3. Factores Condicionantes da Agricultura
Factores Físicos
Clima
(Temperatura e
precipitação)
Relevo Solo
Factores Humanos
Desenvolvimento
Tecnológico
Estabilidade
políticas e
sociais
4. Tipos de Agricultura Agricultura Moderna Agricultura Tradicional
Objectivo: Assegurar a obtenção de lucro Garantir a subsistência do agregado
familiar
Destino da produção Mercado (nacional e/ou
internacional)
Autoconsumo
Dimensão das Explorações Latifúndio Minifúndio
Variedade de Culturas Monocultura Policultura
Técnicas Utilizadas Modernas (especializadas,
mecanizadas e de caráter científico)
Rudimentares (Rotação de Culturas,
rega manual… ) e transmitidas de
geração em geração)
Aproveitamento do Solo Sistema Intensivo Sistema Extensivo
Instrumentos Agrícolas Mecanizados (tractores; ceifeiras/
debulhadoras; avionetas,
enfardadeiras …)
Arcaicos (o arado puxado por
animais; enxada, foice…)
Tratamento do Solo Uso de grandes quantidades de
produtos químicos (fertilizantes;
pesticidas e herbicidas)
Adubação natural com restos de
plantas e dejectos de animais
Produtividade e rendimento Elevados Baixos
Trabalho do Agricultor
O trabalho é essencialmente
mecanizado, por isso existem poucos
activos na agricultura destes países.
O trabalho é essencialmente manual e
recorre frequentemente aos animais
como força de trabalho.
Processos de irrigação Modernos (aspersão, gota-a-gota, etc.) Pouco desenvolvidos (por gravidade,
nora, etc.)
15. EXEMPLOS DE AGRICULTURA MODERNA E
TRADICIONAL
“A agricultura moderna e tradicional pode apresentar diferentes formas,
consoante a região do mundo onde é praticada”
17. TEXTO I - AGRICULTURA NORTE-AMERICANA
“As quintas que produzem trigo são evidentemente enormes (de
2000 a 3000 hectares, em média) e tendem a aumentar ainda
mais. Sobre tão vastas superfícies é indispensável uma forte
mecanização, pelo que a dimensão das quintas é medida pelo
número de tratores (muitas vezes 3 ou 4) mais do que pelo número
de hectares. Aos tratores juntam-se camiões, charruas de discos,
cultipackers (grades de discos) e sobretudo combines, enormes
máquinas que cortam o trigo à frente e deixam para trás sacos de
grão sobre o campo ceifado. A indústria esforçou-se por fornecer à
agricultura máquinas simples e robustas que executassem em
simultâneo, várias tarefas agrícolas (por exemplo, ceifa, debulha e
ensaca; daí o seu nome de combines). Neste tipo de agricultura
existe uma especialização regional muito acentuada e também um
apoio estatal muito elevado.”
18. TEXTO II - A AGRICULTURA EUROPEIA
“Caracteriza-se por ser uma agricultura muito
intensiva, praticada em explorações de pequena e
média dimensão e em alguns países europeus em
sistema de policultura. É muito mecanizada e
recorre abundantemente ao uso de fertilizantes
químicos, o que faz desta agricultura uma das mais
poluentes do mundo. A agricultura europeia tem
sofrido várias transformações e caminhado para
uma especialização cada vez mais acentuada,
tendo em vista corrigir os excessos de produção em
determinados setores (o dos cereais, por exemplo)”.
19. CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA DE PLANTAÇÃO
Típica das regiões costeiras dos países tropicais com
história colonial (Brasil, Gana, Costa do Marfim,
Moçambique, etc..);
O café, o cacau, o algodão, a banana, a cana-de-
açúcar são plantadas em monocultura e destinam-se á
exportação para a Europa e América do Norte onde se
localizam as sedes das multinacionais que controlam
este comércio;
Ocupam grandes latifúndios;
Utilizam técnicas modernas com recurso a mão-de-
obra local barata.
22. “Em muitas regiões da savana e de floresta do mundo tropical, pratica-se a
agricultura mais primitiva do mundo: é a chamada agricultura itinerante. Os
homens derrubam as árvores, cortam os ramos, que espalham pelo terreno,
incendeiam todo o material – queimada -, embora possam deixar uma ou outra
árvore para recolha de frutos ou para fazer sombra. Abre-se deste modo uma
clareira, que constitui o solo a cultivar, aproveitando-se as cinzas como fertilizante.
Como a terra não é estrumada nem adubada, acaba por se esgotar passados
poucos anos, pelo que terá então de ser simplesmente abandonada. A maior ou
menor distância dela procede-se a nova queimada, ou seja, a preparação de novo
espaço agrícola. É vulgar que o deslocamento dos campos de cultura se faça em
círculo, rodeando a aldeia. Mas, se tal não for possível e as distâncias a percorrer,
em relação à nova terra arrotear forem muito grandes, então também a aldeia se
desloca. As técnicas são extremamente simples e rudimentares e os instrumentos
agrícolas resumem-se à enxada, ao machado e a um pau endurecido pelo fogo
para enterrar as sementes. Tal sistema encontra-se em franca regressão, embora
actualmente ainda surja com alguma frequência na Floresta Amazónica, em certa
áreas da Cordilheira dos Andes e da América Central, na África a sul do Sara, na
Malásia e na Índia”.
TEXTO III - A AGRICULTURA ITINERANTE DE QUEIMADA
23.
24. TEXTO IV - AGRICULTURA SEDENTÁRIA DE SEQUEIRO
“Este tipo de agricultura é praticado, essencialmente, nas
regiões de clima tropical seco entre a savana e o deserto,
onde o período de chuvas se apresenta curto e os meses
secos ocupam a quase totalidade do ano. Nestes climas, a
escassez de água conduz a uma agricultura não irrigada,
mas os povos que a praticam estabelecem-se em grandes
aldeias próximas de um pequeno lago, que lhes fornece
água.
A actividade agrícola está, normalmente, associada à criação
de gado, cujas fezes constituem o único fertilizante utilizado.
A área de cultivo é dividida em três partes separadas por
sebes de arbustos espinhosos, onde se pratica um
afolhamento com rotação trienal das culturas e pousio.”
25. TEXTO V - A RIZICULTURA
“A cultura do arroz (cultura alagada), que requer temperaturas elevadas e abundância
de água (excepto na fase de maturação), está em grande equilíbrio com as condições
naturais desta região (quente e húmida). Também as elevadas densidades
populacionais existentes proporcionam mão-de-obra disponível para esta actividade. O
arroz é produzido em sistema de monocultura através de técnicas agrícolas simples,
muito minuciosas e intensivas.
A técnica de produção do arroz, principal e quase único alimento, apresenta-se como a
actividade agrícola em maior equilíbrio com a Natureza. Para tal contribuem a quase
ausência de recurso aos produtos químicos e a utilização de dejectos humanos,
estrume dos animais, algas e as próprias raízes apodrecidas para fertilização dos
campos, factores que, aliados ao permanente alagamento dos campos e ausência de
declives, protegem os terrenos da erosão.
É um sistema muito intensivo em mão-de-obra e que exige um conjunto de técnicas
agrícolas minuciosas, não existindo mecanização.
Para garantir maiores produções recorre-se à técnica da repicagem, que consiste em
fazer uma cultura em tabuleiros, enquanto outra se encontra no solo em fase de
desenvolvimento. Depois da primeira colheita, transplantam-se as dos tabuleiros para
os campos, assegurando assim mais do que uma colheita por ano.”
26.
27. OS IMPACTOS ECONÓMICOS E SOCIAIS DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA
Nos PD a mecanização permite uma elevada
produtividade e rendimento, originando excedentes.
A agricultura moderna dispensa o trabalho manual,
provocando desemprego.
Nos países em desenvolvimento a agricultura
tradicional com baixo rendimento e produtividade
não permite a subsistência dos agricultores e família
e por isso abandonam os campos para viverem na
cidade. Esta situação pode contribuir para o
aumento da desertificação.
28. OS IMPACTOS AMBIENTAIS DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA
Os produtos químicos poluem os solos, as
águas superficiais e subterrâneas.
A mecanização excessiva e a monocultura
intensiva provocam o esgotamento dos
solos, tornando-os menos produtivos.
Nos países em desenvolvimento a
desflorestação e a agricultura de queimada
destroem a cobertura vegetal, ficando o solo
mais exposto à erosão.