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Calendário do mês de outubro
2010
by Rosely Lira
01 de outubro
Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água,
entram e não neste lugar de memória,
uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafísica, exclamam:
como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Adélia Prado
02 de outubro
“Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo,
que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…)então eu não sentia nada,
podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios,
você acha que um gerânio sente alguma coisa?
quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio
e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…”
Caio Fernando Abreu
03 de outubro
Se for para esquentar, que seja o sol;
Se for para enganar, que seja o estômago;
Se for para chorar, que seja de alegria;
Se for para mentir, que seja a idade;
Se for para roubar,que se roube um beijo;
Se for para perder,que seja o medo;
Se for para cair,que seja na gandaia;
Se existir guerra, que seja de travesseiros;
Se existir fome,que seja de amor;
Se for para ser feliz, que seja o tempo todo.
Mário Quintana
04 de outubro
Precisamos lembrar que não somos os únicos que estamos diante de um problema quase insolúvel.
Mas, da mesma maneira que uma pipa só consegue levantar vôo quando é colocada contra o vento,
mesmo o pior de nossos problemas serve para nos elevar a um degrau mais alto.
Não podemos esquecer nunca que outras pessoas já atravessaram momentos tão insuportáveis
como o que estamos passando agora;
se elas conseguiram, nós também vamos conseguir.
Dr. R. Brasch
05 de outubro
Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.
Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite,
quando precisamos morrer e renascer emocionalmente.
Os encontros nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam.
Entretanto, se estamos desesperados, se já não temos mais nada a perder,
ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta,
e nosso universo muda de rumo.
Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom.
Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama,
e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas,
reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas,
até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro.
Paulo Coelho
06 de outubro
Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razões para viver.
Rubem Alves
07 de outubro
Em qualquer atividade, é preciso saber o que se deve esperar,
os meios de alcançar o objetivo, e a capacidade que temos para a tarefa proposta.
Só pode dizer que renunciou aos frutos aquele que, estando assim equipado,
não sente qualquer desejo pelos resultados da conquista, e permanece absorvido no combate.
Pode-se renunciar ao fruto, mas esta renúncia não significa indiferença ao resultado.
Gandhi
08 de outubro
“Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma.
Todo homem é um pedaço de continente, uma parte da terra firme.
Se um torrão de terra for levado pelo mar, toda a Europa fica menor – porque perdeu um pouco de si mesma.
Por isso, o assassinato de qualquer homem me diminui, já que sou parte da humanidade.
John Donne
09 de outubro
Quando você perceber o quanto tudo é perfeito,
vai inclinar a cabeça pra cima e rir em direção aos céus.
Sidarta Gautama
10 de outubro
Verdadeiramente
Nada em mim sinto.
Há uma desolação
Enquanto eu sinto.
Se vivo, parece que minto.
Não sei do coração
Outrora, outrora
Fui feliz, embora
Só hoje saiba que o fui.
E este que fui e sou,
Margens, tudo passou
Porque flui.
Fernando Pessoa
11 de outubro
Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais tendo uma experiência humana.
Teillard de Chardin
12 de outubro
No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.
Jose Saramago
13 de outubro
A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
Rubem Alves
14 de outubro
Ninguém passa por sacrifícios suficientes para chegar ao céu sem antes passar por momentos duros.
A dificuldade da vida pode ser um tesouro por sua natureza,
mas só pode ser usada como moeda corrente se servir para ajudar os outros.
Alguém pode estar agonizando neste momento, e todo o seu sofrimento jazer inútil aos pés de sua cama.
Pois todos os momentos difíceis que este homem passou não serviram de exemplo para ninguém.
John Donne
15 de outubro
Há um tempo em que é preciso abandonar
as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam
sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..
Fernando Pessoa
16 de outubro
Então, que seja doce.
Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias,
bem assim: que seja doce.
Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia,
contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo,
repito sete vezes para dar sorte:
que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se não fosse nada.
Caio Fernando Abreu
17 de outubro
A morte é indolor.
O que dói nela é o nada
que a vida faz do amor.
Sopro a flauta encantada
e não dá nenhum som.
Levo uma pena leve
de não ter sido bom.
E no coração, neve.
Thiago de Mello
18 de outubro
Aprendemos palavras para melhorar os olhos.
Rubem Alves
19 de outubro
Com o tempo,
você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa,
você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama
(ou acha que ama) e que não quer nada com você,
definitivamente não é o alguém da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas,
você vai achar não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!
Mário Quintana
20 de outubro
Não é preciso assobio
para estar só,
para viver a escuras.
Em plena multidão, em pleno céu,
nós nos lembramos de quem nós éramos,
ao íntimo, ao desnudo,
ao único que sabe como crescem suas unhas,
que sabe como se faz seu silêncio
e suas pobres palavras.
Há Pedro para todos,
luzes, satisfatórias Berenices,
mas, para dentro,
por debaixo da idade e vestimenta,
ainda não temos nome,
somos de outra maneira.
Não só para dormir os olhos se fecharam
mas sim para não ver o mesmo céu.
Nós cansamos de súbito
e como se tocassem no campanário
para entrar ao colégio,
regressamos à pétala escondida,
para o osso, para a raiz semi-secreta,
e ali, súbito, somos,
somos aquele puro e não lembrado,
somos o verdadeiro
entre os quatro muros de nossa única pele,
entre as duas espadas de viver e de morrer.
Pablo Neruda
21 de outubro
Ando tão à flor da pele,
Que qualquer beijo de novela me faz chorar,
Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar flor na janela me faz morrer,
Ando tão à flor da pele,
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser,
Ando tão à flor da pele,
Que a minha pele tem o fogo do juízo final.
Um barco sem porto,
Sem rumo,
Sem vela,
Cavalo sem sela,
Um bicho solto,
Um cão sem dono,
Um menino,
Um bandido,
Às vezes me preservo noutras suicido.
Às vezes me preservo noutras suicido.
Oh sim eu estou tão cansado,
Mas não pra dizer,
Que não acredito mais em você
Eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
Mas vou tomar aquele velho navio,
Aquele velho navio..
Um barco sem porto,
Sem rumo,
Sem vela,
Cavalo sem sela,
Um bicho solto,
Um cão sem dono,
Um menino,
Um bandido,
Às vezes me preservo noutras suicido.
assim que me sinto nesses dias de desejos desmedidos...
Zeca Baleiro
22 de outubro
A todos vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.
Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.
Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.
Vladimir Maiakovski
23 de outubro
E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria ?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.
Carlos Drummond de Andrade
24 de outubro
Minha estrela não é a de Belém:
A que, parada, aguarda o peregrino.
Sem importar-se com qualquer destino
A minha estrela vai seguindo além...
— Meu Deus, o que é que esse menino tem? —
Já suspeitavam desde eu pequenino.
O que eu tenho? É uma estrela em desatino...
E nos desentendemos muito bem!
E quando tudo parecia a esmo
E nesses descaminhos me perdia
Encontrei muitas vezes a mim mesmo...
Eu temo é uma traição do instinto
Que me liberte, por acaso, um dia
Deste velho e encantado Labirinto.
Mario Quintana
25 de outubro
Por ti junto aos jardins recém-enflorados me
doem os perfumes de primavera.
Esqueci teu rosto, não recordo de tuas mãos,
de como beijavam teus lábios?
Por ti amo as brancas estátuas adormecidas nos
parques,
as brancas estátuas que não têm voz nem olhar.
Esqueci tua voz, tua voz alegre,
esqueci de teus olhos.
Como uma flor a seu perfume,
estou atado à tua lembrança imprecisa.
Estou perto da dor como uma ferida,
se me tocas me maltratarás irremediavelmente.
Tuas carícias me envolvem como as trepadeiras
aos muros sombrios.
Esqueci teu amor e não obstante te adivinho atrás
de todas as janelas.
Por ti me doem os pesados perfumes do estio:
por ti volto a espreitar os signos que
precipitam os desejos,
as estrelas em fuga, os objetos que caem.
Pablo Neruda
26 de outubro
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.
Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.
Murilo Mendes
27 de setembro
Há na memória um rio onde navegam
Os barcos da infância, em arcadas
De ramos inquietos que despregam
Sobre as águas as folhas recurvadas. Há um bater de remos
compassado
No silêncio da lisa madrugada,
Ondas brancas se afastam para o lado
Com o rumor da seda amarrotada.Há um nascer do sol no
sítio exacto,
À hora que mais conta duma vida,
Um acordar dos olhos e do tacto,
Um ansiar de sede inextinguida.
Há um retrato de água e de quebranto
Que do fundo rompeu desta memória,
E tudo quanto é rio abre no canto
Que conta do retrato a velha história.
José Saramago
28 de outubro
Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz:
há um encontro.
Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra.
Embora outra da mesma.
Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranqüilo.
Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a
esperança é a última que morre.
Clarice Lispector
29 de outubro
“- Quando alguém procura muito – explicou Sidarta –
pode facilmente acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado
e que ele fique incapaz de achar o que quer que seja,
tornando-se inacessível a tudo e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto,
e porque tem uma meta, que o obceca inteiramente.
Procurar significa: ter uma meta.
Mas achar significa: estar livre, abrir-se a tudo,
não ter meta alguma.
Pode ser que tu, ó venerável,
sejas realmente um buscador, já que,
no afã de te aproximares da tua meta,
não enxergas certas coisas que se encontram bem perto dos teus olhos.”
Hermann Hesse – Sidarta
30 de outubro
É impossível no mundo
estarmos juntos
ainda que do meu lado adormecesses.
O véu que protege a vida
nos separa.
O véu que protege a vida
nos protege.
Aproveita, pois,
que é tudo branco agora,
à boca do precipício,
neste vórtice
e fala
nesta clareira aberta pela insônia
quero ouvir tua alma
a que mora na garganta
como em túmulos
esperando a hora da ressurreição,
fala meu nome
antes que eu retorne
ao dia pleno,
à semi-escuridão
Adélia Prado
31 de outubro
Me guarde num embrulho de vento porque eu gosto mesmo é de ser livre.
Autor desconhecido

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Calendário Mensal: Outubro 2010

  • 1. Calendário do mês de outubro 2010 by Rosely Lira
  • 2. 01 de outubro Há dentro de mim uma paisagem entre meio-dia e duas horas da tarde. Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água, entram e não neste lugar de memória, uma lagoa rasa com caniço na margem. Habito nele, quando os desejos do corpo, a metafísica, exclamam: como és bonito! Quero escrever-te até encontrar onde segregas tanto sentimento. Pensas em mim, teu meio-riso secreto atravessa mar e montanha, me sobressalta em arrepios, o amor sobre o natural. O corpo é leve como a alma, os minerais voam como borboletas. Tudo deste lugar entre meio-dia e duas horas da tarde. Adélia Prado
  • 3. 02 de outubro “Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…)então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…” Caio Fernando Abreu
  • 4. 03 de outubro Se for para esquentar, que seja o sol; Se for para enganar, que seja o estômago; Se for para chorar, que seja de alegria; Se for para mentir, que seja a idade; Se for para roubar,que se roube um beijo; Se for para perder,que seja o medo; Se for para cair,que seja na gandaia; Se existir guerra, que seja de travesseiros; Se existir fome,que seja de amor; Se for para ser feliz, que seja o tempo todo. Mário Quintana
  • 5. 04 de outubro Precisamos lembrar que não somos os únicos que estamos diante de um problema quase insolúvel. Mas, da mesma maneira que uma pipa só consegue levantar vôo quando é colocada contra o vento, mesmo o pior de nossos problemas serve para nos elevar a um degrau mais alto. Não podemos esquecer nunca que outras pessoas já atravessaram momentos tão insuportáveis como o que estamos passando agora; se elas conseguiram, nós também vamos conseguir. Dr. R. Brasch
  • 6. 05 de outubro Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam. Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente. Os encontros nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam. Entretanto, se estamos desesperados, se já não temos mais nada a perder, ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo. Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom. Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama, e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro. Paulo Coelho
  • 7. 06 de outubro Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver. Rubem Alves
  • 8. 07 de outubro Em qualquer atividade, é preciso saber o que se deve esperar, os meios de alcançar o objetivo, e a capacidade que temos para a tarefa proposta. Só pode dizer que renunciou aos frutos aquele que, estando assim equipado, não sente qualquer desejo pelos resultados da conquista, e permanece absorvido no combate. Pode-se renunciar ao fruto, mas esta renúncia não significa indiferença ao resultado. Gandhi
  • 9. 08 de outubro “Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma. Todo homem é um pedaço de continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, toda a Europa fica menor – porque perdeu um pouco de si mesma. Por isso, o assassinato de qualquer homem me diminui, já que sou parte da humanidade. John Donne
  • 10. 09 de outubro Quando você perceber o quanto tudo é perfeito, vai inclinar a cabeça pra cima e rir em direção aos céus. Sidarta Gautama
  • 11. 10 de outubro Verdadeiramente Nada em mim sinto. Há uma desolação Enquanto eu sinto. Se vivo, parece que minto. Não sei do coração Outrora, outrora Fui feliz, embora Só hoje saiba que o fui. E este que fui e sou, Margens, tudo passou Porque flui. Fernando Pessoa
  • 12. 11 de outubro Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana. Teillard de Chardin
  • 13. 12 de outubro No coração, talvez, ou diga antes: Uma ferida rasgada de navalha, Por onde vai a vida, tão mal gasta. Na total consciência nos retalha. O desejar, o querer, o não bastar, Enganada procura da razão Que o acaso de sermos justifique, Eis o que dói, talvez no coração. Jose Saramago
  • 14. 13 de outubro A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. Rubem Alves
  • 15. 14 de outubro Ninguém passa por sacrifícios suficientes para chegar ao céu sem antes passar por momentos duros. A dificuldade da vida pode ser um tesouro por sua natureza, mas só pode ser usada como moeda corrente se servir para ajudar os outros. Alguém pode estar agonizando neste momento, e todo o seu sofrimento jazer inútil aos pés de sua cama. Pois todos os momentos difíceis que este homem passou não serviram de exemplo para ninguém. John Donne
  • 16. 15 de outubro Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ... Que já têm a forma do nosso corpo ... E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ... É o tempo da travessia ... E se não ousarmos fazê-la ... Teremos ficado ... para sempre ... À margem de nós mesmos.. Fernando Pessoa
  • 17. 16 de outubro Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada. Caio Fernando Abreu
  • 18. 17 de outubro A morte é indolor. O que dói nela é o nada que a vida faz do amor. Sopro a flauta encantada e não dá nenhum som. Levo uma pena leve de não ter sido bom. E no coração, neve. Thiago de Mello
  • 19. 18 de outubro Aprendemos palavras para melhorar os olhos. Rubem Alves
  • 20. 19 de outubro Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! Mário Quintana
  • 21. 20 de outubro Não é preciso assobio para estar só, para viver a escuras. Em plena multidão, em pleno céu, nós nos lembramos de quem nós éramos, ao íntimo, ao desnudo, ao único que sabe como crescem suas unhas, que sabe como se faz seu silêncio e suas pobres palavras. Há Pedro para todos, luzes, satisfatórias Berenices, mas, para dentro, por debaixo da idade e vestimenta, ainda não temos nome, somos de outra maneira. Não só para dormir os olhos se fecharam mas sim para não ver o mesmo céu. Nós cansamos de súbito e como se tocassem no campanário para entrar ao colégio, regressamos à pétala escondida, para o osso, para a raiz semi-secreta, e ali, súbito, somos, somos aquele puro e não lembrado, somos o verdadeiro entre os quatro muros de nossa única pele, entre as duas espadas de viver e de morrer. Pablo Neruda
  • 22. 21 de outubro Ando tão à flor da pele, Que qualquer beijo de novela me faz chorar, Ando tão à flor da pele, Que teu olhar flor na janela me faz morrer, Ando tão à flor da pele, Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser, Ando tão à flor da pele, Que a minha pele tem o fogo do juízo final. Um barco sem porto, Sem rumo, Sem vela, Cavalo sem sela, Um bicho solto, Um cão sem dono, Um menino, Um bandido, Às vezes me preservo noutras suicido. Às vezes me preservo noutras suicido. Oh sim eu estou tão cansado, Mas não pra dizer, Que não acredito mais em você Eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus Mas vou tomar aquele velho navio, Aquele velho navio.. Um barco sem porto, Sem rumo, Sem vela, Cavalo sem sela, Um bicho solto, Um cão sem dono, Um menino, Um bandido, Às vezes me preservo noutras suicido. assim que me sinto nesses dias de desejos desmedidos... Zeca Baleiro
  • 23. 22 de outubro A todos vocês, que eu amei e que eu amo, ícones guardados num coração-caverna, como quem num banquete ergue a taça e celebra, repleto de versos levanto meu crânio. Penso, mais de uma vez: seria melhor talvez pôr-me o ponto final de um balaço. Em todo caso eu hoje vou dar meu concerto de adeus. Memória! Convoca aos salões do cérebro um renque inumerável de amadas. Verte o riso de pupila em pupila, veste a noite de núpcias passadas. De corpo a corpo verta a alegria. esta noite ficará na História. Hoje executarei meus versos na flauta de minhas próprias vértebras. Vladimir Maiakovski
  • 24. 23 de outubro E sou meu próprio frio que me fecho longe do amor desabitado e líquido, amor em que me amaram, me feriram sete vezes por dia em sete dias de sete vidas de ouro, amor, fonte de eterno frio, minha pena deserta, ao fim de março, amor, quem contaria ? E já não sei se é jogo, ou se poesia. Carlos Drummond de Andrade
  • 25. 24 de outubro Minha estrela não é a de Belém: A que, parada, aguarda o peregrino. Sem importar-se com qualquer destino A minha estrela vai seguindo além... — Meu Deus, o que é que esse menino tem? — Já suspeitavam desde eu pequenino. O que eu tenho? É uma estrela em desatino... E nos desentendemos muito bem! E quando tudo parecia a esmo E nesses descaminhos me perdia Encontrei muitas vezes a mim mesmo... Eu temo é uma traição do instinto Que me liberte, por acaso, um dia Deste velho e encantado Labirinto. Mario Quintana
  • 26. 25 de outubro Por ti junto aos jardins recém-enflorados me doem os perfumes de primavera. Esqueci teu rosto, não recordo de tuas mãos, de como beijavam teus lábios? Por ti amo as brancas estátuas adormecidas nos parques, as brancas estátuas que não têm voz nem olhar. Esqueci tua voz, tua voz alegre, esqueci de teus olhos. Como uma flor a seu perfume, estou atado à tua lembrança imprecisa. Estou perto da dor como uma ferida, se me tocas me maltratarás irremediavelmente. Tuas carícias me envolvem como as trepadeiras aos muros sombrios. Esqueci teu amor e não obstante te adivinho atrás de todas as janelas. Por ti me doem os pesados perfumes do estio: por ti volto a espreitar os signos que precipitam os desejos, as estrelas em fuga, os objetos que caem. Pablo Neruda
  • 27. 26 de outubro Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio Nem ama duas vezes a mesma mulher. Deus de onde tudo deriva E a circulação e o movimento infinito. Ainda não estamos habituados com o mundo Nascer é muito comprido. Murilo Mendes
  • 28. 27 de setembro Há na memória um rio onde navegam Os barcos da infância, em arcadas De ramos inquietos que despregam Sobre as águas as folhas recurvadas. Há um bater de remos compassado No silêncio da lisa madrugada, Ondas brancas se afastam para o lado Com o rumor da seda amarrotada.Há um nascer do sol no sítio exacto, À hora que mais conta duma vida, Um acordar dos olhos e do tacto, Um ansiar de sede inextinguida. Há um retrato de água e de quebranto Que do fundo rompeu desta memória, E tudo quanto é rio abre no canto Que conta do retrato a velha história. José Saramago
  • 29. 28 de outubro Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz: há um encontro. Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra. Embora outra da mesma. Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranqüilo. Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre. Clarice Lispector
  • 30. 29 de outubro “- Quando alguém procura muito – explicou Sidarta – pode facilmente acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado e que ele fique incapaz de achar o que quer que seja, tornando-se inacessível a tudo e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto, e porque tem uma meta, que o obceca inteiramente. Procurar significa: ter uma meta. Mas achar significa: estar livre, abrir-se a tudo, não ter meta alguma. Pode ser que tu, ó venerável, sejas realmente um buscador, já que, no afã de te aproximares da tua meta, não enxergas certas coisas que se encontram bem perto dos teus olhos.” Hermann Hesse – Sidarta
  • 31. 30 de outubro É impossível no mundo estarmos juntos ainda que do meu lado adormecesses. O véu que protege a vida nos separa. O véu que protege a vida nos protege. Aproveita, pois, que é tudo branco agora, à boca do precipício, neste vórtice e fala nesta clareira aberta pela insônia quero ouvir tua alma a que mora na garganta como em túmulos esperando a hora da ressurreição, fala meu nome antes que eu retorne ao dia pleno, à semi-escuridão Adélia Prado
  • 32. 31 de outubro Me guarde num embrulho de vento porque eu gosto mesmo é de ser livre. Autor desconhecido