SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 1
Downloaden Sie, um offline zu lesen
DI A R10                        IL ü S >                                                                                                                       D I A "R I O                  IXü S
           TE ADO                       D E 1N«                                                                                                                            TR ADO D E                              IN •
           F O K M A C I O N.                                                                                                                                              F O R M A G I ON
           G E            "N '"E ..R . A L                                                                                                                                 G       E      N. E            R        A• L
            REDACCIÓN.'-'Y            ÍÍ0IWIWSTRACION:                PRADO          DE S A N S E B A S T I A N ,          SUSCRIPCIONES                  V     ANUMCIQS:         VELAZQUEZ,            12.       SEVILLA



                     E S D E el d'o-                                                                                                                                                            P e r o la tarde de
                     ,:ni i n" g o ele                                                                                                                                                        mayor c a r g a z ó n tor-
                      Q ü i. n c u a -                                                                                                                                                        mentosa y reticente
            g é s i m á ' t e d a la casa                                                                                                                                                     fué l a del día, en
           y la familia del s e ñ o r A r r o n d o sabía que                       su dormitorio. Á r r o n d o que solía: dor-                              que se celebró e l almuerzo en honor de
           é s t e h a b í a .Hecho, promesa de no fumar                            mirse fumando u n pitillo no p o d í a con- '                             su colega P é r e z , a l que se.le íiabía con-
            durante l a Cuaresma. A cada cigarro que                                ciliar el sueño. S u ' m u j e r i n s i n u a b a : " E s                cedido la encomienda d e l M é r i t o . C i v i l .
           e n c e n d í a anunciaba s ü p r o p ó s i t o c o n r u i - , :        la primera noche^ J u l i á n . " Se i n d i g n ó é l                    A r r o n d o l l e g ó , a casa con. u n puro en el
           dosa nervosidad. H a b í a aumentado, en                                 ante l a creencia de ella de que su renun-                                bolsillo alto de la americana. L o s h a b í a n
           despedida y, desquite, su r a c i ó n - d i a r i a :                    ciamiento, fuese heroicidad de horas. L e                                 repartido a los postres. A r r o n d o e n t a b l ó ,
           •y en los "ceniceros de l a casa unos m o n -                            anunció, que toda l a Cuaresma sería igual.                               un largo examen casuístico s o b r é s i vio-
           toncitos de papel y ceniza d e n u n c i a b a ^                         " N o dormiré"', gritó. " N o ' dormiremos",                              l a b a n no su promesa el fumarse el puro
           como "bajas".en el campo, !a batalla que                                 c o r e ó ella dulcemente. E l la i n c r e p ó d u -                     regalado. N o ¿ra' s u y o ; no era iniciativa
            libraba consigo mismo é l s e ñ o r A r r o r i d o .                   ramente sin poderse explicar- que s i é l                                 suya. E l razonaba administrativamente;
           A r r o n d o , era u n buen hombre, honrado,                                                                                                      E s p a ñ a es u n pueblo pobre y pacífico que
                                                                                    no fumaba ella pretendiera dormir. P o c o
           elemental. E r a profesional y o r g á n i c a -                                                                                                   no puede usar aviones de r e a c c i ó n y
           mente jefe de u n negociado de M i n i s t e r i o .                     d e s p u é s , e n c e n d i ó l a " r a d i o " . E s t a b a re-
                                                                                    trasmitiendo u n a comedia americana.tra-                                 bombas a t ó m i c a s . Pero si ss los regalan
            Seguía siendo jefe de negociado en su                                                                                                             los americanos, los u s a r á . Opinaba f o ri-
            catolicismo administrativo y puntual.                                   ducida. U n a de esas comedias que sé. re-
                                                                                    citan lenta, arrastrada.y tenebrosamente,                                 zadamente .que el caso era i d é n t i c o : aquel
            Consideraba sus pitillos cuaresmales re-                                                                                                          puro era su "ayuda americana", su base-
            nunciados, como u n a segura i n v e r s i ó n a                        y donde tiene una importancia, trascen-
                                                                                    dental pedir u n " w h i s k y " , decir que hace                         de R o t a . . .
            largo plazo. A n g é l i c o s contables se los
           i r í a n apuntando allá arriba.-                                         caler o. desearse buenos días., A l f i n , u n                             JSu- mujer no se atrevía a opinar, pero
                                                                                    personaje como s i confesase que h a b í a                                se traslucía, que no le c o n v e n c í a mucho
               , — C ó m p el m i é r c o l e s . . . . " ¡ p a x v o b i s i "     matado a su padre, o f r e c i ó , ' c o n - v o z sor-                   aquel traslado- de lo e s t r a t é g i c o a l o teo-
           '     E s t o lo decía como e x c u l p a c i ó n a l en-                 da, un.pitillo a su mujer. A r r o n d o a p a g ó                       lógico. E l la i n c r e p ó porque n o ' resolvía
            cender en v í s p e r a s del M i é r c o l e s de Ce-                  violentamente l a " r a d i o " . '-'•••                                  stis dudas. C o n s i d e r ó que se a b s t e n í a de
            niza u n . pitillo a la* mitad del almuerzo.                              " R e n u n c i o a contaros                  menudamente               opinar p o r c r ú e l d a d, y refinamiento,
            Arrondo, aplicaba m u y personalmente su                              • toda la Cuaresma del .señor A r r o n d o ,                               " c o m o una A g r i p n i a o u n a A n a B o l e n á " .
           p e q u e ñ o repertorio, de frases latinas. S ü                         trascurrida en esa- m i s m a línea i n v a r i a -                       T r a s esta a p l i c a c i ó n ' h i s t ó r i c a infamante,,
           mujer le admiraba mucho por esa cos-                                     ble. A r r o n d o e m p e z ó a, descubrir todos                         p a s ó todo el día. en definitiva explosión-
           tumbre que ella consideraba devota, por-                                 l o s ' m e n u d o s defectos-de su i n s t a l a c i ó n                de gritos y furores, -con la cabeza r u b i a
           que creía que todo lo q u é se dice" en l a t í n                        d o m é s t i c a que, l a anestesia del tabaco,                          del puro asomada a; cu bolsillo, c o m o ' e l
           pertenece a l Evangelio. H o r a s después"                              p o r lo_ visto, le disimulaba antes. L e pa-                             "cohete" d e ' u n a guerra, fría, m á s veces
           A r r e n d o e n c e n d í a , con aire testamentario,                  recía ..insípido el almuerzo; m a l vareado,                              publicado que 'disparado.                       !

           •su, ú l t i m o puro. E r a i a noche d e l martes.                      el c o l c h ó n . Consideraba. que c o n sus p i -
            S u mujer miraba c o n .'cierta e m o c i ó n l i -                                                                                                  '/Por' l a noche, ella, rendida, se a t r e v i ó
                                                                                    tillos renunciados compraba como una
           t ú r g i c a la .columrrilla .-.de humo a z u l que:                                                                                               a' i n s i n u a r :
                                                                                    c o m p a s i ó n universal,que obligaba a todos
            se elevaba hacia los retratos de sus pa-.,                              a compensar y equilibrar ese v a c í o . A ella                           '.. —Y-...- ¿ n o sería mejor que fumaras?
           dres. que en dos.marcos ovalados se ado-                                 le gustaba i r a ver en el " c i n e " las pe-                                Pero A r r o n d o l a m i r ó de arriba abajo,
           raban, honestamente en l a pared: de su                                  lículas sentimentales, en las que se dan                                   y la zahirió c o n lo m á s personal y defi-
            saliía. D i e r o n las doce en u n a iglesia                           los p r p t a g o n i s í a s esos largos besos sa-                        nitivo ds su vocabulario e p - d i t o :
                                                                                                                :
           cercana. A r r ó n d o s e n t e n c i ó : •                              bios, inventados h a c í a poco tiempo y a                                   —r¡Anabaptista!          :   -.'"...
              , — M e rijo per el reloj del comedor.                                los que ella h a b í a llegado y a tarde. Pero
                E l " r e l o j . de! comedor marcaba menos                         a él le gustaban m á s las películas de
           cinco. Cuando dio sus doce campanadas,                                                                                                                    Y como tenía l a t e n s i ó n alta y las ve-
                                                                                   . tiros, indios y caballos. Ordinariamente                                   nas endurecidas, aquella noshe.se m u r i ó
            A r r e n d ó s o n r i ó a su mujer c o n . sufir                       solían alternar . e n turno pacífico. P e r o
            ciencia.              '                                                                                                                             como u n pajarito. '
                                                                                     ahora sólo iban a las de los, indios, por-
                 —Queda l a hora que llevarnos,de ade-                                                                                                        •' H o r a s d e s p u é s , e l venerable P o r t e r o
                                                                                                                                                                                               1

                                                                                    que " ¡ c o r n o é l no f u m a b a ! " T a m p o c o
           lanto oficial,                                                                                                                                       celeste, le concedía u n lugar modesto en
                                                                                    é l -compraba y a , en los paseos del do-
                                                           1


                                                                                                                                                                el cielo; cercano a l a puerta, como ¿V--.
                 Espaciaba sus lentas chupadas, sabo-                                mingo, los merengues que tanto le gus-                                     r r e s p o n d í a a su puesto en el e s c a l a f ó n
            reando" de antemano l a a d m i r a c i ó n de su                        taban a su mujer. N o parecía ordenado                                     y a sus sencillas; virtudes de n u n t ü a l i d a d
            mujer cuando, a l pasar l a hora, . l a i n -                            que s i é l no fumaba ella comiera me-                                     y honradez. T a m b i é n eh e l Cielo seguía
            formara de los dieciocho minutos y vein-                                rengues.,
            te segundos que adelantaba el meridiano                                                                                                             siendo Jefe dé Negociado. -Pero A r r o n d o
            de Greenwich c o n respecto a la hora na-                                                                                                           alegó:
            tural de su pueblo,                                                     ***4>«'^'**<S*i»$*^*<9'-»**»*t>#<»**«>$«><i>                                    — N o entiendo esto.'.. Y o p a s é t e d a ! m i
                 P e r o , a l fin,, hechos todos los descuen-                                                                                                  Cuaresma s i n fumar.                 -
            tos," como en las facturas de los grandes                                                                                                                É l A p ó s t o l o b j e t ó que rio h a b í a visto,
            hoteles, se llegó a u n saldo final. A r r o n -                                                                                                    tal a p u n t a c i ó n : y a b r i ó nuevamente el-
            do, puntual y administrativo, a r r o j ó e n                     :                                                                                 gran libro, de contabilidad,, donde, a dos
            u n cenicero los dos c e n t í m e t r o s de puro                                                                                                : columnas, estaban. anotados los nombres
            q u é quedaban, y e n t r e g ó a su m u j er, c o n                                                                                                de los acreedores.y los m é r i t o s c o n t r a í -
            gesto heroico, su encendedor y su piti-                                               ei mmiú® par me»                                              dos.. R e c o r r i ó c o n s u dedo m a g i s t r a l l a s
            llera, D i j o : " H a s t a el domingo-tic resu-                                                                                                   columnas de la A . De, pronto A r r o n d o
             rrección." Y *en seguida aplicó, otra vez,                                                                                                         vio su nombre. P e r o ¿1 A p ó s t o l ls h i z o
             del modo p e r s o n a l í s i m o que solía, su, leve                               %mñml'Aérea                    de                             observar que . d e c í a : " A r r o n d o ( s e ñ o -
                                                                                                                                                                ra d e ) " . Y a l i a d o , en l a columna de los
            e r u d i c i ó n ; . " S o m o s , t o d a y í a l a raza de
             Cisneros.''"                                                                                      ABC                                              m é r i t o s de- ella.': " U n a . ..Cuaresma, s i n
                                                                                                                                                                fumar su' m a r i d o , "           - -
             ' Y . sobre.la convicción de su.Mnüier de
             que., el C a r d e n a l ' C i s n e r o s dejaba de._fu-                                                                                                             ..   José María. P E M A N
             mar durante l a Cuaresma, se retiraron á'                                                                                                                       de Ja Iical Academia             Ésvañ&la
ABC SEVILLA (Sevilla) - 01/03/1958, Página 3
Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los
contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta * ' disposición
                                                                                                                                                               a
como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los
productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas
0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas
0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivasservicosocial
 
Uni Master Cert
Uni Master CertUni Master Cert
Uni Master Certnmkiat
 
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellen
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellenPflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellen
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellena3 systems GmbH
 
Aula inaugural paul freston
Aula inaugural   paul frestonAula inaugural   paul freston
Aula inaugural paul frestonMoacyr Anício
 
Hubgetriebe vom Feinsten
Hubgetriebe vom FeinstenHubgetriebe vom Feinsten
Hubgetriebe vom FeinstenMöschle Thomas
 
Alexndr hernandz’
Alexndr hernandz’Alexndr hernandz’
Alexndr hernandz’Operatio7
 

Andere mochten auch (9)

0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas
0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas
0310 rela+º+úo manifesta+º+áes coletivas
 
Uni Master Cert
Uni Master CertUni Master Cert
Uni Master Cert
 
Que es el ciber bullying
Que es el ciber bullyingQue es el ciber bullying
Que es el ciber bullying
 
PM Bewerbungsstart 2012FINAL.pdf
PM Bewerbungsstart 2012FINAL.pdfPM Bewerbungsstart 2012FINAL.pdf
PM Bewerbungsstart 2012FINAL.pdf
 
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellen
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellenPflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellen
Pflanzenöle und Wellnessprodukte bequem im Internet bestellen
 
Aula inaugural paul freston
Aula inaugural   paul frestonAula inaugural   paul freston
Aula inaugural paul freston
 
Hubgetriebe vom Feinsten
Hubgetriebe vom FeinstenHubgetriebe vom Feinsten
Hubgetriebe vom Feinsten
 
Ficha122
Ficha122Ficha122
Ficha122
 
Alexndr hernandz’
Alexndr hernandz’Alexndr hernandz’
Alexndr hernandz’
 

Mehr von dimematrimonio

Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerdimematrimonio
 
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerdimematrimonio
 
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerdimematrimonio
 
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...dimematrimonio
 
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelos
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelosTribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelos
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelosdimematrimonio
 
La familia, san josemaria escrivá
La familia, san josemaria escriváLa familia, san josemaria escrivá
La familia, san josemaria escrivádimematrimonio
 
El matrimonio, san josemaria escrivá
El matrimonio, san josemaria escriváEl matrimonio, san josemaria escrivá
El matrimonio, san josemaria escrivádimematrimonio
 
Consejos a los matrimonios, san josemaria escrivá
Consejos a los matrimonios, san josemaria escriváConsejos a los matrimonios, san josemaria escrivá
Consejos a los matrimonios, san josemaria escrivádimematrimonio
 
Matrimonio en la madurez 4 ihe
Matrimonio en la madurez 4 iheMatrimonio en la madurez 4 ihe
Matrimonio en la madurez 4 ihedimematrimonio
 
Matrimonio en la madurez 3 ihe
Matrimonio en la madurez 3 iheMatrimonio en la madurez 3 ihe
Matrimonio en la madurez 3 ihedimematrimonio
 
Matrimonio en la madurez 2 ihe
Matrimonio en la madurez 2 iheMatrimonio en la madurez 2 ihe
Matrimonio en la madurez 2 ihedimematrimonio
 
Matrimonio en la madurez 1 ihe
Matrimonio en la madurez 1 iheMatrimonio en la madurez 1 ihe
Matrimonio en la madurez 1 ihedimematrimonio
 
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vida
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vidaF fernandez carvajal. meditacion. pureza y vida
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vidadimematrimonio
 
Entrevista j masabeu 12 1 2014
Entrevista j masabeu 12 1 2014Entrevista j masabeu 12 1 2014
Entrevista j masabeu 12 1 2014dimematrimonio
 
Braval 15 anos_1998_2013_castellano
Braval 15 anos_1998_2013_castellanoBraval 15 anos_1998_2013_castellano
Braval 15 anos_1998_2013_castellanodimematrimonio
 
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.dimematrimonio
 
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.dimematrimonio
 
Asm memoria 2013_aaff (1)
Asm memoria 2013_aaff (1)Asm memoria 2013_aaff (1)
Asm memoria 2013_aaff (1)dimematrimonio
 

Mehr von dimematrimonio (20)

Juntos en camino
Juntos en caminoJuntos en camino
Juntos en camino
 
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
 
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
 
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujerCarta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
Carta pastoral del prelado del opus dei, febrero 2015, sobre la mujer
 
El liceu pel raval
El liceu pel ravalEl liceu pel raval
El liceu pel raval
 
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...
Sentencia tribunal supremo de españa 19 2-2014, la esposa que roba al marido ...
 
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelos
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelosTribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelos
Tribunal supremo españa 14 12-13. derecho de los abuelos
 
La familia, san josemaria escrivá
La familia, san josemaria escriváLa familia, san josemaria escrivá
La familia, san josemaria escrivá
 
El matrimonio, san josemaria escrivá
El matrimonio, san josemaria escriváEl matrimonio, san josemaria escrivá
El matrimonio, san josemaria escrivá
 
Consejos a los matrimonios, san josemaria escrivá
Consejos a los matrimonios, san josemaria escriváConsejos a los matrimonios, san josemaria escrivá
Consejos a los matrimonios, san josemaria escrivá
 
Matrimonio en la madurez 4 ihe
Matrimonio en la madurez 4 iheMatrimonio en la madurez 4 ihe
Matrimonio en la madurez 4 ihe
 
Matrimonio en la madurez 3 ihe
Matrimonio en la madurez 3 iheMatrimonio en la madurez 3 ihe
Matrimonio en la madurez 3 ihe
 
Matrimonio en la madurez 2 ihe
Matrimonio en la madurez 2 iheMatrimonio en la madurez 2 ihe
Matrimonio en la madurez 2 ihe
 
Matrimonio en la madurez 1 ihe
Matrimonio en la madurez 1 iheMatrimonio en la madurez 1 ihe
Matrimonio en la madurez 1 ihe
 
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vida
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vidaF fernandez carvajal. meditacion. pureza y vida
F fernandez carvajal. meditacion. pureza y vida
 
Entrevista j masabeu 12 1 2014
Entrevista j masabeu 12 1 2014Entrevista j masabeu 12 1 2014
Entrevista j masabeu 12 1 2014
 
Braval 15 anos_1998_2013_castellano
Braval 15 anos_1998_2013_castellanoBraval 15 anos_1998_2013_castellano
Braval 15 anos_1998_2013_castellano
 
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
 
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
Francisco fernandez carvajal domingo c, 17 semana t.o.
 
Asm memoria 2013_aaff (1)
Asm memoria 2013_aaff (1)Asm memoria 2013_aaff (1)
Asm memoria 2013_aaff (1)
 

Abc sevilla 01.03.1958-pagina 003[1]

  • 1. DI A R10 IL ü S > D I A "R I O IXü S TE ADO D E 1N« TR ADO D E IN • F O K M A C I O N. F O R M A G I ON G E "N '"E ..R . A L G E N. E R A• L REDACCIÓN.'-'Y ÍÍ0IWIWSTRACION: PRADO DE S A N S E B A S T I A N , SUSCRIPCIONES V ANUMCIQS: VELAZQUEZ, 12. SEVILLA E S D E el d'o- P e r o la tarde de ,:ni i n" g o ele mayor c a r g a z ó n tor- Q ü i. n c u a - mentosa y reticente g é s i m á ' t e d a la casa fué l a del día, en y la familia del s e ñ o r A r r o n d o sabía que su dormitorio. Á r r o n d o que solía: dor- que se celebró e l almuerzo en honor de é s t e h a b í a .Hecho, promesa de no fumar mirse fumando u n pitillo no p o d í a con- ' su colega P é r e z , a l que se.le íiabía con- durante l a Cuaresma. A cada cigarro que ciliar el sueño. S u ' m u j e r i n s i n u a b a : " E s cedido la encomienda d e l M é r i t o . C i v i l . e n c e n d í a anunciaba s ü p r o p ó s i t o c o n r u i - , : la primera noche^ J u l i á n . " Se i n d i g n ó é l A r r o n d o l l e g ó , a casa con. u n puro en el dosa nervosidad. H a b í a aumentado, en ante l a creencia de ella de que su renun- bolsillo alto de la americana. L o s h a b í a n despedida y, desquite, su r a c i ó n - d i a r i a : ciamiento, fuese heroicidad de horas. L e repartido a los postres. A r r o n d o e n t a b l ó , •y en los "ceniceros de l a casa unos m o n - anunció, que toda l a Cuaresma sería igual. un largo examen casuístico s o b r é s i vio- toncitos de papel y ceniza d e n u n c i a b a ^ " N o dormiré"', gritó. " N o ' dormiremos", l a b a n no su promesa el fumarse el puro como "bajas".en el campo, !a batalla que c o r e ó ella dulcemente. E l la i n c r e p ó d u - regalado. N o ¿ra' s u y o ; no era iniciativa libraba consigo mismo é l s e ñ o r A r r o r i d o . ramente sin poderse explicar- que s i é l suya. E l razonaba administrativamente; A r r o n d o , era u n buen hombre, honrado, E s p a ñ a es u n pueblo pobre y pacífico que no fumaba ella pretendiera dormir. P o c o elemental. E r a profesional y o r g á n i c a - no puede usar aviones de r e a c c i ó n y mente jefe de u n negociado de M i n i s t e r i o . d e s p u é s , e n c e n d i ó l a " r a d i o " . E s t a b a re- trasmitiendo u n a comedia americana.tra- bombas a t ó m i c a s . Pero si ss los regalan Seguía siendo jefe de negociado en su los americanos, los u s a r á . Opinaba f o ri- catolicismo administrativo y puntual. ducida. U n a de esas comedias que sé. re- citan lenta, arrastrada.y tenebrosamente, zadamente .que el caso era i d é n t i c o : aquel Consideraba sus pitillos cuaresmales re- puro era su "ayuda americana", su base- nunciados, como u n a segura i n v e r s i ó n a y donde tiene una importancia, trascen- dental pedir u n " w h i s k y " , decir que hace de R o t a . . . largo plazo. A n g é l i c o s contables se los i r í a n apuntando allá arriba.- caler o. desearse buenos días., A l f i n , u n JSu- mujer no se atrevía a opinar, pero personaje como s i confesase que h a b í a se traslucía, que no le c o n v e n c í a mucho , — C ó m p el m i é r c o l e s . . . . " ¡ p a x v o b i s i " matado a su padre, o f r e c i ó , ' c o n - v o z sor- aquel traslado- de lo e s t r a t é g i c o a l o teo- ' E s t o lo decía como e x c u l p a c i ó n a l en- da, un.pitillo a su mujer. A r r o n d o a p a g ó lógico. E l la i n c r e p ó porque n o ' resolvía cender en v í s p e r a s del M i é r c o l e s de Ce- violentamente l a " r a d i o " . '-'••• stis dudas. C o n s i d e r ó que se a b s t e n í a de niza u n . pitillo a la* mitad del almuerzo. " R e n u n c i o a contaros menudamente opinar p o r c r ú e l d a d, y refinamiento, Arrondo, aplicaba m u y personalmente su • toda la Cuaresma del .señor A r r o n d o , " c o m o una A g r i p n i a o u n a A n a B o l e n á " . p e q u e ñ o repertorio, de frases latinas. S ü trascurrida en esa- m i s m a línea i n v a r i a - T r a s esta a p l i c a c i ó n ' h i s t ó r i c a infamante,, mujer le admiraba mucho por esa cos- ble. A r r o n d o e m p e z ó a, descubrir todos p a s ó todo el día. en definitiva explosión- tumbre que ella consideraba devota, por- l o s ' m e n u d o s defectos-de su i n s t a l a c i ó n de gritos y furores, -con la cabeza r u b i a que creía que todo lo q u é se dice" en l a t í n d o m é s t i c a que, l a anestesia del tabaco, del puro asomada a; cu bolsillo, c o m o ' e l pertenece a l Evangelio. H o r a s después" p o r lo_ visto, le disimulaba antes. L e pa- "cohete" d e ' u n a guerra, fría, m á s veces A r r e n d o e n c e n d í a , con aire testamentario, recía ..insípido el almuerzo; m a l vareado, publicado que 'disparado. ! •su, ú l t i m o puro. E r a i a noche d e l martes. el c o l c h ó n . Consideraba. que c o n sus p i - S u mujer miraba c o n .'cierta e m o c i ó n l i - '/Por' l a noche, ella, rendida, se a t r e v i ó tillos renunciados compraba como una t ú r g i c a la .columrrilla .-.de humo a z u l que: a' i n s i n u a r : c o m p a s i ó n universal,que obligaba a todos se elevaba hacia los retratos de sus pa-., a compensar y equilibrar ese v a c í o . A ella '.. —Y-...- ¿ n o sería mejor que fumaras? dres. que en dos.marcos ovalados se ado- le gustaba i r a ver en el " c i n e " las pe- Pero A r r o n d o l a m i r ó de arriba abajo, raban, honestamente en l a pared: de su lículas sentimentales, en las que se dan y la zahirió c o n lo m á s personal y defi- saliía. D i e r o n las doce en u n a iglesia los p r p t a g o n i s í a s esos largos besos sa- nitivo ds su vocabulario e p - d i t o : : cercana. A r r ó n d o s e n t e n c i ó : • bios, inventados h a c í a poco tiempo y a —r¡Anabaptista! : -.'"... , — M e rijo per el reloj del comedor. los que ella h a b í a llegado y a tarde. Pero E l " r e l o j . de! comedor marcaba menos a él le gustaban m á s las películas de cinco. Cuando dio sus doce campanadas, Y como tenía l a t e n s i ó n alta y las ve- . tiros, indios y caballos. Ordinariamente nas endurecidas, aquella noshe.se m u r i ó A r r e n d ó s o n r i ó a su mujer c o n . sufir solían alternar . e n turno pacífico. P e r o ciencia. ' como u n pajarito. ' ahora sólo iban a las de los, indios, por- —Queda l a hora que llevarnos,de ade- •' H o r a s d e s p u é s , e l venerable P o r t e r o 1 que " ¡ c o r n o é l no f u m a b a ! " T a m p o c o lanto oficial, celeste, le concedía u n lugar modesto en é l -compraba y a , en los paseos del do- 1 el cielo; cercano a l a puerta, como ¿V--. Espaciaba sus lentas chupadas, sabo- mingo, los merengues que tanto le gus- r r e s p o n d í a a su puesto en el e s c a l a f ó n reando" de antemano l a a d m i r a c i ó n de su taban a su mujer. N o parecía ordenado y a sus sencillas; virtudes de n u n t ü a l i d a d mujer cuando, a l pasar l a hora, . l a i n - que s i é l no fumaba ella comiera me- y honradez. T a m b i é n eh e l Cielo seguía formara de los dieciocho minutos y vein- rengues., te segundos que adelantaba el meridiano siendo Jefe dé Negociado. -Pero A r r o n d o de Greenwich c o n respecto a la hora na- alegó: tural de su pueblo, ***4>«'^'**<S*i»$*^*<9'-»**»*t>#<»**«>$«><i> — N o entiendo esto.'.. Y o p a s é t e d a ! m i P e r o , a l fin,, hechos todos los descuen- Cuaresma s i n fumar. - tos," como en las facturas de los grandes É l A p ó s t o l o b j e t ó que rio h a b í a visto, hoteles, se llegó a u n saldo final. A r r o n - tal a p u n t a c i ó n : y a b r i ó nuevamente el- do, puntual y administrativo, a r r o j ó e n : gran libro, de contabilidad,, donde, a dos u n cenicero los dos c e n t í m e t r o s de puro : columnas, estaban. anotados los nombres q u é quedaban, y e n t r e g ó a su m u j er, c o n de los acreedores.y los m é r i t o s c o n t r a í - gesto heroico, su encendedor y su piti- ei mmiú® par me» dos.. R e c o r r i ó c o n s u dedo m a g i s t r a l l a s llera, D i j o : " H a s t a el domingo-tic resu- columnas de la A . De, pronto A r r o n d o rrección." Y *en seguida aplicó, otra vez, vio su nombre. P e r o ¿1 A p ó s t o l ls h i z o del modo p e r s o n a l í s i m o que solía, su, leve %mñml'Aérea de observar que . d e c í a : " A r r o n d o ( s e ñ o - ra d e ) " . Y a l i a d o , en l a columna de los e r u d i c i ó n ; . " S o m o s , t o d a y í a l a raza de Cisneros.''" ABC m é r i t o s de- ella.': " U n a . ..Cuaresma, s i n fumar su' m a r i d o , " - - ' Y . sobre.la convicción de su.Mnüier de que., el C a r d e n a l ' C i s n e r o s dejaba de._fu- .. José María. P E M A N mar durante l a Cuaresma, se retiraron á' de Ja Iical Academia Ésvañ&la ABC SEVILLA (Sevilla) - 01/03/1958, Página 3 Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta * ' disposición a como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.