Restauração do trono por tugues, ou seja a volta de Portugal as nações independentes e os reflexos para o Brasil que luta agora para expulsar os holandeses do território.
2. Fim da União Ibérica: restauração do
trono português
• A elite comercial
portuguesa estava
descontente porque áreas
como o nordeste do Brasil,
Angola, feitorias na costa
da África estavam sob
controle holandês.
O rei espanhol Filipe IV necessitando de
dinheiro realizou um aumento os impostos.
3. Restauração da Independência
• Em 1640 com apoio da
Inglaterra iniciava-se uma nova
rebelião portuguesa sob
comando de D. João, duque
de Bragança.
D. João, duque de Bragança era
descendente distante do rei D. Manuel I
que governou Portugal de 1495 a 1521.
A Espanha nesse momento
encontrava-se em luta contra a França
[Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)],
conflito com a Holanda [Guerra dos
Oitenta Anos (1568-1648)] e a revolta
na região da Catalunha iniciada em
1640.
4. • Em 1640 os restauradores
portugueses tomam o
poder em Lisboa e
prenderam a duquesa de
Mântua que governava
Portugal.
Margarida de Saboia, duquesa de
Mântua era prima do rei espanhol
D. Filipe IV, sendo vice-rainha de
Portugal de 1634 a 1640.
5. • Logo depois foi aclamado rei D. João IV, o
primeiro da nova dinastia, a Dinastia de Bragança.
Coroação de D. João IV
obra de José Maria
Veloso Salgado (1908).
Com a reorganização
do Exército português
este consolidou a
independência que foi
reconhecida pela
Espanha apenas em
1668.
6. D. João IV nasceu em Vila Viçosa
(Portugal) em 1604; filho de D.
Teodósio, duque de Bragança e da
nobre espanhola Ana de Velasco.
Líder do movimento de Restauração
(1640) e fundador da quarta dinastia
portuguesa (Bragança).
Casou-se com uma nobre espanhola
Luísa de Gusmão. No poder governou
como um monarca absolutista até
sua morte em 1656, tomando posse
seu filho D. Afonso VI.
Rei João IV (1640-1656)
7. • A Dinastia de Bragança permaneceu no poder em
Portugal de 1640 até 1910.
Escudo do Duque de Bragança
e da Casa de Bragança.
LISTA DE REIS PORTUGUESES
(1640-1826)
D. João IV 1640-1656
D. Afonso VI 1656-1683
D. Pedro II 1683-1706
D. João V 1706-1750
D. José I 1750-1777
D. Maria I 1777-1816
D. João VI 1816-1826
8. Relações entre Portugal e Holanda
• Buscando a paz e para a reorganização do Estado
português o rei D. João IV firmou com os
holandeses a Trégua dos Dez anos em 1641.
X
9. No Brasil: declínio da Nova Holanda
• Ocorre a saída de Mauricio de Nassau em 1644 do
posto de governador da colônia.
• A Companhia pressionou os senhores de engenho
a aumentar a produção, maiores impostos,
cobrança das dívidas atrasadas, ameaçando
confiscar os engenhos.
10. • A tolerância religiosa foi extinguida e católicos
foram proibidos de praticar livremente sua
religião.
Fachada atual da
Catedral da Sé em
Olinda/PE. Construída
no século XVI e
recebendo melhorias
no início do século
XVII, foi profanada e
sofreu um grande
incêndio que destruiu
parte da mesma
durante a ocupação
holandesa.
11. Insurreição Pernambucana (1645-1654)
• Um grupo formado por
luso-brasileiros
organizaram-se para
combater os holandeses.
• Momentaneamente
senhores de engenho,
grupos indígenas e
negros lutaram em
conjunto.
12. O que levou a revolta?
• Crise na economia açucareira e a cobrança mais
ferrenha por parte da Companhia Holandesa das
Índias Ocidentais das dívidas dos senhores de
engenho.
• Restauração portuguesa de 1640 – sentimento
pró-lusitano.
• Fim do governo de Maurício de Nassau em 1644,
este era mais tolerante, sendo bem visto pela elite
pernambucana.
13. Líderes do
movimento
João Fernandes Vieira (1613-1681) nasceu em
Faial (Ilha de Madeira), de origem humilde veio
ao Brasil por volta de 1620. Chegou a trabalhar
no comércio e para um senhor de engenho
holandês, com a saída de Nassau de Pernambuco
passa a se opor a ocupação neerlandesa.
Acumulou bens, chegando a possuir em 1643,
16 engenhos e em torno de mil escravos,
obtendo prestigio na sociedade pernambucana,
mas era um dos maiores devedores frente a
companhia holandesa.
André Vidal de Negreiros (1606-1680)
nasceu na Paraíba, teve papel de
destaque ao mobilizar tropas no sertão
nordestino. Participou da defesa de
Salvador em 1624 e na Insurreição
Pernambucana foi responsável por
várias vitórias.
Depois do conflito foi nomeado
governador da Paraíba e depois de
Angola.
14. Henrique Dias de origem africana, nasceu
em Pernambuco. Participa a partir de 1633
junto com Matias de Albuquerque na luta
contra os holandeses. Na Insurreição
Pernambucana comandou o grupo de
origem escrava.
Depois da guerra recebeu algumas
compensações, contudo bem abaixo de seu
valor para a expulsão dos holandeses,
falecendo pobre em Recife no ano de 1662.
Antônio Felipe Camarão (1600-1648) índio
da tribo potiguar (localizada principalmente
no atual estado do Rio Grande do Norte). Os
jesuítas catequizaram a sua aldeia, assim sabia
ler e escrever em português.
A partir de 1630 juntou-se a Matias de
Albuquerque para lutar contra os holandeses.
Com a Insurreição Pernambucana volta a
participar com seu grupo indígena. Faleceu
devido a complicações de saúde relacionada a
ferimentos de batalha.
Líderes do
movimento
15. • A companhia holandesa não tinha
muitos recursos para defender a
colônia.
• Assim sucessivas vitórias luso-
brasileiras levaram ao fim do poder
holandês na região.
A Holanda estava
mais preocupada
com a Guerra dos
Oitenta Anos (1568-
1648) contra a
Espanha, com o
objetivo de
consolidar sua
independência.
O Engenho, obra de Frans Post (1668). Na tela destaca-se o engenho, a capela e a casa grande.
16. • Cabe destaque as duas Batalhas dos Guararapes
(1648 e 1649) onde os luso-brasileiros sagraram-se
vitoriosos.
Batalha dos Guararapes obra de Victor Meirelles (1879).
17. • Recebendo pouca ajuda do governo holandês, a
colônia mantinham a cidade de Recife.
Cidade Maurícia,
obra de Frans Post
(1653).
Em 1652 a Inglaterra
governada por Oliver
Cromwell decreta guerra
a Holanda (Primeira
Guerra Anglo-
Holandesa) pela disputa
do comércio
ultramarino.
18. • Em 1653 o rei português D. João IV enviou ao
Brasil uma poderosa esquadra.
• Cercados por terra e por mar os holandeses
assinaram a rendição em Campina da Taborda em
1654.
Capitulação
neerlandesa.
19. • Pelo último tratado entre Portugal e Holanda
(1669), o governo português comprometeu-se em
pagar uma indenização de sessenta e três
toneladas de ouro (pelo nordeste brasileiro e as
possessões da África).
20. Crise econômica portuguesa e revoltas
(1640-1711)
• As medidas iniciais são o
reforço do exclusivismo
comercial, assim foi proibido
que navios estrangeiros
comercializassem em portos
brasileiros e foram criadas as
companhias de comércio.
São Luís
Salvador
Estado do
Maranhão
Estado do
Brasil
21. • Ainda criou-se o Conselho Ultramarino em 1642
que tinha responsabilidade sobre todos os
assuntos relativos as colônias lusitanas.
O principal objetivo do
Conselho Ultramarino
era regular as atividades
comerciais, além das
decisões de guerra
ultramarinas e ofícios de
justiça. Na imagem o
Paço da Ribeira (1650)
as margens do rio Tejo
em Lisboa onde desde o
início do século XVI
residia o rei, a sua corte
e funcionava os órgãos
governamentais.
22. • Criada em 1649 a Companhia Geral do Comércio
do Brasil tendo o monopólio comercial em todo o
litoral do Estado do Brasil.
• Fundada em 1682 a Companhia Geral de
Comércio do Estado do Maranhão, obtendo o
monopólio comercial na região do Maranhão.
23. Revolta de Beckman (1684)
• A região do Maranhão estava em recesso
econômico desde a década de 1650 e os senhores
de engenho não tinham condições de pagar pelo
escravo africano.
Moeda portuguesa de
prata referente a três
vinténs (sessenta réis)
durante o reinado de D.
Pedro II (1667-1706) em
Portugal. Anota-se a
escrita na língua latina
“rex petrus II”.
24. • Procurando mão-de-obra os produtores de açúcar
organizaram expedições para atacar aldeamentos
jesuítas capturando índios e levando-os para o
trabalho escravo.
Os padres jesuítas
protestaram e o
governo português
proibiu a escravidão
indígena, liberando
apenas na situação
de “guerra justa”.
Caçador de
Escravos, obra de
Jean-Baptiste Debret
(1820-1830).
25. • Para resolver a questão o governo criou a
Companhia Geral de Comércio do Estado do
Maranhão em 1682.
• A companhia tinha o compromisso de introduzir
500 escravos africanos por ano na região, durante
vinte anos.
26. • Devido a crise econômica a empresa não
conseguiu cumprir suas promessas agravando a
crise econômica.
Foto atual do
Centro
Histórico de
São Luís, nota-
se fachadas
azulejadas.
27. • Descontentes um grupo de colonos liderados por
Manuel Beckman e Jorge Sampaio iniciaram a
revolta.
• Objetivo: acabar com a Companhia de Comércio e
a influência dos jesuítas da região, além de obter
autorização para escravizar os índios.
• Os revoltosos tomaram São Luís e os padres
jesuítas foram expulsos da região.
• Tomás Beckman foi enviando a Portugal para
explicar o movimento as autoridades, mas foi
preso.
28. • O governo de Portugal nomeou um novo
governador e com o apoio de tropas retomou o
controle da situação.
• Os líderes Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram
enforcados.
O novo governador e a
Coroa portuguesa
eliminaram o monopólio da
Companhia Geral de
Comércio do Estado do
Maranhão .
Praça Manuel Beckman
localizada na Avenida Beira
Mar em São Luís/MA
construída no início do
século XX no local onde o
líder da revolta foi
enforcado em 1865.
29. Concorrência do açúcar antilhano
• Depois de expulsos do Brasil os holandeses
levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas
na América Central.
• A concorrência
holandesa
provocou a
queda de 50%
no preço do
açúcar.
Antilhas
Holandesas
Guiana Holandesa
(atual Suriname)
30. Tratados econômicos
• O governo português buscou
ter a Inglaterra como aliada,
assim os portugueses
recebiam a proteção política
da maior potência naval da
época.
Rainha inglesa Ana I pertencente a Dinastia
Stuart governou de 1702 a 1714. Ela também foi
responsável pela aprovação do Tratado de União
de 1707 onde Inglaterra e Escócia uniram-se e
formaram o Reino da Grã-Bretanha.
31. • O principal acordo foi o Tratado de Methuen
(1703) que estabelecia a compra por parte de
Portugal de tecidos de lã fabricados pelo ingleses,
em troca os britânicos adquiriam os vinhos
portugueses.
Localização do Distrito
do Porto.
O tratado assinado em
1703 também ficou
conhecido como Tratado de
Panos e Vinhos.
Rio Douro que corta o Distrito do Porto,
região famosa pelos seus vinhos.
Distrito
do Porto
Lisboa
32. Guerra dos Mascates (1710-1711)
• Até o final do século XVII, a cidade de Olinda era a
principal cidade da capitania de Pernambuco.
Vista atual do
centro histórico
de Olinda tendo
ao fundo a
cidade de
Recife.
33. Situação em Pernambuco
OLINDA
Moravam os tradicionais senhores de
engenho, que estavam em declínio
devido a queda do preço do açúcar.
RECIFE
(vila dependente da Câmara de Olinda)
Antiga capital da colônia holandesa no
Brasil, a vila possuía um porto
reestruturado, assim todas as transações
de importação e exportação da região
passavam pelo povoado. Moravam em
Recife comerciantes em sua maioria
portugueses natos.
Alagoas
Paraíba
Pernambuco
34. • Os senhores de engenho de Olinda necessitados
passaram a pedir empréstimos principalmente
para os comerciantes de Recife.
• Cobranças de dívidas impulsionou a rivalidade
entre as duas povoações.
Os proprietários
rurais de Olinda
chamavam os
comerciantes de
Recife de mascates.
Os comerciantes de
Recife chamavam os
senhores de engenho
de Olinda de pés-
rapados.
35. • O pedido ao rei D. João V de elevação de Recife à
cidade foi aprovada.
• Inconformados um grupo de senhores de
engenho de Olinda invadiram a cidade de Recife
em 1710.
• No ano seguinte o governo português interviu
colocando fim a Guerra dos Mascates, os líderes
olindenses foram presos e encaminhados para o
exílio.
36. • Como resultado a cidade de Recife tornou-se a
capital da capitania de Pernambuco.
Venda no Recife, obra do alemão Johan Moritz Rugendas (1822-1825).