O documento discute os perigos de realizar cultos a Deus sem honrá-Lo sinceramente e oferecer-Lhe as melhores ofertas. Os sacerdotes e o povo de Israel estavam apenas cumprindo rituais sem respeito por Deus, oferecendo animais defeituosos em vez das melhores primícias. O profeta Malaquias adverte que Deus não aceita cultos hipócritas ou ofertas de sobras, mas requer que sejamos sinceros em nosso culto e deemos a Ele o nosso melhor.
2. Malaquias inicia uma declaração indiscutível: “O filho
honra a seu pai e o servo ao seu senhor”. É uma relação
que envolve afeição e respeito. Mas os sacerdotes não
demonstraram amor nem respeito a Deus. Desde o
início Deus tratou o povo de Israel como um filho
amado, tirando-o do Egito, dando-lhe proteção e uma
herança, mas Israel tornou-se um filho rebelde. Aqui o
profeta acusa Israel de uma enorme ingratidão para
com Deus. Como Israel retribuiu o amor gracioso do
Senhor? Não honraram nem respeitaram a Deus.
Malaquias fala que os sacerdotes e o povo profanaram
e não glorificaram a Deus como Ele merece.
3. O culto havia perdido seu valor. Deus não estava sendo
honrado como merece. Culto é momento de honrar e
glorificar a Deus e isto não estava acontecendo. Vejamos
quais os sinais da decadência do culto:
4. Dois perigos graves
Em primeiro lugar - O perigo de fazer a Obra de Deus sem
andar com Deus. Os sacerdotes tinham perdido o
relacionamento pessoal com Deus. Eles eram profissionais
da religião e não eram fiéis à Palavra. Eles haviam se
corrompido doutrinária e moralmente. Faziam o contrário
do que a Bíblia ensina.
5. A apostasia começa sempre nas lideranças. As falsas
doutrinas começam nos púlpitos e descem para o povo no
meio da Igreja e matam as Igrejas. O povo estava cego e
com o coração endurecido. Quando a Igreja se desvia da
Palavra de Deus caiu na imoralidade. O liberalismo, a falta
de temor e a falta de conhecimento da Palavra leva a uma
vida espiritualmente relaxada.
6. Em segundo lugar: O perigo da liderança ser uma maldição
e não benção! A liderança jamais será neutra. Ou ela é
benção ou é maldição! Sempre que a liderança é um
exemplo o povo segue seus passos. Sempre que o líder
transgride as leis do Senhor ele se torna um laço de morte
para o povo. A liderança é como um espelho e como tal
precisa estar sempre limpo e bem iluminado. Líderes
apáticos produzem crentes mundanos, vazios e omissos.
Vida com Deus é essencial para liderar.
7. Versos 06-07
O dois perigos da racionalização
O primeiro: O perigo de praticar o mal sem percebê-lo. O
profeta Malaquias denuncia o pecado como se estivesse em
um tribunal. A acusação é feita: o povo não honra mais a Deus
como Pai, não o respeitam como Senhor e ainda profanam a
mesa de Deus e não percebem isso! O povo está vivendo em
total desobediência e acredita que tudo isso é normal. Não
enxergam seus erros e a situação decadente que estavam.
8. O Segundo: o perigo de não aceitar a repreensão Divina.
(vs.06) – Eles estavam com os olhos vendados pela
arrogância. Ficaram retrucando a palavra de Deus através do
profeta: “de que maneira temos desprezado o teu nome?”.
Assim como Caim foi advertido e não obedeceu, pelo
contrário, cometeu o pecado do homicídio, assim o povo
estava com o coração endurecido para a repreensão de
Deus. Eles prestavam culto, mas Deus não via sinceridade
em seus corações. Culto não é show ou espetáculo de
entretenimento para agradar pessoas, mas o momento
sublime que o povo de Deus se aproxima de Sua Glória!
9. O perigo de oferecer a Deus sobras e não primícias
Versos 07-09 e 13-14.
10. Conceito de primícia
O sentido bíblico mais comum da palavra primícia nos é
revelada em Êxodo 23. 19: “As primícias dos frutos da tua
terra trarás à Casa do SENHOR, teu Deus.” No Antigo
Testamento havia ordem de Deus para que o povo dedicasse
os primeiros e melhores frutos de suas colheitas ao Senhor.
Isso era feito quando esses frutos eram colhidos e levados
aos sacerdotes como oferta consagrada a Deus no
tabernáculo e mais tarde no templo. Era uma oferta de
gratidão acima de tudo.
11. O profeta é enfático ao afirmar que Deus não aceita nada
menos que o melhor. Os sacerdotes e o povo estavam
oferecendo para Deus animais cegos, coxos e enfermos.
Eles estavam oferecendo a Deus uma oferta defeituosa.
Eles estavam oferecendo a Deus o pior, o resto, as sobras, o
imprestável. Deus sempre exigiu um sacrifício perfeito
porque Ele mesmo um dia deu o maior exemplo - Jesus
Cristo. Contudo o povo pensava: para Deus qualquer coisa
serve. Eles retribuíam o amor e a Graça de Deus com
ofertas miseráveis e mesquinhas. Mas a verdade é que
Deus não aceita nada que não seja o nosso melhor (vs.09).
Malaquias ergue sua voz para dizer que Deus não aceita
ofertas vazias ou cultos vazios e hipócritas!
12. Malaquias deixa claro que ninguém pode enganar a Deus.
Deus examina os corações, os bolsos e o gazofilácio. O povo
era abençoado por Deus, mas oferecia o pior. Prometiam
trazer primícias mas ofertavam o resto. Eles estavam
roubando a Deus nos dízimos e pensavam que Deus não
estava vendo (03:08). O pregador Dionísio Pape disse certa vez
que é possível contribuir com a Obra de Deus e ser ainda um
grande enganador. Muitos hoje em dia fazem o
mesmo, tentam enganar a Deus trazendo ao altar o que
chamam de dízimo, mas Deus está vendo que o valor não é
todo o dízimo! Eles sonegam, subtraem o que é de Deus e
pensam que sairão ilesos deste roubo! Reter o que pertence a
Deus é colocar nossa renda em um saco furado! Ninguém
pode enganar a Deus! O Deus vivo não aceita sobras! Ele
requer as primícias!
13. “Ainda hoje o gazofilácio é termômetro que
mede a temperatura espiritual da Igreja!”
Hernandes Dias Lopes