O documento discute o uso e problemas relacionados à água no mundo. Apresenta informações sobre a hidrosfera, oceano, correntes marinhas, consumo de água doce, bacias hidrográficas brasileiras, aqüífero Guarani e poluição da água. Destaca a importância da conservação dos recursos hídricos e os desafios relacionados ao uso e poluição da água.
2. HIDROSFERA
• Cerca de 70% da superfície terrestre encontra-se
coberta por água (a hidrosfera), que compreende os
oceanos, os mares e as águas continentais (rios,
lagos e geleiras). A maior parte dessa água, porém,
é salgada, sendo menos de 3% de água doce,
concentrada principalmente em geleiras (nos pólos
e nas neves eternas das montanhas), restando
menos de 1% de águas superficiais para atividades
humanas.
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3. Águas oceânicas
• A plataforma continental é o prolongamento submerso dos continentes, com
algumas modificações promovidas pela erosão marinha ou por depósitos
sedimentares. Sua profundidade em geral não ultrapassa 200 metros. Dessa
unidade de relevo extrai-se a das atividades pesqueiras.
• Em 1993, foi promulgada a lei n 8.617/93, que define a soberania brasileira
sobre sua plataforma continental. Ela delimita três regiões sobre as quais o
pais tem direitos: mar territorial, zona contigua e zona econômica exclusiva.
• O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de
largura,a partir do litoral continental e insular.O Brasil tem soberania sobre
essa faixa oceânica e seu espaço aéreo e acrescenta esse território ao restante
da parte continental.
• A zona contigua brasileira abrange uma faixa de mais de 12 milhas a partir do
limite do mar territorial, em que o pais pode fiscalizar navios e reprimir as
infrações cometidas,de acordo com as leis brasileiras.
• A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende
até 200 aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais,das águas
do mar e do subsolo,para fins econômicos e de investigação cientifica.
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4. Correntes marinhas
• As correntes marinhas podem ser comparadas com rios de água salgada, com
temperatura diferente da massa de água oceânica por onde passam. Além disso,
circulam em outra velocidade, em razão da diferença de temperatura e salinidade,
que modificam a sua densidade. Essa diferença de densidade faz com que elas
tenham velocidade própria e sigam sempre uma direção regular e relativamente
precisa.
• O movimento e a direção das correntes depende de ventos regulares ( com destaque
para os alísios), do movimento de rotação da Terra e do contorno dos continentes. A
importância pratica do estudo das correntes marinhas reside no fato de que são ricas
em microorganismos (plâncton) e servem de base para a alimentação de muitos
peixes. Por isso, as correntes constituem lugares favoráveis ao desenvolvimento de
grandes cardumes e, conseqüentemente, á atividade pesqueira.
• As áreas oceânicas próximas aos litorais da Noruega ( Gulf Stream), do Peru
( corrente de Humboldt) e do Japão ( corrente do Japão) são de grande importância
para a atividade pesqueira, devido as correntes marinhas que as atingem. Quando se
aproximam do continente, as correntes influenciam também o clima das regiões
situadas junto á costa.
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5. Consumo mundial de água doce
O consumo mundial de água doce obedece, grosso modo, á
seguinte distribuição: 70% da água consumida destinam-se
a atividades agrícolas, 20%%, a indústrias e 10%%, a
residências.
• Na indústria, os ramos siderúrgico, petroquímico e
petroleiro são os principais consumidores de água. Por
exemplo: a produção de uma tonelada de aço requer 150
toneladas de água;para refinar uma tonelada de petróleo,são
necessárias 180 toneladas de água;e para fabricar uma
tonelada de papel,empregam-se 250 toneladas de água. Daí
a importância da reciclagem,ou seja,do tratamento e
reaproveitamento da água pelas industrias. No Japão, as
industrias já reciclam 70% da água. 5
6. Abundância e desperdício
Nas regiões onde a água doce é abundante, muitas
vezes ela é desperdiçada, pois poucos têm
consciência de sua importância e dos seus limites de
sua capacidade de renovação. O desmatamento, a
compactação do solo e a impermeabilização do
asfalto e as edificações urbanas dificultam a
infiltração da água das chuvas e diminuem o volume
de água das fontes. Áreas de mananciais são
constantemente ocupadas e poluídas pelos esgotos
domésticos. Lixo de todo tipo é lançado nos rios.
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7. Bacias hidrográficas do Brasil
• Bacia hidrográfica corresponde á área drenada por um rio principal, seus
afluentes e subafluentes, que formam, dessa maneira, uma rede
hidrográfica.
• Os limites entre as bacias hidrográficas encontram-se nas partes mais
altas do relevo e são denominadas divisores de água, pois separam águas
de bacias. O declive entre o divisor de água e o rio principal, por onde
correm as águas dos afluentes, chama-se vertente. As águas são
depositadas no leito do rio que, em época de cheias, pode transbordar
para as margens baixas e planas que o acompanham,as quais constituem
a sua várzea.
• Quando os níveis dos reservatórios estão baixos, em decorrência da falta
de chuvas, as hidrelétricas limitam o fornecimento de água.
• Esses grandes centros urbanos ficam distantes dos rios de maior
navegabilidade, nos quais o transporte fluvial poderia contribuir uma
excelente alternativa. Na bacia do Paraná,Sudeste _ que cobre boa parte
dessa região _ ,estão sendo feitas obras para viabilizar a navegação nos
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rios que cortam áreas economicamente importantes.
8. Aqüífero Guarani
O aqüífero Guarani, a maior reserva subterrânea de água doce
da América do Sul e uma das maiores do mundo, constitui
importante reserva estratégica para abastecimento da
população e desenvolvimento de atividades econômicas.
Estende-se por uma área de 1,2 milhões de km,no subsolo dos
países do MERCOSUL: 71% no Brasil,19% na Argentina,6%
no Paraguai e 4% no Uruguai.
• O aqüífero já e intensamente utilizado para abastecimento
publico industrial, irrigação etc. Está localizado numa região de
grande concentração populacional e intensa ocupação do solo.
Sua conservação demanda uma política de manejo e gestão
ambiental adequados,caso contrario,suas águas subterrâneas
correm sérios riscos de contaminação pelo uso indiscriminado
de agrotóxicos,por dejetos de animais,esgoto e resíduos
industriais presentes nos rios da região,e pelo lixo despejado
em aterros sanitários. 8
9. Aqüífero Guarani
• Em 2003, foi lançado o Projeto Aqüífero Guarani com
financiamento de Banco Mundial, do fundo para o Meio
Ambiente Mundial e de outras instituições internacionais.
Executado pela Organização dos Estados Americanos
( OEA),o projeto visa á adoção de uma política de gestão
conjunta dos países do MERCOSUL com a finalidade de
manter a qualidade de aqüífero. A cooperação multilateral
entre os quatro países consiste principalmente em
administrar a extração de água em limites adequados, de
acordo com o reabastecimento natural, e reduzir a
poluição.Essa iniciativa é fundamental, já que ações
degradantes em apenas um dos países podem contaminar
todo o sistema, anulando o esforço de conservação dos
demais. 9
10. Poluição
• Grande parte da poluição marinha é provocada por
fontes terrestres. Em geral, ele é conseqüência da
poluição da água dos rios, que correm para o mar. São
industrias e residências que despejam toneladas de
detritos nas águas dos rios; cidades que utilizam a água
do mar como esgoto; lavouras que empregam
fertilizantes e agrotóxicos, cujo excesso é transportado
para o mar pelas águas dos rios; e áreas de criação que
descartam em rios excrementos de animais. Elementos
tóxicos utilizados nas atividades mineradoras e rejeitos
das áreas de extração de minérios podem também
atingir as águas do mar.
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11. Poluição dos rios
Os rios são de grande importância para a organização
do espaço geográfico, trazendo enormes benefícios
para a sociedade. No entanto, sofrem as
conseqüências negativas que afetam os ecossistemas
fluviais e a própria sociedade, como o lançamento de
dejetos de diversos tipos em suas
águas,transformando-os em esgotos a céu aberto.
Essa é a situação em que se encontra a maioria dos
rios, muitas vezes considerados subprodutos da
sociedade urbano-industrial, que encara a natureza
como fonte de matéria-prima ou depósito de resíduos.
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