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O Floral 
Poético 
DANI E L AMARAL
Prefácio 
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior 
Do que os homens! Morder como quem beija! 
É ser mendigo e dar como quem seja 
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!…” 
Florbela Espanca 
--------------- 
Quando criança, ainda na escola primária, a professora pediu para que 
escrevêssemos uma poesia. A palavra era desconhecida para mim aos 8 anos de 
idade e também o era para os meus colegas de turma. Para mim, a palavra soou 
como uma coisa completamente nova, desconhecida…No fim da redação , ela se 
surpreendeu com o meu texto e as rimas e vaticinou: “Você vai ser poeta”. Eu não 
sabia o que era ser poeta... 
Que pena que não tenho guardado comigo o texto que fiz. 
Queria tê-lo ainda agora. 
Hoje, sempre que penso em escrever, vem-me à lembrança deste dia e a inspi-ração 
não me falta nessa hora. 
Quase todo poeta é um apaixonado por imagens difusas, de véus, pores de sol, 
flores e relva, mulheres lindas, divindades,...que o remetem a um mundo de be-leza, 
ou de tristeza, alegria. De sentimentos às vezes dissonantes mas, lá no 
fundo da alma, ele guarda com esmero a sua verve e inspiração e a ela recorre 
semipro Que. Deseja criar. 
O poeta doa a sua inspiração para emocionar e transformar o mundo e a si 
mesmo. 
i
O retrato de Joana - Daniel d’Amaral - 2005 
ii
®All rights Reserved - Do not copy 
http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral 
Copyright: Está proibida a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas 
e uso comercial sem a prévia permissão. A proteção anticópia está ativada. 
iii
CHAP T ER 1 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
UM POEMA PARA A AMADA 
É importante que não te esqueças 
Que eu moveria uma montanha 
Viajaria a uma terra estranha 
Só para ter um vislumbre de ti. 
Ainda que no mundo hajam tantas, 
Vivo por sua presença bem amado 
Pois antevejo o carinho que me encanta 
Neste belo sorriso, por mim adorado 
Toda vez que te chegas de mansinho 
Até o meu aconchego perfumado 
Me sento dentre os homens, abençoado 
Pelo amor que me deu a esperança 
De que sempre estarás no meu caminho 
(Daniel Amaral) 
4
CHAP T ER 2 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
5 
BRINDE AO AMOR 
Bebendo da tua boca, os teus beijos 
sorvendo 
No arfar dos dos teus seios, e dos seus ter-nos 
abraços, 
vôo na maciês dos teus braços e ao teu corpo 
sucumbo 
depois do êxtase e do prazer, 
como se morrendo… 
No prazer mais plácido, divino, 
manso, sereno… 
Da tua beleza amena, me sinto possuidor 
És o tesouro perfeito e tens o corpo moreno 
Como que se banhada pelo sol do amor 
"Quanto desejo do teu corpo exala! 
O perfume sublime dos teus lábios ... 
Carnudos, molhados de lascívia 
Que beijo em murmúrios e estalos." 
O tempo inexiste nesse momento 
Eterno, duradouro. Cúmplice perfeito. 
Somos amantes na entrega total 
E nos seus braços me sinto refeito. 
O prazer que nos propiciamos, é divino! 
Encontro feliz de corpos apaixonados 
abençoados pelos deuses do amor 
Dando prazer aos nossos corpos suados… 
Exalando o inebriante perfume 
abrasador. 
Dois amantes felizes não têm fim nem 
morte,…tem sorte! 
©Daniel Amaral 
10-05-2013
CHAP T ER 3 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
APAIXONADO CORAÇÃO 
Nesses sonhos Que eu tenho sonhado 
De amar-te até o infinito 
Me vejo sôfrego e apaixonado,... 
Ah, como sofre este coração destemido! 
Sonhando quimeras e desejando 
do mundo o melhor abrigo! 
Com desejos tão profundos, 
Saio a te buscar sem saber onde estás 
Marejam os meus olhos túrgidos... 
De tanto chorar a desesperança. 
Não desisto dessa procura, 
Pois bem sei que desse desejo 
Virá ao meu peito em desespero, a cura! 
E não mais terei que buscar, ansioso 
Pelas brumas da noite o teu rosto, 
pois juntos stardoms, 
a nos amar. 
(Daniel Amaral) 
6
CHAP T ER 4 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
A POESIA MINHA DE CADA DIA 
O meu grande prazer é poder dizer ao mundo, 
o quanto me alegra ter optado pela poesia. 
Não... Na verdade, ela me escolheu 
Desde criança, me apeguei aos versos. 
Hoje, homem maduro e feito, 
ainda carrego no peito o vício da rima... 
Do lirismo, da métrica e do planger sonante. 
Nos desvios da vida, me sobra a poesia, 
que o coração feliz contagia e me faz amante. 
Embora perceba que a poesia, às vezes 
prescinde do poeta, mas ainda, vale-se da emoção 
verdade, que voa altaneira rodopiando ao vento, 
Traz o sentimento que move no peito a emoção, 
Por isso, sigo na minha lida, na minha missão... 
Enquanto tiver vida,... Jamais abandonarei a poesia 
Que. Pulsará sempre no meu coração! 
©Daniel Amaral 
7
CHAP T ER 5 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
FIZ AGORA 
Se eu não responder, 
é porque já não estou aqui... 
Saí para buscar no calor do sol 
a energia do encantamento. 
Fui até a lagoa dourada 
pelos caminhos do vento 
sem perder um só momento, 
pra ficar com a minha amada. 
A minha flor dourada, 
Que me alegra o pensamento. 
©Daniel Amaral - 11-04-2014 
8
CHAP T ER 6 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
APAIXONADO CORAÇÃO II 
Teus beijos, 
são deliciosos tragos, 
que sorvo no céu de tua boca. 
Tua pele perfumada 
povoa os meu sonhos. 
Quando não estás... 
sou puro descaminho. 
Minha companheira, 
és a amiga e amada 
que desejo eterna e minha, 
pois sem ti sou viajante 
sem rumo, sem alento. 
Vivo na sua ausência 
o tormento dos apaixonados... 
Mas, quando abarcas o meu corpo, 
como se um raio me transpassasse, 
volto à vida como se num milagre! 
(Daniel Amaral) 
9
CHAP T ER 7 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
10 
INTRUSOS 
Se a tristeza é tanta 
a transbordar dos olhos, 
Que até espanta o mais sofrido 
num alarido sem causa, 
É porque te falta a pausa 
que transmutada de ti foge... 
Foge com medo 
E se vai em segredo 
pelo verde arvoredo 
e pelos desvãos dos dedos... 
Sem sentido, o amargurado 
Se sentindo apedrejado 
cai ao chão, dizendo não 
à vida que lhe fora dada. 
Nenhum sentido há 
na tristeza que não é tua 
Em triste choramingar 
Sem uma luz que atenua 
Dos teus medos, à tristeza... 
Peça ao vento, diga a lua: 
“quero me livrar dessa tristeza” 
Pegue então os seus temores, 
e os entregues a correnteza. 
Daniel Amaral 17-09-2014
CHAP T ER 8 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
11 
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO 
Quero te oferecer um bem precioso 
A estrela mais brilhante 
do firmamento! 
Assim fazer-te mais feliz 
num momento, 
Tocando a tua alma, num 
gesto caricioso… 
Ver brilhar o teu lindo rosto 
num sorriso, 
Apertar-te a mão pequena, 
calorosa e macia 
Sentir a felicidade e abraçar-te 
sem aviso 
Dar-te o melhor do amor e da alegria... 
Quero ofertar-te o bem mais valioso! 
Para que livre o teu âmago e repleto 
Da eterna e desejada paz de espírito, 
Tenhas o mais divino 
Um amor completo 
A inundar teu coração 
com este amor infindo 
Para que assim, 
ao despertarmos deste sonho, 
qual amantes numa 
eternidade prazerosa, 
Possamos livres estar 
do esgar medonho 
Das vidas desperdiçadas sem sentido. 
(Daniel Amaral) 
POESIA ORVALHADA 
Ana 
Você foi a minha melhor companhia. 
Queria mais da tua presença. 
Vontade tenho ainda! 
Mas do que me vale a vontade, 
Se na verdade tu me negastes um beijo? 
Que de tanto desejo, ardente 
Busquei em teus lábios. 
Você chorou lágrimas doídas 
Como se o coração hesitasse... 
Vai, meu amor, com olhos marejados 
Buscar a esperança! 
Vai, minha flor! 
Vou regar-te as pétalas 
Com o orvalho da manhã, 
Para te refrescar a saudade! 
(Daniel Amaral)
CHAP T ER 9 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
OS AMANTES NA ENTREGA 
Eis que surge da imensidão da noite a obra colossal 
Em sua beleza avassaladora e imensurável 
Já não se demora o instante pleno da madrugada 
E o deleite soberbo nas manhãs dos seus dias... 
Os amantes, entre plumas e diáfanas cortinas 
Corpos enrodilhados recendendo à essência do gozo 
Que magistralmente regeu a sonata dos sentidos 
E apoderou-se de suas almas na noite inacabável 
Gozos impregnados, impressos nos lençóis... 
Como a conduzir a orquestral noite de sonho inabalável 
Pois que repletos e satisfeitos os corpos e sentidos, 
Mais ainda desejaram o néctar dos deuses do amor 
Quanto prazer ele lhes dá sobre as plumas macias 
O amor que desfrutam os amantes na entrega 
De seus corpos a formarem harmônica composição! 
Quanto desejo nesse encontro de corpos molhados! 
Os corpos largados a formarem um quadro perfeito. 
Pernas entrelaçadas, como numa composição celestial 
Onde as cores da manhã e o canto dos passarinhos 
São músicas a embalar o coração repleto e satisfeito! 
(Daniel Amaral) 
12
CHAP T ER 10 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO 
Quero oferecer-te um bem precioso 
A estrela mais brilhante do firmamento! 
Assim fazer-te mais feliz num momento, 
Tocando a tua alma, num gesto caricioso… 
Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso, 
Apertar-te a mão pequena, calorosa e macia 
Sentir a felicidade e abraçar-te sem aviso 
Dar-te o melhor do amor e da alegria... 
Quero ofertar-te o bem mais valioso! 
Para que livre o teu âmago e repleto 
Da eterna e desejada paz de espírito, 
Tenhas o mais divino do amor completo 
Inundar teu coração com este amor infindo 
Para que assim, ao despertarmos deste sonho 
Qual amantes numa eternidade prazerosa, 
Pudéssemos livres estar do esgar medonho 
Das vidas desperdiçadas sem sentido. 
©Daniel Amaral - 08-08-2012 
(Daniel Amaral) 
13
CHAP T ER 11 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
14 
Beijo na boca (da noite). 
Boa noite de descanso!- Diz-me a noite... 
Não vá, ó deusa dos véus esvoaçantes, 
fica comigo só mais essa noite, 
para que possa sonhar em estar contigo 
outra vez, esta vez! 
Ó musa dos meus sonhos de amor! 
Embala-me em teus braços, 
Mornos como a ensolarada tarde 
e acende em mim o desejo 
de um amor infinito 
Como a noite mais esplêndida! 
Continue aqui comigo, 
Ó amada, mais sonhada 
e desejada que o dia! 
O último dos dias… 
Quem sabe se aqui estarei amanhã? 
Talvez aqui tu já não mais me veja! 
Ó, minha esperança. 
Não se desvaneça, amada! 
"Vou ter que partir" - diz-me a noite. 
A ingrata noite mulher que me maltrata 
Um coração cheio de esperança... 
E que ainda canta! 
"És poesia que imediata 
Maltrata e também 
Inspira-me com a tua presença!" 
Supliquei em vão... 
"Vou ter que partir" - repetiu em voz baixa. 
E eu Aturdido: 
Vai, Ó desespero!. 
Não maltrates mais este coração! 
Vai-te,... e não digas que não acreditas... 
Serás para mim como o bem mais desejado 
O bem que não consegui ter... 
Ó sina! 
"Boa noite, amor meu!", disse-lhe. 
"Durma com os anjos celestiais 
e que eles te conduzam ao sonho mais belo!" 
(Daniel Amaral)
CHAP T ER 12 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
15 
O AMOR 
Ah… O amor!! Esse sentimento que, 
universal, mesmo assim ainda tão 
pouco compreendido, ainda persiste, 
subsiste, permanece, 
apesar da nossa ambigüidade… 
O sentimento que mantém de pé a 
nossa tão combalida existência! 
Mas saibas Que ao amor, 
tudo é possível. 
Ele é filho do céu! 
(Daniel Amaral) 
HELENA 
Helena, trago na mão uma pena, 
para escrever o seu nome "Helena"... 
Com essa mesma pena, 
roçarei as melenas, dos teus cabelos, 
e sussurrarei o seu nome: "Helena". 
E nas tuas mãos pequenas, 
macias e serenas, 
calmo, como a brisa da tarde amena, 
pintarei numa tela uma cena, 
onde serás a pequena flor de lótus, 
"Helena". 
(Daniel Amaral)
CHAP T ER 13 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
UMA NOITE DE VERÃO 
Boa noite de sono, 
Sono tranqüilo e sereno 
Te desejo sincero 
neste momento pleno, 
Em que desejas companhia... 
Mas estando sozinha, sonhas 
Que a noite te abarca a agonia 
E te aconchegas nas fronhas. 
Dormes sozinha e completa. 
O teu semblante descansas 
Nas macias cobertas do leito 
Onde flutuas alegre e repleta 
Depois do gozo que aplacas... 
Como quisera, ó musa, 
Doar-te o meu calor festeiro 
Neste escuro diáfano. 
Estar contigo em carícias 
A aquecer-te o o corpo inteiro 
Dormes, que a manhã 
Já canta nas matas 
A chamar o teu nome: 
"Princesa!" 
(Daniel Amaral) 
16
CHAP T ER 14 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
O POEMA DA SAUDADE 
Os versos que escrevo agora 
Vêm do sentir profundo do meu eu 
Vieram chegando... Devagar, surgindo... 
E instalaram-se neste peito meu… 
A saudade, este sentimento vil, 
Apoderou-se com braços invisíveis 
Do meu coração que não te esquece, 
Nem dos nossos momentos felizes. 
Na busca incessante da memória, 
Insones e amarguradas são as noites 
Que atravesso por sonhos úmidos 
Em que tua ausência, é como mil açoites 
Saudade dos teus olhos, do teu corpo... 
Em tudo eu busco você, nessa procura sem fim 
E o meu peito, sôfrego de tua presença, chora... 
E a saudade mais ainda maltrata-me assim! 
(Daniel Amaral) 
29-01-2012 
"O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente...." 
Fernando Pessoa 
17
CHAP T ER 15 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
AO SOM DA CHUVA 
(Com uma música de fundo) 
Duma nuvem caem pingos d'água 
Para que te lembres de mim 
E os meus olhos, sem mágoa 
Lacrimejam saudosos assim 
Não é tristeza, É saudade 
Que sinto dos teus versos e de ti 
Que de tão longe arrebatas 
O meu coração que chora e sorri. 
Chora a tristeza da distância 
Deste oceano que nos separa... 
Mas sorri dos momentos na lembrança 
Do mais lindo que de nós ficara 
Pingos d'água incontáveis 
Trazem a chuva promissora 
Que nos une e nos afaga 
Enquanto cai suave, redentora. 
(Daniel Amaral) 
18
CHAP T ER 16 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
A PASSAGEM 
Sempre que olho para o céu 
Estou contemplando do infinito o passado 
Me quedo triste, silente e amargurado 
Pois não consigo desvendar-lhe o véu… 
Ó, imensidão que me encobre e conquista, 
De onde viestes, tempo infecundo? 
Por que existes, aurora trismegista? 
Não me atormentes, negror furibundo! 
Não temo a morte, certeira verdade 
Apenas não aceito o tempo… Tão curto! 
Que, a despeito de meus desejos delirantes 
De eternidade, sei-me agora efêmero e já é tarde... 
Vida minha que segue em desterro, 
Como em ondas, repetidas, constantes. 
Vou, caminhante de passos descaídos 
Enquanto o tempo míngua, passageiro. 
Os dias passados de viva lembrança 
De quando criança - era eterno bem-te-vi 
A cantar alto a sina que se mostrava 
Repleta do mais alvo fulgor e bonança… 
Vai, tempo... 
"O tempo não é uma abstração 
Pois, se assim o fosse, 
Eu não escreveria este poema." 
(Daniel Amaral) 
19
CHAP T ER 17 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
AO LUAR PRATEADO 
As ondas prateadas pelo luar 
Brilhavam num luzidio ameno 
Da noite que ia linda a sonhar, 
Enquanto o mar cantava sereno. 
Emocionado pela beleza explícita 
Daquele mágico momento, 
Veio-me ao peito um sentimento 
De alegria total e intensa. 
Numa tela quis guardar esse instante 
Tão breve e tão belo... Totalmente 
Pois as ondas ressoavam mansinho 
A pedir num murmúrio sussurrante 
"Pinta-me este luar eternamente?" 
Busquei os pincéis e o cavalete 
Deixei fluir solta a incontida emoção 
E fixei os olhos transbordantes, 
Enquanto a lua conduzia a minha mão. 
Foi assim que numa noite 
Em que a lua passava a cantar 
Que eu pintei essa tela, afoito, 
Desejoso do teu coração apaixonar. 
(Daniel Amaral) 
20
CHAP T ER 18 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
A POESIA E O POETA 
O poeta sonha no alto do monte com uma flor. 
Dela brota densa e sentida, translúcida lágrima, 
Como um rio denso a desfazer-se no rosto, 
Caindo doidejante por entre os sulcos da face. 
(Cálido rosto coberto de desejos e de dor.) 
Como tiras de seda, bordadas de fino ouro, 
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo 
Em que o brilho do dia era nítido, azul, cristalino 
E as manhãs banhadas de sol, um tesouro. 
Sempre lhe pertenceu, assim como o vento, 
A virtude de ter tentado cem vezes, sem tréguas 
Alcançar o véu fluídico da distante quimera 
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento. 
Mas do vento, essa invisível figura onipresente, 
Chama-lhe uma voz pelo nome: “Poeta... Poeta...” 
"A voz dos rodamoinhos na mente simplória" 
Do artista, que rima e canta versos somente. 
(Daniel Amaral) 
21
CHAP T ER 19 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
Sunny Love 
Sunny, 
(voce me lembra aquela música),... 
A ensolarada poesia que escorre 
Por entre os teus dedos é plena de beleza. 
Deves ser mesmo assim, irradiante pessoa. 
O teu brilho resplandece e percorre 
Os caminhos belos da natureza. 
Daniel Amaral 
06/08/2011 
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora. 
22
CHAP T ER 20 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
23 
VITÓRIA, A ILHA DO MEL 
O que dizer de uma cidade 
que é toda linda... ? 
Que mais que não fora 
ainda dito dignamente? 
Vitória, nome de mulher 
de valor definitivo, 
Teu nome te cai perfeito, 
cabe em ti lindamente. 
Sinuosas as tuas formas 
de criação perfeita. 
És do menestrel 
a purpúrea rima preciosa. 
Nos meus recordares, 
mãe boníssima, 
Vêm-me a infância 
em tua mão bondosa. 
Guardo em meu peito a saudade 
Este sentimento de dor, inimigo, 
de quem a mão seguro arduamente, 
Pois, embora longe dos teus braços, 
Jamais esqueço que as sementes 
Impregnadas na minh'alma, 
Vêm de ti e estarão sempre comigo. 
O que devo então dizer-te? 
Parti... e partido o coração… 
Ousado, quero pedir-te 
-Perdão,… Perdoa-me. 
©Daniel Amaral
CHAP T ER 21 
O Floral Poético 
Daniel Amaral 
ALMA DE POESIA 
Sinto saudades dos teus versos, 
que me dizem tanto! 
Quando os leio, de alegria eu canto 
Canto à tua pena, magia incontida. 
Canto a vida que há neles, 
Pois não são rimas, simplesmente 
São como a pérola única e iridescente 
Que surge do teu oceano infinito 
Nas praias dos teus versos 
-Agradeço-te por este dia... 
Tuas calmas ondas em torvelinho 
Trazem-me paz e alegria 
E tua pena me faz companhia. 
Daniel Amaral 
24
25
DANI E L AMARAL 
26
MINHA H I S TÓR IA 
Nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho de uma 
família muito pobre, financeiramente falando. 
Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agricultores de 
subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos animais que caçáva-mos 
e criávamos, como as capivaras, que eram presas nas armadilhas colocadas 
nas plantações de milho, feijão, batatas e de mandioca pelo meu avô. 
Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do qual 
trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio Santa Maria 
onde passávamos muito tempo. 
Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro 
vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil manuseio). 
Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente de escravos, era 
quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobreviver no mato e com 
pouco ou nenhum recurso financeiro. 
Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente passávamos 
fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da ca-bana 
e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogão de lenha. 
O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse era o 
melhor momento para a pesca com os espinhéis (feixe deanzóis) para pegar 
jacarés e também para colocar os samburás - (armadilhas para peixes feita de 
bambu e cipós) na boca da vazante do rio). 
Daniel Amaral 
http://www.amorepoesia.org/2009/10/amorepoesia82-minha-historia.html 
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O Floral Poético: coletânea de poemas apaixonados

  • 1. O Floral Poético DANI E L AMARAL
  • 2. Prefácio “Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!…” Florbela Espanca --------------- Quando criança, ainda na escola primária, a professora pediu para que escrevêssemos uma poesia. A palavra era desconhecida para mim aos 8 anos de idade e também o era para os meus colegas de turma. Para mim, a palavra soou como uma coisa completamente nova, desconhecida…No fim da redação , ela se surpreendeu com o meu texto e as rimas e vaticinou: “Você vai ser poeta”. Eu não sabia o que era ser poeta... Que pena que não tenho guardado comigo o texto que fiz. Queria tê-lo ainda agora. Hoje, sempre que penso em escrever, vem-me à lembrança deste dia e a inspi-ração não me falta nessa hora. Quase todo poeta é um apaixonado por imagens difusas, de véus, pores de sol, flores e relva, mulheres lindas, divindades,...que o remetem a um mundo de be-leza, ou de tristeza, alegria. De sentimentos às vezes dissonantes mas, lá no fundo da alma, ele guarda com esmero a sua verve e inspiração e a ela recorre semipro Que. Deseja criar. O poeta doa a sua inspiração para emocionar e transformar o mundo e a si mesmo. i
  • 3. O retrato de Joana - Daniel d’Amaral - 2005 ii
  • 4. ®All rights Reserved - Do not copy http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral Copyright: Está proibida a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a prévia permissão. A proteção anticópia está ativada. iii
  • 5. CHAP T ER 1 O Floral Poético Daniel Amaral UM POEMA PARA A AMADA É importante que não te esqueças Que eu moveria uma montanha Viajaria a uma terra estranha Só para ter um vislumbre de ti. Ainda que no mundo hajam tantas, Vivo por sua presença bem amado Pois antevejo o carinho que me encanta Neste belo sorriso, por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho Até o meu aconchego perfumado Me sento dentre os homens, abençoado Pelo amor que me deu a esperança De que sempre estarás no meu caminho (Daniel Amaral) 4
  • 6. CHAP T ER 2 O Floral Poético Daniel Amaral 5 BRINDE AO AMOR Bebendo da tua boca, os teus beijos sorvendo No arfar dos dos teus seios, e dos seus ter-nos abraços, vôo na maciês dos teus braços e ao teu corpo sucumbo depois do êxtase e do prazer, como se morrendo… No prazer mais plácido, divino, manso, sereno… Da tua beleza amena, me sinto possuidor És o tesouro perfeito e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor "Quanto desejo do teu corpo exala! O perfume sublime dos teus lábios ... Carnudos, molhados de lascívia Que beijo em murmúrios e estalos." O tempo inexiste nesse momento Eterno, duradouro. Cúmplice perfeito. Somos amantes na entrega total E nos seus braços me sinto refeito. O prazer que nos propiciamos, é divino! Encontro feliz de corpos apaixonados abençoados pelos deuses do amor Dando prazer aos nossos corpos suados… Exalando o inebriante perfume abrasador. Dois amantes felizes não têm fim nem morte,…tem sorte! ©Daniel Amaral 10-05-2013
  • 7. CHAP T ER 3 O Floral Poético Daniel Amaral APAIXONADO CORAÇÃO Nesses sonhos Que eu tenho sonhado De amar-te até o infinito Me vejo sôfrego e apaixonado,... Ah, como sofre este coração destemido! Sonhando quimeras e desejando do mundo o melhor abrigo! Com desejos tão profundos, Saio a te buscar sem saber onde estás Marejam os meus olhos túrgidos... De tanto chorar a desesperança. Não desisto dessa procura, Pois bem sei que desse desejo Virá ao meu peito em desespero, a cura! E não mais terei que buscar, ansioso Pelas brumas da noite o teu rosto, pois juntos stardoms, a nos amar. (Daniel Amaral) 6
  • 8. CHAP T ER 4 O Floral Poético Daniel Amaral A POESIA MINHA DE CADA DIA O meu grande prazer é poder dizer ao mundo, o quanto me alegra ter optado pela poesia. Não... Na verdade, ela me escolheu Desde criança, me apeguei aos versos. Hoje, homem maduro e feito, ainda carrego no peito o vício da rima... Do lirismo, da métrica e do planger sonante. Nos desvios da vida, me sobra a poesia, que o coração feliz contagia e me faz amante. Embora perceba que a poesia, às vezes prescinde do poeta, mas ainda, vale-se da emoção verdade, que voa altaneira rodopiando ao vento, Traz o sentimento que move no peito a emoção, Por isso, sigo na minha lida, na minha missão... Enquanto tiver vida,... Jamais abandonarei a poesia Que. Pulsará sempre no meu coração! ©Daniel Amaral 7
  • 9. CHAP T ER 5 O Floral Poético Daniel Amaral FIZ AGORA Se eu não responder, é porque já não estou aqui... Saí para buscar no calor do sol a energia do encantamento. Fui até a lagoa dourada pelos caminhos do vento sem perder um só momento, pra ficar com a minha amada. A minha flor dourada, Que me alegra o pensamento. ©Daniel Amaral - 11-04-2014 8
  • 10. CHAP T ER 6 O Floral Poético Daniel Amaral APAIXONADO CORAÇÃO II Teus beijos, são deliciosos tragos, que sorvo no céu de tua boca. Tua pele perfumada povoa os meu sonhos. Quando não estás... sou puro descaminho. Minha companheira, és a amiga e amada que desejo eterna e minha, pois sem ti sou viajante sem rumo, sem alento. Vivo na sua ausência o tormento dos apaixonados... Mas, quando abarcas o meu corpo, como se um raio me transpassasse, volto à vida como se num milagre! (Daniel Amaral) 9
  • 11. CHAP T ER 7 O Floral Poético Daniel Amaral 10 INTRUSOS Se a tristeza é tanta a transbordar dos olhos, Que até espanta o mais sofrido num alarido sem causa, É porque te falta a pausa que transmutada de ti foge... Foge com medo E se vai em segredo pelo verde arvoredo e pelos desvãos dos dedos... Sem sentido, o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chão, dizendo não à vida que lhe fora dada. Nenhum sentido há na tristeza que não é tua Em triste choramingar Sem uma luz que atenua Dos teus medos, à tristeza... Peça ao vento, diga a lua: “quero me livrar dessa tristeza” Pegue então os seus temores, e os entregues a correnteza. Daniel Amaral 17-09-2014
  • 12. CHAP T ER 8 O Floral Poético Daniel Amaral 11 ANTES QUE SE ACABE O MUNDO Quero te oferecer um bem precioso A estrela mais brilhante do firmamento! Assim fazer-te mais feliz num momento, Tocando a tua alma, num gesto caricioso… Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso, Apertar-te a mão pequena, calorosa e macia Sentir a felicidade e abraçar-te sem aviso Dar-te o melhor do amor e da alegria... Quero ofertar-te o bem mais valioso! Para que livre o teu âmago e repleto Da eterna e desejada paz de espírito, Tenhas o mais divino Um amor completo A inundar teu coração com este amor infindo Para que assim, ao despertarmos deste sonho, qual amantes numa eternidade prazerosa, Possamos livres estar do esgar medonho Das vidas desperdiçadas sem sentido. (Daniel Amaral) POESIA ORVALHADA Ana Você foi a minha melhor companhia. Queria mais da tua presença. Vontade tenho ainda! Mas do que me vale a vontade, Se na verdade tu me negastes um beijo? Que de tanto desejo, ardente Busquei em teus lábios. Você chorou lágrimas doídas Como se o coração hesitasse... Vai, meu amor, com olhos marejados Buscar a esperança! Vai, minha flor! Vou regar-te as pétalas Com o orvalho da manhã, Para te refrescar a saudade! (Daniel Amaral)
  • 13. CHAP T ER 9 O Floral Poético Daniel Amaral OS AMANTES NA ENTREGA Eis que surge da imensidão da noite a obra colossal Em sua beleza avassaladora e imensurável Já não se demora o instante pleno da madrugada E o deleite soberbo nas manhãs dos seus dias... Os amantes, entre plumas e diáfanas cortinas Corpos enrodilhados recendendo à essência do gozo Que magistralmente regeu a sonata dos sentidos E apoderou-se de suas almas na noite inacabável Gozos impregnados, impressos nos lençóis... Como a conduzir a orquestral noite de sonho inabalável Pois que repletos e satisfeitos os corpos e sentidos, Mais ainda desejaram o néctar dos deuses do amor Quanto prazer ele lhes dá sobre as plumas macias O amor que desfrutam os amantes na entrega De seus corpos a formarem harmônica composição! Quanto desejo nesse encontro de corpos molhados! Os corpos largados a formarem um quadro perfeito. Pernas entrelaçadas, como numa composição celestial Onde as cores da manhã e o canto dos passarinhos São músicas a embalar o coração repleto e satisfeito! (Daniel Amaral) 12
  • 14. CHAP T ER 10 O Floral Poético Daniel Amaral ANTES QUE SE ACABE O MUNDO Quero oferecer-te um bem precioso A estrela mais brilhante do firmamento! Assim fazer-te mais feliz num momento, Tocando a tua alma, num gesto caricioso… Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso, Apertar-te a mão pequena, calorosa e macia Sentir a felicidade e abraçar-te sem aviso Dar-te o melhor do amor e da alegria... Quero ofertar-te o bem mais valioso! Para que livre o teu âmago e repleto Da eterna e desejada paz de espírito, Tenhas o mais divino do amor completo Inundar teu coração com este amor infindo Para que assim, ao despertarmos deste sonho Qual amantes numa eternidade prazerosa, Pudéssemos livres estar do esgar medonho Das vidas desperdiçadas sem sentido. ©Daniel Amaral - 08-08-2012 (Daniel Amaral) 13
  • 15. CHAP T ER 11 O Floral Poético Daniel Amaral 14 Beijo na boca (da noite). Boa noite de descanso!- Diz-me a noite... Não vá, ó deusa dos véus esvoaçantes, fica comigo só mais essa noite, para que possa sonhar em estar contigo outra vez, esta vez! Ó musa dos meus sonhos de amor! Embala-me em teus braços, Mornos como a ensolarada tarde e acende em mim o desejo de um amor infinito Como a noite mais esplêndida! Continue aqui comigo, Ó amada, mais sonhada e desejada que o dia! O último dos dias… Quem sabe se aqui estarei amanhã? Talvez aqui tu já não mais me veja! Ó, minha esperança. Não se desvaneça, amada! "Vou ter que partir" - diz-me a noite. A ingrata noite mulher que me maltrata Um coração cheio de esperança... E que ainda canta! "És poesia que imediata Maltrata e também Inspira-me com a tua presença!" Supliquei em vão... "Vou ter que partir" - repetiu em voz baixa. E eu Aturdido: Vai, Ó desespero!. Não maltrates mais este coração! Vai-te,... e não digas que não acreditas... Serás para mim como o bem mais desejado O bem que não consegui ter... Ó sina! "Boa noite, amor meu!", disse-lhe. "Durma com os anjos celestiais e que eles te conduzam ao sonho mais belo!" (Daniel Amaral)
  • 16. CHAP T ER 12 O Floral Poético Daniel Amaral 15 O AMOR Ah… O amor!! Esse sentimento que, universal, mesmo assim ainda tão pouco compreendido, ainda persiste, subsiste, permanece, apesar da nossa ambigüidade… O sentimento que mantém de pé a nossa tão combalida existência! Mas saibas Que ao amor, tudo é possível. Ele é filho do céu! (Daniel Amaral) HELENA Helena, trago na mão uma pena, para escrever o seu nome "Helena"... Com essa mesma pena, roçarei as melenas, dos teus cabelos, e sussurrarei o seu nome: "Helena". E nas tuas mãos pequenas, macias e serenas, calmo, como a brisa da tarde amena, pintarei numa tela uma cena, onde serás a pequena flor de lótus, "Helena". (Daniel Amaral)
  • 17. CHAP T ER 13 O Floral Poético Daniel Amaral UMA NOITE DE VERÃO Boa noite de sono, Sono tranqüilo e sereno Te desejo sincero neste momento pleno, Em que desejas companhia... Mas estando sozinha, sonhas Que a noite te abarca a agonia E te aconchegas nas fronhas. Dormes sozinha e completa. O teu semblante descansas Nas macias cobertas do leito Onde flutuas alegre e repleta Depois do gozo que aplacas... Como quisera, ó musa, Doar-te o meu calor festeiro Neste escuro diáfano. Estar contigo em carícias A aquecer-te o o corpo inteiro Dormes, que a manhã Já canta nas matas A chamar o teu nome: "Princesa!" (Daniel Amaral) 16
  • 18. CHAP T ER 14 O Floral Poético Daniel Amaral O POEMA DA SAUDADE Os versos que escrevo agora Vêm do sentir profundo do meu eu Vieram chegando... Devagar, surgindo... E instalaram-se neste peito meu… A saudade, este sentimento vil, Apoderou-se com braços invisíveis Do meu coração que não te esquece, Nem dos nossos momentos felizes. Na busca incessante da memória, Insones e amarguradas são as noites Que atravesso por sonhos úmidos Em que tua ausência, é como mil açoites Saudade dos teus olhos, do teu corpo... Em tudo eu busco você, nessa procura sem fim E o meu peito, sôfrego de tua presença, chora... E a saudade mais ainda maltrata-me assim! (Daniel Amaral) 29-01-2012 "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente...." Fernando Pessoa 17
  • 19. CHAP T ER 15 O Floral Poético Daniel Amaral AO SOM DA CHUVA (Com uma música de fundo) Duma nuvem caem pingos d'água Para que te lembres de mim E os meus olhos, sem mágoa Lacrimejam saudosos assim Não é tristeza, É saudade Que sinto dos teus versos e de ti Que de tão longe arrebatas O meu coração que chora e sorri. Chora a tristeza da distância Deste oceano que nos separa... Mas sorri dos momentos na lembrança Do mais lindo que de nós ficara Pingos d'água incontáveis Trazem a chuva promissora Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave, redentora. (Daniel Amaral) 18
  • 20. CHAP T ER 16 O Floral Poético Daniel Amaral A PASSAGEM Sempre que olho para o céu Estou contemplando do infinito o passado Me quedo triste, silente e amargurado Pois não consigo desvendar-lhe o véu… Ó, imensidão que me encobre e conquista, De onde viestes, tempo infecundo? Por que existes, aurora trismegista? Não me atormentes, negror furibundo! Não temo a morte, certeira verdade Apenas não aceito o tempo… Tão curto! Que, a despeito de meus desejos delirantes De eternidade, sei-me agora efêmero e já é tarde... Vida minha que segue em desterro, Como em ondas, repetidas, constantes. Vou, caminhante de passos descaídos Enquanto o tempo míngua, passageiro. Os dias passados de viva lembrança De quando criança - era eterno bem-te-vi A cantar alto a sina que se mostrava Repleta do mais alvo fulgor e bonança… Vai, tempo... "O tempo não é uma abstração Pois, se assim o fosse, Eu não escreveria este poema." (Daniel Amaral) 19
  • 21. CHAP T ER 17 O Floral Poético Daniel Amaral AO LUAR PRATEADO As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno Da noite que ia linda a sonhar, Enquanto o mar cantava sereno. Emocionado pela beleza explícita Daquele mágico momento, Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa. Numa tela quis guardar esse instante Tão breve e tão belo... Totalmente Pois as ondas ressoavam mansinho A pedir num murmúrio sussurrante "Pinta-me este luar eternamente?" Busquei os pincéis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoção E fixei os olhos transbordantes, Enquanto a lua conduzia a minha mão. Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela, afoito, Desejoso do teu coração apaixonar. (Daniel Amaral) 20
  • 22. CHAP T ER 18 O Floral Poético Daniel Amaral A POESIA E O POETA O poeta sonha no alto do monte com uma flor. Dela brota densa e sentida, translúcida lágrima, Como um rio denso a desfazer-se no rosto, Caindo doidejante por entre os sulcos da face. (Cálido rosto coberto de desejos e de dor.) Como tiras de seda, bordadas de fino ouro, Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era nítido, azul, cristalino E as manhãs banhadas de sol, um tesouro. Sempre lhe pertenceu, assim como o vento, A virtude de ter tentado cem vezes, sem tréguas Alcançar o véu fluídico da distante quimera Que fizera do seu fardo de rimas um tormento. Mas do vento, essa invisível figura onipresente, Chama-lhe uma voz pelo nome: “Poeta... Poeta...” "A voz dos rodamoinhos na mente simplória" Do artista, que rima e canta versos somente. (Daniel Amaral) 21
  • 23. CHAP T ER 19 O Floral Poético Daniel Amaral Sunny Love Sunny, (voce me lembra aquela música),... A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos é plena de beleza. Deves ser mesmo assim, irradiante pessoa. O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza. Daniel Amaral 06/08/2011 Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora. 22
  • 24. CHAP T ER 20 O Floral Poético Daniel Amaral 23 VITÓRIA, A ILHA DO MEL O que dizer de uma cidade que é toda linda... ? Que mais que não fora ainda dito dignamente? Vitória, nome de mulher de valor definitivo, Teu nome te cai perfeito, cabe em ti lindamente. Sinuosas as tuas formas de criação perfeita. És do menestrel a purpúrea rima preciosa. Nos meus recordares, mãe boníssima, Vêm-me a infância em tua mão bondosa. Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dor, inimigo, de quem a mão seguro arduamente, Pois, embora longe dos teus braços, Jamais esqueço que as sementes Impregnadas na minh'alma, Vêm de ti e estarão sempre comigo. O que devo então dizer-te? Parti... e partido o coração… Ousado, quero pedir-te -Perdão,… Perdoa-me. ©Daniel Amaral
  • 25. CHAP T ER 21 O Floral Poético Daniel Amaral ALMA DE POESIA Sinto saudades dos teus versos, que me dizem tanto! Quando os leio, de alegria eu canto Canto à tua pena, magia incontida. Canto a vida que há neles, Pois não são rimas, simplesmente São como a pérola única e iridescente Que surge do teu oceano infinito Nas praias dos teus versos -Agradeço-te por este dia... Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria E tua pena me faz companhia. Daniel Amaral 24
  • 26. 25
  • 27. DANI E L AMARAL 26
  • 28. MINHA H I S TÓR IA Nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho de uma família muito pobre, financeiramente falando. Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agricultores de subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos animais que caçáva-mos e criávamos, como as capivaras, que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantações de milho, feijão, batatas e de mandioca pelo meu avô. Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do qual trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passávamos muito tempo. Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil manuseio). Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente de escravos, era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobreviver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro. Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente passávamos fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da ca-bana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogão de lenha. O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse era o melhor momento para a pesca com os espinhéis (feixe deanzóis) para pegar jacarés e também para colocar os samburás - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipós) na boca da vazante do rio). Daniel Amaral http://www.amorepoesia.org/2009/10/amorepoesia82-minha-historia.html 27