2. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Conteúdo Programático desta aula
Aprender a calcular a capacidade da
empresa em saldar as dívidas.
Conhecer os índices que medem a
solvência da empresa.
Entender a importância da solvência para
futuros pedidos de créditos.
Conhecer os índices que medem o retorno
obtido através das vendas realizadas.
Aprender a analisar os resultados obtidos.
3. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ÍNDICES
A análise de índices a partir das demonstrações
contábeis é um importante recurso para os acionistas,
analistas de mercado, credores, gestores, diretores e
conselhos administrativos da própria empresa, órgãos de
controle governamental, pesquisadores, imprensa e
todos os atores do mercado que tenham interesse no
desempenho da organização.
Estes indicadores subsidiam as decisões que poderão
afetar as estratégias e projetos empresariais, inclusive o
preço de mercado de títulos emitidos pela organização
(ações, debêntures, partes beneficiárias, bônus de
subscrição etc.).
4. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
A liquidez de curto prazo e a capacidade de saldar as
obrigações assumidas também são preocupações de grande
parte dos usuários. A rentabilidade da empresa desperta
grande interesse dos que querem certificar-se de que a
organização é saudável.
Em resumo, os atores do mercado que têm interesse na
organização preocupam-se com todos os aspectos da
situação financeira da empresa e procuram construir
índices financeiros que demonstrem os aspectos favoráveis
ou desfavoráveis relacionados ao desempenho financeiro e
operacional da organização.
ÍNDICES
5. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Análise de Índices não inclui somente a elaboração e o cálculo de
indicadores financeiros e operacionais.
Ele tem algo ainda
mais importante.
Você sabe o que é?
É a interpretação dos valores desses índices, ou seja. o que eles
estão indicando que aconteceu e quais as possibilidades futuras.
Uma adequada base de comparação é necessária para responder a
perguntas relacionadas.
COMPARAÇÃO DE ÍNDICES
6. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
As comparações de índices são fundamentais para o
posicionamento analítico e a obtenção de repostas às
perguntas formuladas.
Assim, entre outros, pode-se citar dois tipos: corte
transversal e de séries temporais.
ÍNDICES
7. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
O corte transversal envolve a comparação de índices
financeiros de diferentes organizações no mesmo período.
Os analistas, geralmente, têm interesse no desempenho de
uma organização em relação a outras de seu setor.
Com frequência, as entidades comparam os valores de seus
índices aos de seus principais concorrentes ou de um grupo
de concorrentes mais representativos (benchmarking) ou à
média do setor.
ANÁLISE FINANCEIRA- ANÁLISE DE ÍNDICES
8. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
A comparação de médias setoriais também é um
procedimento comum. Os dados podem ser encontrados em
fontes como internet, revistas especializadas, jornais,
publicações de órgãos setoriais, órgãos de estatística ou
controle do governo, bolsas de valores etc.
A análise de séries temporais avalia o desempenho com o
passar do tempo.
A comparação entre desempenho corrente e desempenho
passado, utilizando índices financeiros, permite aos
analistas avaliar o progresso alcançado pela organização.
9. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
O surgimento de tendências pode ser detectado comparando-
se o desempenho de vários anos. Tal como ocorre na análise
em cortes transversais, qualquer variação significativa de um
ano para outro pode ser sintoma de um problema sério.
10. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Um dos aspectos mais relevantes da análise de índices
combina o corte transversal com o de séries temporais.
Uma visão combinada permite avaliar a tendência do
comportamento de um índice em relação à tendência
observada no setor.
Um índice isolado, normalmente, não fornece subsídios
suficientes para julgamento do desempenho geral de uma
organização. Entretanto, se a análise estiver voltada para
algum aspecto específico de posição financeira, uns
poucos indicadores reunidos podem ser suficientemente
conclusivos.
ÍNDICES
11. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ÍNDICES
Os índices que apresentem diferenças grandes em relação
aos indicadores setoriais evidenciam sintomas de um
problema. São necessárias análises adicionais específicas
que identifiquem as causas ou possíveis correlações - a
análise de índices apenas identifica e orienta a atenção
para possíveis áreas de preocupação, não fornecendo
evidências de problemas específicos.
Os índices que estão sendo comparados devem ser
calculados com demonstrações financeiras referentes ao
mesmo exercício ou período. Os efeitos da sazonalidade ou
de fatores sistêmicos da economia podem levar a
conclusões inadequadas.
12. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
As informações financeiras comparadas devem ser
objeto de moedas iguais e critérios contábeis uniformes.
Os resultados podem ser distorcidos pela inflação, que
pode fazer com que os valores contábeis ativos sejam
depreciados pela perda do poder aquisitivo da moeda,
divergindo totalmente dos valores reais de reposição. A
solução é, dependendo da análise, efetivar os
demonstrativos em moeda constante nos moldes da
correção integral a fim de obter valores uniformes.
ÍNDICES
13. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade
de cumprir as obrigações de curto prazo, à medida que
vencem. Corresponde à solvência da posição financeira
geral da empresa - a facilidade com que pode pagar suas
contas.
LIQUIDEZ
O que é liquidez?
14. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
LIQUIDEZ
O que a liquidez indica?
Como uma liquidez baixa ou declinante é um precursor
comum de dificuldades financeiras e falência, esses
índices são vistos como bons indicadores de problemas
de fluxo de caixa.
Quais as medidas básicas de liquidez?
As duas medidas básicas de liquidez são o índice de
liquidez corrente e o índice de liquidez seca.
15. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE
O índice de liquidez corrente, um dos índices financeiros mais
frequentemente citados, mede a capacidade da empresa de
saldar suas obrigações de curto prazo. É definido do seguinte
modo:
16. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ANÁLISE FINANCEIRA-
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE - EXEMPLO
17. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Balanço Patrimonial - Cia Exemplo
ATIVO X3 X4 X5
ATIVO CIRCULANTE 1.705 1.569 1.632
Bancos Conta Movimento 550 439 393
Clientes 887 854 943
Estoque 268 276 296
ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.435 2.309 2.140
TOTAL DO ATIVO 4.140 3.878 3.772
PASSIVO X3 X4 X5
CIRCULANTE 1.369 1.273 1.433
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.351 1.125 819
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.420 1.480 1.520
TOTAL PASSIVO 4.140 3.878 3.772
ILC (X3)do balanço apresentado anteriormente é R$ 1.705/ R$ 1.369 = 1,245.
ILC (X4)do balanço apresentado anteriormente é R$ 1.569/ R$1.273 = 1,232.
ILC (X5)do balanço apresentado anteriormente é R$ 1.632/ R$ 1.433 = 1,139
18. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
EXEMPLO:
Índice de Liquidez Corrente:
Na avaliação deste índice, quanto mais alto for seu valor,
maior é o grau de liquidez da empresa, ou seja, maior é a
capacidade da empresa saldar o passivo de curto prazo
(circulante).
19. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Neste exemplo, em X3 ele demonstra suficiência de +24,5% de
ativos de curto prazo para cobertura dos passivos de curto prazo,
em X4, +23,2%, em X5, houve uma queda na folga para +13,9%,
reduzindo a liquidez corrente.
A liquidez depende do tipo de negócio e do setor em que ela opera.
Em muitas análises, um grau de liquidez alto pode demonstrar uma
gestão financeira muito conservadora com excesso de recursos mal
utilizados no circulante ou, mesmo, queda nas vendas e acumulação
excessiva de estoques, enfim, desequilíbrio na gestão do negócio,
concentrando recursos em ativos de menor rentabilidade ou clientes
que estão pagando em atraso etc.
EXEMPLO:
20. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Assim, um índice de liquidez corrente igual a 2 é,
ocasionalmente, aceitável, mas a aceitação deste valor como
bom dependerá do setor no qual a empresa atua e do tipo de
empreendimento.
EXEMPLO:
21. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
LIQUIDEZ SECA
O índice de liquidez seca é semelhante ao índice de
liquidez corrente, exceto pelo fato de que exclui os
estoques, geralmente os ativos circulantes menos líquidos
de todos.
22. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
A redução da liquidez dos estoques resulta, basicamente, de
dois fatores:
(1)muitos tipos de estoques não podem ser vendidos com
facilidade porque são itens parcialmente acabados e/ou
têm finalidades específicas;
(2)o produto estocado é normalmente vendido a prazo, o
que significa que se transforma em contas a receber antes
de ser convertido em disponível (caixa ou conta
bancária).
Índice de Liquidez Seca
23. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Um índice de liquidez seca igual a 1 (um) é, ocasionalmente,
recomendado. Entretanto, como no caso do índice de liquidez
corrente, o valor considerado aceitável depende muito do setor e
do tipo de negócio.
Esse índice fornece uma medida de liquidez geral mais adequada
quando o estoque de uma empresa não pode ser facilmente
convertido em disponível. Se o estoque for líquido (rapidamente
convertido em disponível), o índice de liquidez corrente será uma
medida preferível de liquidez.
ILS = ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES
PASSIVO CIRCULANTE
O índice de liquidez seca é assim calculado:
24. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ILS (X3) do balanço apresentado é R$(1.705 - 268) / R$1.369 = 1,050.
ILS (X4) do balanço apresentado é R$(1.569 - 276) / R$1.273 = 1,016.
ILS (X5) do balanço apresentado é R$(1.632 - 296) / R$1.433 = 0,932.
No caso, o ILS, no período X3, tem valor de 1,05, demonstrando
folga para cobertura dos passivos de curto prazo de +5%; no período
X4, esta folga cai para +1,6% e cai para -6,4%, evidenciando uma
tendência de queda e, mais ainda, perde a folga anteriormente
existente, evidenciando uma insuficiência de ativos líquidos de
estoques para cobrir os passivos de curto prazo.
ILS = ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES
PASSIVO CIRCULANTE
25. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE:
INVESTIMENTOS
LIQUIDEZ
VENDAS
LUCRATIVIDADE
26. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – CIA. EXEMPLO B S/A
R$ (mil)
RECEITA LÍQUIDA
(-) Custos
= LUCRO BRUTO
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Depreciação e Amortização
(-) Resultado Financeiro Líquido
(-) Outros
= LUCRO OPERACIONAL
(-) Despesas Não Operacionais
= LUCRO ANTES DO IR E DA CSLL
(-) IR e CSLL
= LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
ANO 1
341.934
(233.992)
107.942
(75.220)
(16.518)
(5.965)
(7.215)
43
3.067
-
3.067
(1.035)
2.032
ANO 2
375.484
(251.786)
123.698
(80.331)
(17.180)
(6.492)
(8.042)
5.185
16.838
-
16.838
(5.795)
11.043
27. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE:
Medem o retorno obtido através das vendas, ou seja, o
lucro gerado nas operações, através das análises de:
MARGEM BRUTA
MARGEM OPERACIONAL
MARGEM LÍQUIDA
28. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
MARGEM BRUTA
Mede o retorno da produção (ou vendas comerciais ou de
serviços prestados):
O retorno da produção desta empresa fica em torno de 30%
e houve um aumento no ano 2. Podemos verificar um
aumento das vendas em 10% e dos custos em 8%.
29. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
MARGEM OPERACIONAL
Mede o retorno da atividades operacionais (após a despesas
e outras receitas operacionais):
No exemplo pode-se verificar este aumento observando o
aumento de resultados operacionais que passou de R$ 43
para R$ 5.185.
30. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
MARGEM LÍQUIDA
Mede o retorno após os resultados não operacionais e os
impostos sobre os lucro:
Após contabilização de todos os resultados observa-se que
o retorno da empresa para remuneração dos acionistas
está em torno de 3%.
31. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
LUCRATIVIDADE RENTABILIDADE
Ganho sobre vendas
Ganho sobre
investimento
ATENÇÃO
LUCRATIVIDADE X RENTABILIDADE:
32. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Por que índices que estão sendo comparados devem ser
calculados com demonstrações financeiras referentes ao
mesmo exercício ou período?
O que a liquidez indica?
Um dos aspectos mais relevantes da análise de índices
combina o corte transversal com o de séries temporais. O
que uma visão combinada permite avaliar?
Quais as medidas básicas de liquidez?
Quais os principais índices de lucratividade?
Bate pronto:
33. ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES FINANCEIRAS
,
AULA 5- ANÁLISE DE LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE
Comparação de Índices
Índices de Liquidez
Índices de Lucratividade
Índice de Rentabilidade
RESUMINDO: