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UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas
Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905.
Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira
RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br
Dissertação: 
Uma Reflexão sobre a Filosofia da Educação
Roosevelt Carlos de Oliveira
Disciplina 'Filosofia da Educação
I', Ministrada pelo Prof. Dr. Luiz
Roberto Gomes
2º Semestre de 2014
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Uma Reflexão sobre a Filosofia da Educação
por Roosevelt C. de Oliveira
Introdução: O Sujeito da Educação
Platão e a Educação foi o tema escolhido para uma reflexão neste artigo. O que
nos atraiu foi o fato que que se pode pensar a relação do homem com o seu próprio
pensamento. Sabendo que Platão também é um dos filósofos mais lidos e que passa por
tantos escrutínios, o desafio é poder elencar algumas questões que podem fazer sentido
ao processo de ensino em nosso século. A formação que se busca é aquela da formação
espiritual consciente.
Várias questões aparecem quando pensamos a Educação ao longo da história; O
que é Educação? quando começou? Onde? Por quê? Para quem? Como? Cada
civilização, em um dado momento da história, teve a educação como forma de partilhar
seus saberes para seu convívio social. Se na Grécia Antiga, a educação começava com
os jovens, a cultura helenística ensinava a educação física, a matemática, a retórica,
gramática, música, história e filosofia.
Esta primeira educação servia à uma elite formadora de homens que iriam atuar
na vida pública, o que não incluía servos e mulheres. Passando desde os sofistas e sua
maneira de ganhar a vida por ensinar, a educação peripatética de Platão e o
desenvolvimento da alma do homem através da música, como dizia Aristóteles, a
educação atendia os anseios de povos, governos e sucessores. Educação é poder. Mas,
para quem?
Althusser não deixa dúvida sobre as questões econômicas que estão ligadas
diretamente ao uso da educação como forma de dominação. No que diz respeito ao
modo como o Estado exercia seu poder sobre as massas através do Aparelho Religioso,
o mesmo se dá ao vislumbrarmos que hoje em dia o mesmo é feito com o Aparelho
Escolar; Cegamente, professores bem-intencionados fazem o papel de dominação do
Estado quando estão em sala de aula.
Além do mais, a alegoria da caverna, segundo Platão, em 'A República', traz-nos
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a reflexão sobre o quanto o conhecimento conduz o homem para a Luz ou para as
sombras do mundo sensível. Esta dialética faz-nos pensar o quanto a luz do
conhecimento pode nos 'salvar das trevas'
Os Valores
Não se concebe a educação sem nortear seus fins. Para que haja uma prática social
ligada ao que se ensina, os valores adivindos de qualquer grupo influenciarão a práxis e
a maneira como enxergamos nossa sociedade. Aqui a questão é 'para quê educar'? E
então pensamos um sujeito ideal ou uma sociedade ideal para qual formamos cidadãos.
Evidentemente, o que pensamos é o quanto os valores que perpetuamos são diretamente
nossos ou se estamos apenas reproduzindo aquilo que o estado quer que reproduzamos.
Tal qual os reflexos das sombras na caverna de Platão, muitos dos valores existentes em
nossos dias são sombras que não representam a realidade. O ideal escolar não atinge
toda a massa da população que depende do estado. E poucos são aqueles que, de fato,
saem da caverna e de seu aprisionamento intelectual.
A Educação como Projeto
Se pensar a saída da caverna como um redirecionamento para a Luz, o conhecimento do
qual somos hoje coroados pelo iluminismo de Conte seria deveras libertador? Somos
mais livres se pensarmos em uma educação dos últimos três séculos? O que fez de nós o
Iluminismo. A Educação neoliberal que circunda o planeta parece nos levar para um
triste fim e que não é o sair da caverna; acorrentado somos por grilhões invisíveis e o
projeto da educação parece apenas nos equipar das ferramentas básicas do proletário.
Afinal, o que temos em nossa agenda? As ciências humanas podem ajudar a
equacionar o sentido da educação em nossos dias. É através destas ciências que temos
uma prática crítico-reflexiva dos conteúdos pedagógicos. Mesmo assim, a importância
do processo filosófico, do pensar o homem e seu papel é primordial para a discussão
sobre a existência do sujeito, o papel da educação em sua vida e a relação dos mesmos
com a produção do conhecimento.
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A Força da Filosofia
Pode-se atribuir um papel epistemológico à Filosofia e à Educação?
Considerando o caráter subjetivo do ensino, sim. Este aspecto é relevante pelo fato de
que a subjetividade se faz presente o conjunto do processo de educação como um todo.
Isso impõe ao educador uma atenção específica para suas mediações. Isso se dá pelo
próprio fato de que o homem possui uma capacidade de experimentar esta subjetividade
que vem de sua consciência. Talvez o mal que exista nesta capacidade, assim como as
imagens projetadas na caverna, seria o fato de que o homem também se ilude. Acredita
tanto na luz como nas sombras. Esse movimento pode atribuir força ou fraqueza que
compromete a atividade humana.
Os aspectos multidisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar da educação
Podemos pensar que não só o papel das ciências humanas e a filosofia adquirem
papéis específicos e primordiais para se compreender a educação como ferramenta de
poder e esclarecimento, e vice-versa; ensina-se com muitas ferramentas, de várias
disciplinas (multidisciplinar), troca-se experiências com outras áreas (interdisciplinar) e
vai-se muito além da própria área de atuação (transdiciplinar). Isso nos remete ao
pensamento de que o processo educacional é proveniente de muitas práticas e não
apenas de uma, o que confere este caráter pluralístico da educação.
Conclusão
Platão, em sua elaboração do programa educativo do filósofo que é apresentado em
República parece trazer uma educação estatal comum onde todos devem se submeter.
Sejam as ativiades físicas da época, sejam as atividades intelectuais, o homem precisa,
através de sua saída da caverna, entender quem está mantendo-o na escuridão. Esta
mesma educação estatal vai direcionar aqueles que são mais capazes para ocuparem as
frentes nas empresas pós-iluminismo. E Platão mostra que a classe mais preparada para
governar em seu tempo eram os Guardiões. Estes podiam raciocinar ao ponto de
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representar o interesse de todos, do bem coletivo. Embora o discurso aparente uma
vontade não sectária, o que ocorre, na prática, são as divisões, o partidarismo, etc. É
interessante ressaltar que Platão pensava na incorporação da mulher, naquele tempo.
Suas idéias não consideram as mulheres como seres inferiores enquanto classe. Platão
acaba abrindo uma possibilidade para a educação feminina em Atenas, algo que não
pertencia àquela cultura. Uma educação que possa dar conta de todos já era um sonho –
e prática – de um mundo antigo. Nos dias atuais, o que fazemos é analisar o que
consumimos e se serve para nosso processo de conhecimento. É bom para homens e
mulheres? Abrange aspectos étnico-raciais? E as questões de gênero? O pensar
filosófico platônico teve seu caráter emancipador e igualitário. Tais anseios do passado
vêm ao encontro do que as novas gerações buscam enquanto se esforçam para deixar a
caverna da ignorância e buscam a verdadeira luz do lado de fora da caverna.
Bibliografia
ALTHUSSER, Louis. Sobre a Reprodução. Aparelhos ideológicos do estado. Lisboa/
São Paulo: Editorial Presença Martins Fontes pp. 97-113; 163-170. 1980.
ARISTÓTELES. Livro VIII. In: ________. Política. Tradução: Mário da Gama Kury. 2ª
Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988. p. 267-285.
PLATÃO – A República. 5ª Ed. Tradução: Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian. 1987. 513 p.
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representar o interesse de todos, do bem coletivo. Embora o discurso aparente uma
vontade não sectária, o que ocorre, na prática, são as divisões, o partidarismo, etc. É
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Dissertação sobre uma reflexao da filosofia na educacao

  • 1. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br Dissertação:  Uma Reflexão sobre a Filosofia da Educação Roosevelt Carlos de Oliveira Disciplina 'Filosofia da Educação I', Ministrada pelo Prof. Dr. Luiz Roberto Gomes 2º Semestre de 2014
  • 2. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br Uma Reflexão sobre a Filosofia da Educação por Roosevelt C. de Oliveira Introdução: O Sujeito da Educação Platão e a Educação foi o tema escolhido para uma reflexão neste artigo. O que nos atraiu foi o fato que que se pode pensar a relação do homem com o seu próprio pensamento. Sabendo que Platão também é um dos filósofos mais lidos e que passa por tantos escrutínios, o desafio é poder elencar algumas questões que podem fazer sentido ao processo de ensino em nosso século. A formação que se busca é aquela da formação espiritual consciente. Várias questões aparecem quando pensamos a Educação ao longo da história; O que é Educação? quando começou? Onde? Por quê? Para quem? Como? Cada civilização, em um dado momento da história, teve a educação como forma de partilhar seus saberes para seu convívio social. Se na Grécia Antiga, a educação começava com os jovens, a cultura helenística ensinava a educação física, a matemática, a retórica, gramática, música, história e filosofia. Esta primeira educação servia à uma elite formadora de homens que iriam atuar na vida pública, o que não incluía servos e mulheres. Passando desde os sofistas e sua maneira de ganhar a vida por ensinar, a educação peripatética de Platão e o desenvolvimento da alma do homem através da música, como dizia Aristóteles, a educação atendia os anseios de povos, governos e sucessores. Educação é poder. Mas, para quem? Althusser não deixa dúvida sobre as questões econômicas que estão ligadas diretamente ao uso da educação como forma de dominação. No que diz respeito ao modo como o Estado exercia seu poder sobre as massas através do Aparelho Religioso, o mesmo se dá ao vislumbrarmos que hoje em dia o mesmo é feito com o Aparelho Escolar; Cegamente, professores bem-intencionados fazem o papel de dominação do Estado quando estão em sala de aula. Além do mais, a alegoria da caverna, segundo Platão, em 'A República', traz-nos
  • 3. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br a reflexão sobre o quanto o conhecimento conduz o homem para a Luz ou para as sombras do mundo sensível. Esta dialética faz-nos pensar o quanto a luz do conhecimento pode nos 'salvar das trevas' Os Valores Não se concebe a educação sem nortear seus fins. Para que haja uma prática social ligada ao que se ensina, os valores adivindos de qualquer grupo influenciarão a práxis e a maneira como enxergamos nossa sociedade. Aqui a questão é 'para quê educar'? E então pensamos um sujeito ideal ou uma sociedade ideal para qual formamos cidadãos. Evidentemente, o que pensamos é o quanto os valores que perpetuamos são diretamente nossos ou se estamos apenas reproduzindo aquilo que o estado quer que reproduzamos. Tal qual os reflexos das sombras na caverna de Platão, muitos dos valores existentes em nossos dias são sombras que não representam a realidade. O ideal escolar não atinge toda a massa da população que depende do estado. E poucos são aqueles que, de fato, saem da caverna e de seu aprisionamento intelectual. A Educação como Projeto Se pensar a saída da caverna como um redirecionamento para a Luz, o conhecimento do qual somos hoje coroados pelo iluminismo de Conte seria deveras libertador? Somos mais livres se pensarmos em uma educação dos últimos três séculos? O que fez de nós o Iluminismo. A Educação neoliberal que circunda o planeta parece nos levar para um triste fim e que não é o sair da caverna; acorrentado somos por grilhões invisíveis e o projeto da educação parece apenas nos equipar das ferramentas básicas do proletário. Afinal, o que temos em nossa agenda? As ciências humanas podem ajudar a equacionar o sentido da educação em nossos dias. É através destas ciências que temos uma prática crítico-reflexiva dos conteúdos pedagógicos. Mesmo assim, a importância do processo filosófico, do pensar o homem e seu papel é primordial para a discussão sobre a existência do sujeito, o papel da educação em sua vida e a relação dos mesmos com a produção do conhecimento.
  • 4. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br A Força da Filosofia Pode-se atribuir um papel epistemológico à Filosofia e à Educação? Considerando o caráter subjetivo do ensino, sim. Este aspecto é relevante pelo fato de que a subjetividade se faz presente o conjunto do processo de educação como um todo. Isso impõe ao educador uma atenção específica para suas mediações. Isso se dá pelo próprio fato de que o homem possui uma capacidade de experimentar esta subjetividade que vem de sua consciência. Talvez o mal que exista nesta capacidade, assim como as imagens projetadas na caverna, seria o fato de que o homem também se ilude. Acredita tanto na luz como nas sombras. Esse movimento pode atribuir força ou fraqueza que compromete a atividade humana. Os aspectos multidisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar da educação Podemos pensar que não só o papel das ciências humanas e a filosofia adquirem papéis específicos e primordiais para se compreender a educação como ferramenta de poder e esclarecimento, e vice-versa; ensina-se com muitas ferramentas, de várias disciplinas (multidisciplinar), troca-se experiências com outras áreas (interdisciplinar) e vai-se muito além da própria área de atuação (transdiciplinar). Isso nos remete ao pensamento de que o processo educacional é proveniente de muitas práticas e não apenas de uma, o que confere este caráter pluralístico da educação. Conclusão Platão, em sua elaboração do programa educativo do filósofo que é apresentado em República parece trazer uma educação estatal comum onde todos devem se submeter. Sejam as ativiades físicas da época, sejam as atividades intelectuais, o homem precisa, através de sua saída da caverna, entender quem está mantendo-o na escuridão. Esta mesma educação estatal vai direcionar aqueles que são mais capazes para ocuparem as frentes nas empresas pós-iluminismo. E Platão mostra que a classe mais preparada para governar em seu tempo eram os Guardiões. Estes podiam raciocinar ao ponto de
  • 5. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br representar o interesse de todos, do bem coletivo. Embora o discurso aparente uma vontade não sectária, o que ocorre, na prática, são as divisões, o partidarismo, etc. É interessante ressaltar que Platão pensava na incorporação da mulher, naquele tempo. Suas idéias não consideram as mulheres como seres inferiores enquanto classe. Platão acaba abrindo uma possibilidade para a educação feminina em Atenas, algo que não pertencia àquela cultura. Uma educação que possa dar conta de todos já era um sonho – e prática – de um mundo antigo. Nos dias atuais, o que fazemos é analisar o que consumimos e se serve para nosso processo de conhecimento. É bom para homens e mulheres? Abrange aspectos étnico-raciais? E as questões de gênero? O pensar filosófico platônico teve seu caráter emancipador e igualitário. Tais anseios do passado vêm ao encontro do que as novas gerações buscam enquanto se esforçam para deixar a caverna da ignorância e buscam a verdadeira luz do lado de fora da caverna. Bibliografia ALTHUSSER, Louis. Sobre a Reprodução. Aparelhos ideológicos do estado. Lisboa/ São Paulo: Editorial Presença Martins Fontes pp. 97-113; 163-170. 1980. ARISTÓTELES. Livro VIII. In: ________. Política. Tradução: Mário da Gama Kury. 2ª Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988. p. 267-285. PLATÃO – A República. 5ª Ed. Tradução: Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 1987. 513 p.
  • 6. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos CECH - Centro de Educação e Ciências Humanas Rod. Washington Luis, km 235 – Cx. Postal 676 – CEP 13.565-905. Pedagogia: Aluno: Roosevelt Carlos de Oliveira RA: 604933 – e-mail: roosevelt@coopling.com.br representar o interesse de todos, do bem coletivo. Embora o discurso aparente uma vontade não sectária, o que ocorre, na prática, são as divisões, o partidarismo, etc. É interessante ressaltar que Platão pensava na incorporação da mulher, naquele tempo. Suas idéias não consideram as mulheres como seres inferiores enquanto classe. Platão acaba abrindo uma possibilidade para a educação feminina em Atenas, algo que não pertencia àquela cultura. Uma educação que possa dar conta de todos já era um sonho – e prática – de um mundo antigo. Nos dias atuais, o que fazemos é analisar o que consumimos e se serve para nosso processo de conhecimento. É bom para homens e mulheres? Abrange aspectos étnico-raciais? E as questões de gênero? O pensar filosófico platônico teve seu caráter emancipador e igualitário. Tais anseios do passado vêm ao encontro do que as novas gerações buscam enquanto se esforçam para deixar a caverna da ignorância e buscam a verdadeira luz do lado de fora da caverna. Bibliografia ALTHUSSER, Louis. Sobre a Reprodução. Aparelhos ideológicos do estado. Lisboa/ São Paulo: Editorial Presença Martins Fontes pp. 97-113; 163-170. 1980. ARISTÓTELES. Livro VIII. In: ________. Política. Tradução: Mário da Gama Kury. 2ª Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988. p. 267-285. PLATÃO – A República. 5ª Ed. Tradução: Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 1987. 513 p.