O documento fornece definições médicas de vários termos relacionados ao abdome e condições abdominais, incluindo descrições anatômicas da região abdominal, causas e sintomas de dores abdominais, ferimentos abdominais, abortamento, e tratamentos como cirurgia abdominal e punção abdominal.
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ABASIA. Impossibilidade de caminhar normalmente, devido à falta de
coordenação motora, de causa geralmente psicológica (histeria) ou mais
raramente neurológica.
ABCESSO. Estado infeccioso localizado, levando a acúmulo encapsulado de pus.
As formas mais comuns ocorrem em dente e subcutâneo.
ABDOME. As regiões que fazem parte do abdome chamam-se, da esquerda para a
direita e de alto para baixo: hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo,
flanco direito, região umbilical, flanco esquerdo, fossa ilíaca direita, hipogástrio e
fossa ilíaca esquerda. A cavidade abdominal é separada da cavidade torácica por
um músculo horizontal, o diafragma. O abdome é revestido externamente por uma
parede muscular, onde os músculos (grande oblíquo, pequeno oblíquo, transverso,
grande direito e piramidal) desempenham várias funções: contribuem para a
realização dos movimentos do tronco e da bacia, auxiliam o parto, a bexiga na
micção, o conteúdo intestinal na defecação, o estômago nos vômitos;
desempenham papel essencial em certos movimentos respiratórios específicos
(voz, tosse). O indivíduo que possui uma boa musculatura, a camada de gordura
abdominal é pouco espessa. A cavidade abdominal contém grande número de
órgãos pertencentes ao sistema digestivo (extremidade inferior do esôfago,
estômago, intestino delgado, grosso intestino, fígado, vesícula biliar, pâncreas), ao
sistema circulatório (baço, parte da aorta, veia cava superior, etc.), ao sistema
uro-genital (rins, ureteres, vesículas seminais e próstata, no homem, e ovário,
trompas de Falópio, útero e vagina, na mulher), ao sistema linfático (vasos
quilíferos, cisterna de Pecquet, parte do canal torácico) e todos os nervos
correspondentes. A face interna do abdome e a face externa de todos estes órgãos
são revestidas por membrana finíssima, dobrada em inúmeras pregas,
denominada peritônio. No homem, o abdome é inteiramente fechado, enquanto
que na mulher, o pavilhão das duas trompas representa uma comunicação com o
exterior.
ABDOME AGUDO. Quadro clínico caracterizado pelo conjunto de sintomas
dolorosos abdominais graves que geralmente necessitam de intervenção cirúrgica
urgente. Caracteriza-se por dor abdominal súbita e de grande intensidade. Os
músculos abdominais contraem-se imediatamente em proteção à região atingida,
tornando o ventre extremamente duro, chamado de abdome em tábua. A causa
desta crise é a irritação violenta do peritônio (peritonite) em conseqüência de
inflamação ou infecção (apendicite, por exemplo), ou de perfuração de um vaso ou
órgão (em certos casos de gravidez uterina, úlcera gástrica, etc.).
ABDOME, CIRURGIA DE. Divisão anatômica da técnica cirúrgica que abrange
todas as intervenções praticadas no interior do abdome: retirada de um órgão
infectado (apêndice, vesícula biliar) ou de um tumor (fibroma do útero, drenagem
de pus, abcesso, peritonite), reparação de órgãos nas lesões sofridas por
ferimentos ou rupturas, contenção de hemorragias, correção de defeito congênito,
cesariana, etc. A cirurgia do abdome exige assepsia muito rigorosa, pois esta
região é extremamente sujeita a contaminações. A intervenção é feita sob
anestesia geral. Quanto à extirpação de órgãos, continua-se a considerar operação
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agressiva. Dentre elas, a vesícula biliar pode ser eliminada sem inconveniente.
Pode-se igualmente proceder à retirada do baço, do útero, de um dos rins e, o
estômago inteiro. Pode-se também retirar, sem graves conseqüências, partes do
fígado, do pâncreas, do intestino, etc. Em caso de peritonite, somente a cirurgia
pode salvar o paciente. A peritonite, as perfurações do tubo digestivo, os
ferimentos por armas brancas ou de fogo, certos tipos de câncer, etc., exigem
intervenção cirúrgica imediata, caso contrário, colocam o paciente em risco de
graves infecções.
ABDOME, FERIMENTO DO. Conforme a forma e intensidade do trauma, podem
ser classificados em: não penetrantes (ou contusões) e os penetrantes. Os
primeiros, mais freqüentes, são devidos a queda, golpe violento, trauma (acidente
de automóvel.). Podem ser superficiais ou profundos. As causas dos ferimentos
penetrantes também são numerosas: arma de fogo, arma branca, acidente de
trabalho com instrumento pontiagudo ou cortante, chifrada, etc. Em qualquer das
formas, a gravidade do ferimento depende do grau em que os órgãos internos
foram atingidos. Assim, no caso de lesão do baço, do fígado ou de vasos
importantes, a hemorragia interna resultante exige imediata intervenção cirúrgica.
Geralmente corresponde a quadros graves, a peritonite provocada por substâncias
vindas do exterior (no caso de ferimentos penetrantes) ou do interior, por
contaminação com o conteúdo das vísceras (perfuração do estômago ou do
intestino).
Qualquer ferimento abdominal, independente da intensidade dos sintomas, precisa
de urgente exame médico, com investigação apropriada. Deve-se tomar algumas
precauções: não se deve dar nada ao ferido, nem comida, nem bebida: se a sede
for muito intensa, a única coisa que se pode fazer é umedecer os lábios do
paciente. Se o ferimento é longitudinal, deita-se o indivíduo de costas, bem
estendido, com a cabeça levemente levantada. Se o ferimento é transversal,
também deita-se a pessoa de costas, mas de coxas dobradas sobre o ventre, pois
deste modo, as bordas do ferimento se juntam. Se há demora no atendimento
médico, pode-se cobrir o ferimento com gaze esterilizada ou, na falta, com um
pano bem limpo. O ferimento não perfurante deve sempre ser observado com
atenção, pois há possibilidade de haver lesões internas que se manifestarão muitas
horas após, como a rotura de baço. Torna-se necessário que, mesmo em casos de
contusão de aparência benigna, colocar o indivíduo em repouso e alertar o médico
do mais simples ao sintoma mais intenso, como elevação de temperatura,
aceleração do pulso, náuseas, vômitos, dores crescentes, sudorese, palidez, etc.
ABDOME, PTOSE DO. Flacidez anormal da parede muscular abdominal, que cai,
como um avental, na frente da região abdominal inferior. A ptose abdominal pode
ser causada por acúmulo de gordura na obesidade ou é conseqüência de fraqueza
muscular, secundária a gestações múltiplas.
Para prevenir este tipo de ptose, recomenda-se fortalecer os músculos da parede
abdominal desde a adolescência, por meio de ginástica apropriada. A ginástica dá
bons resultados durante a gravidez e logo depois do parto. Como conseqüência, a
ptose abdominal geralmente vem seguida de ptose dos órgãos internos. Ginástica,
massagem e nos casos mais graves, intervenção cirúrgica, são os meios curativos
indicados. Quando ocorre impedimento de cirurgia, o uso de cinta ou de colete
adequados pode melhorar a aparência desta incômoda deformação.
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ABDOME, PUNÇÃO NO. Operação cirúrgica que consiste em perfurar a parede do
abdome com um instrumento (trocarte) especial. O médico retira assim o líquido
contido na cavidade peritoneal, aliviando o desconforto e fornecendo material para
diagnóstico laboratorial. A intervenção é feita sob anestesia local e não apresenta
nenhum risco, pois é praticada sob rigorosas condições assépticas.
ABDOMINAL, DOR. Pode ser simples mal-estar difuso e suportável, ou crise
violenta, aguda, com cólica acompanhada de sofrimentos atrozes. Geralmente
manifesta-se por dor do tipo cólica, que traduz comprometimento de víscera oca,
como o intestino ou ureteres. São múltiplas as causas de dores no abdome:
distúrbio de peristaltismo em que as contrações dos músculos lisos das paredes
dos intestinos aumentam de forma anormal, perdendo a regularidade e tornando-
se espasmódicas (cólica intestinal); passagem de cálculo nas vias biliares (cólica
hepática) ou nos ureteres (cólica renal); tumores; intoxicações químicas ou
infecção do peritônio (peritonite) e dos órgãos vizinhos (colite, gastrite, nefrite,
etc.).
Caso a dor seja violenta e repetida, se acompanhada de forte mal-estar, vômitos,
náuseas, ou ainda, se o paciente apresentar temperatura, mesmo pouco elevada,
trata-se, sem dúvida, de doença grave, que necessita de exame médico imediato.
O médico ira pesquisar se as dores são difusas ou localizadas, onde se situa
exatamente o foco doloroso, se trata de sensação de queimadura ou de agulhadas
ou de dores espasmódicas, se os gases intestinais são expelidos ou retidos, se o
paciente está com prisão de ventre ou com diarréia. Enquanto se aguarda
assistência, mede-se a temperatura do doente que deve permanecer deitado, com
uma bolsa de água quente sobre o ventre, sem ingerir nada, nem mesmo
remédios e calmantes, que podem prejudicar o correto diagnóstico. Muito
importante: nunca ministrar laxativos ou analgésicos potentes que possam
mascarar o quadro e dificultar o diagnóstico.
ABDUÇÃO. Movimento de abertura ou afastamento de um membro, ou de parte
do corpo, em relação ao seu eixo.
ABDUTOR. Qualquer músculo que executa o movimento de abdução.
ABELHA, PICADA DE. Abelha é inseto da ordem dos himenópteros e da família
Apoidea. Suas espécies são, em maioria, munidas de ferrão. Ao atingir alguém, a
abelha deixa o ferrão cravado na vítima. Com o ferrão, fica também a glândula
secretora de veneno. Assim, o ato de friccionar o local da picada faz com que
maior quantidade de veneno seja injetado. Os efeitos do veneno, de composição
complexa, variam muito, ou em conformidade com a quantidade de picadas, ou
com a sensibilidade da vítima. Para a maioria das pessoas a picada causa apenas
dor, mas, para outras, pode trazer grave manifestação alérgica. Nos casos
benignos, os danos limitam-se ao local atacado, que fica dolorido e inchado. Nos
mais graves, quando o indivíduo é alérgico ao veneno, aparecem manifestações
como fraqueza, tonturas, náusea, vômitos, suores frios, contrações musculares
involuntárias e dores de cabeça violentas. Tais efeitos costumam desaparecer
naturalmente, depois que o veneno é inativado no fígado e excretado pelos rins. O
uso de medicamentos, como antialérgicos ou corticóides pode ser recomendado.
Deve-se retirar o ferrão e combater a ação local do veneno. Isso se consegue,
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usando-se creme ou pomada que contenha substâncias anti-histamínicas. Os casos
graves, por orientação médica, poderão necessitar aplicação de adrenalina (1 mg)
por via subcutânea e hidrocortisona. Nos casos graves, a reação pode levar ao
choque anafilático e eventualmente à morte.
ABLAÇÃO. Ação de retirar cirurgicamente uma parte do corpo, órgão ou membro,
devido a malformação, infecção ou tumor. Denomina-se também ablação, a
técnica utilizada com radiofrequência para destruir estruturas do coração que
provocam arritmias graves.
ABORTAMENTO. Considera-se como abortamento, a interrupção da gravidez
antes da viabilidade fetal, ou seja, antes da 28ª semana. Diz-se que o aborto é
precoce quando surge até à 20 ª semana e o peso do feto não excede 400 g;
tardio, da 20ª à 28ª semana, oscilando o peso entre 400g e 1000g. O abortamento
pode ser espontâneo ou provocado.
Abortamento espontâneo. As suas principais causas podem ser deduzidas,
entendendo-se que as condições indispensáveis ao desenvolvimento normal de
uma gravidez não sejam atendidas: a) anormalidade no ovo proveniente de dois
gametas; b) útero incapaz de proporcionar ambiente favorável para a implantação
ovular; c) organismo materno apresentando doença capaz de prejudicar o produto
da concepção; e d) presença de desequilíbrio hormonal. Sempre que ocorram
qualquer uma destas situações, o abortamento, como conseqüência, poderá
acontecer. Nos dois primeiros meses, o ovo é ainda pequeno e a sua expulsão,
geralmente em bloco, é acompanhada de perda sanguínea que poderá não ser
maior que a de uma menstruação normal. Do 3° para o 4° mês, o ovo já é mais
volumoso e ocupa quase toda a cavidade uterina, portanto a sua efetivação tem de
ser feita às custas de contrações uterinas intensas, dolorosas, e as hemorragias
são, em regra, mais significativas. Quando a expulsão do feto for incompleta,
métodos auxiliares podem ser utilizados para a retirada do restante, como a
sucção, curetagem, injeção de soro fisiológico na cavidade uterina,
prostaglandinas, etc. Nos abortos do 5° e 6° meses, o mecanismo de expulsão é
idêntico ao de um parto em pequenas proporções. Quando o feto morre e fica
retido no útero por longo tempo, o abortamento diz-se frustrado ou retido. As mais
freqüentes complicações do aborto são as hemorragias, a retenção ovular parcial e
a infecção. A primeira coisa a ser feita é prevenir todos os riscos que possam
ocasionar aborto espontâneo. Este cuidado deve ser tomado sobretudo pelas
futuras mães que já tenham abortado. E necessário, pois, desde o começo da
gravidez, um atendimento regular pré-natal, a fim de que possam ser tratadas a
tempo, as causas capazes de favorecer o aborto. Em caso de ameaça, o médico
aconselhará repouso absoluto à paciente. Especialmente em caso de abundante
hemorragia, a doente será levada imediatamente para uma unidade hospitalar,
onde receberá prontamente todos os cuidados necessários, nas melhores
condições possíveis, como eventual curetagem, transfusão de sangue, etc.
Aborto provocado. Pode ser executado com fins terapêuticos ou criminosos.
Aborto terapêutico é aquele que é provocado em determinados casos em que o
desenvolvimento do feto ou o parto podem colocar a mulher em risco de vida.
Criminoso é o aborto que é provocado com o objetivo único de retirar o feto e não
para atender às condições de saúde da gestante. Neste último caso, empregam-se
drogas como a prostaglandina (Cytotec) que levam o útero a contrair expulsando o
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embrião, ou passagem instrumental, de objeto cirúrgico ou improvisado, pelo colo
do útero, o que também provoca contrações intensas do útero. Esta última
condição pode ser responsável por graves infecções e esterilidade da mulher, e
ainda, por morte por septicemia. A legislação brasileira considera o abortamento
provocado como um ato criminoso, sendo eventualmente permitido apenas em
caso de estupro ou em risco de vida materno. Em alguns países, é utilizada a
droga chamada mifepristona, que é considerada um abortivo, já que, sua ação
reside no fato de impedir a implantação do óvulo fecundado.
ABRASÃO. Eliminação de resíduos de epitélios das mucosas ou partes lesadas,
ulceradas de um osso, da pele, da córnea, etc., por raspagem.
ABREUGRAFIA. Método de exame radiológico criado pelo médico brasileiro
Manuel de Abreu. Descoberto em 1936, caracteriza-se pela conjugação de dois
elementos básicos: a roentgenfotografia (combinação de fotografia e raios de
Roentgen ou raios X) e fluorografia (impressão da imagem obtida na placa
fluorescente da radioscopia). A abreugrafia consiste na fotografia em 35mm,
70mm ou 100mm do écran fluoroscópico, possibilitando o exame do tórax em
grande escala, em curto período de tempo, sem risco de exposição demorada aos
raios X.
ABRUPÇÃO. Fratura transversal de um osso, ao redor da articulação, com
superfícies desiguais e irregulares.
ABSORÇÃO. Diz respeito ao caso particular de substâncias exteriores ao
organismo, que nele são introduzidas e que, depois de terem ultrapassado todas
as barreiras que se lhes deparam (intestino, pele), passam para o interior das
células, onde irão exercer ação terapêutica ou danosa.
ABSORVENTE. Toda substância ou material que tem a propriedade de absorver. O
absorvente geralmente é usado externamente (tratamento de queimaduras,
doenças da pele, etc.).
ABSTINÊNCIA. Ação de privar-se de certas vontades. Pode abster-se de ingerir
álcool, de fumar, de usar drogas, de comer carne, de ter relações sexuais, etc.
ABULIA. Ausência ou diminuição da vontade, em geral de caráter patológico. A
abulia pode surgir na maioria das doenças mentais, principalmente na depressão.
ACANTOSE. Doença da pele que se caracteriza pelo aspecto rugoso da epiderme
com papilomas esparsos e pigmentação escura.
ACARÍASE. Designação comum das doenças provocadas pelos ácaros nos homens
e nos animais.
ACARICIDA. Pesticida eficaz no combate aos ácaros.
ÁCARO. Aracnídeo parasita do homem, de pequeno tamanho, pertencente à
ordem acarina. Tem vida livre ou parasitária e está disseminado em todos
ambientes.
ACESSO DELIRANTE. Manifestações clínicas psicóticas em que idéias delirantes
(místicas, persecutórias, eróticas, megalomaníacas) assumem o primeiro plano,
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em meio a elementos de confusão mental, distúrbios oníricos, distúrbios de
comportamento (anormalidades da deambulação, fugas, reações agressivas). Tais
manifestações são freqüentes em doenças psicóticas como a esquizofrenia e
psicose maníaco depressiva.
ACETÁBULO. Cavidade do osso ilíaco, onde se articula a cabeça do fêmur.
ACÉTICO, ÁCIDO. Substância incolor, ácida, de ponto de fusão situado a 17ºC.
Largamente usado para fins domésticos como vinagre, solução a 7%. O azedume
do vinho nada mais é que sua transformação em ácido acético, realizada por um
minúsculo cogumelo (Micoderma aceti). O ácido acético concentrado é muito
cáustico e por isso utilizado na cauterização de verrugas. A ingestão de ácido puro
ou pouco diluído causa queimaduras profundas nas mucosas da boca e do esôfago.
O paciente deve beber grande quantidade de água para diluir o ácido.
Contrariamente ao que se poderia pensar, é perigoso neutralizar o ácido acético
com bicarbonato de sódio. A reação entre as duas substâncias produz grande
quantidade de gás que provoca dilatação do estômago. A assistência é dirigida a
fazer lavagem de estômago e administração posterior de alcalinos para neutralizar
o ácido.
ACETILCOLINA. Substância transmissora de impulsos nervosos no sistema
nervoso central, nos gânglios e na transição entre os nervos e os músculos e
também na extremidade de terminações nervosas em certos órgãos. Pela da sua
propriedade de transmitir estímulos, é também chamada ―substância
transmissora‖, liberada durante os impulsos nervosos. O seu efeito é de curta
duração, em virtude da presença de uma enzima, a colesterinase, que a desdobra
em ácido acético e colina.
ACETILSALICÍLICO, ÁCIDO. Substância popularmente conhecida pelo nome
registrado de aspirina. Combate dores de cabeça, dores nevrálgicas, febres
causadas por infecção ou resfriados. É também usado contra a gota e dores
reumáticas e articulares, diminuindo-as e eliminando-as provisoriamente. A este
respeito, convém notar que o ácido acetilsalicílico não tem efeito nenhum sobre a
causa da doença. Baixar a febre causada por infecção não quer dizer curar a
infecção. Não se deve deixar este remédio ao alcance de crianças pois é tóxico. O
uso indiscriminado pode provocar complicações como gastrites e hemorragias no
estômago. Pode ocorrer alergia ao salicilato. Trata-se do medicamento de maior
uso no mundo.
ACETONA. Líquido incolor, inflamável, volátil, de odor agradável, miscível com
água, álcool, éter e clorofôrmio, é a mais simples e importante das cetonas. É
usada em sínteses de outros compostos como solvente em geral, mais
especialmente do acetato de celulose, pinturas e lacas. Também em preparação de
resinas, fibras, produtos farmacêuticos e, em eletrônica, como agente de limpeza e
secagem. A acetona aparece no organismo quando este é incapaz de metabolizar
os glicídios (açúcares). Quantidades consideráveis de corpos cetônicos passam
então para o sangue e dele para a urina (acetonúria). O caso mais comum é o do
diabético. Entretanto, observa-se também a presença de corpos cetônicos no
sangue e na urina, por ocasião de jejum prolongado, de febre intensa e violenta e
numa afecção própria da infância, geralmente benigna, em que o hálito e os
vômitos têm cheiro de acetona.
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ACICLOVIR. medicamente antiviral, eficaz contra o herpes simples e
citomegalovírus.
ACIDENTE. Acontecimento fortuito que surge quer no estado hígido, quer no
decurso de uma doença, determinando lesões orgânicas ou agravando outras já
existentes.
Acidentes terapêuticos. Complicações resultantes da utilização de
medicamentos, seja por dose excessiva, alergia, efeito colateral ou interação com
outros medicamentos.
Acidente vascular cerebral. Lesão do cérebro que surge como intercorrência de
outra doença, por exemplo, rotura de aneurisma cerebral, aterosclerose de
carótidas e ramos ou embolia de trombo localizado em coração ou Aorta.
Acidente vascular. Lesão no sistema circulatório que surge inesperadamente
(trombose, embolia).
Acidente elétrico. Lesões provocadas pela passagem de corrente elétrica
(queimadura, choque, etc.).
Acidente ofídico. Lesões provocadas por picadura de cobra venenosa, podendo
fazer graves lesões de pele e lesões renais; tem terapia específica por soro.
Acidente Peçonhento: . Termo que indica o estado mórbido ou o agravo clínico
determinado pela inoculação de peçonha num organismo por um animal.
ACIDEZ, GRAU DE. Nível de concentração de ácido ou, mais exatamente, em íons
de hidrogênio (H+
). O suco gástrico representa o grau mais elevado de acidez:
5,69g de ácido clorídrico por litro. A azia, sensação de queimadura no estômago e
vias superiores do aparelho digestivo, nada mais é que excessiva secreção de
ácido clorídrico, em outras palavras, uma hiperacidez. Existe o contrário, a
hipoacidez, isto é, diminuição de suco gástrico. Freqüente nos velhos, podendo
evoluir até o desaparecimento completo de ácido clorídrico no estômago, ou
acloridria.
ÁCIDO. Todo composto que tem hidrogênio substituível por metais para formar
sais. A quase totalidade dos ácidos são solúveis em água, têm sabor forte e
avermelham o papel de tornassol. Grande número deles são prejudiciais ao
organismo em estado puro, ou em solução concentrada. Em contraposição, certos
ácidos, na maior parte orgânicos, constituem parte essencial da matéria viva:
ácidos graxos, aminoácidos, nucléicos, etc. Outros são utilizados como
medicamentos: ácido ascórbico, ácido acetilsalicílico, etc. Quase todos os ácidos
são altamente cáusticos, sobretudo em estado puro. Queimam e destroem
profundamente os tecidos. Em caso de contato do ácido com o olho, deve-se
colocar o indivíduo sob uma torneira aberta, mas de pressão de água fraca,
recebendo a corrente no olho conservado aberto. Jamais se deve neutralizar a
ação do ácido por intermédio de uma solução básica instilada diretamente no olho
ou mucosas. Se a queimadura se localizar na pele, ou em mucosas, deve-se
também lavar a região com muita água, para diminuir a concentração e, portanto,
a causticidade. Em casos de ingestão de ácido, os sintomas e sinais são bem
característicos: queimaduras, dos lábios, mucosas da boca, faringe, esôfago,
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estômago e, às vezes, até dos intestinos: as dores internas são intensas; quase
sempre aparece um edema; vômitos repetidos de líquido ácido e, ás vezes,
marrom. Deve-se descrever exatamente os sintomas ao médico. A orientação será
em dar muita água ao doente para diluir o ácido e, para neutralizar, carbonato de
magnésio ou carbonato de cálcio. É preciso cuidar o mais possível que o doente
faça o mínimo de esforço ao vomitar, pois contrações violentas podem provocar
rompimento ou perfuração dos órgãos queimados.
- ÁCIDO RETINÓICO 9-CIS. droga chamada retinóide, atualmente em estudos
para uso em prevenção de tumores.
ÁCIDO GRAXO. Ácidos orgânicos que fazem parte da composição das gorduras ou
lipídeos. Entre os ácidos graxos naturais, convém citar os ácidos butírico, capróico,
oleico, linoleico, palmítico, esteárico, araquidônico. Nas gorduras do corpo
humano, encontram-se principalmente os ácidos palmítico e esteárico. O ácido
oléico é o mais encontrado em todas as gorduras vegetais. Certos ácidos graxos
devem, obrigatoriamente, fazer parte da alimentação, pois o organismo humano é
incapaz de sintetizá-los. São os ácidos graxos poli-insaturados (ácidos linoleico,
linolênico e araquidônico) encontrados, sobretudo, em óleos e gorduras vegetais e
atualmente sob forma de medicamentos. Enquanto os ácidos graxos saturados
aumentam a assimilação do colesterol ao nível do intestino, os ácidos graxos poli-
insaturados a diminuem e além disso favorecem sua eliminação pela bile.
ÁCIDO HIALURÔNICO: substância utilizada em cirurgia plástica, com objetivo de
eliminar rugas.
ÁCIDO LISÉRGICO, DIETILAMIDA. Substância tóxica, usada como droga ilícita,
capaz de provocar quadros alucinatórios graves, conhecida como LSD.
ACIDOSE. Diminuição da reserva alcalina do sangue provocada pelo aumento dos
ácidos no organismo. Habitualmente causada pelos corpos cetônicos (ácido
acético, acetona, ácido beta-oxibutírico) na diabetes, e, em certas doenças do
fígado e do rim e nos estados de fome ou desidratação.
ACINESIA. Diminuição ou desaparecimento dos movimentos espontâneos e
automáticos, e lentidão dos movimentos voluntários, independente de qualquer
lesão da via motora principal. Representa um dos elementos fundamentais da
doença ou mal de Parkinson e alcança o máximo no mutismo acinético. Diz-se
também, da perda de contratilidade de segmento cardíaco após infarto do
miocárdio.
ACITRETINA. droga retinóide, que pode ser utilizada na prevenção de tumores ou
tratamento da psoríase.
ACLIMATAÇÃO. Adaptação física e psíquica do organismo humano a um novo
ambiente. Os fatores que entram em jogo são múltiplos: altitude, temperatura,
umidade, etc. Um indivíduo que passa, de repente, da planície para a montanha,
ou de clima temperado para tropical, sofrerá alterações funcionais do organismo
durante certo tempo, até que reencontre o equilíbrio biológico. A mudança de
altitude, devido ao oxigênio rarefeito, interfere sobretudo na respiração e na
circulação (promove aumento dos glóbulos vermelhos), enquanto a diferença de
temperatura e de umidade repercutem principalmente nas funções termo-
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reguladoras, isto é, no conjunto de funções próprias a manter o equilíbrio da
temperatura do corpo (glândulas sudoríparas, respiração, etc.). Os sistemas
nervoso e hormonal sofrem também alterações durante um espaço de tempo
variável de acordo com o indivíduo e as mudanças climáticas.
ACLORIDRIA. Ausência de ácido clorídrico no suco gástrico de que normalmente
faz parte integrante. Comum nos idosos, e em jovens pode ser sinal de doença
estomacal ou de anemia perniciosa.
ACNE. Termo que serve para designar um conjunto de erupções cutâneas de
etiologia diversa e ainda mal definida e que têm como ponto de partida uma
alteração das glândulas sebáceas, que em regra evoluem para foliculites
supuradas.
ACNE JUVENIL (vulgar). Afecção própria dos adolescentes, durante a
puberdade. As glândulas sebáceas tornam-se por demais ativas e o sebo em
excesso aumenta intensamente a oleosidade da pele. Chega um ponto em que a
produção de gordura é tal que obstrui as próprias glândulas; formam-se pontos
pretos (cravos), onde a glândula pode infeccionar-se; aparecem, então, pontos
vermelhos, que se tornam brancos e depois se abrem para escoamento do pus.
Geralmente, as espinhas desaparecem sem deixar sinal. Frequentemente a
eliminação do pus se torna impossível devido à completa obstrução da glândula. As
espinhas então desenvolvem-se, inflamam-se, endurecem e formam pústulas
(foliculites) dolorosas e pouco estéticas. Se a acne pustulosa não é bem tratada
provavelmente deixará feias cicatrizes. A acne juvenil ataca cerca de 90 por cento
dos adolescentes entre doze e dezoito anos, desaparecendo na idade adulta.
Localiza-se naturalmente nas regiões em que as glândulas sebáceas são mais
numerosas, isto é, em primeiro lugar, no rosto, nas costas e no peito. As causas
são múltiplas e complexas: ligeiro desequilíbrio hormonal devido à produção
crescente de andrógenos; regime alimentar muito rico em gordura animal e
desequilibrado; tendência à seborréia, etc. Como prevenção da acne sugere-se a
higiene adequada da pele, banhos de sol, exercícios ao ar livre, alimentação sadia
com exclusão de excessos de gorduras e óleos (manteiga, toucinho, nozes, queijo,
leite integral), pimenta, álcool, café, fumo, chocolate, sobremesas muito
substanciais e gordurosas, etc. Se mesmo assim a acne surgir, deve-se consultar
um dermatologista. Conforme a gravidade, as prescrições variam entre banhos de
raios ultravioletas, vitamina A, sabonetes medicinais específicos e até
medicamentos de uso interno. Não espremer a acne, pois há risco de infecções
secundárias.
ACNE ROSÁCEA. Ao contrário da acne juvenil com a qual nada tem em comum,
esta afecção não se manifesta no adolescente e sim no adulto em vias de
envelhecimento. Caracteriza-se por vermelhidão, seguida de congestão dos vasos,
ao nível das maçãs do rosto e do nariz, muitas vezes com alteração das glândulas
sebáceas.
ACOLIA. Redução acentuada da secreção biliar. Quando a bile segregada é
desprovida de pigmentos, diz-se que há acolia pigmentar que é um dos sintomas
digestivos da síndrome da insuficiência hepática das cirroses ou obstrução de
condutos biliares que se observa em tumores, como o de pâncreas. Quando há
acolia, as fezes são claras, descoradas, podendo, no entanto, ser escuras depois
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de refeições em que entrem espinafres ou carnes.
ACOMODAÇÃO VISUAL. Mecanismo fisiológico que permite ao órgão visual
adaptação suficiente para uma visão nítida a diversas distâncias. Essa função é
realizada pelo cristalino, que atua como uma lente e pelos músculos ciliares.
ACONDROPLASIA. Doença hereditária e congênita causada por anomalia de
funcionamento nas glândulas endócrinas. Caracteriza-se por ossificação prematura
das cartilagens de conjugação levando ao nanismo. O indivíduo torna-se um anão
micromélico, isto é, um anão cujos membros são muito pequenos em relação à
cabeça e ao tronco que, tendo-se desenvolvido normalmente, dão a impressão de
serem enormes.
ACONITINA. Alcalóide do acônito. Substância extremamente tóxica, que pode
causar envenenamentos mortais. Em farmácia, sob forma granulada, é usada
exclusivamente, ou quase, contra nevralgias faciais do trigêmio. Sintomas da
intoxicação são muito característicos: formigamentos e picadas na língua, boca,
faringe, distúrbios respiratórios, visuais, auditivos, da sensibilidade táctil, ligeira
paralisia dos membros inferiores, síncope, angústia, e asfixia.
Em Pronto Socorro, deverá ser feita uma lavagem; cuidados respiratórios podem
ser necessários.
ACROCEFALIA. Defeito de formação da caixa craniana. A cabeça é achatada
lateralmente, a testa muito levantada e a região occipital esta alongada para o
alto, onde o conjunto apresenta um tronco de cone irregular. Esta anomalia é
causada pela ossificação prematura das suturas entre certos ossos cranianos. A
acrocefalia pode ocasionar distúrbios de visão que começam geralmente no fim do
primeiro ano de vida. Os olhos são exorbitantes e o nervo ótico pode ser lesado
pela pressão anormal dos ossos cranianos. Feito o diagnóstico, o médico poderá
indicar intervenção cirúrgica, para descomprimir as meninges e, deste modo,
evitar a cegueira.
ACROCIANOSE. Cianose, ou coloração violácea da pele, restrita às extremidades,
em conseqüência de deficiência circulatória localizada.
ACRODINIA. Doença da primeira infância, que se admite ser é causada por
infecção do sistema nervoso, atribuída, às vezes, a um vírus ainda desconhecido.
O início desta infecção passa, em geral, despercebida. A doença é curada
espontaneamente em alguns meses, na maioria das vezes sem deixar nenhuma
seqüela.
ACROFOBIA. Temor mórbido pelas grandes alturas, muitas vezes fazendo parte
da síndrome do pânico.
ACROMATOPSIA. Estado patológico da visão no qual o indivíduo não possui
capacidade de distinguir as cores devido a escassez de cones na retina, sendo
sensível à presença de luminosidade.
ACROMEGALIA. Afecção caracterizada por gigantismo, com aumento anormal da
dimensão dos pés, mãos, lábios, narinas, maçãs do rosto, arcadas superciliares,
língua e mandíbula inferior. Aparece geralmente depois da puberdade e sua
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evolução é muito lenta. A causa é um tumor no lobo anterior da hipófise (adenoma
das células eosinófilas) cuja secreção muito abundante perturba o equilíbrio
hormonal. A critério médico, o tumor poderá ser extirpado por via cirúrgica ou
destruído por aplicação de radioterapia.
ACROMIA. Falta de coloração normal da pele e, em geral, ausência de cor em
qualquer parte ou elemento.
ACROMIO. Apófise da extremidade externa da espinha da omoplata, que, no
homem, se articula com a clavícula.
ACROPARESTESIA. Síndrome caracterizada por sensação de adormecimento, nas
extremidades dos membros, sobretudo nas mãos. Sobrevem periodicamente,
quase sempre durante a noite. As acroparestesias noturnas das mãos, freqüentes
em mulheres com mais de quarenta anos, são habitualmente conseqüência da
compressão do nervo mediano, no túnel carpiano.
ACTH. Abreviação da expressão inglesa para ―hormônio adrenocorticotrópico‖.
Hormônio de natureza protéica, produzido pelo lóbulo anterior da hipófise.
Encontrado ainda em urina de mulher e no soro sangüíneo de fêmeas grávidas.
Extraído da hipófise de suínos, ovinos e bovinos. Forma pó branco, solúvel na
água. Foi usado como estimulante da córtex adrenal, como anti-alérgico e no
tratamento da bronquite asmática e das artropatias causadas por colagenoses.
Hoje, devido à produção de modernos corticosteróides, está em desuso.
ACTINOMICOSE. Micose que ocorre mais frequentemente em área rural,
geralmente localizada ao nível da boca, do lado da mandíbula inferior. Pode,
entretanto, atacar outros órgãos, sobretudo os pulmões. É causada por fungos,
parasitas microscópicos, os actinomicetos, que se aglomeram nos tecidos,
organizados em colônias, grãos amarelos, visíveis a olho nu. Parasitam
abundantemente em numerosas plantas, também em animais domésticos como
cavalo, boi e porco; fazem até parte normal da flora bucal do homem;
acidentalmente penetram nos tecidos, através de um ferimento ou de uma cárie
dentária. Verificam-se, então, ao nível da boca, nódulos cujo pus se escoa às vezes
pelo canal de uma fistula. Se a actinomicose se localiza nos pulmões, o paciente
sofre de tosse crônica e os escarros contém grãos amarelos repletos do parasita.
Prevenir a doença, evitando levar à boca hastes de capim, espigas de cereais,
sobretudo em caso de cáries dentárias ou ferimentos bucais. O tratamento
recomendado pelo médico varia de acordo com a gravidade e a localização. Nas
formas mais freqüentes, utiliza-se antifúngicos para o tratamento básico.
AÇÚCAR. Substância orgânica pertencente ao grupo dos hidratos de carbono. O
açúcar constitui a mais poderosa fonte de energia da matéria viva; por
metabolismo aeróbio, produz as calorias de que o organismo necessita para
assegurar suas funções vitais. A sacarose, ou açúcar alimentar, que provém da
cana de açúcar e de numerosas outras plantas, principalmente a beterraba, é uma
combinação de glicose e de frutose. O açúcar mais usado em nosso meio é o
açúcar de cana, servindo para adoçar os alimentos e constituindo excelente
processo de conservação (doces cristalizados). Do ponto de vista estritamente
dietético, entretanto, trata-se de alimento incompleto que só fornece calorias.
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ACUPUNTURA: método terapêutico chinês, que tem por base, a introdução de
pequenas agulhas, em pontos geograficamente determinados, com finalidade de
tratamento de dores, tratamento de várias doenças e promoção de anestesia
cirúrgica.
ACUPRESSÃO: utilização de pressão localizada sobre uma região anatômica, na
forma de massagem ou simples compressão, como um método de tratamento de
dor, náusea ou para bloqueio de um sangramento.
ACÚSTICO, APARELHO. Aparelho que capta e amplifica as vibrações sonoras,
com a finalidade de melhorar certos casos de surdez. Atualmente, os aparelhos são
minúsculos amplificadores transistorizados. São colocados no conduto auditivo
externo, quando a transmissão das vibrações sonoras ainda pode ser feita através
do ouvido externo e do ouvido médio. Em caso contrário, é aplicado atrás do
pavilhão da orelha, sobre o mastóide, e as vibrações sonoras são transmitidas por
via óssea ao ouvido interno. Antes de adquirir um aparelho acústico é necessário
consultar um especialista, pois a escolha do aparelho depende da natureza e do
grau de surdez. É aconselhável também não esperar o estado de completa surdez;
a presença de um pouco de audição torna mais fácil a adaptação ao aparelho.
ADAPTÓGENO substância geralmente fitoterápica, que possui a capacidade de
estimular uma resistência específica, promovendo diminuição do impacto de stress
sobre o organismo, facilitando o organismo 'a adaptação diante das agressões
ocorridas no meio ambiente.
ADDISON, DOENÇA DE. Moléstia causada geralmente por tuberculose das
glândulas supra-renais. O doente emagrece, cansa-se com facilidade, fica
deprimido; a pressão arterial cai sensivelmente; mas o sintoma mais característico
é a melanodermia, ou coloração bronzeada da pele e das mucosas. A deficiência
das supra-renais leva a um desequilíbrio hormonal muito grave, cuja conseqüência
mais séria é, sem dúvida, a diminuição da taxa de sódio (hiponatremia) e aumento
do teor de potássio (hipercalemia) no sangue. Com efeito, a relação entre estas
duas substâncias é regulada pelos hormônios segregados pelo córtex das glândulas
supra-renais (hormônios córtico-supra-renais). O tratamento médico implica no
uso de hormônios que devem suprir a falta do organismo doente (cortisona,
hidrocortisona e, ás vezes, desoxicorticosterona), além disso, a alimentação deve
ser rica em sal de cozinha, (cloreto de sódio). Esta doença torna-se cada vez mais
rara, graças a eficácia dos tratamentos antituberculosos.
ADENITE. Inflamação de gânglios linfáticos. Como estes estão espalhados por
todo o corpo, a adenite pode manifestar-se em qualquer parte. Há regiões onde
eles se encontram em maior quantidade; aí a doença se revela com mais
freqüência, como, por exemplo, no pescoço, na axila e na virilha. A adenite pode
ser aguda ou crônica. As causas da adenite aguda são várias: infecções da pele,
úlceras, picadas, feridas, contusões. A adenite crônica resulta, às vezes, da
repetição de adenites agudas ou subagudas.
ADENOCARCINOMA. Tumor maligno desenvolvido à custa de tecido glandular
glandular. Os mais freqüentes são os da glândula mamária, estômago, próstata e
do útero.
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ADENÓIDE, ASPECTO. Constituição característica da forma do rosto de uma
criança que sofre de vegetações adenóides: nariz achatado transversalmente;
olhos ligeiramente fora das órbitas, sem expressão; pregas laterais da face
apagadas; lábio superior diminuído mostrando os dentes; boca sempre entreaberta
dando ao rosto um ar abobalhado; voz nasalada.
ADENÓIDES, VEGETAÇÕES. Tumor benigno do tecido ganglionar, situado na
parte posterior do nariz (hipertrofia da amígdala faríngea). A infecção deste tecido
pode provocar a sinusite e fechar o orifício da trompa de Eustáquio, fato que
acarreta diminuição da audição, pois o ar não pode mais passar para o ouvido
médio. Já seu inchaço ocasiona dificuldade na respiração, de modo que o indivíduo
passa a respirar de boca aberta. As vegetações adenóides vão diminuindo suas
conseqüências através da idade, o que não acontece com as amígdalas palatinas
(hipertrofia da amígdala faríngea). Quando as vegetações adenóides dificultam a
respiração, devem ser extirpadas por cirurgia. É uma pequena operação, simples,
chamada adenotomia e que se faz geralmente com anestesia local, geralmente não
havendo necessidade de hospitalização. A adenoidectomia dura menos de meia
hora. Em geral, a criança pode voltar à atividade normal dentro de pouco tempo.
ADENOMA. Tumor benigno formado por elementos glandulares que proliferam
abundantemente, conservando sua estrutura normal. Os adenomas mais
freqüentes são os da mama e próstata.
ADENOMIOMA. Tumor misto com características de adenoma e mioma (tecido
muscular).
ADENOPATIA. Hipertrofia dos gânglios linfáticos. Estes gânglios que drenam a
linfa e funcionam como filtros; pode ser secundária a doença própria dos linfáticos,
infecção (geralmente dolorosa) ou por disseminação de tumor (metástase).
ADERÊNCIA. Fixação anormal entre tecidos diversos, geralmente em cavidade
abdominal, que ocorre muitas vezes na cicatrização de um corte cirúrgico,
frequentemente provocando dores abdominais e até obstrução de vísceras ocas,
como o intestino.
ADIADOCOCINESIA. Incapacidade de realizar movimentos normais alternados. É
testada pela prova "de marionetes", em relação aos membros superiores e por
pedalagem, em relação aos membros inferiores. Na ausência de deficiência
motora, é sintoma de distúrbios do cerebelo ou da sensibilidade profunda. Agrava-
se pela oclusão do olho. Todos os distúrbios motores podem ocasioná-la.
ADENOVIRUS. grupo de vírus que causam doenças infecciosas agudas em
glândulas de vias aéreas superiores e conjuntiva, causando resfriados comuns;
estes microrganismo podem ser utilizados em tratamento de tumores, onde por
modificação genética, adquirem a capacidade de lesar especificamente células
tumorais.
ADINAMIA. Redução da força muscular. Depressão física e moral com debilitação
muscular. Frequentemente acompanha as doenças crônicas como câncer, infecções
crônicas e colagenoses.
ADIPOSE. Aumento, em regra patológico do acúmulo de gorduras no tecido
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conjuntivo difuso, com produção de lipomas mais ou menos circunscritos.
ADIPOSE DOLOROSA. Afecção caracterizada por deposição simétrica de gordura
acompanhada de dor, astenia e sintomas psíquicos. É mais comum na mulher na
época da menopausa.
ADIPOSIDADE. Ver obesidade.
ADIPOSÚRIA. Presença de gordura na urina.
ADIPSIA. Define-se como a falta de sede de certos indivíduos, que podem estar
muito tempo sem ingerir líquidos. A adipsia encontra-se também entre alguns
alienados (melancólicos, confusos, dementes, etc.).
ADITIVO. Substância química adicionada aos alimentos com fins de conservação,
como aromatizante ou corante, aumentando o tempo de duração do alimento.
Alguns destes produtos são colocados como suspeitos de desencadeamento de
neoplasias.
ADJUVANTE. Substância que, em uma fórmula, é associada ao medicamento
principal para auxiliar ou potencializar seu efeito.
ADOLESCÊNCIA. Período de vida entre a infância e a idade adulta. Os limites,
convencionais, da adolescência são: de 12 a 21 anos para o sexo feminino e de 13
a 22 anos para o sexo masculino. Corresponde, do ponto de vista biológico, à
entrada na puberdade e ao final do crescimento; representando, sob o ponto de
vista psicológico, uma realidade específica, quer afetiva, quer seja no domínio da
inteligência ou de iniciação profissional.
ADRENALINA. Hormônio similar a noradrenalina e que, tal como esta, é formada
na medular da glândula supra-renal. Atua como agente vasoconstritor e, desta
maneira, aumenta a pressão sanguínea, acelera o ritmo cardíaco, alimenta o
metabolismo, etc. Tais sintomas são semelhantes aos que se obtêm por excitação
do simpático. A adrenalina é usada com várias finalidades, por exemplo, no
tratamento da asma, nas síncopes, nos choques anafiláticos e na anestesia, como
agente vasoconstritor que se adiciona aos anestésicos locais. A sua produção no
organismo é aumentada por condições de estresse.
ADRENÉRGICO. Diz-se das fibras nervosas do sistema neurovegetativo cujas
terminações agem pela liberação da adrenalina ou de noradrenalina, ou da
resposta de algum medicamento, similar ao efeito da adrenalina.
ADSTRINGENTE. Substâncias dotadas de ação precipitante sobre as proteínas e
que, devido a sua fraca penetrabilidade, atuam apenas sobre as células
superficiais, formando uma camada protetora de proteína coagulada. A
permeabilidade celular é reduzida por ação de substâncias deste tipo, as quais têm
sido usadas como medicamento de ação local. Entre os adstringentes mais usados
citam-se o ácido tânico ou tanino, os sais de metais pesados, como o sub-acetato
de chumbo, o alúmen, o sulfato de zinco, o sulfato de cobre, etc.
ADUÇÃO. Movimento que leva um membro ou uma parte do mesmo a aproximar-
se do eixo imaginário médio do corpo. É o contrário de abdução.
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ADUTOR. Músculo estriado ou nervo cuja função básica é a adução.
AEDES. Gênero de mosquitos (pernilongos) cosmopolitas, cuja espécie mais
importante é a Aedes aegypti (pernilongo rajado), transmissora da febre amarela e
dengue. A sua ocorrência geralmente é silvestre, porém pode invadir áreas
urbanas e desenvolver-se, utilizando como criadouro, recipientes com águas
paradas, como vasos, latas, pneus abandonados, etc.; sua presença em áreas
urbanas e seu grau de contaminação pelos vírus da febre amarela e dengue é
monitorada pelo Ministério da Saúde.
AERAÇÃO. Renovação do ar em espaço fechado. A aeração é fator importante sob
o ponto de vista de conforto e de saúde. Todos os cômodos de uma moradia
devem ser regularmente ventilados para evitar a estagnação do ar viciado. A
aeração é sobretudo indispensável no quarto de doentes, salas de aula, cinemas,
teatros, restaurantes, lugares de reuniões, usinas, minas, etc. A insuficiência de
aeração é uma das principais facilitadores de transmissibilidade de infecções virais
e bacterianas.
AERÓBICO. Processo metabólico que ocorre com o uso de oxigênio, gerando
energia. O termo define também a forma de exercício de contração alternada de
músculos, onde o metabolismo de fornecimento de energia ocorre por ação de
fornecimento contínuo de oxigênio na célula.
AEROFAGIA. Ação de engolir grandes quantidades de ar que se acumulam no
esôfago e no estômago. Observa-se então abaulamento na região epigástrica. Às
vezes, o saco de ar, demasiadamente cheio, empurra o diafragma que, por sua
vez, comprime o coração e os pulmões, podendo causar dores mais ou menos
agudas, pequenos distúrbios cardíacos e falta de ar. Outras vezes, o ar engolido
penetra no intestino, acumula-se nos ângulos do cólon (aerocolia) provocando
cólicas muito dolorosas. O doente que sofre de aerofagia tenta aliviar-se com
arrotos (eructações). A aerofagia é até certo ponto normal nos lactentes,
provocando eructações, acompanhadas muitas vezes de alimentos regurgitados,
tidos erradamente como vômitos. E aconselhável, então, interromper uma ou
várias vezes a amamentação, para que o lactente possa arrotar. No adulto, a
aerofagia é geralmente resultado de mau hábito, tique nervoso e costume de
comer depressa demais sem mastigar convenientemente (taquifagia) e uso de
gomas de mascar. Ginástica respiratória apropriada e mudança de hábitos de
mastigação fazem melhorar, na maior parte dos casos, esta incômoda afecção.
AEROFOBIA. Medo do ar e das correntes de ar. Acompanha frequentemente a
histeria e outras doenças nervosas.
AEROSSOL. Suspensão de partículas sólidas ou líquidas num meio gasoso.
Nevoeiro, fumaça, poeira, são exemplos de aerossóis. A denominação foi
estendida, posteriormente, à forma de aplicação de um produto, ou ao tipo de
embalagem. Os aerossóis podem ser formados por dispersão ou por condensação.
No primeiro processo, o mais comum, há atomização de um jato fino de líquido no
ar (efeito Venturi). Os elementos que constituem a embalagem de aerossol, cada
vez mais em voga hoje em dia, são: recipiente, válvula, concentrado e propelente.
O campo de aplicação industrial dos aerossóis é praticamente ilimitado. Destacam-
se os seguintes: cosméticos, perfumaria, produtos de uso doméstico (polidores,
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inseticidas, desodorizantes, etc.), produtos farmacêuticos (preparados para
queimaduras, descongestionantes das vias respiratórias, anestésicos locais, etc.),
bebidas, tintas, extintores de incêndio, etc.
AEROSSOLTERAPIA. Método de administração de medicamentos, que consiste na
dispersão de finas partículas num fluxo de gás, geralmente ar comprimido, visando
a atingir pontos inacessíveis do aparelho respiratório.
AF - AL
AFASIA. Perda definitiva ou transitória da função da linguagem articulada devido a
deficiência neurológica, com os órgãos vocais em funcionamento normal. Por
extensão aplicou-se a designação a todas as perturbações da linguagem originadas
por lesões cerebrais.
AFECÇÃO. Presença de doença em ser humano. Manifestação patológica
clinicamente tipificada, abrangendo órgãos ou sistemas.
AFOGAMENTO. Asfixia por submersão prolongada em água ou outro líquido. As
pessoas em perigo de afogamento devem inspirar profundamente, fazendo com que
os pulmões fiquem cheios de ar. Eles, então, passam a funcionar como bóia ou
salva-vidas natural. Além disso, os braços devem ser movimentados o mínimo
possível, não devendo ser levantados para fora da água. A movimentação das mãos
deve ser horizontal, isto é, para a frente e para trás. A das pernas, vertical, ou para
cima e para baixo. O modo mais fácil de manter a flutuação é deitar-se, de costas ou
de frente, sobretudo se a pessoa sabe nadar um pouco. Se o afogado estiver
consciente, a primeira providência a ser tomada é o lançamento de objeto flutuante,
atado a uma corda. Se estiver inconsciente e houver dúvidas quanto à sua
respiração, deve-se proceder a respiração boca a boca, ainda na água. Em terra,
limpar e desobstruir a boca e o nariz do paciente, afastar a água dos canais
respiratórios e dos pulmões, deitando-o sobre a coxa e batendo-lhe nas costas e tirar
eventual dentadura postiça. Colocar o afogado deitado, com hiperextensão da
cabeça, se necessário fazendo ventilação boca a boca. Se cessarem os batimentos
cardíacos, deve-se realizar massagem cardíaca, associada com respiração artificial.
AFONIA. Desaparecimento total ou parcial da voz. Pode ser causada por inflamação,
a laringite, ou tumor maligno ou benigno da laringe, ou ainda por paralisia das
cordas vocais. Também a emoção violenta pode provocar afonia repentina e
momentânea. Aplicação de compressas quentes no pescoço, principalmente no caso
de inflamação de garganta e uso de antinflamatórios e se necessário, tratamento
fonoaudiológico.
AFRODISIA. Desenvolvimento exagerado dos apetites sexuais, por uso de
medicamentos ou, alimentos aos quais se atribuem tal ação.
AFRODISÍACO. Medicamentos que excitam o desejo sexual. Alguns, como a
ioimbina, alcalóide das cascas de Corynanthe yoimba e de outras apocináceas, que
atuam por mecanismo reológico, exercendo ação estimulante sobre os centros
eretores da medula. Outros, como as cantáridas e o seu principio ativo, cantaridina,
provocam a ereção por meio de ação irritativa, ou seja inflamação da mucosa
uretral, autêntica uretrite química e, por isso, são condenáveis; outros, ainda,
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exercem mera ação psíquica. Atualmente, vários medicamentos exercem esta ação,
como o sildenafil, prostaglandinas e a regitina, que dependem da vontade sexual do
usuário e somente devem ser utilizados com orientação médica.
AFTA. Pequena ulceração superficial arredondada, na mucosa da boca, língua,
lábios, garganta. É uma vesícula, aberta em minúscula cratera, cinzento-amarelada
ou arroxeada, rodeada por um anel vermelho de mucosa inflamada. A causa básica
desta lesão é desconhecida, admitindo-se um componente auto-imune. A afta é
geralmente benigna, porém extremamente incômoda, causando dores sobretudo
durante a mastigação. Quando são muito numerosas formam afecção mais grave, a
estomatite aftosa, que requer tratamento médico. Normalmente, as aftas
desaparecem rapidamente, numa semana mais ou menos, e não deixam vestígios.
Para apressar a cura e diminuir a dor, pode-se enxaguar a boca com infusão de
camomila, ou com bicarbonato, salicilato, borato de sódio, anti-sépticos e
adstringentes, conforme o parecer do médico, que pode também indicar a aplicação
de corticóides tópicos.
AFTOSE. Afecção benigna, mas por vezes dolorosa, caracterizada pelo aparecimento
de grande número de aftas nas zonas bucal ou genital. Geralmente aparece de
repente, com febre, evolui em surtos sucessivos e sara espontaneamente. A causa
básica ainda é questionada.
AGAMAGLOBULINEMIA. Ausência ou diminuição acentuada de gamaglobulinas no
sangue. As gamaglobulinas são anticorpos, isto é, defesas do organismo contra
bactérias e outros agressores. Assim, sua falta provoca repetidas infecções no
paciente. Várias doenças podem causar agamaglobulinemia. Há uma forma que é
hereditária e atinge exclusivamente pessoas do sexo masculino, neste caso, a
criança é incapaz de sintetizar anticorpos, não se desenvolvem defesas contra
infecções e não há imunização com vacinas.
ÁGAR-ÁGAR. Substância mucilaginosa, extraída da alga Gelidium corneum, ou de
outras algas semelhantes. Constituída principalmente de pectinas. Forma pó incolor,
transparente, inodoro e insípido, insolúvel na água fria. Dissolve-se em água quente
e, ao se resfriar a solução, forma uma espécie de geléia. Usada como emulsificante,
como gelatina, como meio de cultura de bactérias e como laxante.
AGEUSIA. Perda da função sensorial do gosto, ou incapacidade de reconhecer os
sabores.
AGLUTINAÇÃO. Aglomeração, por exemplo, de bactérias (um dos efeitos dos
anticorpos) ou de glóbulos vermelhos (quando se misturam sangues de grupos
sangüíneos incompatíveis). Técnica usada em laboratório de patologia clínica.
AGNOSIA. Estado em que os elementos sensoriais deixam de ter seu significado
normal. O paciente vê, ouve, toca as coisas, porém é incapaz de emitir juízo sobre a
forma, o som e a consistência do objeto tocado. A agnosia pode ser tátil, auditiva,
visual e, finalmente, total quando afeta todas as esferas da sensibilidade. A agnosia
visual leva o paciente a ver os objetos, sem conseguir reconhecê-los
AGONIA. Estado que precede a morte, quando a vida se extingue gradualmente,
sendo caracterizado por vários sinais, como o desaparecimento da fala, a diminuição
da atividade sensorial, evoluindo para a inconsciência total.
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AGONISMO. ação de drogas onde seus efeitos esperados são semelhantes e
somatórios.
AGORAFOBIA. Horror ou medo de se achar só, num espaço livre e descoberto, ou
de atravessar uma praça pública ampla e vazia. Manifestação comum na síndrome
do pânico.
AGRAFIA. Perda patológica da capacidade de escrever, embora as condições
psíquicas e motoras do indivíduo estejam preservadas. Independe do nível
intelectual e dos antecedentes escolares.
AGRAMATISMO. Perturbação ou anormalidade mental que consiste na
impossibilidade de empregar as palavras com propriedade ou por ordem sintática.
- AGRANULÓCITO. tipos de células sanguíneas, configuradas como leucócitos,
como os linfócitos e monócitos.
AGRANULOCITOSE. Afecção aguda, muito grave, que consiste no desaparecimento
maciço dos glóbulos brancos polinucleares. A doença começa repentinamente com
todos os sintomas de infecção: dores de cabeça, arrepios, mal-estar geral,
abatimento, cansaço e febre. O desaparecimento acentuado de glóbulos brancos
diminui as defesas do organismo contra os micróbios, sobretudo os germes
infecciosos da boca. Daí resulta angina grave e inflamação da boca (estomatite),
com ulcerações das mucosas e dos gânglios linfáticos do pescoço. O diagnóstico é
confirmado por exame microscópico do sangue e da medula óssea. A agranulocitose
é causada pela interrupção repentina, momentânea ou definitiva, da formação de
polinucleares pela medula óssea. Este distúrbio da função hematopoiética pode ser
provocada por intoxicação (benzol, DDT, sais de arsênico, etc.), por radiações
ionizantes (radioatividade) ou por alergia a certos medicamentos (sulfamidas,
cloranfenicol, dinitofenol, etc.).
A agranulocitose de origem medicamentosa é geralmente passageira e os
granulócitos reaparecem logo que cessa o uso do produto. A primeira medida
consiste, pois, em suprimir a substância responsável. Depois, trata-se ou previne-se
a infecção. Transfusões de sangue ou de medula óssea, administração de
medicamentos como corticosteróide e lenograstim, são por vezes necessárias.
AIDS. Trata-se de uma virose, mundialmente epidêmica, transmitida por via sexual
ou contaminação do sangue, correspondendo uma sigla em inglês (Acquired
Immunodeficiency Syndrome), conhecida no Brasil como síndrome da
imunodeficiência adquirida. Costuma-se também usar a sigla SIDA, em português.
Os sinais ou sintomas da doença são decorrentes de perda da imunidade, traduzidos
por infecções secundárias, bacterianas, virais e por fungos, que são as principais
manifestações da AIDS. O responsável pela AIDS é um vírus, o HIV (vírus da
imunodeficiência humana), descoberto pela primeira vez em 1983. Posteriormente,
foi anunciada a descoberta de um segundo vírus, o HIV-2. O HIV é um vírus que
pode chegar ao nosso sangue por diferentes vias, das quais, as principais são a via
sexual e contaminação do sangue. Depois de se espalhar pelo organismo, penetra
nas células e destrói os elementos de defesa (anticorpos) produzidos por elas.
Consequentemente, a capacidade imunológica (resistência) diminui, enfraquecendo o
organismo, facilitando o aparecimento de doenças de diversas naturezas, chamadas
doenças oportunistas. Depois que ele invade o sangue, pode ficar escondido nas
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células durante um longo período, em latência, quando a doença não se manifesta.
Em dado momento, aproveitando-se da oportunidade criada pela redução de defesa,
começa a agir novamente, multiplica-se e outros HIVs são produzidos. Aos poucos,
vão conseguindo tomar conta de todo organismo do portador. No Brasil, os primeiros
diagnósticos foram feitos em 1982 e atualmente acredita-se que existam mais de
500.000 portadores da doença, transformando-se em grave problema de saúde
pública. Os principais meios de transmissão da AIDS são o sêmen e o sangue.
Embora a possibilidade seja menor, a secreção vaginal e o leite materno constituem
outros veículos de contaminação. O vírus também foi encontrado, em pequenas
quantidades, no suor, saliva, lágrima e urina, mas, não há evidência comprovada de
contágio por essas vias. Como ainda não existe cura ou vacina contra a AIDS, é
muito importante conhecer os meios e as formas de transmissão do vírus para se
prevenir de uma contaminação, além de esclarecer as pessoas com quem se
convive. A contribuição individual de cada cidadão é a única solução encontrada até
agora para se enfrentar os perigos da doença. Todos podem adquirir a AIDS, seja
pelo contato sexual com pessoas contaminadas, onde às vezes, durante uma
relação sexual, minúsculos ferimentos nos órgãos genitais possibilitam a passagem
do sêmen infectado para o sangue. A relação anal é ainda mais perigosa. Tanto a
praticada entre dois homens (homossexual) quanto a praticada entre homem e
mulher (heterossexual), pois a mucosa que reveste a parede interna do ânus pode
ser traumatizada, facilitando a entrada do vírus da AIDS. Embora a mucosa vaginal
seja mais resistente que a anal, podem ocorrer lesões durante a penetração do
pênis. Esses ferimentos servirão de porta de entrada para o vírus, pelo contato com
o sangue ou com o sêmen ejaculado. Na relação sexual vaginal, o perigo não está
somente na contaminação, mas é possível que as secreções vaginais contenham o
vírus, o que significa que a mulher também pode contaminar o homem. A mulher,
por via vaginal, tem mais chance de ser contaminada, do que contaminar. O sexo
oral também oferece riscos de contaminação pela presença de ferimentos na boca,
no tubo digestivo e a ejaculação nesse local. Todos devem estar atentos de que um
parceiro contaminado pode transmitir o vírus causador da AIDS através de uma
relação sexual.
Pela transfusão de sangue contaminado. A questão das transmissões por
transfusões de sangue reduziram significativamente, em decorrência da melhora da
seleção de doadores e análise do sangue doado. A medicina não conseguiu nenhum
substituto artificial para o sangue. Isso significa que as pessoas que necessitam de
uma transfusão devem receber sangue de outras pessoas. Se o doador possuir o
vírus da AIDS, o receptor será contaminado. Apesar de já existirem testes que
verificam se um indivíduo tem ou não o vírus, a qualidade do sangue em nosso meio
deve ser constantemente exigida e cobrada. A qualidade do sangue utilizado em
nosso meio tem melhorado significativamente, reduzindo o risco de contágio por esta
via. Apesar de todos os cuidados laboratoriais, ocorre período denominado de janela,
onde o indivíduo contaminado pode ter seus exames negativos e já ser transmissor.
Quem doa sangue não corre risco de contaminação, mas quem recebe, sim.
Basta lembrar o caso dos hemofílicos que se tornaram portadores do vírus depois de
transfusões com componentes sangüíneos preparados especificamente para salvar
suas vidas.
Pela utilização de seringas contaminadas. O uso de seringas e agulhas não
descartáveis causa grande risco. Se uma pessoa contaminada receber uma injeção e
depois esse mesmo material for utilizado sem esterilização em outra pessoa, ela
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poderá contrair a AIDS. Todos precisam se conscientizar de que devem exigir
seringas descartáveis. É comum os drogados utilizarem a mesma agulha para
injetarem a droga. Por isso encontramos grande número de toxicômanos
contaminados pelo vírus da AIDS. Essa população tem sido grande fonte de infecção,
seja pelo uso coletivo de agulhas, seja através de relações sexuais. Durante a
gravidez, parto ou aleitamento, quando a mãe está contaminada. Caso a
mulher grávida estiver contaminada pelo vírus da AIDS, a criança poderá contrair
essa doença, pois o vírus é passado através da placenta. Durante o parto e o
aleitamento também há perigo de contaminação, como tem sido demonstrado
recentemente. As crianças aidéticas frequentemente são abandonadas nos hospitais,
como prova real da inconseqüência e falta de conscientização dos pais. A pronta
identificação da mãe aidética no pré-natal permite que, com o tratamento adequado,
que os riscos de transmissão para o recém nascido sejam mínimos.
Pela inseminação artificial de doador contaminado. A inseminação artificial
também pode ser uma forma de transmissão do vírus, uma vez que existe em
grande quantidade no sêmen. Apesar da lei brasileira só permitir que a inseminação
artificial seja feita com o sêmen do marido, nem sempre ela é respeitada.
Troca constante de parceiros. Se um dos parceiros estiver contaminado, a prática
sexual promíscua pode formar uma corrente de transmissão da doença.
Basicamente, até agora, são essas as formas de transmissão da AIDS. Muitos dos
nossos medos e preconceitos não têm fundamento, principalmente com relação aos
testes e aos pacientes com AIDS. A família e a sociedade não deve ter preconceito
contra os aidéticos, mas dar-lhe apoio social para que recebam o que é de direito
como cidadãos. Não existe perigo de contágio na amizade, pois a transmissão não
ocorre pelo ar, espirro, alimentos, copos, talheres, pratos e roupas; através de pias,
privadas, banheiros, transportes coletivos; dormir no mesmo quarto, trabalhar junto
ou freqüentar os mesmos lugares; pelo aperto de mão, abraço, beijo no rosto;
doação de sangue, desde que o material seja descartável ou esterilizado. Até o
momento não há provas de que seja transmitida por insetos; pelo suor, lágrima,
urina. As pessoas contaminadas podem permanecer meses ou anos sem
apresentarem quaisquer sintomas da doença. No entanto, servem como fonte de
contaminação de outros indivíduos. Infelizmente, uma grande parcela de aidéticos
nem tem conhecimento de sua doença, por isso transmite o vírus. Quando a doença
se manifesta, aparecem vários sintomas comuns a outras doenças: cansaço sem
esforço físico; perda de apetite e de peso; suor noturno; febre persistente;
depressão; diarréia freqüente e sem causa definida; ínguas (gânglios inflamados)
por todo o corpo; tosse seca; manchas roxas ou rosadas na pele; feridas
esbranquiçadas na boca (sapinho). Só um médico pode fazer o diagnóstico,
baseando-se no tempo de duração dos sintomas, a partir do resultado dos exames e
tomar as medidas necessárias. Na AIDS desenvolvida, as infecções comuns, simples
de serem tratadas, se agravam de tal forma que ocasionam a morte. São elas:
pneumonia, tuberculose, herpes simples, candidíase, sarcoma de Kaposi, linfomas.
Medicamentos na forma de coquetéis são usados para aliviar os sintomas gerais,
melhorar o estado geral e a sobrevivência do doente. Muitas vezes, as infecções
saram, mas reaparecem. O problema é que não se pode atacar o vírus. Apesar de
muitas tentativas, nenhum remédio experimentado apresentou resultado satisfatório.
Pelo menos seis drogas em estudo visam impedir a multiplicação do vírus em
pessoas já infectadas e incentivar a produção de defesa do organismo. O AZT, droga
descoberta em 1986, que demonstrou certa eficácia e consegue prolongar por um
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certo tempo a vida de alguns pacientes. Atualmente, coquetéis com várias
substâncias antivirais tem melhorado a qualidade de vida e o tempo de sobrevida do
aidético. Mas, por enquanto, a AIDS não tem cura. Portanto, a única medida de
grande validade fazer é prevenir. Para isso, precisamos estar sempre bem
informados. Algumas recomendações são de extrema importância: Usar camisinha
corretamente e, no caso da mulher, exigir que o seu parceiro utilize sempre
o preservativo; evitar o contato da boca com a vagina, ânus ou pênis; não
receber sêmen ejaculado na vagina, ânus ou boca; lavar-se imediatamente
após a relação sexual com água e sabão; evitar as relações sexuais quando
estiver doente, alcoolizado ou sob efeito de calmantes e drogas; quando
receber uma transfusão de sangue, certifique-se junto ao banco de sangue,
de que o sangue foi testado; exigir seringas e agulhas descartáveis ;
qualquer instrumento cirúrgico a ser aplicado em alguma parte do corpo
deverá ser previamente esterilizado. Com estas medidas, temos a garantia
não só da prevenção da ocorrência de AIDS, como de todas as outras
doenças que podem ser transmitidas por via sexual ou pelo sangue, como a
Hepatite B e C.
ALASTRIM. Doença eruptiva infecto-contagiosa, semelhante à varíola e à varicela,
mas de caráter benigno. Toda a superfície do corpo e as mucosas bucais são
acometidas de bolhas do tamanho de um pequeno grão de milho e rodeadas por um
halo inflamatório. Estas bolhas apresentam reflexo leitoso, não envolvem para a
supuração e curam-se sem deixar cicatrizes.
ALBINISMO. E uma situação caracterizada pela falta do pigmento melânico, que
normalmente existe na pele, nos pêlos, na íris e na coroidéia do globo ocular. Esta
anomalia, que é de transmissão hereditária, existe em todas as raças, embora muito
rara.
ALBUMINA. Proteína simples, solúvel em água, que coagula pelo calor. Pode
provocar a precipitação da albumina das suas soluções, saturando estas com sulfato
de amônio. Por hidrólise, dá apenas aminoácidos ou seus derivados. Existe na clara
de ovo (ovo-albumina), no sangue (sero-albumina), no leite (lacto-albumina), etc,
constituindo-se em elemento de grande importância no equilíbrio orgânico.
ALBUMINÚRIA. Presença de albumina na urina. Aparece particularmente nas
doenças de rins, mas também nas doenças do coração e em virtude da febre. Nas
pessoas saudáveis pode haver uma albuminúria temporária em casos de exercícios
musculares intensos.
ALBUMINURIA ORTOSTÁTICA. Aparecimento ocasional de albumina na urina em
pessoas jovens e de constituição astênica quando permanecem de pé. Pensa-se que
seja devida a uma ligeira estase sanguínea nos rins. A albuminúria ortostática
constitui em nossos dias anomalia constitucional pouco conhecida, felizmente não
apresenta maior gravidade e desaparece ordinariamente depois da puberdade, ao
terminar o período do crescimento.
ÁLCALI. Designação genérica das bases, ou seja, de certas substâncias que dão sais
em presença dos ácidos e que transformam as gorduras em sabões (soda, potassa,
etc.).
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ALCALÓIDE. Grupo de substâncias orgânicas, com propriedades básicas e, quase
sempre, de origem vegetal. Os alcalóides são substâncias azotadas, contendo, pelo
menos, um átomo de azoto na molécula, que tem sempre uma estrutura em cadeia
fechada. A maioria manifesta ações fisiológicas importantes, tendo aplicação em
medicina. Por exemplo, a atropina, a quinina, a cocaína (atualmente substituída por
novocaína e xilocaína, que não são alcalóides) e a morfina.
ALCALOSE. Aumento da reserva alcalina do sangue (alcalemia). Os principais tipos
são: a alcalose metabólica e a alcalose respiratória. A alcalose metabólica
corresponde a um aumento de bicarbonato no sangue. Observa-se nos casos de
perdas ácidas em virtude de vômitos repetidos (úlceras do estômago e do duodeno,
estenose pilórica) e também devido à absorção de quantidades excessivas de
substâncias alcalinas (antiácidos), por exemplo, no tratamento das úlceras pépticas e
gastrites. A alcalose por hiperventilação pulmonar deve-se a perdas de ácidos
voláteis.
ALCAPTONÚRIA. Anomalia da urina, que enegrece em contato com o ar, mais
rapidamente em meio alcalino. É devida à presença de ácido homogentísico (produto
do metabolismo incompleto da tirosina). que enegrece por oxidação. Esta anomalia é
muito rara e não tem caráter patológico. E hereditária, de caráter recessivo.
ÁLCOOL. Combinação que resulta da substituição de um ou mais átomos de
hidrogênio, dos hidrocarburetos alifáticos ou das cadeias laterais dos cíclicos, por um
ou mais grupos hidroxílicos. Os álcoois dividem-se em mono, di, tri, tetra, penta e
hexavalentes, segundo o número de átomos de hidrogênio substituídos por hidroxila.
O mais conhecido é o álcool etílico ou etanol, usado como composto de bebidas
socialmente aceitas e como material de higiene e anti-sepsia na pele.
ÁLCOOL. ABSOLUTO. Álcool ordinário isento de água, contendo quantidade não
inferior a 99%, em peso, de álcool etílico.
ÁLCOOL CANFORADO. Solução de cânfora na proporção de dez partes desta por
noventa de álcool 90º
, funcionando como estimulante e rubefaciente.
ÁLCOOL DESNATURADO. Álcool etílico misturado com outros compostos orgânicos,
a fim de somente ser utilizado para fins industriais. As substâncias mais empregadas
como aditivos são o álcool metílico, o álcool amílico, a cânfora, a gasolina, o
benzeno, a acetona, a pirina, o ácido sulfúrico e corantes de anilina, dependendo do
uso industrial a que o álcool desnaturado se destina.
ÁLCOOL ETÍLICO. Líquido incolor, solúvel na água, obtido por diversos processos
industriais a partir do etileno e do acetileno e sobretudo pela fermentação de
soluções de açúcares (glicose, frutose, sacarose, amido, celulose) submetidas à ação
de leveduras e mais exatamente de suas enzimas ou fermentos. Entre as principais
soluções de açúcares utilizadas na obtenção do álcool etílico, convém citar o suco de
frutas (uva, maçã, ameixa, cereja, pêra, abacaxi, etc.), o melaço de beterraba, o
mosto de batata ou de cereais (trigo, cevada, arroz, etc.) e até a celulose da
madeira. A maior parte destes sucos fermentados, tratados por diversos processos,
resultam em bebida alcoólica, cuja porcentagem (grau) de álcool etílico é variável.
As cachaças, licores, conhaques encabeçam a lista, com teor de álcool etílico entre
40º
e 75º
. Os aperitivos, os vinhos de licor contêm 15º
a 45º
; as cidras, 4º
a 10º; e
as cervejas 2º
a 10º
. A destilação e a retificação destes líquidos fermentados
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produzem álcool etílico com 4º
a 6º
. O álcool de 60º
age mais ou menos como
substância cáustica: destrói as células, desidratando as, coagulando-lhes as
proteínas e dissolvendo certas espécies de gorduras. Seu grande valor em uso
externo é a excelente ação desinfetante sobretudo a 70º
.
Ação sobre o organismo. O álcool absorvido interfere imediatamente na ação dos
sucos digestivos. Sua absorção é muito rápida ao nível do estômago. Passa logo para
o sangue onde pode ser encontrado um quarto de hora ou meia hora após sua
ingestão. Calcula-se somente 5% pode ser eliminado pela respiração e pela urina. O
resto é conduzido pelo sangue aos diversos tecidos onde exerce ação bastante
nociva. Os órgãos mais atingidos são o fígado, as glândulas endócrinas, o sistema
nervoso e o digestivo. Aumenta o gasto de proteínas e diminui o trabalho muscular.
As vitaminas B1, sobretudo esta e a PP, deixam de ser assimiladas, originando
distúrbios nervosos graves. Além disso, a decomposição progressiva do álcool no
organismo provoca acúmulo de substâncias e resíduos (acetatos, acetaldeído) que
perturbam consideravelmente o metabolismo.
ALCOOLISMO AGUDO. Intoxicação aguda provocada por ingestão de dose maciça
de álcool etílico ou de bebidas alcoólicas. Geralmente, as primeiras manifestações de
embriaguez surgem quando a taxa de álcool no sangue ultrapassa 0,5 a 2 por mil.
Esta primeira fase caracteriza-se, em geral, por um estado de excitação e de euforia;
o indivíduo relaxa a tensão, torna-se desinibido, seguro de si, expansivo, sociável. Ás
vezes, porém, fica deprimido, de mau humor, mau e violento. Nota-se a diminuição
mais ou menos pronunciada de senso crítico, de domínio de si mesmo e das
inibições. Alguns tímidos conseguem então sair do natural reservado. Quando a taxa
de álcool aumenta mais ainda no sangue (2 a 3 por mil), os gestos tornam-se
desajeitados; o andar incerto e as idéias, incoerentes, e rapidamente, o indivíduo
passa a titubear, perde o equilíbrio e cai. Às vezes, as náuseas terminam em
vômitos. Mais raramente surgem crises convulsivas que alguns confundem com
delirium tremens. A taxa sanguínea de álcool, superior a 3 ou 4 por mil, acarreta
estado de coma, com depressão cardíaca e respiratória; o embriagado parece morto.
De fato, a morte será iminente se não se fizer um tratamento imediato. Durante o
coma alcoólico, as sensibilidades táteis e dolorosas praticamente desaparecem. Em
certos indivíduos, quantidades relativamente pequenas de álcool podem desencadear
verdadeiras crises de agressividade. A ingestão de álcool por crianças é
extremamente nociva, levando rapidamente ao coma. A exuberância natural da
idade mascara, quase sempre, a fase preliminar de excitação; mas os efeitos do
álcool se fazem sentir muito rapidamente em organismos jovens e o coma pode
surgir rapidamente. Em caso de embriaguez fraca, quando o indivíduo está
suficientemente consciente, procura-se deixá-lo apenas em observação. Em seguida
dá-se-lhe café forte e líquidos. Um ébrio, mesmo em pequeno grau, deve ser vigiado
e nunca poderá dirigir um veículo. A perda da sensibilidade acaba promovendo
exposição inconseqüente a riscos ambientais; em tempo de frio são grandes os
riscos de pneumonia. Se o embriagado está inconsciente, é preciso primeiramente
aquecê-lo (cobertores, etc.), depois, providencia-se seu ingresso em hospital ou
chama-se o médico. Em hipótese alguma, pode-se tentar fazê-lo vomitar ou beber
alguma coisa, para não ocorrer risco de aspiração. Se por acaso os vômitos forem
espontâneos, deve-se inclinar-lhe a cabeça para o lado a fim de evitar o risco de
broncopneumonia por aspiração. O tratamento médico de base consiste em hidratar
o doente, administrando-lhe também cloreto de sódio e de potássio e desintoxicação.
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ALCOOLISMO CRÔNICO. Conjunto de distúrbios físicos e mentais resultantes da
ingestão regular de bebidas alcoólicas, em quantidades relativamente grandes. O
alcoólico crônico bebe por hábito, diariamente, e às vezes doses bem altas de álcool.
No início suporta bem, isto é, raramente se embriaga, o que não impede que seu
organismo se deteriore pouco a pouco. No fim de certo tempo, variável conforme o
indivíduo, aparecem os primeiros sinais de intoxicação alcoólica crônica: rosto
inchado, tez congestionada, voz rouca, distúrbios digestivos, tremor nos dedos e nas
mãos, dores difusas, cãibras na barriga da perna, sono agitado, vômitos matinais,
etc. A falta de apetite produz insuficiência alimentar e, consequentemente, carência
de vitaminas e proteínas que agrava mais as conseqüências dos distúrbios
metabólicos e anemia. Com o tempo, a intoxicação reflete-se no organismo todo,
sobretudo nos sistemas digestivo, nervoso e endócrino. O tubo digestivo, o fígado,
os rins, o cérebro, são os órgãos mais atingidos. O alcoolismo é muitas vezes
responsável por gravíssimas afecções como a cirrose do fígado e a polineurite. Além
disso, a ação tóxica do álcool sobre o sistema nervoso provoca distúrbios
psicológicos e, com o tempo, distúrbios mentais. Neste particular, convém notar que
a maior parte dos alcoólicos são neuróticos que bebem para esquecer ou superar
momentaneamente seus problemas conscientes ou inconscientes. Os primeiros
distúrbios psicológicos do alcoolismo crônico se parecem muito com os da
neurastenia e da psicastenia: depressão, ruminações, lassidão, mudança de humor,
perda da memória, irritabilidade, falta de vontade e de amor-próprio, falta de
concentração no trabalho, sentimentalismo excessivo, pesadelos, etc. Logo a seguir,
surgem distúrbios mais graves de caráter: cóleras intempestivas, às vezes muito
violentas, perda completa de senso de moral, etc. Finalmente, em casos graves, o
alcoólatra é atacado de delírios, alucinações, crises horrorosas de delirium tremens.
Neste estado, o internamento em hospital psiquiátrico e tratamento de
desintoxicação tornam-se geralmente necessários. O alcoólatra crônico é um
toxicômano, tanto quanto os viciados em drogas; seu organismo está habituado ao
álcool e não pode mais dispensá-lo (estado de necessidade). Em certos casos
somente um tratamento médico consegue debelar a intoxicação. Entre os métodos
utilizados, citam-se os tratamentos medicamentosos, que visam a criar um reflexo
de rejeição ao álcool. No entanto, para que os efeitos sejam duráveis, é preciso que
se faça também um tratamento psicológico; a psicoterapia é muito útil em tais
casos. A participação em grupos de ajuda (AA) frequentemente obtém resultados de
grande importância na reabilitação do paciente.
ÁLCOOL METÍLICO. Líquido incolor, ardente no contato com a mucosa oral, solúvel
na água; obtido por destilação seca da madeira e por outros processos industriais. O
álcool metílico tem largo uso doméstico e na indústria (corantes, vernizes,
dissolventes, carburantes, etc.). Misturado a outro produto químico, como a
piridrina, serve para alterar o álcool etílico. A utilização indevida deste produto, por
tentativa de obtenção de lucro ilegal ou por erro, onde destiladores clandestinos
usam álcool metílico ou álcool desnaturado nessas misturas, o resultado
frequentemente acaba em gravíssimos acidentes.
A intoxicação pelo produto traz graves conseqüências, onde as primeiras
perturbações digestivas e nervosas aparecem algumas horas depois da ingestão:
dores de cabeça, vertigens, náuseas, cólicas muito fortes, diarréias, crises
convulsivas do tipo epilético, queda de pressão e todos os indícios de acidose. Outro
sintoma muito característico: perturbações visuais, devido a lesão do nervo ótico,
com risco de cegueira definitiva. A dose mortal é de 30 a 100g. A intoxicação pode
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ser causada também pela simples inalação de vapores de álcool metílico. A
intoxicação deve ser tratada com urgência.
ALDESLEUCINA. também denominada de interleucina-2, é uma droga utilizada
como fator estimulante de produção de plaquetas, pricipalmente durante
quimioterapias agressivas
ALDOSTERONA. Hormônio produzido na córtex da glândula supra-renal, com
função de manter o equilíbrio entre absorção e excreção do sódio e potássio, retendo
o primeiro e eliminando o segundo.
ALENDRONATO SÓDICO. droga do grupo dos bifosfonatos, que atua no
metabolismo ósseo, agindo em casos de osteoporose, doença de Paget e na melhora
de dor nos casos de câncer ósseo.
ALERGENO. Substância capaz de provocar aparecimento de alergia. Os alergenos
são antígenos ou haptenos. Há várias espécies de alergenos: de contato(produtos de
beleza, colorantes, etc.); inalantes (pólen, fungo, vapor, lã, pó, farinha, etc.);
infectados (venenos de abelha, de cobra, antibióticos, soros, etc.); internos
(micróbios, vírus, etc.). Por extensão, dá-se o nome de alergenos físicos a certos
fenômenos físicos como calor, frio, irritação por atrito e sobretudo aos raios solares,
que podem provocar descargas de histamina no organismo e induzir reações do tipo
alérgico, sem que tenha havido encontro entre antígenos e anticorpos.
ALERGIA. Hipersensibilidade de um organismo a uma substância normalmente
inofensiva, o alergeno: pêlos de animais, pólen, leite, frutas, etc. Os primeiros
contatos do alergeno com o organismo predisposto à alergia, fazem aparecer
anticorpos específicos àquele alergeno que, neste caso, torna-se um antígeno. Na
fase de contatos repetidos e da concomitante formação de anticorpos (fase de
sensibilização), o organismo torna-se alérgico ao alergeno em questão. No contato
anterior, aparecerão reações, por vezes muito violentas, chamadas doenças
alérgicas. Tudo se passa como se o organismo se defendesse violentamente, mas
sem razão, contra um pseudo inimigo e, o que é pior, em seu próprio detrimento. A
reação antígeno-anticorpo, favorável ao organismo na imunidade torna-se prejudicial
na alergia. Como efeito, por meio dos basófilos (tipo de glóbulos brancos) e dos
mastócitos (espécie de células do tecido conjuntivo), há a liberação de uma
substância chamada histamina que tem a propriedade de estimular a contração dos
músculos lisos (dos brônquios, artérias, intestinos, etc.) e de aumentar a
permeabilidade dos vasos capilares, que provocam a entrada de plasma nos tecidos,
formando edemas ( na pele, em forma de urticárias). Supõe-se que nas pessoas não
alérgicas, esta histamina seja imediatamente fixada e inativada por certas proteínas
do sangue, sendo este poder deficiente ou inexistente nos organismos alérgicos.
Possivelmente este problema seja hereditário: não propriamente determinada
alergia, mas o campo para o aparecimento da alergia. Qualquer desequilíbrio
hormonal ou psíquico e, em geral, qualquer alteração mais ou menos relevante da
saúde física ou psíquica (doença, ferimento, estafa, etc.) pode predispor,
desencadear e até mesmo agravar uma doença alérgica. Teoricamente distinguem-
se dois grandes tipos de alergia: humoral ou atopia e tissular. Na primeira, o
alergeno provoca o aparecimento, no soro sangüíneo, de um anticorpo chamado
reagina ou anticorpo sérico. A reagina é totalmente específica ao alergeno
correspondente. A reagina circula com todo sangue, razão pela qual, pouco importa
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como o alergeno atinge o organismo, pois a reagina está presente por toda parte. Na
alergia tissular, pelo contrário, o anticorpo aparece e fica localizado no tecido em que
houve contato repetido com o alergeno, por exemplo, um produto de beleza.
Doenças alérgicas. São causadas pela ação da histamina ao nível dos músculos
lisos e dos vasos capilares. As manifestações são as mais diversas e dependem
geralmente da via de introdução do antígeno responsável. Os alergenos que
penetram por via respiratória (pólen, pó. fumaça, etc.) provocam doenças alérgicas
respiratórias: asma brônquica, febre do feno e diversas formas de anginas, sinusites,
rinites, laringites, etc. Os alergenos que penetram por via digestiva (peixes, ovo,
leite, etc.) provocam sobretudo doenças alérgicas digestivas: cólicas, diarréias,
vômitos, etc. Os alergenos que entram em contato com a pele e mucosas (pomadas
medicinais, produtos cosméticos e de maquilagem, perfumes, tinturas, alergenos
físicos como frio, calor, sol, etc.), provocam sobretudo doenças do tipo cutâneo:
urticária, prurido, etc. Tudo isto, entretanto, é muito teórico, pois todo mundo sabe
que alergenos alimentares como camarão, chocolate, abacaxi, etc., geram muitas
vezes reações alérgicas cutâneas: coceiras, urticárias e até eczemas. Um caso muito
especial de doença alérgica é a alergia a soro, causada pela primeira utilização deste
produto, que pode ocorrer de maneira intensa, provocado por doses de soro
terapêutico (antidiftérico, antitetânico, etc.) ou, por administração de antibióticos. As
reações alérgicas generalizadas (febre, urticária, dores articulares, alterações
respiratórias, edemas, etc.) manifestam-se então 4 a 10 dias depois da aplicação do
soro, o que pode parecer paradoxal, pois se trata da primeira injeção. E o soro, que
desempenha aqui o papel de alergeno, provoca o aparecimento no sangue de certa
quantidade de anticorpos, que reagem 4 a 10 dias mais tarde com o próprio soro
ainda restante, já que a dose foi maciça. Nestas circunstâncias, o soro desempenha
duplo papel: de antígeno sensibilizante e de antígeno desencadeador da reação
alérgica. A alergia ao soro é paradoxal somente na aparência, pois os anticorpos são
precipitinas, isto é, precipitam os antígenos do soro, formando com eles um
composto indissolúvel. As reações alérgicas como já se disse acima têm geralmente
localização precisa: pele, no eczema e urticária, mucosas das vias respiratórias na
febre do feno, musculatura lisa dos intestinos, na cólica alérgica, etc. Estes tecidos e
órgãos, sedes de reações alérgicas, são chamados tecidos e órgãos de choque. Em
certos casos, porém, as reações alérgicas não são mais localizadas e, sim,
generalizadas, qualquer que seja o alergeno em causa; além disso, podem ser
imediatas, agudas, e muito graves, exigindo a intervenção urgente do médico,
devido a queda da pressão arterial, febre elevada, cianose, vômitos, diarréia,
palpitações, síncope, etc., caracterizando o choque anafilático. Na maior parte dos
casos, a reação alérgica aguda surge nas picadas venenosas (de abelha, vespa, etc.)
ou na reaplicação de soro, antibióticos e certos medicamentos não protéicos. Mas o
choque anafilático pode acontecer com uma simples gema de ovo em pessoas muito
alérgicas. O médico tem que investigar todos os antecedentes; freqüência dos
acessos, influência do tempo, do clima, de mudança de estações, do ambiente,
gênero de trabalho, regime alimentar, medicamentos usados, problemas
psicológicos, existência de outros casos na família, etc. Testes cutâneos podem
auxiliar futuras terapias. Existem vários tipos de testes. Mas são todos baseados no
mesmo princípio: uma quantidade ínfima de provável alergeno, mais ou menos
diluída (pólen, serragem de madeira, fragmentos de tecidos, pêlos, etc.), são
injetados na picada, arranhadura ou escarificação da pele. Se o doente é alérgico
aquele determinado alergeno, aparece na pele uma reação local, mais ou menos
acentuada, em forma de pápula (de 1 a mais de 10mm de diâmetro), rodeada de um
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círculo vermelho e produzindo grande coceira. Na maior parte dos casos, a reação
ocorre depois de 10 a 15 minutos e desaparece em algumas horas. Às vezes a
reação é cutânea e generalizada: espirros, tosse, coriza, urticária, enxaqueca,
eczema, até mesmo asma. Os testes são feitos geralmente no braço, cada um
separado do outro, em região também diferente da outra, pois a pessoa pode ser
alérgica a um ou vários alergenos ao mesmo tempo e convém então caracterizá-los.
Na alergia a agentes físicos, emprega-se um teste especial, a fotossensibilização,
para os raios solares: se a suspeita recai sobre o frio, usa-se um cubo de gelo a
título de teste cutâneo, produzindo-se, em caso positivo, uma espécie de eczema
local. A pesquisa dos alergenos alimentares é realizada também por testes cutâneos,
ou por toques sobre a mucosa da boca e do ânus: os resultados são entretanto
decepcionantes e por isso os testes são acompanhados de anamnese minuciosa e
regime dietético contendo ou não o alergeno suspeito. O doente deverá anotar os
alimentos ingeridos, assim como as prováveis conseqüências da ingestão: crise de
asma, prurido de urticária, etc. Por adição ou eliminação de alimentos, chega-se a
descobrir os alergenos alimentares. Descoberto o alergeno, o médico começa o
tratamento da alergia, atacando as causas ou em caso de crises, debelando os
sintomas. A situação desejável como tratamento específico, é a separação completa
entre o doente e o alergeno. Entretanto, é fácil compreender a inviabilidade deste
processo, quando se trata de alergenos comuns tais como pólen, poeira, mofo, etc.,
em suspensão no ar, misturados com todos os objetos do meio ambiente. Se o
alergeno é substância alimentar, o tratamento da causa é evidentemente mais
simples. Às vezes é preciso separar o doente de seu animal de estimação, ou trocar-
lhe o travesseiro de pena, por outro de outra qualidade, os agasalhos de lã por
outros de tecidos sintéticos. Mas se a eliminação ou afastamento do alergeno é de
todo impossível, o médico procede à dessensibilização do doente. A dessensibilização
ou, melhor, a hipossensibilização consiste em injetar cautelosamente na pele do
alérgico doses sensivelmente fracas de alergeno, aumentando-as progressivamente,
ou na concentração ou na quantidade, para que o organismo se habitue com a
exposição ao alergeno.
ALEXIA. Perda patológica da capacidade de ler, apesar de a visão e a inteligência
estarem intactas.
ALFAFETOPROTEÍNA. proteína produzida normalmente em fetos em
desenvolvimento, que não é encontrada em adultos saudáveis, com exceção em
mulheres grávidas; a sua presença em adultos pode significar presença de tumores
malignos ( tumores de fígado ou de células germinativas).
ALGA. Classe dos vegetais geralmente aquáticos, clorofilados, sem raízes, folhas ou
caule, cujo corpo vegetativo é chamado talo, abrangendo grande diversidade de
formas. Utilizadas em medicina na forma de cremes com finalidades estéticas e como
produto alimentar rico em aminoácidos.
ALGOFILIA. Prazer mórbido das sensações dolorosas. Encontra-se, sobretudo, em
certos delírios místicos e algumas formas de depressão.
ALHO. Espécie de erva bulbosa, da família das liliáceas. O bulbo é formado de 8 a 12
bolbilhos sésseis e envolvidos em fina membrana. Os bolbilhos, chamados dentes,
constituem condimento bastante apreciado e usado já desde tempos remotos.
Utilizado por propriedades medicinais.
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ALIMENTAÇÃO. Conjunto de alimentos que garantem a nutrição do organismo. A
alimentação equilibrada supre as necessidades energéticas e materiais e oferece os
elementos indispensáveis à realização normal do metabolismo. Os gastos energéticos
que devem ser compensados pela alimentação variam conforme o indivíduo:
dependem de sexo, idade, peso, estatura, temperatura externa, trabalho braçal ou
intelectual, estados fisiológicos especiais (crescimento, gravidez, aleitamento, etc.),
e estado de saúde. Para compensar os gastos energéticos, o homem dispõe da
energia produzida no próprio organismo, pela combustão dos alimentos simples
durante o metabolismo: protídios, lipídeos, glicídios. Estas substâncias possuem
valores energéticos diferentes, onde as mais ricas em calorias são os lipídeos
(gorduras) e os glicídios (açúcares). Além das necessidades energéticas, que se
podem chamar quantitativas, o homem tem necessidades materiais, qualitativas, de
importância capital na época do crescimento. De fato, os materiais de que se
compõe o organismo são constantemente renovados, sendo o exemplo mais notável
o da pele que descama constantemente e dos cabelos e unhas, que crescem
continuamente. Ocorre o mesmo com várias células e tecidos do organismo. Para
compensar o consumo de material, o organismo precisa principalmente de proteínas
que contêm os aminoácidos indispensáveis, de gorduras com os ácidos graxos
necessários, de substâncias minerais (sódio, potássio, cálcio, etc.). Finalmente, para
que o metabolismo se realize normalmente, a alimentação deve conter, em
quantidades suficientes, vitaminas e certas substâncias minerais específicas (iodo,
ferro, cobre, zinco, manganês, etc.). É necessário também que os diversos alimentos
se equilibrem entre si: o caso mais característico é a relação que deve haver entre as
vitaminas B e os glicídios (açúcares), pois quanto mais a alimentação é rica em
açúcar, mais deve ser em vitaminas B. A alimentação obedece, pois, a leis bastante
estritas. É por isso que qualquer regime alimentar deve ser realizado sob controle
médico.
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL (Enteral ou Parenteral). Alimentação de um doente
que não pode ou não quer ingerir alimentos normalmente. O método depende da
doença em tratamento. Caso trate-se de paralisia dos músculos da faringe que
impede a deglutição, em certos casos de poliomielite, por exemplo, introduz-se uma
sonda mole no estômago através do esôfago, passando pela boca ou pelas narinas.
O processo é simples e indolor; às vezes administra-se antes um calmante e até
mesmo um anestésico. Os alimentos dados são geralmente líquidos: leite, caldo de
carne, sucos de frutas, soluções de glicose, de vitaminas, etc. Esta técnica de
ingestão por sonda esofagiana é também usada para alimentar os doentes mentais
que recusam sistematicamente o alimento. Em certas doenças, como estreitamento
ou estenose do esôfago, úlcera ou tumor do estômago, os alimentos são introduzidos
no reto sob forma de soluções alimentares, através de uma sonda mole. Em certos
casos de estreitamento do esôfago recorre-se a gastrotomia, ligação do estômago
com o exterior, através da qual introduz-se uma cânula. Certos preparados
nutrientes podem ser introduzidos diretamente no sangue por perfusões
endovenosas (alimentação parenteral), em casos de pacientes com fístulas
intestinais ou outras doenças crônicas que limitem a absorção intestinal de
alimentos.
ALIMENTO. Substância de origem animal, vegetal, ou mineral que pode ser
assimilada pelo organismo. Os produtos alimentares que servem para a nutrição do
homem são muito complexos, contendo, de fato, grande número de elementos
constituintes. Alguns dentre eles são inutilizáveis, pois os sucos digestivos não
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conseguem fragmentá-los: celulose, queratina, elastina, certas mucilagens e
gorduras. São eliminados intactos, ou quase, pelas fezes. Os outros elementos dos
produtos alimentares são perfeitamente utilizáveis; chamam-se alimentos simples e
são classificados geralmente em cinco grandes categorias: protídios, também
chamados matérias albuminóides ou proteínas; glicídios, conhecidos igualmente
como açúcares ou hidratos de carbono; lipídios ou gorduras; vitaminas e elementos
minerais (água, sais, ferro, iodo, etc.). As três primeiras espécies são divididas em
moléculas (ácidos aminados, ácidos graxos, oses, etc.) antes de serem absorvidos ao
nível da mucosa intestinal junto com as vitaminas e elementos minerais. O sangue
conduz todas estas substâncias através do organismo que compensa, graças a elas,
os gastos de matéria e de energia. Os protídios e minerais fornecem sobretudo
material de reconstrução tecidual e crescimento: os lipídios e glicídios produzem
principalmente energia através de reações químicas muito complexas que se
realizam no interior das células. Quanto às vitaminas, cuja síntese o organismo é
incapaz de efetuar, são elementos absolutamente indispensáveis ao trabalho normal
do metabolismo. Os alimentos simples encontram-se em proporções diversas nos
alimentos compostos de origem vegetal ou animal. A água potável e o sal de cozinha
são praticamente os únicos alimentos simples de origem mineral. Os alimentos de
origem vegetal são geralmente ricos em glicídios e bastante pobres em protídios e
lipídios. E o caso das frutas e legumes frescos que aliás contêm muita água e
quantidade relativamente grande de vitaminas e sais minerais. Os grãos das
leguminosas ou legumes secos (ervilha, feijão, fava, lentilha, soja, etc.) e os grãos
de cereais (trigo, centeio, aveia, arroz, milho, etc.) como seus derivados (pães,
massas) são também ricos em glicídios, sobretudo em amido, mas contêm
igualmente protídios. Os oleaginosos (nozes, avelãs, amêndoas, azeitonas, etc.) são
ricos em protídios e lipídios: delas se extraem óleos vegetais. Todos estes elementos
contêm celulose que forma verdadeira membrana, muito resistente, em torno de
cada célula vegetal. A celulose é extremamente resistente à ação dos sucos
digestivos humanos e para que as substâncias alimentícias contidas no interior das
células vegetais sejam digeridas é necessário, pois, que as cascas celulósicas se
rompam; isto se faz em parte pela mastigação, mas principalmente pelo
esmagamento e pela cocção. A celulose desempenha papel muito importante na
digestão, dando consistência ao bolo alimentar, estimulando o peristaltismo do tubo
digestivo. Os alimentos de origem animal são caracterizados sobretudo pela
abundância de protídios, mais acessíveis aos sucos digestivos e mais ricos em
aminoácidos que os protídios vegetais. As carnes (talho, aves, peixes) ricas em
protídios e pobres em glicídios, contêm pouco ou muito lipídio conforme a origem,
possuindo também vitaminas e sais minerais. As vísceras (fígado, miolo, tripas, etc.)
são muito ricos em vitaminas B e lipídios fosfatados. O leite é considerado alimento
completo, isto é, que contem todos os alimentos simples em proporções
equilibradas, mas é pobre em ferro. A manteiga é muito rica em lipídios. A maior
parte dos queijos contém grandes quantidades de protídios, lipídios, vitaminas e sais
minerais (sobretudo de cálcio). O ovo é um alimento quase completo, entretanto, a
gema, ao contrário do leite, rica em ferro, não contem praticamente vitamina C. O
mel é extremamente rico em glicose. A quantidade de energia fornecida pelos
alimentos durante sua combustão no organismo é expressa em Calorias, isto é, em
grandes calorias ou quilo-calorias. Já foi calculado que 1 grama de protídio fornece
cerca de 4 Cal.; 1 grama de glicídio, cerca de 4 Cal.; 1 grama de lipídio, cerca de 9
Cal. Por estas medidas base é possível determinar o valor energético dos diversos
alimentos compostos.