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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA 
AMAZONIA - IESA 
FACULDADE MARTHA FALCÃO - FMF 
A Pré-história da 
Sociologia 
Para-sociologia e Sociologia implícita 
Prof. Aquiles Santos Pinheiro (MsC) 
E-mail: achilespinheiro@hotmail.com 
Fone: 9129-5628
Ideologia para-sociológica 
e ideologia justificadora 
 Descrições históricas do Oriente Antigo. 
(Heródoto). 
- Importância das ideias e instituições religiosas; 
- A teologia dos egípcios servia de justificativa 
para a organização social: a hierarquia dos 
deuses correspondia à hierarquia dos homens.
Amon, Rá, Atom 
No Egito, estas 3 divindades, 
assim como Hórus, Osíris e 
Ísis acabaram constituindo 
uma santa trindade divina - 
análoga à que os cristãos 
muito mais tarde defenderam 
na sua religião monoteísta - 
e constituíram apenas 1 
única deidade: aquele que 
originou todos os deuses e 
que era pai de todos os 
deuses. 
Hórus-Osíris-Ísis 
A Santíssima Trindade
Ideologia e filosofia egípcias: 
Baseada em idéias e instituições religiosas. 
 O Faraó, intermediário 
entre os dois mundos 
era um deus ou rei-deus. 
 A existência futura (no 
pós-morte) era um 
prolongamento da 
existência terrena. 
 Importância da 
mumificação e dos 
rituais funerários.
A Teologia Indu 
Filosofia social ligada às crenças bramânicas 
 A teologia Indu é 
inseparável das 
realidades sociais, 
consideradas como fruto 
de suas crenças. 
 O regime de castas na 
Índia é uma instituição 
fundamental das 
sociedades onde 
predominam a filosofia 
bramânica.
Bramas: os sacerdotes, que se 
chamavam bramas, representavam a 
classe mais elevada da sociedade e se 
consideravam nascidos da cabeça do 
Deus Brama. 
Xátrias: guerreiros com poder político. 
Vaicias: comerciantes, camponeses e 
artesãos. 
Sudras: servos. 
Párias: eram os marginalizados da 
sociedade
Sociedades da América Pré-Colombiana 
 Podemos extrair concepções pré-sociológicas 
dos princípios e das crenças 
que presidiam a organização de 
importantes sociedades da América pré-colombiana. 
 Astecas – teocracia feudal e militar. 
 Incas – castas pacíficas sob o domínio de 
um rei-deus.
A aurora da Sociologia 
 A aurora da sociologia implicava o nascimento 
de uma especulação sociológica desembaraçada, 
ao menos em parte, das ideias religiosas. 
 A característica das cidades gregas era a 
identidade das crenças religiosas coincidindo 
com a diversidade das instituições políticas. 
 A existência de sociedades tão diferenciadas era 
propício para as reflexões sociológicas dos 
precursores da sociologia moderna.
Nascimento de uma “sociologia racional” 
 Sofistas – os primeiros filósofos gregos a tratar de 
assuntos sociais. 
 Os sofistas inauguraram, no domínio social, os elementos 
essenciais do método científico, isto é, a observação, a 
comparação e a crítica. 
 Desconfiam das explicações mitológicas e religiosas. 
 Saem em busca de um direito natural baseado na pessoa 
humana. 
 Todas as suas especulações procedem de preocupações 
éticas: defendem o espírito igualitário, combatem a 
escravatura e o nacionalismo estreito das cidades 
helênicas.
Século XIX - O Nascimento da 
Sociologia Científica
O Sistema Sociológico de Comte 
 Auguste Comte (1789-1857): é considerado 
unanimemente o fundador da Sociologia 
Moderna. Foi ele quem cunhou o termo 
“Sociologia”. 
 Comte concebeu a Sociologia Científica em 
oposição à Teologia e a especulação filosófica. 
 Assim como René Descartes cortou os laços 
que ainda uniam a filosofia à teologia, Comte 
separou a sociologia da metafísica.
Classificação das Ciências 
 O Sistema Sociológico de Comte principia por 
um inventário dos conhecimentos 
humanos e uma teoria geral das ciências. 
 Comte classifica as Ciências em ordem de 
complexidade crescente (do simples para o 
complexo): matemática, astronomia, física, 
química, biologia e, como coroamento, a nova 
ciência, a sociologia – o estudo objetivo e 
positivo da sociedade.
O sistema sociológico de Comte 
 A Sociologia é uma ciência cujo tema de estudo é 
distinto: o ser social no seu conjunto. 
 A sociedade para Comte, compõe-se de todos os 
homens vivos e todos os que já morreram, mas 
que sobrevivem no pensamento de seus descendentes, e 
aí, desenvolvem uma ação igual ao ascendente de sua 
lembrança. 
 A sociedade é formada pela acumulação de uma 
experiência e de um saber que constitui um dado 
espiritual objetivo e liga as gerações entre si.
 No tocante ao método, a sociologia deve 
empregar a observação e a indução. 
 Com base nesse método, Comte elabora 
uma teoria geral da evolução filosófica: a 
“Teoria dos Três Estados”. 
 Essa teoria considera que a evolução do 
conhecimento humano passa por três 
estágios: estado teológico; estado 
metafísico; e estado positivista (ou 
científico).
O Estado Teológico 
 O estado teológico – consiste em 
explicar os diversos fenômenos por 
causas primeiras, em geral 
personificada nos deuses. 
 Nas instituições sociais 
correspondentes a tal mentalidade, a 
predominância pertence aos grupos 
sacerdotais,
O Estado Metafísico 
 O estado metafísico – os homens 
empenham-se em alcançar concepções menos 
antropomórficas. 
 As causas primeiras são substituídas por 
causas mais gerais: as entidades metafísicas. 
 Na vida dos Estados impera dogmatismo 
considerado superior aos fatos: estes devem 
curvar-se ante princípios a priori, como idéia 
de liberdade absoluta, virtude “integral” etc.
O Estado Positivista 
 O estado positivista: consiste em 
explicar os fenômenos por causas 
segundas, baseadas na observação 
científica.
Características da filosofia positiva 
 A concordância com os fatos deve ser o único 
critério da filosofia positiva. 
 Deve-se buscar as leis dos fenômenos, isto é, as 
relações constantes existentes entre fenômenos 
observados. 
 Jamais procurar as causas absolutas ou a 
natureza íntima das coisas. O característico da 
filosofia positiva é substituir em toda parte o 
absoluto pelo relativo.
Sociologia Estática e Dinâmica 
 Comte acreditava que assim como na Física e 
na Química as forças são estudadas, de início, 
em equilíbrio, e depois em atividade, do 
mesmo modo a sociologia deve comportar as 
condições constantes da existência das 
sociedades: 
1º) Estuda as condições constantes da 
existência das sociedades; 
2º) Estuda a dinâmica que estuda as leis do 
desenvolvimento da sociedade.
Referências Bibliográficas 
 BOUTHOUL, Gaston. História da 
Sociologia. Tradução de J. Guinsburg. 
5. ed. São Paulo / Rio de Janeiro: 
DIFEL, 1980.
O sistema sociológico de Comte 
 A Sociologia é uma ciência cujo tema de estudo é 
distinto: o ser social no seu conjunto. 
 A sociedade para Comte, compõe-se de todos os 
homens vivos e todos os que já morreram, mas 
que sobrevivem no pensamento de seus descendentes, e 
aí, desenvolvem uma ação igual ao ascendente de sua 
lembrança. 
 A sociedade é formada pela acumulação de uma 
experiência e de um saber que constitui um dado 
espiritual objetivo e liga as gerações entre si.
Bibliografia 
 BOUTHOUL, Gaston. História da 
Sociologia. Tradução de J. Guinsburg. 
5. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 
1980

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Pré-história da Sociologia

  • 1. INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZONIA - IESA FACULDADE MARTHA FALCÃO - FMF A Pré-história da Sociologia Para-sociologia e Sociologia implícita Prof. Aquiles Santos Pinheiro (MsC) E-mail: achilespinheiro@hotmail.com Fone: 9129-5628
  • 2. Ideologia para-sociológica e ideologia justificadora  Descrições históricas do Oriente Antigo. (Heródoto). - Importância das ideias e instituições religiosas; - A teologia dos egípcios servia de justificativa para a organização social: a hierarquia dos deuses correspondia à hierarquia dos homens.
  • 3.
  • 4. Amon, Rá, Atom No Egito, estas 3 divindades, assim como Hórus, Osíris e Ísis acabaram constituindo uma santa trindade divina - análoga à que os cristãos muito mais tarde defenderam na sua religião monoteísta - e constituíram apenas 1 única deidade: aquele que originou todos os deuses e que era pai de todos os deuses. Hórus-Osíris-Ísis A Santíssima Trindade
  • 5. Ideologia e filosofia egípcias: Baseada em idéias e instituições religiosas.  O Faraó, intermediário entre os dois mundos era um deus ou rei-deus.  A existência futura (no pós-morte) era um prolongamento da existência terrena.  Importância da mumificação e dos rituais funerários.
  • 6. A Teologia Indu Filosofia social ligada às crenças bramânicas  A teologia Indu é inseparável das realidades sociais, consideradas como fruto de suas crenças.  O regime de castas na Índia é uma instituição fundamental das sociedades onde predominam a filosofia bramânica.
  • 7. Bramas: os sacerdotes, que se chamavam bramas, representavam a classe mais elevada da sociedade e se consideravam nascidos da cabeça do Deus Brama. Xátrias: guerreiros com poder político. Vaicias: comerciantes, camponeses e artesãos. Sudras: servos. Párias: eram os marginalizados da sociedade
  • 8. Sociedades da América Pré-Colombiana  Podemos extrair concepções pré-sociológicas dos princípios e das crenças que presidiam a organização de importantes sociedades da América pré-colombiana.  Astecas – teocracia feudal e militar.  Incas – castas pacíficas sob o domínio de um rei-deus.
  • 9. A aurora da Sociologia  A aurora da sociologia implicava o nascimento de uma especulação sociológica desembaraçada, ao menos em parte, das ideias religiosas.  A característica das cidades gregas era a identidade das crenças religiosas coincidindo com a diversidade das instituições políticas.  A existência de sociedades tão diferenciadas era propício para as reflexões sociológicas dos precursores da sociologia moderna.
  • 10. Nascimento de uma “sociologia racional”  Sofistas – os primeiros filósofos gregos a tratar de assuntos sociais.  Os sofistas inauguraram, no domínio social, os elementos essenciais do método científico, isto é, a observação, a comparação e a crítica.  Desconfiam das explicações mitológicas e religiosas.  Saem em busca de um direito natural baseado na pessoa humana.  Todas as suas especulações procedem de preocupações éticas: defendem o espírito igualitário, combatem a escravatura e o nacionalismo estreito das cidades helênicas.
  • 11. Século XIX - O Nascimento da Sociologia Científica
  • 12. O Sistema Sociológico de Comte  Auguste Comte (1789-1857): é considerado unanimemente o fundador da Sociologia Moderna. Foi ele quem cunhou o termo “Sociologia”.  Comte concebeu a Sociologia Científica em oposição à Teologia e a especulação filosófica.  Assim como René Descartes cortou os laços que ainda uniam a filosofia à teologia, Comte separou a sociologia da metafísica.
  • 13. Classificação das Ciências  O Sistema Sociológico de Comte principia por um inventário dos conhecimentos humanos e uma teoria geral das ciências.  Comte classifica as Ciências em ordem de complexidade crescente (do simples para o complexo): matemática, astronomia, física, química, biologia e, como coroamento, a nova ciência, a sociologia – o estudo objetivo e positivo da sociedade.
  • 14. O sistema sociológico de Comte  A Sociologia é uma ciência cujo tema de estudo é distinto: o ser social no seu conjunto.  A sociedade para Comte, compõe-se de todos os homens vivos e todos os que já morreram, mas que sobrevivem no pensamento de seus descendentes, e aí, desenvolvem uma ação igual ao ascendente de sua lembrança.  A sociedade é formada pela acumulação de uma experiência e de um saber que constitui um dado espiritual objetivo e liga as gerações entre si.
  • 15.  No tocante ao método, a sociologia deve empregar a observação e a indução.  Com base nesse método, Comte elabora uma teoria geral da evolução filosófica: a “Teoria dos Três Estados”.  Essa teoria considera que a evolução do conhecimento humano passa por três estágios: estado teológico; estado metafísico; e estado positivista (ou científico).
  • 16. O Estado Teológico  O estado teológico – consiste em explicar os diversos fenômenos por causas primeiras, em geral personificada nos deuses.  Nas instituições sociais correspondentes a tal mentalidade, a predominância pertence aos grupos sacerdotais,
  • 17. O Estado Metafísico  O estado metafísico – os homens empenham-se em alcançar concepções menos antropomórficas.  As causas primeiras são substituídas por causas mais gerais: as entidades metafísicas.  Na vida dos Estados impera dogmatismo considerado superior aos fatos: estes devem curvar-se ante princípios a priori, como idéia de liberdade absoluta, virtude “integral” etc.
  • 18. O Estado Positivista  O estado positivista: consiste em explicar os fenômenos por causas segundas, baseadas na observação científica.
  • 19. Características da filosofia positiva  A concordância com os fatos deve ser o único critério da filosofia positiva.  Deve-se buscar as leis dos fenômenos, isto é, as relações constantes existentes entre fenômenos observados.  Jamais procurar as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas. O característico da filosofia positiva é substituir em toda parte o absoluto pelo relativo.
  • 20. Sociologia Estática e Dinâmica  Comte acreditava que assim como na Física e na Química as forças são estudadas, de início, em equilíbrio, e depois em atividade, do mesmo modo a sociologia deve comportar as condições constantes da existência das sociedades: 1º) Estuda as condições constantes da existência das sociedades; 2º) Estuda a dinâmica que estuda as leis do desenvolvimento da sociedade.
  • 21. Referências Bibliográficas  BOUTHOUL, Gaston. História da Sociologia. Tradução de J. Guinsburg. 5. ed. São Paulo / Rio de Janeiro: DIFEL, 1980.
  • 22. O sistema sociológico de Comte  A Sociologia é uma ciência cujo tema de estudo é distinto: o ser social no seu conjunto.  A sociedade para Comte, compõe-se de todos os homens vivos e todos os que já morreram, mas que sobrevivem no pensamento de seus descendentes, e aí, desenvolvem uma ação igual ao ascendente de sua lembrança.  A sociedade é formada pela acumulação de uma experiência e de um saber que constitui um dado espiritual objetivo e liga as gerações entre si.
  • 23. Bibliografia  BOUTHOUL, Gaston. História da Sociologia. Tradução de J. Guinsburg. 5. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1980