sua zona superior.
  • 54. Estátua da Virgem Maria com o Menino
  • 55. O Nível Superior Aqui erguem-se as duas torres, influência normanda do século XII que acabou por permanecer na arquitetura religiosa européia.
  • 56. As duas torres de 69 metros de altura NORTE SUL
  • 57. No nível superior, erguem-se as duas torres de 69 metros de altura. dominando toda a fachada ocidental do templo. A torre sul acolhe o famoso sino de nome “Emmanuel”. É possível visitar a torre norte onde, após uma subida de 386 degraus, pode-se vislumbrar a cidade de Paris, os pináculos e as gárgulas da catedral que povoaram o romance de Victor Hugo.
  • 58. O sino Emmanuel pesa 13 ton. Para acionar seu badalo de 500 quilos, que só toca em datas especiais, são necessários oito homens Gárgula Torre Sul
  • 59. “Galèrie des Chimères” Gárgulas ou Quimeras Na antiguidade acreditava-se que as gárgulas eram os guardiões das catedrais e que durante a noite, ganhavam vida.
  • 60.
  • 61. Muitas das conhecidas figuras de Notre- Dame não são, na verdade, medievais, tendo sido desenhadas por Viollet-le-Duc, já no século XIX, durante os trabalhos de restauração da Catedral.
  • 62. Gárgulas: na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, típicas na arquitetura gótica. O termo se origina do francês gargouille (de gargalo ou garganta), pelo Latim gurgulio, gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, onomatopéia representando o gorgulhante som da água. Em italiano: doccione; alemão: Ausguss, Wasserspeier. Quimera, ou grotesca: é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouro, servindo apenas para funções artísticas e ornamentais. Mas também são popularmente conhecidas como gárgulas.
  • 63. Gárgulas na arquitetura, como desaguadouros
  • 64.
  • 65. Gárgulas: na arquitetura, como ornamentos
  • 66. As assustadoras gárgulas ornamentais de Notre-Dame foram feitas na restauração do século XIX e têm apenas função decorativa. Elas se espalham por todo o exterior da igreja, porém as mais famosas ficam nas torres.
  • 67.
  • 68. Escondiadas entre as torres, as gárgulas (chimères ou quimeras) foram colocadas por Viollet-le-Duc, com meras funções decorativas e talvez como homenagem ao romance de Victor Hugo....
  • 69. Pensativas, elas contemplam Paris e sua história...
  • 70. As demais Fachadas A fachada Oriental (da Cabeceira), e as fachadas do transepto: a Norte e a Sul.
  • 71. A Fachada Oriental A Cabeceira Esta é a fachada da abside. Na primeira metade do século XIV foram concluídos os arcobotantes erguidos na cabeceira do templo. A melhor vista é da Place Jean XXIII.
  • 72.
  • 73. ARCOBOTANTES: A estrutura de suporte de peso é visível do exterior ladeando todo o edifício, mas na zona da cabeceira a elegância destes elementos resulta numa fluidez visual que só se tornou possível depois de 1.225, quando as capelas foram acrescentadas ao exterior. Na altura todo o esplendor técnico do gótico está ao alcance e os arcobotantes, que fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongam-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia.
  • 74. Vista da cabeceira na zona este
  • 75. Notre-Dame de Paris foi um dos primeiros edifícios a usar a técnica de contenção estrutural através de arcobotantes. Originalmente estes não constavam no projeto, mas à medida que as paredes iam sendo erguidas, sendo muito finas como de hábito no gótico, começaram a aparecer rachaduras, e as paredes ameaçavam se inclinar para fora, assim os arcobotantes, como contrafortes, foram acrescentados para evitar desabamento. Foram ironizados na época, pois para eles a aparência era de andaimes não removidos e que davam à catedral um aspecto inacabado.
  • 76. ... os arcobotantes, A cabeceira fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongando-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia. Vista da “Place Jean XXIII”
  • 77. É justamente na zona da cabeceira que a elegância dos arcobotantes resulta numa fluidez visual. Estes, que suportam a fachada oriental da catedral são de Jean Ravy e têm um vão de 15 m.
  • 78. As Fachadas do transepto N S As fachadas Norte e Sul. Após a construção das capelas exteriores tornou-se necessário prolongar os braços do transepto.
  • 79. A Fachada Norte Obra de Jean de Chelles, de um modo geral sua decoração em filigrana e o traçado aqui utilizados irão ser adotados pela arquitetura européia.
  • 80. Jean de Chelles inicia ao norte demonstrando já um traçado típico do gótico alto. O frontão trabalhado coroando o portal, denominado gablete, cresce no segundo nível e sobrepõe-se à fileira de janelas que surgem num plano recolhido. Do mesmo modo também é a rosácea colocada num nível mais recolhido e ligeiramente sobreposta por uma balaustrada fina. Rematando a fachada surge um frontão com janela circular ladeado de tabernáculos abertos. O tímpano apresenta um registro em três bandas, típico do gótico, onde se torna possível representar diversos episódios alimentando o gosto pela festividade do relato.
  • 81. O TÍMPANO Na banda inferior vêem-se cenas de Jesus menino. Nas duas bandas superiores um bispo conta a história do presbiteriano Teófilo, desenvolvendo-se a lenda do mesmo personagem numa sequência de quatro cenas na banda imediatamente inferior. Também no portal toma lugar a estátua de uma Madona que sobreviveu à revolução francesa e que denota o nível avançado da escultura gótica, apresentando uma naturalidade na atitude e rotação corporal. O portal norte foi construído entre 1.210 e 1.220.
  • 82. Sua rosácea, a maior das três, tem 13 metros de diâmetro.
  • 83. A Fachada Sul O projeto da fachada do transepto Sul segue um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor na fachada Norte.
  • 84. . O Portal sul do transepto, consagrado a Santa Ana,  data do século XII
  • 85. Após a morte de Chelles, Montreuil assume o projeto da fachada do transepto sul seguindo um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor. A plasticidade dos elementos e o trabalho de filigrana da pedra revelam uma virtuosidade com o material atingindo o mais alto nível, assim como uma clara individualização do trabalho do artista que começa a se destacar do conjunto do movimento artístico geral. O Portal sul do transepto, consagrado a Santa Ana, data do século XII.
  • 86.
  • 87. Fachada Sudeste Desse ângulo, pode-se observar a magnífica rosácea sul, ladeada por duas pequenas torres, e a delicadeza dos arcobotantes. Fachada do transepto sul
  • 88. Fachada sul do transepto
  • 90. A Flecha ou Pináculo “La Flèche” A flecha atual foi acrescentada por Viollet-le-Duc.
  • 91. O Pináculo Chamada pelos franceses de “La Flèche” (A Flecha), atinge 96 metros de altura. Espécie de grande antena foi construída durante a restauração da catedral no século XIX, substituindo um antigo pináculo mal conservado.
  • 92.
  • 93.
  • 94. OS VITRAIS DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
  • 96. VITRAIS A introdução dos pilares na arquitetura gótica permitiu a substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas de parede com grandes áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados, chamados VITRAIS.
  • 97. Na catedral de Notre-Dame existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.
  • 99.
  • 100.
  • 101.
  • 102.
  • 103.
  • 104.
  • 105. Rosáceas As grandiosas rosáceas adornam as fachadas norte, sul, e oeste, mas só a rosácea norte conserva o vitral original do século XIII, que representa a Virgem rodeada por figuras do Antigo Testamento.
  • 106. A rosácea do braço norte do transepto tem 13 m de diâmetro e um azul forte como cor dominante. A composição baseia-se no número 8 e seus múltiplos e simboliza o Universo: a Terra e os sete planetas.
  • 107. No centro surge a Mãe de Deus rodeada de medalhões com representação de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos.
  • 108.
  • 109. A rosácea do braço sul do transepto baseia- se do mesmo modo no número 12 e apresenta central a imagem de Cristo como o julgador do mundo, rodeado pelos Apóstolos e anjos, em medalhões. Indiscutíveis Mandalas, as rosáceas góticas têm sido apontadas também como símbolos de chacras.
  • 110. O termo traceria, ou arrendado, refere-se ao trabalho decorativo em pedra (também por vezes madeira) composto por elementos geométricos e utilizado na arquitetura, especialmente de grande desenvolvimento na arquitetura gótica. Este ornamento pode subdividir aberturas (como em rosáceas) em forma de renda perfurada ou revestir áreas com formas em relevo podendo-se encontrar aplicado a coroar janelas, arcos, a ornamentar abóbadas, gabletes e pináculos ou a cobrir superfícies planas como painéis (de coro por exemplo) ou paredes.
  • 111.
  • 112. O INTERIOR DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
  • 113. No interior, um vasto espaço com 130 metros de comprimento e 48 de largura, são ainda evidentes as ascendências românicas normandas do edifício, denunciadas por grossas colunas das arcadas da nave e do coro. Os pilares mais recentes, localizados junto da fachada poente e estruturados por colunelas assim como as grandes janelas e a verticalidade do espaço interior acentuam o efeito gótico. Com 35 metros de altura, a relação entre a largura e altura da nave central é de 1 para 2,75.
  • 114.
  • 115.
  • 116.
  • 117. A arquitetura gótica expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; assim, tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu.
  • 118. Esta verticalidade é demonstrada pela monumentalidade das paredes e nos pináculos. O gótico almejava desta forma, a ligação da terra ao céu.
  • 119. Altíssimos pilares (feixes de colunas) recebem as pressões descarregadas pelas nervuras das abóbadas de arestas.
  • 120. A junção das nervuras e torais que reforçam as abóbadas e os seus prolongamentos pelos pilares, ligada à grande dimensão das naves assim como a difusão espacial da luz através das grandes rosáceas dos topos das naves, garantem esta amplitude e nobreza do espaço interior do templo gótico.
  • 121.
  • 122.
  • 123. OS ÓRGÃOS DE NOTRE-DAME Há três órgãos em Notre-Dame. O principal está situado em frente da rosácea da fachada ocidental.
  • 124. O Grande Órgão Datando originalmente do século XIV, só doze dos seus 32 tubos são originais e já foi alvo de várias restaurações.
  • 125. O Grande Órgão e a Rosácea da fachada ocidental Situado em frente da rosácea da fachada ocidental, com seus 113 registros e 7.800 tubos, o principal é um dos maiores órgãos do mundo.
  • 126. Vistos do interior, a rosácea e o Grande Órgão coroam a Fachada Ocidental
  • 127. Este órgão é usado em eventos especiais enquanto o órgão do coro tem mais serventia para os eventos de rotina.
  • 128.
  • 129.
  • 131. Estátua da Virgem Maria e do Menino
  • 132. Estátua da Virgem Maria e do Menino Também conhecida por Notre-Dame de Paris esta belíssima estátua foi trazida para a catedral da capela de st. Aignan. Fica junto ao pilar sudeste do transepto, na entrada para o coro.
  • 133.
  • 134.
  • 135. Os frisos de Notre-Dame Representam as aparições de Cristo ressuscitado (parede direita da nave – lado sul) e cenas dos evangelhos (parede esquerda, norte). Esta forma de narrar fatos bíblicos tinha o propósito de catequizar.
  • 137.
  • 138. A dúvida de Tomé
  • 139. As bodas de Caná e A entrada de Cristo em Jerusalém
  • 140. Os Bancos do Coro Mais de metade dos bancos originais encomendados por Luís XIV ainda existe. Entre o esplêndido trabalho de talha nos 78 bancos há cenas da Vida da Virgem.
  • 141.
  • 142. Parabéns por ter conseguido ler esta mensagem até ao fim. Muitos certamente só terão lido pela metade, para "não perder tempo“! Tão valioso neste mundo globalizado.
  • 143.
  • 144. CRÉDITOS FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ MÚSICA: “Ave Maria” de Gounoud, canta: Nana Mouskouri DATA: © favor manter os créditos, sem alterar