1. Levantamento das tipologias da
documentação audiovisual
e
A diversidade de suportes e sua
contínua renovação
Doutoranda Claudiane Weber
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO
PRETO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
Disciplina: DOCUMENTAÇÃO AUDIOVISUAL
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira
Ribeirão Preto, março de 2015
2. 1 INTRODUÇÃO
2 AUDIOVISUAL E TIPOLOGIAS
3 DIVERSIDADE DE SUPORTES
4 LEVANTAMENTO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
5 NA PRÁTICA
REFERÊNCIAS
O que será apresentado?
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
3. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
O que é
Audiovisual
4. Documento audiovisual - gênero documental
integrado por documentos que contêm imagens,
fixas ou em movimento, e registros sonoros em
qualquer suporte, e que exige equipamento
apropriado para ser visualizado ou executado.
(Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia)
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Audiovisual
5. Na classificação adotada pela Federação
Internacional de Associações de Bibliotecários,
Seção de Bibliotecas Públicas (1976), “materiais
audiovisuais são os que não podem prescindir de
equipamentos para audição ou visão.
Compreendem discos, fitas magnéticas, filmes,
diapositivos, diafilmes,
videoteipes, transparências, microformas“
(McCARTHY; TARGINO, 1984, p. 304)
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Audiovisual
6. os termos mídia (ou média) áudio-visual,
materiais audiovisuais, meios áudio-visuais,
materiais especiais, materiais não-impressos,
materiais não-bibliográficos, multimeios, AVM, AV,
non-book media e meios não-gráficos vem
insistentemente sendo utilizados como sinônimos.
oscilação terminológica e conceitual
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Audiovisual
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7. Meios não-gráficos, por sua vez, têm a
intenção de contrapô-los aos impressos em geral.
No entanto, muitos mapas, cartazes e outros
materiais gráficos, impressos, e até o quadro
negro, são considerados como integrantes desse
grupo heterogêneo de mídia marginal, irmanados
por não serem livros.
Non-book media
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Audiovisual
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8. audiovisuais => emprego de instrumentos
da tecnologia => para produção e uso
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Audiovisual
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9. Nas nossas aulas também compreenderá
filmes cinematográficos, gravações de vídeo,
vídeoaulas, compilações, trailers, noticiários,
entrevistas, animações, objetos de aprendizagem,
materiais iconográficos, entre outros.
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Audiovisual
10. Como a “embalagem”da informação está
"definitivamente identificada com os meios
magnéticos de registro e comunicação de dados"
(ARAÚJO, 1991, p. 37), observa-se ainda a
tentativa de definição pelo corte abrupto com o
tradicional ritual do homem-manuseando-um-livro
ou, mais especificamente, ligando o processo de
consumo dos signos ao homem utilizando-
máquina.
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Audiovisual
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11. Na Biblioteconomia/CI é essencial a
possibilidade de preservação, arquivamento e
catalogação. “Deve existir de forma permanente
ou semi-permanente. Ex. um programa de rádio
ou TV, em si, não pode ser considerado material
audiovisual, a não ser que tenha sido preservado
através de fitas magnéticas ou meios apropriados
“
(McCARTHY; TARGINO, 1984, p. 304)
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Audiovisual
12. Dentro da visão existente na Biblioteconomia/CI,
algumas manifestações são mais facilmente reconhecidas
como audiovisuais do que outras. Enfim, de uma maneira
por demais aberta e incoerente com o nome, normalmente,
dentro dos centro de informação, é considerado
audiovisual aquela parte do acervo que, obviamente, lida
com áudio e/ou visual e o que não possui o formato de um
livro. Tanto faz se estão juntos ou separados o some a
imagem e, algumas vezes, se o suporte tem ou não a
inclusão da palavra.
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Audiovisual
14. Audiovisual
Relativo a imagens e/ou som
Materiais audiovisuais
Quaisquer objetos veiculando
registros de som e/ou imagens
fixas ou em movimento
Multimedia interativo
Objetos multimedia cuja
sequência e/ou forma de
apresentação é controlada pelo
utilizador
Multimedia
Objetos contendo duas ou mais
expressões audiovisuais, por
exemplo, som e imagem,
texto e gráficos animados
Diretrizes da IFLA
15. Dentro das mídias, as mais contemporâneas – o
cinema, a televisão e o computador pessoal caracterizam-
se pelo poder da manipulação simultânea de elementos
visuais e sonoros e, por conectarem diferentes códigos a
partir de uma idéia, produzindo, efetivamente, informação
e sedução.
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Audiovisual
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16. Diversos autores consideram o audiovisual como uma
polifonia de linguagens, imagem, som musical, palavra
e escrita.
Passa a ser visto como multidimensional e
plurissensorial, integrando outros órgãos do sentido em
formas sofisticadas de comunicação sensorial.
o audiovisual não representa mais apenas dois
caminhos – o visual e o sonoro
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Audiovisual
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17. no trabalho com as expressões audiovisuais,
lidamos com:
● Percepções
● Sensações
● O olhar
● O ouvir
● O sentir
● Significar
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Audiovisual
18. “A Noite Estrelada“ van Gogh
https://www.youtube.com/watch?v=PMerSm2ToFY&feature=youtu.be
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Audiovisual
19. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
tipologias
onde podemos encontrar o audiovisual?
24. Suportes
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Lista indicativa de suportes audiovisuais
Os registros de som, imagem e multimídia podem
existir em formatos analógicos e digitais numa
variedade de suportes. A lista que se apresenta
não é exaustiva e irá sendo
desenvolvida à medida que a tecnologia evolui
Diretrizes da IFLA
25. Suportes mecânicos
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-Cilindro gravável (1886- 1950s):
formato analógico para som
-Cilindro replicado (1902- 1929):
formato analógico para som
-Disco de sulco largo (1887- 1960):
formato analógico para som
-Discos regraváveis de microsulco ou sulco largo, ou
“discos instantâneos” (1930-…):
formato analógico para som
-Discos de microsulco ou "vinyl" (1948-…):
formato analógico para som Diretrizes da IFLA
26. Suportes mecânicos
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Fonte: Profa. Vânia Lima (material de aula)
http://preservacaoaudiovisual.blogspot.com.br/20
09/03/documentos-sonoros-caracteristicas-e.html
http://telefonia.no.sapo.pt/record.
htm
Cilindro
Disco de sulco largo
27. Suportes de banda magnética
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Formato analógico para som
Áudio, bobine aberta à base de acetato de celulose (1935-1960)
pigmento magnético de Fe2O3
Áudio bobine aberta à base de PVC (1944-1960) pigmento magnético
de Fe2O3
Formato analógico para som e vídeo
Áudio, bobine aberta à base de poliés-
ter, cassete compacta de classe 1 e
vídeo
de bobine aberta de 2 polegadas
(1959-...)
pigmento magnético de Fe2O3
Formato analógico/digital para som e
vídeo
Cassete compacta de classe II : R-
DAT; Vídeo8/Hi8; Betacam SP, MII
(1979-...) partícula de metal para
pigmento magnético
28. Suportes de disco magnético
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Diretrizes da IFLA
Formato digital
Gravador de disco magnético Timex (1954)
Disquetes de 3.0 ; 5.25; 8.0 e 3.0 polegadas
(obsoletos) pigmento magnético de óxido metal
Discos rígidos
http://www.ufscar.br/~glauber/somgrav.html
29. Suportes fotomecânicos
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Formatos de película:
-35 mm (1894-...; formato normalizado desde 1909)
-formatos sub-normalizados
28 mm (1912-...)
16 mm (1923-...)
9.5mm (1922-...)
Super 8 (1965-…)
À base de nitrato: de 1895 a ca. de 1952
À base de acetato, ou “safety”: desde a década
de 20 do séc. XX
À base de polyester: desde a década de 70 do séc. XX
Diretrizes da IFLA
http://www.mnemocine.com.br/index.php/.../5-capitulo-2-bitolas-e-formatos
30. Suportes ópticos
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Diretrizes da IFLA
Formato analógico para vídeo/imagem
fixa
LV Laser Vision (1982-...)
Formato digital para todos os media
CD replicado (1981-...)
Formato digital para som
MD minidisc replicado (1992-...)
MD minidisc gravável (1992-...)
CD regravável (1996-...)
DVD replicado (1997-...)
DVD gravável (1997-...)
DVD regravável (1998-...)
Blue-ray (2000-...)
http://www.radiomuseum.org/r/loewe_opta_laser_vision_lv87
20.html
http://www.pcauthority.com.au/News/2185
02,vintage-tech-looking-back-at-
minidisc.aspx
mini disc e mini disc player
LV Laser Vision
31. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Apesar dos desencontros nas definições existentes para
identificar o que é a diversidade de encontros entre o visual e o
sonoro, para a compreensão do audiovisual, precisamos nos
interessar por todas as inúmeras possibilidades de mediação
capazes de existir entre a emissão e a recepção, baseadas,
simultaneamente, em signos visuais e sonoros.
BETHÔNICO (2006)
Audiovisual
32. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Na verdade, audiovisual "diz-se da mensagem constituída
da combinação de som e imagem" (FERREIRA, 1986, p.
199), sem importar a existência ou a ausência de próteses
tecnológicas, se é durável ou efêmera.
E, das diversas grafias encontradas, áudio visual, áudio-
visual e audiovisual, preferimos esta última, não porque é
encontrada no Dicionário Aurélio, mas por causa da
concepção eisensteiniana de montagem, em que dois
significados justapostos geram um terceiro, maior do que a
simples somadas partes. Mesmo que o termo audiovisual
esteja corrompido por outras significações causadas pelos
mais diversos usos, insistimos neste sentido etimológico.
BETHÔNICO (2006)
Audiovisual
33. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
O meio ou recurso audiovisual, então, é qualquer
suporte onde possa se estabelecer alguma relação
audiovisual.
Linguagem audiovisual é um sistema de signos com
determinados processos de articulação e de significação,
com uma gama de sentido que os
mesmos signos possuem dentro do sistema e com um
conjunto pertinente de relações entre seus componentes
visuais e sonoros.
BETHÔNICO (2006)
Audiovisual
34. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Estaremos chamando de código audiovisual àqueles
paradigmas articulatórios cristalizados, dicionarizados ou
dogmatizados.
E, discurso audiovisual é uma mensagem, uma
manifestação articulada de um código audiovisual ou da
linguagem visual, em geral.
BETHÔNICO (2006)
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35. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
A etimologia do termo biblioteca e a
língua portuguesa, que ensina que biblioteca é coletivo de
livros, além da realidade concreta,
reforçam a vinculação biblioteca/livro. Às vezes, o usuário
desconhece as possibilidades, a mera existência das fontes
alternativas; é importante mostrá-las.
O material audiovisual é um território, o livro é outro, e, já
está estabelecido na mente do usuário: a informação mais
confiável para aplicações profissionais e acadêmicas está
na biblioteca, na forma de livro ou periódico.
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36. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
A biblioteca deve oferecer uma diversidade de formatos
para o usuário.
Suprida de AVM (audio-visual materials, materiais audiovisuais),
uma biblioteca pode enriquecer pessoas que nunca poderiam se
servir da tradicional impressão no papel. Uma instituição que
deseja servir a todos os membros de uma comunidade não pode
ignorar os AVM. Toda sociedade tem seus membros em
desvantagem: pessoas com limitações de leitura; os cegos ou
aquele com pouca visão; pessoas que estão muito doentes ou
muito fracas para segurar um livro; aqueles que são mentalmente
retardados ou disléxicos, ou apenas lêem devagar; ou aqueles
que não estão familiarizados coma língua escrita, como no caso
de indivíduos não alfabetizados.
BETHÔNICO (2006)
Audiovisual
37. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
O aparecimento de profissionais capazes de valorizar as mídias
alternativas vai incentivar o aparecimento de usuários, de
acervos audiovisuais e vai contribuir para o aprimoramento das
técnicas e do conhecimento. Nosso mundo audiovisual também
precisa de indivíduos qualificados
para assumir
um papel
relevante na
preservação
da memória
nacional que
tem muito de
audiovisual.
BETHÔNICO (2006)
Audiovisual
38. A FORMA DA INFORMAÇÃO
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
BETHÔNICO (2006)
Etimologicamente, a palavra
“informar” vem do latim
informare, significando colocar em
forma.
Na verdade, não há distinção real,
conteúdo-forma, mas, se podemos
fazer uma divisão didática visando
a um ou outro raciocínio,
enunciado-enuciação, precisamos
ter em vista que a dicotomia da
informação não é pura, simples e
objetiva. Numa mesma forma
podem ser lidos diversos
conteúdos, dependendo da
capacidade de cada leitor.
39. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Por outro lado, um conteúdo
genérico pode estar em diversas
formas: várias obras diferentes
podem falar do amor de um
homem por uma mulher, mas
aquilo que pode ser depreendido
integralmente de uma forma, "O
quase beijo" entre Eros e
Psique, representado por de
Canova, por exemplo, está ali
naquela estátua, somente ali,
naquele momento em que é
percebido, pois em outro
instante, a luz pode ser outra, e
o observador também.
A FORMA
40. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
A IMAGEM
Foto:ClaudianeWeber
41. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
organização e administração?
42. Organização e administração
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Pessoal
A gestão dos recursos audiovisuais e multimídia exige
pessoal e equipamento especializados. Bibliotecários
cientes do potencial do audiovisual.
Formação inicial e contínua
aspectos intelectuais, aspectos legais e
aspectos técnicos
Orçamento
O processo e critérios devem ser revistos anualmente dada
a rápida alteração das tecnologias.
Diretrizes da IFLA
43. Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
aquisições e depósito legal?
44. Grandes compositores, Mozart, Beethoven, etc,
tiveram raras oportunidades de ouvir suas próprias
sinfonias. Em tempos de internet pode-se comprar
CD/DVD, baixar da internet, samplear e incluir novos
trechos e ouvir tantas vezes se quer e em diferentes
formatos
Exemplo: Playing For Change – United
https://youtu.be/WCoL87qingU
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber
Audiovisual
45. referências
Functional Requirements for Bibliographic Records
http://www.ifla.org/publications/functional-requirements-for-bibliographic-records
Profa. Dra. Sueli Mara S. P. Ferreira e Claudiane Weber