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O Floral Poético
DANIEL D’AMARAL
POESIAS
CAPÍTULO 1
Poesias
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!…”
Florbela Espanca
Quando criança, ainda na escola primária, a professora pediu para
que escrevêssemos uma poesia. A palavra era desconhecida para mim aos
8 anos de idade e também o era para os meus colegas de turma. Para
mim, a palavra soou como uma coisa completamente nova, desconheci-
da…No fim da redação , ela se surpreendeu com o meu texto e as rimas e
vaticinou: “Você vai ser poeta”. Eu não sabia o que era ser poeta... Que
pena que não tenho guardado comigo o texto que fiz.
Queria tê-lo ainda agora.
Hoje, sempre que penso em escrever, vem-me à lembrança
deste dia e a inspiração não me falta nessa hora.
Quase todo poeta é um apaixonado por imagens difusas, de véus,
pores de sol, flores e relva, mulheres lindas, divindades,...que o remetem
a um mundo de beleza, ou de tristeza, alegria. De sentimentos às vezes
dissonantes mas, lá no fundo da alma, ele guarda com esmero a sua
verve e inspiração e a ela recorre semipro Que. Deseja criar.
O poeta doa a sua inspiração para emocionar e transformar o mundo
e a si mesmo. 
http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral
1
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos,
que me dizem tanto!
Quando os leio, de alegria eu canto
Canto à tua pena, magia incontida.
Canto a vida que há neles,
Pois não são rimas, simplesmente
São como a pérola única e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeço-te por este dia...
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia.
Daniel Amaral
2
Poemas de Daniel D’Amaral
O POEMA DA SAUDADE
3 INTRUSOS
Se a tristeza é tanta

a transbordar dos olhos,
Que até espanta o mais sofrido
num alarido sem causa,

É porque te falta a pausa

que transmutada de ti foge...
Foge com medo

E se vai em segredo

pelo verde arvoredo

e pelos desvãos dos dedos...
Sem sentido, o amargurado
Se sentindo apedrejado

cai ao chão, dizendo não

à vida que lhe fora dada.
Nenhum sentido há

na tristeza que não é tua
Em triste choramingar
Sem uma luz que atenua
Dos teus medos, à tristeza...
Peça ao vento, diga a lua:
“quero me livrar dessa tristeza”
Pegue então os seus temores,
e os entregues a correnteza.
Daniel Amaral
17-09-2014
3
Poemas de Daniel D’Amaral
INTRUSOS
3
A POESIA ORVALHADA
Ana

Você foi a minha melhor companhia.
Queria mais da tua presença.
Vontade tenho ainda!
Mas do que me vale a vontade,

Se na verdade tu me negastes um beijo?
Que de tanto desejo, ardente Busquei em teus lábios.
Você chorou lágrimas doídas
Como se o coração hesitasse...
Vai, meu amor, com olhos marejados
Buscar a esperança!
Vai, minha flor!
Vou regar-te as pétalas
Com o orvalho da manhã,
Para te refrescar a saudade!
(Daniel Amaral)
4
Poemas de Daniel D’Amaral
A POESIA ORVALHADA
4


5
Poemas de Daniel D’Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem precioso

A estrela mais brilliante do firmamento!

Assim fazer-te mais feliz

num momento,

Tocando a tua alma, num gesto carinhoso...

Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso,

Apertar-te a mão pequena, calorosa e macia

Sentir a felicidade e abraçar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria...
Quero ofertar-te o bem mais valioso!
Para que livre o teu âmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espírito,
Tenhas o mais divino Um amor completo

A inundar teu coração com este amor infindo

Para que assim, ao despertarmos deste sonho,
qual amantes numa eternidade prazerosa,
Possamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiçadas sem sentido.
(Daniel Amaral)
5
6
Poesias de Daniel D’Amaral
HELENA
HELENA
Helena, trago na mão uma pena,
para escrever o seu nome "Helena"...
Com essa mesma pena,
roçarei as melenas, dos teus cabelos,
e sussurrarei o seu nome: "Helena".
E nas tuas mãos pequenas,
macias e serenas,

calmo, como a brisa da tarde amena,
pintarei numa tela uma cena,
onde serás a pequena flor de lótus, "
Helena".
(Daniel Amaral)
7
7
Poesias de D’Amaral
UMA NOITE DE VERÃO UMA NOITE DE VERÃO
Boa noite de sono, Sono tranqüilo e
sereno Te desejo sincero neste mo-
mento pleno,
Em que desejas companhia... Mas
estando sozinha, sonhas Que a noite
te abarca a agonia E te aconchegas
nas fronhas.
Dormes sozinha e completa. O teu
semblante descansas Nas macias
cobertas do leito
Onde flutuas alegre e repleta Depois
do gozo que aplacas...
Como quisera, ó musa, Doar-te o
meu calor festeiro Neste escuro
diáfano. Estar contigo em carícias
A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes, que a manhã Já canta nas
matas A chamar o teu nome:
"Princesa!"
(Daniel Amaral)
9
8
Poesias de Daniel D’Amaral
AO SOM DA CHUVA, COM UMA MÚSICA DE FUNDO AO SOM DA CHUVA
(Com uma música de fundo)
Duma nuvem caem pingos d'água
Para que te lembres de mim

E os meus olhos, sem mágoa
Lacrimejam saudosos assim
Não é tristeza, É saudade
Que sinto dos teus versos e de ti
Que de tão longe arrebatas

O meu coração que chora e sorri.
Chora a tristeza da distância
Deste oceano que nos separa...
Mas sorri dos momentos na
lembrança
Do mais lindo que de nós ficara
Pingos d'água incontáveis
Trazem a chuva promissora Que
nos une e nos afaga
Enquanto cai suave,
redentora.
(Daniel Amaral)
10
9
Poesias de Daniel D’Amaral
AO LUAR PRATEADO
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar
Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar,
Enquanto o mar cantava sereno.
Emocionado pela beleza explícita
Daquele mágico momento,
Veio-me ao peito um sentimento De
alegria total e intensa.
Numa tela quis guardar esse
instante Tão breve e tão belo...
Totalmente Pois as ondas
ressoavam mansinho
A pedir num murmúrio
sussurrante "Pinta-me este luar
eternamente?"
Busquei os pincéis e o cavalete
Deixei fluir solta a incontida
emoção

E fixei os olhos transbordantes,
Enquanto a lua conduzia a
minha mão.
Foi assim que numa noite
Em que a lua passava a cantar
Que eu pintei essa tela, afoito,
Desejoso do teu coração apaixonar.
(Daniel Amaral)
9
10
Poemas de Daniel D’Amaral
A POESIA ORVALHADA
POESIA ORVALHADA II
Ana

Você foi a minha melhor companhia.
Queria mais da tua presença. Vontade
tenho ainda!
Mas do que me vale a vontade,

Se na verdade tu me negastes um
beijo? Que de tanto desejo, ardente
Busquei em teus lábios.
Você chorou lágrimas doídas Como se o
coração hesitasse...
Vai, meu amor, com olhos marejados
Buscar a esperança!
Vai, minha flor!
Vou regar-te as pétalas Com o orvalho
da manhã, Para te refrescar a saudade!
(Daniel Amaral)
12
11
Poesias de Daniel D’Amaral
VITÓRIA A ILHA DO MEL
VITÓRIA, A OLHA DO MEL
O que dizer de uma cidade 
que é toda linda…? 
Que mais que não fora 
ainda dito dignamente? 
Vitória, nome de mulher 
de valor definitivo, 
Teu nome te cai perfeito, 
cabe em ti lindamente. 
Sinuosas as tuas formas 
de criação perfeita. 
És do menestrel 
a purpúrea rima preciosa. 
Nos meus recordares, 
mãe boníssima, 
Vêm-me a infância 
em tua mão bondosa. 
Guardo em meu peito a saudade 
Este sentimento de dor, inimigo, 
de quem a mão seguro arduamente, 
Pois, embora longe dos teus braços, 
Jamais esqueço que as sementes 
Impregnadas na minh'alma 
Vêm de ti e estarão sempre comigo. 
O que devo então dizer-te? 
Parti,... e partido o coração… 
Ousado, quero agora pedir-te 
-Perdão,… Perdoa-me. 
©Daniel Amaral 
06-08-2011
13
12
Poesias de Daniel D’Amaral
O AMOR
O AMOR
Ah... O amor!!
Esse sentimento que, universal,
mesmo assim ainda tão pouco
compreendido, ainda persiste,
subsiste, permanece,

apesar da nossa ambigüidade...
O sentimento que mantém de pé
a nossa tão combalida existência!
Mas saibas Que ao amor,

tudo é possível.

Ele é filho do céu!
(Daniel Amaral)
14
13
Poesias de Daniel D’Amaral
A PASSAGEM
A PASSAGEM
Sempre que olho para o céu

Estou contemplando do infinito o passado
Me quedo triste, silente e amargurado Pois
não consigo desvendar-lhe o véu...
Ó, imensidão que me encobre e conquista,
De onde viestes, tempo infecundo?

Por que existes, aurora trismegista?
Não me atormentes, negror furibundo!
Não temo a morte, certeira verdade
Apenas não aceito o tempo... Tão curto!
Que, a despeito de meus desejos delirantes

De eternidade,
sei-me agora efêmero e já é tarde...
Vida minha que segue em desterro,
Como em ondas, repetidas, constantes.
Vou, caminhante de passos descaídos
Enquanto o tempo míngua, passageiro.
Os dias passados de viva lembrança
De quando criança - era eterno bem-te-vi
A cantar alto a sina que se mostrava
Repleta do mais alvo fulgor e bonança...
Vai, tempo...
"O tempo não é uma abstração
Pois, se assim o fosse,

Eu não escreveria este poema."
(Daniel Amaral)
15
14
Poesias de Daniel D’Amaral
SUNNY LOVE
Sunny Love
Sunny,

(voce me lembra aquela música),...

A ensolarada poesia que escorre

Por entre os teus dedos é plena de be-
leza. Deves ser mesmo assim,
irradiante pessoa.
O teu brilho resplandece e percorre

Os caminhos belos da natureza.
Daniel Amaral

06/08/2011

Uma homenagem a amiga poeta
Sunny Lora.
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15
Poesias de Daniel D’Amaral
BEIJO NA BOCA DA NOITE
Beijo na boca (da noite).
Boa noite de descanso!- Diz-me a
noite...
Não vá, ó deusa dos véus esvoaçantes,
fica comigo só mais essa noite, para
que possa sonhar em estar contigo
outra vez, esta vez!
Ó musa dos meus sonhos de amor!
Embala-me em teus braços, Mornos
como a ensolarada tarde e acende em
mim o desejo

de um amor infinito Como a noite
mais esplêndida!
Continue aqui comigo, Ó amada,
mais sonhada e desejada que o dia!
O último dos dias...
Quem sabe se aqui estarei amanhã?
Talvez aqui tu já não mais me veja!
Ó, minha esperança. Não se desva-
neça, amada!
A ingrata noite mulher que me mal-
trata Um coração cheio de esperança...

E que ainda canta!
"És poesia que imediata Mal-
trata e também Inspira-me
com a tua presença!" Su-
pliquei em vão...
"Vou ter que partir" - repetiu
em voz baixa. E eu Aturdido:
Vai, Ó desespero!.

Não maltrates mais este co-
ração! Vai-te,... e não digas
que não acreditas... Serás
para mim como o bem mais
desejado O bem que não con-
segui ter...

Ó sina!
"Boa noite, amor meu!",
disse-lhe. "Durma com os an-
jos celestiais

e que eles te conduzam ao
sonho mais belo!"
(Daniel Amaral)
17
16
Poesias de Daniel D’Amaral
UM POEMA PARA A AMADA
UM POEMA PARA A AMADA
É importante que não te esqueças
Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha

Só para ter um vislumbre de ti.
Ainda que no mundo hajam tantas,
Vivo por sua presença bem amado
Pois antevejo o carinho que me
encanta
Neste belo sorriso, por mim adorado
Toda vez que te chegas de mansinho
Até o meu aconchego perfumado

Me sento dentre os homens,
abençoado
Pelo amor que me deu a esperança
De que sempre estarás no meu
caminho
(Daniel Amaral)
18
17
Poesias de Daniel D’Amaral
BRINDE AO AMOR
BRINDE AO AMOR
Bebendo da tua boca, os teus bei-
jos sorvendo
No arfar dos dos teus seios, e
dos seus ter- nos abraços,
vôo na maciês dos teus braços e
ao teu corpo sucumbo

depois do êxtase e do prazer,

como se morrendo...
No prazer mais plácido, divino,
manso, sereno...

Da tua beleza amena, me sinto
possuidor És o tesouro perfeito e
tens o corpo moreno Como que
se banhada pelo sol do amor
"Quanto desejo do teu corpo ex-
ala! O perfume sublime dos
teus lábios ... Carnudos, molha-
dos de lascívia Que beijo em
murmúrios e estalos."
O tempo inexiste nesse mo-
mento Eterno, duradouro.
Cúmplice perfeito.
Somos amantes na entrega
total E nos seus braços me
sinto refeito.
O prazer que nos propicia-
mos, é divino! Encontro feliz
de corpos apaixonados
abençoados pelos deuses do
amor
Dando prazer aos nossos cor-
pos suados... Exalando o ine-
briante perfume
abrasador.
Dois amantes felizes não
têm fim nem morte,...
tem sorte!
©Daniel Amaral 10-05-2013
20
18
Poesias de Daniel D’Amaral
A POESIA MINHA DE CADA DIA
A POESIA MINHA DE CADA DIA
O meu grande prazer é poder dizer ao mundo,
o quanto me alegra ter optado pela poesia.
Não... Na verdade, ela Que me escolheu.

Desde criança, me apeguei aos versos.

Hoje, homem maduro e feito,



ainda carrego no peito o vício da rima...

Do lirismo, da métrica e do planger sonante.
Nos desvios da vida, me sobra a poesia, que o
coração feliz contagia e me faz amante.
Embora perceba que a poesia, às vezes

prescinde do poeta, mas ainda, vale-se da
emoção verdade, que voa altaneira
rodopiando ao vento,
Traz o sentimento que move
no peito a emoção,
Por isso, sigo na minha lida, na minha
missão... Enquanto tiver vida,...
Jamais abandonarei a poesia
Que. Pulsará sempre no meu coração!
©Daniel Amaral
20
19
Poemas de Daniel D’Amaral
O POEMA DA SAUDADE
O POEMA DA SAUDADE
Os versos que escrevo agora
Vêm do sentir profundo do meu eu Vieram
chegando... Devagar, surgindo...
E instalaram-se neste peito meu...
A saudade, este sentimento vil, Apoderou-
se com braços invisíveis Do meu coração
que não te esquece,
Nem dos nossos momentos felizes.
Na busca incessante da memória, Insones
e amarguradas são as noites Que atravesso
por sonhos úmidos Em que tua ausência, é
como mil açoites
Saudade dos teus olhos, do teu corpo...

Em tudo eu busco você, nessa procura sem
fim E o meu peito, sôfrego de tua presença,
chora... E a saudade mais ainda
maltrata-me assim!
(Daniel Amaral)
29-01-2012
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente...."
Fernando Pessoa
2 Minha História
Nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho
de uma família muito pobre, financeiramente falando.
Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agri-
cultores de subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos ani-
mais que caçávamos e criávamos, como as capivaras, que eram presas
nas armadilhas colocadas nas plantações de milho, feijão, batatas e de
mandioca pelo meu avô.
Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do
qual trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio
Santa Maria onde passávamos muito tempo.
Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato
e barro vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil
manuseio). Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente
de escravos, era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre-
viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro.
Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente
passávamos fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da
palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do
fogão de lenha.
O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse
era o melhor momento para a pesca com os espinhéis (feixe deanzóis)
para pegar jacarés e também para colocar os samburás - (armadilhas
para peixes feita de bambu e cipós) na boca da vazante do rio).
Daniel Amaral
http://www.amorepoesia.org/2009/10/amorepoesia82-minha-historia.html
20
Poesias de Daniel D’Amaral
APAIXONADO CORAÇÃO

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POESIAS DE DANIEL D'AMARAL - O FLORAL POÉTICO

  • 1. O Floral Poético DANIEL D’AMARAL POESIAS
  • 2. CAPÍTULO 1 Poesias “Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!…” Florbela Espanca Quando criança, ainda na escola primária, a professora pediu para que escrevêssemos uma poesia. A palavra era desconhecida para mim aos 8 anos de idade e também o era para os meus colegas de turma. Para mim, a palavra soou como uma coisa completamente nova, desconheci- da…No fim da redação , ela se surpreendeu com o meu texto e as rimas e vaticinou: “Você vai ser poeta”. Eu não sabia o que era ser poeta... Que pena que não tenho guardado comigo o texto que fiz. Queria tê-lo ainda agora. Hoje, sempre que penso em escrever, vem-me à lembrança deste dia e a inspiração não me falta nessa hora. Quase todo poeta é um apaixonado por imagens difusas, de véus, pores de sol, flores e relva, mulheres lindas, divindades,...que o remetem a um mundo de beleza, ou de tristeza, alegria. De sentimentos às vezes dissonantes mas, lá no fundo da alma, ele guarda com esmero a sua verve e inspiração e a ela recorre semipro Que. Deseja criar. O poeta doa a sua inspiração para emocionar e transformar o mundo e a si mesmo.  http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral
  • 3. 1 ALMA DE POESIA Sinto saudades dos teus versos, que me dizem tanto! Quando os leio, de alegria eu canto Canto à tua pena, magia incontida. Canto a vida que há neles, Pois não são rimas, simplesmente São como a pérola única e iridescente Que surge do teu oceano infinito Nas praias dos teus versos -Agradeço-te por este dia... Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria E tua pena me faz companhia. Daniel Amaral 2 Poemas de Daniel D’Amaral O POEMA DA SAUDADE
  • 4. 3 INTRUSOS Se a tristeza é tanta
 a transbordar dos olhos, Que até espanta o mais sofrido num alarido sem causa,
 É porque te falta a pausa
 que transmutada de ti foge... Foge com medo
 E se vai em segredo
 pelo verde arvoredo
 e pelos desvãos dos dedos... Sem sentido, o amargurado Se sentindo apedrejado
 cai ao chão, dizendo não
 à vida que lhe fora dada. Nenhum sentido há
 na tristeza que não é tua Em triste choramingar Sem uma luz que atenua Dos teus medos, à tristeza... Peça ao vento, diga a lua: “quero me livrar dessa tristeza” Pegue então os seus temores, e os entregues a correnteza. Daniel Amaral 17-09-2014 3 Poemas de Daniel D’Amaral INTRUSOS
  • 5. 3 A POESIA ORVALHADA Ana
 Você foi a minha melhor companhia. Queria mais da tua presença. Vontade tenho ainda! Mas do que me vale a vontade,
 Se na verdade tu me negastes um beijo? Que de tanto desejo, ardente Busquei em teus lábios. Você chorou lágrimas doídas Como se o coração hesitasse... Vai, meu amor, com olhos marejados Buscar a esperança! Vai, minha flor! Vou regar-te as pétalas Com o orvalho da manhã, Para te refrescar a saudade! (Daniel Amaral) 4 Poemas de Daniel D’Amaral A POESIA ORVALHADA
  • 6. 4 
 5 Poemas de Daniel D’Amaral ANTES QUE SE ACABE O MUNDO ANTES QUE SE ACABE O MUNDO Quero te oferecer um bem precioso
 A estrela mais brilliante do firmamento!
 Assim fazer-te mais feliz
 num momento,
 Tocando a tua alma, num gesto carinhoso...
 Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso,
 Apertar-te a mão pequena, calorosa e macia
 Sentir a felicidade e abraçar-te sem aviso Dar-te o melhor do amor e da alegria... Quero ofertar-te o bem mais valioso! Para que livre o teu âmago e repleto Da eterna e desejada paz de espírito, Tenhas o mais divino Um amor completo
 A inundar teu coração com este amor infindo
 Para que assim, ao despertarmos deste sonho, qual amantes numa eternidade prazerosa, Possamos livres estar do esgar medonho Das vidas desperdiçadas sem sentido. (Daniel Amaral)
  • 7. 5 6 Poesias de Daniel D’Amaral HELENA HELENA Helena, trago na mão uma pena, para escrever o seu nome "Helena"... Com essa mesma pena, roçarei as melenas, dos teus cabelos, e sussurrarei o seu nome: "Helena". E nas tuas mãos pequenas, macias e serenas,
 calmo, como a brisa da tarde amena, pintarei numa tela uma cena, onde serás a pequena flor de lótus, " Helena". (Daniel Amaral)
  • 8. 7 7 Poesias de D’Amaral UMA NOITE DE VERÃO UMA NOITE DE VERÃO Boa noite de sono, Sono tranqüilo e sereno Te desejo sincero neste mo- mento pleno, Em que desejas companhia... Mas estando sozinha, sonhas Que a noite te abarca a agonia E te aconchegas nas fronhas. Dormes sozinha e completa. O teu semblante descansas Nas macias cobertas do leito Onde flutuas alegre e repleta Depois do gozo que aplacas... Como quisera, ó musa, Doar-te o meu calor festeiro Neste escuro diáfano. Estar contigo em carícias A aquecer-te o o corpo inteiro Dormes, que a manhã Já canta nas matas A chamar o teu nome: "Princesa!" (Daniel Amaral)
  • 9. 9 8 Poesias de Daniel D’Amaral AO SOM DA CHUVA, COM UMA MÚSICA DE FUNDO AO SOM DA CHUVA (Com uma música de fundo) Duma nuvem caem pingos d'água Para que te lembres de mim
 E os meus olhos, sem mágoa Lacrimejam saudosos assim Não é tristeza, É saudade Que sinto dos teus versos e de ti Que de tão longe arrebatas
 O meu coração que chora e sorri. Chora a tristeza da distância Deste oceano que nos separa... Mas sorri dos momentos na lembrança Do mais lindo que de nós ficara Pingos d'água incontáveis Trazem a chuva promissora Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave, redentora. (Daniel Amaral)
  • 10. 10 9 Poesias de Daniel D’Amaral AO LUAR PRATEADO AO LUAR PRATEADO As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno Da noite que ia linda a sonhar, Enquanto o mar cantava sereno. Emocionado pela beleza explícita Daquele mágico momento, Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa. Numa tela quis guardar esse instante Tão breve e tão belo... Totalmente Pois as ondas ressoavam mansinho A pedir num murmúrio sussurrante "Pinta-me este luar eternamente?" Busquei os pincéis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoção
 E fixei os olhos transbordantes, Enquanto a lua conduzia a minha mão. Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela, afoito, Desejoso do teu coração apaixonar. (Daniel Amaral)
  • 11. 9 10 Poemas de Daniel D’Amaral A POESIA ORVALHADA POESIA ORVALHADA II Ana
 Você foi a minha melhor companhia. Queria mais da tua presença. Vontade tenho ainda! Mas do que me vale a vontade,
 Se na verdade tu me negastes um beijo? Que de tanto desejo, ardente Busquei em teus lábios. Você chorou lágrimas doídas Como se o coração hesitasse... Vai, meu amor, com olhos marejados Buscar a esperança! Vai, minha flor! Vou regar-te as pétalas Com o orvalho da manhã, Para te refrescar a saudade! (Daniel Amaral)
  • 12. 12 11 Poesias de Daniel D’Amaral VITÓRIA A ILHA DO MEL VITÓRIA, A OLHA DO MEL O que dizer de uma cidade  que é toda linda…?  Que mais que não fora  ainda dito dignamente?  Vitória, nome de mulher  de valor definitivo,  Teu nome te cai perfeito,  cabe em ti lindamente.  Sinuosas as tuas formas  de criação perfeita.  És do menestrel  a purpúrea rima preciosa.  Nos meus recordares,  mãe boníssima,  Vêm-me a infância  em tua mão bondosa.  Guardo em meu peito a saudade  Este sentimento de dor, inimigo,  de quem a mão seguro arduamente,  Pois, embora longe dos teus braços,  Jamais esqueço que as sementes  Impregnadas na minh'alma  Vêm de ti e estarão sempre comigo.  O que devo então dizer-te?  Parti,... e partido o coração…  Ousado, quero agora pedir-te  -Perdão,… Perdoa-me.  ©Daniel Amaral  06-08-2011
  • 13. 13 12 Poesias de Daniel D’Amaral O AMOR O AMOR Ah... O amor!! Esse sentimento que, universal, mesmo assim ainda tão pouco compreendido, ainda persiste, subsiste, permanece,
 apesar da nossa ambigüidade... O sentimento que mantém de pé a nossa tão combalida existência! Mas saibas Que ao amor,
 tudo é possível.
 Ele é filho do céu! (Daniel Amaral)
  • 14. 14 13 Poesias de Daniel D’Amaral A PASSAGEM A PASSAGEM Sempre que olho para o céu
 Estou contemplando do infinito o passado Me quedo triste, silente e amargurado Pois não consigo desvendar-lhe o véu... Ó, imensidão que me encobre e conquista, De onde viestes, tempo infecundo?
 Por que existes, aurora trismegista? Não me atormentes, negror furibundo! Não temo a morte, certeira verdade Apenas não aceito o tempo... Tão curto! Que, a despeito de meus desejos delirantes
 De eternidade, sei-me agora efêmero e já é tarde... Vida minha que segue em desterro, Como em ondas, repetidas, constantes. Vou, caminhante de passos descaídos Enquanto o tempo míngua, passageiro. Os dias passados de viva lembrança De quando criança - era eterno bem-te-vi A cantar alto a sina que se mostrava Repleta do mais alvo fulgor e bonança... Vai, tempo... "O tempo não é uma abstração Pois, se assim o fosse,
 Eu não escreveria este poema." (Daniel Amaral)
  • 15. 15 14 Poesias de Daniel D’Amaral SUNNY LOVE Sunny Love Sunny,
 (voce me lembra aquela música),...
 A ensolarada poesia que escorre
 Por entre os teus dedos é plena de be- leza. Deves ser mesmo assim, irradiante pessoa. O teu brilho resplandece e percorre
 Os caminhos belos da natureza. Daniel Amaral
 06/08/2011
 Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora.
  • 16. 16 15 Poesias de Daniel D’Amaral BEIJO NA BOCA DA NOITE Beijo na boca (da noite). Boa noite de descanso!- Diz-me a noite... Não vá, ó deusa dos véus esvoaçantes, fica comigo só mais essa noite, para que possa sonhar em estar contigo outra vez, esta vez! Ó musa dos meus sonhos de amor! Embala-me em teus braços, Mornos como a ensolarada tarde e acende em mim o desejo
 de um amor infinito Como a noite mais esplêndida! Continue aqui comigo, Ó amada, mais sonhada e desejada que o dia! O último dos dias... Quem sabe se aqui estarei amanhã? Talvez aqui tu já não mais me veja! Ó, minha esperança. Não se desva- neça, amada! A ingrata noite mulher que me mal- trata Um coração cheio de esperança...
 E que ainda canta! "És poesia que imediata Mal- trata e também Inspira-me com a tua presença!" Su- pliquei em vão... "Vou ter que partir" - repetiu em voz baixa. E eu Aturdido: Vai, Ó desespero!.
 Não maltrates mais este co- ração! Vai-te,... e não digas que não acreditas... Serás para mim como o bem mais desejado O bem que não con- segui ter...
 Ó sina! "Boa noite, amor meu!", disse-lhe. "Durma com os an- jos celestiais
 e que eles te conduzam ao sonho mais belo!" (Daniel Amaral)
  • 17. 17 16 Poesias de Daniel D’Amaral UM POEMA PARA A AMADA UM POEMA PARA A AMADA É importante que não te esqueças Que eu moveria uma montanha Viajaria a uma terra estranha
 Só para ter um vislumbre de ti. Ainda que no mundo hajam tantas, Vivo por sua presença bem amado Pois antevejo o carinho que me encanta Neste belo sorriso, por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho Até o meu aconchego perfumado
 Me sento dentre os homens, abençoado Pelo amor que me deu a esperança De que sempre estarás no meu caminho (Daniel Amaral)
  • 18. 18 17 Poesias de Daniel D’Amaral BRINDE AO AMOR BRINDE AO AMOR Bebendo da tua boca, os teus bei- jos sorvendo No arfar dos dos teus seios, e dos seus ter- nos abraços, vôo na maciês dos teus braços e ao teu corpo sucumbo
 depois do êxtase e do prazer,
 como se morrendo... No prazer mais plácido, divino, manso, sereno...
 Da tua beleza amena, me sinto possuidor És o tesouro perfeito e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor "Quanto desejo do teu corpo ex- ala! O perfume sublime dos teus lábios ... Carnudos, molha- dos de lascívia Que beijo em murmúrios e estalos." O tempo inexiste nesse mo- mento Eterno, duradouro. Cúmplice perfeito. Somos amantes na entrega total E nos seus braços me sinto refeito. O prazer que nos propicia- mos, é divino! Encontro feliz de corpos apaixonados abençoados pelos deuses do amor Dando prazer aos nossos cor- pos suados... Exalando o ine- briante perfume abrasador. Dois amantes felizes não têm fim nem morte,... tem sorte! ©Daniel Amaral 10-05-2013
  • 19. 20 18 Poesias de Daniel D’Amaral A POESIA MINHA DE CADA DIA A POESIA MINHA DE CADA DIA O meu grande prazer é poder dizer ao mundo, o quanto me alegra ter optado pela poesia. Não... Na verdade, ela Que me escolheu.
 Desde criança, me apeguei aos versos.
 Hoje, homem maduro e feito,
 
 ainda carrego no peito o vício da rima...
 Do lirismo, da métrica e do planger sonante. Nos desvios da vida, me sobra a poesia, que o coração feliz contagia e me faz amante. Embora perceba que a poesia, às vezes
 prescinde do poeta, mas ainda, vale-se da emoção verdade, que voa altaneira rodopiando ao vento, Traz o sentimento que move no peito a emoção, Por isso, sigo na minha lida, na minha missão... Enquanto tiver vida,... Jamais abandonarei a poesia Que. Pulsará sempre no meu coração! ©Daniel Amaral
  • 20. 20 19 Poemas de Daniel D’Amaral O POEMA DA SAUDADE O POEMA DA SAUDADE Os versos que escrevo agora Vêm do sentir profundo do meu eu Vieram chegando... Devagar, surgindo... E instalaram-se neste peito meu... A saudade, este sentimento vil, Apoderou- se com braços invisíveis Do meu coração que não te esquece, Nem dos nossos momentos felizes. Na busca incessante da memória, Insones e amarguradas são as noites Que atravesso por sonhos úmidos Em que tua ausência, é como mil açoites Saudade dos teus olhos, do teu corpo...
 Em tudo eu busco você, nessa procura sem fim E o meu peito, sôfrego de tua presença, chora... E a saudade mais ainda maltrata-me assim! (Daniel Amaral) 29-01-2012 "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente...." Fernando Pessoa
  • 21. 2 Minha História Nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho de uma família muito pobre, financeiramente falando. Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agri- cultores de subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos ani- mais que caçávamos e criávamos, como as capivaras, que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantações de milho, feijão, batatas e de mandioca pelo meu avô. Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do qual trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passávamos muito tempo. Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil manuseio). Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente de escravos, era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro. Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente passávamos fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogão de lenha. O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse era o melhor momento para a pesca com os espinhéis (feixe deanzóis) para pegar jacarés e também para colocar os samburás - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipós) na boca da vazante do rio). Daniel Amaral http://www.amorepoesia.org/2009/10/amorepoesia82-minha-historia.html 20 Poesias de Daniel D’Amaral APAIXONADO CORAÇÃO