1. Aula 11 de 20
Santarém – Tapajós – Brasil
22 de Outubro de 2012
Fernando Monteiro D’Andrea
dodandre2@gmail.com
2. Aula Anterior
Tema: Resolução Estruturada de problemas
Data: 8 de Outubro de 2012
Principais pontos:
Decisão
Decisão Racional nas empresas – a importância dos fatos;
Planejamento e a importância do Controle para um processo bem
planejado;
Planejamento Proativo;
Planejamento Reativo;
Como planejar?
Análise do Cenário atual;
Definição dos Objetivos e Estratégias;
Implementação das Estratégias definidas;
Monitoramento e controle;
Gestão da Qualidade - Fernando Monteiro
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3. Estudaremos
Introdução ao estudo da Qualidade;
Foco no Cliente - a busca de Resultados;
Organização de processos: uso racional de recursos;
Gerenciamento da Qualidade: fazer certo da primeira vez;
Housekeeping – 5s;
Sistema da Qualidade nas empresas;
Resolução estruturada de problemas;
Dominando o processo;
As normas da Qualidade;
A Qualidade de Vida no Trabalho – contexto histórico;
Conceitos e modelos de QVT;
A Excelência na gestão das empresas;
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4. Aula de hoje
Dominando o Processo
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5. Introdução (1)
Para qualquer organização que deseja implementar
Qualidade existem pontos essenciais, em especial
podem-se destacar: Padronização e Controle;
“Não se gerencia o que não
O supra citado Controle exige o uso de indicadores de
desempenho (institucional mede, não se mede quais
se e de processo) nos o que
não se define, não se define
basear toda e qualquer tomada de decisão, este só pode
ser feito se houver um padrão não se entende, não há
o que
do contrário corre-se o risco de medirque não se
sucesso no coisas diferentes
todo o tempo o que não levará a lugar nenhum;
gerencia.”
Vimos ainda que em organizações Demingque primam pela
Qualidade as decisões devem ser baseadas em fatos;
Os gestores, portanto, precisam de um “painel de
instrumento”, que reúne um conjunto de indicadores
monitorando o desempenho e indicando se a
organização está respondendo às expectativas ou não;
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6. Introdução (2)
Para que o “painel de instrumentos” funcione é
necessário, portanto, que a organização já esteja
implementando processos de desenvolvimento e
implantação de Qualidade;
Novamente: sem padrão nada se pode medir;
Cada organização precisa de indicadores específicos,
estes serão desenvolvidos a partir do levantamento das
ações necessárias para alcançar os objetivos da
organização, não surgem “ao acaso”;
Deve-se atentar ainda às exigências dos diversos
interessados, pois elas dão informações relevantes
sobre o que cada um espera da organização como
um todo;
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7. Indicador, o que é, afinal? (1)
Indicador é toda e qualquer representação
quantificável das características de produtos e
processos;
Como vimos, são essenciais na melhoria da qualidade
e desempenho de um produto, serviço ou processo;
São a base da tomada de decisão factual;
Proporcionam evidência aos gestores;
Critérios para a criação de indicadores:
Importância; Acessibilidade;
Simplicidade Comparabilidade,;
Clareza; Estabilidade;
Abrangência Velocidade de disponibilidade;
Rastreabilidade
Baixo custo
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8. Indicador, o que é, afinal? (2)
Deve-se definir o indicador e dele será derivada uma ou várias
metas:
Valores pretendidos aos indicadores em determinadas condições;
Têm que estar em linha com a estratégia da organização como um
todo;
Estrategicamente as metas são dadas de forma genérica, à medida
que vão se aproximando dos níveis mais baixos se tornam mais
palpáveis, mais realistas e portanto mais fáceis de quantificar
(eficácia x eficiência);
Uma meta estratégica, ao ser tratada, dá origem a várias metas nos
níveis inferiores:
“O desdobramento dos indicadores e metas pode ser realizado para
qualquer tipo de indicador” Takashina, 99;
O agrupamento percorrerá o caminho inverso do desdobramento e
busca medir o resultado dos valores obtidos num contexto global;
O acompanhamentos dos indicadores pode se dar por comparações
(benchmarking) interno ou externo, buscando sempre relações de
causa e efeito dentro de cada indicador;
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9. Indicador, o que é, afinal? (3)
Apesar de dever ser quantificável um indicador
pode ser:
Quantitativo (mede em números) são mais
facilmente analisados e, em geral, menos
dispendiosos – tempo e quantidade produzidos;
Qualitativo (mede em palavras) são mais
complexos de analisar devido a subjetividade e
mais caros pois, em geral, exigem pesquisa com
pessoas - questionários;
Por fim Indicadores são modos de representação
de características e propriedades de uma dada
realidade;
Ou ainda: “É uma característica específica que
reflete um aspecto da realidade observada”;
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10. Utilidade dos Indicadores (1)
Existem duas utilidades básicas para os indicadores de
desempenho:
Indicadores de resultado:
Associados aos objetivos globais da organização;
Indicadores de desempenho:
Avaliam se as ações e atividades em curso estão
conduzindo as organizações aos resultados traçados no
planejamento estratégico;
Permitem avaliar a tendência e a convergência das ações
em relação aos resultados globais esperados;
São fundamentais no processo decisório pois fornecem
os fatos que serão usados para reorientar a organização
na direção da consecução de seus objetivos estratégicos;
Geralmente estão ligados diretamente aos KPI (Key
Process Indicators) / Fatores Críticos de Sucesso
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11. Utilidade dos Indicadores (2)
Leva a
Objetivos /
Resultados
Globais KPI
Medido
por
Medido
por
Indicador
de
Indicador de
Resultados
Desempenho
Indica
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12. KPI’s Como chegar até eles? (1)
Para se identificar um KPI deve-se:
Ter clareza sobre quais são os objetivos da empresa;
Conhecer os processos à fundo;
Ter processos controlados e padronizados;
Identificar os processos mais importantes para chegar
aos objetivos empresariais:
Deve-se atentar ao fato de que, muitas vezes, as
organizações são incapazes de identificar quais os
processos mais importantes;
É necessário identificar parâmetros antes de
estabelecer metas, através de:
Benchmark;
Informações históricas da empresa e do mercado em
geral;
Premissas e Restrições da organização;
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13. KPI’s Como chegar até eles? (2)
As metas dos diferentes KPI devem ser difíceis de
ser atingidas;
A identificação dos principais parâmetros,
variáveis e efeitos desejados nos processos deve
ser feita à priori;
Para definir os KPI’s devem-se usar algumas das
técnicas de identificação conhecidas, como:
Diagramas de Pareto;
Diagramas de Ishikawa;
Histogramas;
Brainstorming;
Dentre outros;
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14. Alguns exemplos clássicos de KPI’s (1)
Numa empresa: o percentual de faturamento proveniente
de consumidores que estão retornando;
Numa escola primária: o percentual de alunos que termina
a primeira série alfabetizado;
Numa Universidade de Administração: o percentual de
KPI’s são definidos de acordo
alunos que empreendem durante ouestratégia faculdade;
com a depois da da
Ou o percentual de alunos matriculados pagantes;
organização, assim a
SAC de uma tranportadora: qual o percentual de resolução
de problemas em menosdefinição deles pode parecer,
de 12 horas;
às vezes, um pouco “duras”;
Para uma ONG: o número de pessoas atendidas em
determinado período;
Numa telefônica: o churn-rate percentual mensal;
Para a polícia: redução do número de crimes;
Ou número de criminosos tirados das ruas (mortos ou
presos);
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15. Alguns exemplos clássicos de KPI’s (2)
Time to Market - Tempo de lançamento de um
produto. Conta-se do desenvolvimento do Conceito à
disponibilidade para venda;
Lead Time - Tempo de Duração de um processo;
Setup Time: tempo de preparação para prestar um
serviço específico;
OTIF (On Time in Full) - No tempo e completo,
conceito de Logística aplicado à distribuição de
produtos;
Stock Out: número de vezes ou dias que determinado
item controlado no estoque chega ao saldo zero e
portanto vendas são perdidas;
MTBF: Mean Time Between Failure – Tempo Médio
Entre Falha;
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16. Alguns exemplos clássicos de KPI’s (3)
Market Share: fatia de mercado que um determinado
produto possui em um período;
Homem/hora: número de unidades produzidas/clientes
atendidos por cada unidade de mão de obra
Ociosidade: percentual do tempo que deveria ser
trabalhado e no qual uma máquina, equipe, pessoa, etc.
ficam parados.
Giro de Estoque: Consumo(Saídas) / Saldo Médio de
estoque – indica o tempo médio entre a entrada e a saída de
determinado produto do processo;
Percentual de Perda/refugo: percentual de
peças/atendimentos que não são considerádos coerentes
com o padrão e que, portanto, não chegam ao mercado;
Tempo médio de reparo;
Tempo de demora para responder à um pedido (ordem de
serviço) de um consumidor;
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17. KPI’s: características (1)
Os Indicadores-chave de desempenho tem
algumas características essenciais:
Refletem os objetivos da organização (sua
missão) e são derivados deles;
São chaves para o sucesso de qualquer
organização;
Devem ser mensuráveis (qualitativa ou
quantitativamente):
Algo como “atender mais consumidores” ou
“ser a empresa mais popular” de nada adianta;
Deve-se quantificar e controlar para
acompanhar a evolução;
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18. KPI’s: características (2)
Os KPI’s são em geral são perenes e não
devem sofrem modificações constantes;
Intervalos de médio-longo prazos para a
modificação são aceitáveis (variam de acordo
com a indústria, mas geralmente devem
durar, no mínimo, um ano);
Cada um dos KPI’s tem que ter a descrição
certa
Se o KPI for: “aumentar em 20% as vendas”
esses 20% se referem à que? Ao volume total?
Ao número de clientes? Ao faturamento?;
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19. Balanced Scorecard – BSC (1)
O BSC é uma metodologia de gestão de
desempenho desenvolvida no início da
década de 90 nos EUA;
“Indicadores Balanceados de Desempenho”;
Busca definir a estratégia empresarial à ser
adotada, do modelo de gestão, da gestão dos
serviços e da gestão da Qualidade através do
uso de indicadores de desempenho, os KPI’s;
Inicialmente foi apresentado como um
modelo de avaliação de performance, mas
evoluiu e hoje é visto como uma metodologia
de gestão estratégica;
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20. Balanced Scorecard – BSC (2)
Existem 4 perspectivas básicas nos BSC:
Financeira;
Clientes;
Processos Internos;
Aprendizado e Crescimento;
Inicialmente foi apresentado como um
modelo de avaliação de performance, mas
evoluiu e hoje é visto como uma
metodologia de gestão estratégica;
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21. Objetivos do BSC (1)
Busca alinhar o planejamento estratégico com as
ações operacionais da empresa através de:
Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia:
Deve-se definir o mapa estratégico através de uma
sequência de relações causa e efeito entre resultados
e vetores de desempenho o Balanced Scoredcard
ajuda a esclarecer as ações a empreender;
Contribui para a criação de consensos, entre os
gestores, da visão e estratégia da organização;
Comunicar e associar objetivos e medidas
estratégicos:
Os trabalhadores serão mais propensos ao esforço
quanto mais conhecerem as intenções estratégicas
da empresa e se observarem nelas;
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22. Objetivos do BSC (2)
Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas
estratégicas:
Metas desafiantes, definir processos internos, planejar o
desempenho financeiro e o crescimento. É importante
medir bem como aumentar da sua capacitação e
competências;
Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico -
permite monitorizar continuamente a organização,
girando à volta de quatro questões/visões:
Perspectiva Financeira – Como os acionistas nos vêem?
Perspectiva de Clientes – Como os clientes nos vêem?
Perspectiva de processos internos – Em que temos de ser
excelentes?
Perspectiva de aprendizagem e crescimento – Como
melhorar e criar valor?
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23. Financeiro
Objetivos do BSC (3)
Para ter sucesso
financeiro como
aparecer para os
investidores?
Cliente Processos
Para alcançar a Internos
visão como os Visão e Para satisfazer os clientes
clientes devem nos Estratégia quais processos são os mais
ver? importantes?
Aprendizado e
Crescimento
Para alcançar a visão como
sustentar a habilidade de
mudar e progredir?
24. Componentes do BSC
Mapa estratégico: Descreve a estratégia da empresa através de
objetivos relacionados entre si e distribuídos nas quatro
dimensões (perspectivas).
Objetivo estratégico: aquilo que deve ser alcançado por ser
crítico para o sucesso;
Indicador (PI): Como será medido e acompanhado o sucesso do
alcance do objetivo;
Ser claro e confiável;
Fácil de obter;
Coerente com a Missão da organização;
Adequado e oportuno, estando disponível para a tomada de decisão;
Ter a sua unidade de medida identificada;
Ter um responsável;
Meta: O nível de desempenho ou a taxa de melhoria necessários;
Plano de ação: Programas de ação-chave necessários para se
alcançar os objetivos;
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25. Modelo de BSC
Painel de Acompanhamento de Indicadores de Desempenho
unidade Período
KPI Financeiros 1 2 3 4 5 6 7 8
Faturamento R$ A A A A A A A A
Lucro R$ B B B B B B B B
KPI Aprendizagem
Part. em treinamentos % empregados
Melhorias sugeridas Nro/pessoa
KPI Cliente
Reclamaççoes +25% A A A A A A A A
Top of Mind 3 primeiros B B B B B B B B
KPI Proc. Intenos
Part. Em treinamentos unidades
..... ...
Meta atingida ou Entre a Meta e o Constante ou
superada número anterior abaixo do anterior
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26. Próxima Aula: 12 de 20
Dia 29 de Outubro de 2012,
Segunda
Normas da Qualidade
27. Bibliografia (1)
Livros e Aulas
CARPINETTI, MIGUEL, GEROLAMO. Gestão da
Qualidade - ISSO 9001:2008. São Paulo: Atlas, 2010.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade. 2ª
ed., São Paulo: Atlas, 2011.
TAKASHINA, NEWTON TADACHI . Indicadores da
Qualidade e do Desempenho. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1999.
EQUIPE GRIFO. Iniciando os conceitos da qualidade
total. São Paulo: Pioneira, 1998.
BRUM, ALESSANDRO. Notas de Aula. Como, 2007.