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PORTUGAL
Portugal, oficialmente República Portuguesa,é um país soberano
unitário localizado no Sudoeste da Europa, cujo território se situa
na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no
Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92 090
km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste
pelo oceano Atlântico, compreendendo uma parte continental e
duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da
Madeira. Portugal é a nação mais a ocidente do continente
europeu. O nome do país provém da sua segunda maior cidade,
Porto, cujo nome latino era Portus Cale.
O território dentro das fronteiras actuais da República Portuguesa tem sido
continuamente povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por
celtas, como os galaicos e os lusitanos, foi integrado na República
Romana e mais tarde colonizado por povos germânicos, como os suevos e
os visigodos, e no século VIII as terras foram conquistadas pelos mouros.
Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense,
primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de
Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja
independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras
em 1249, Portugal tornou-se o mais antigo Estado-nação da Europa.
Nos séculos XV e XVII, como resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos (ver:
descobrimentos portugueses), Portugal expandiu a influência ocidental e estabeleceu um
império que incluía possessões na África, Ásia, Oceania e América do Sul, tornando-se a
potência económica, política e militar mais importante de todo o mundo. O Império
Português foi o primeiro império global da história e também o mais duradouro dos impérios
coloniais europeus, abrangendo quase 600 anos de existência, desde a conquista de Ceuta
em 1415, até à transferência de soberania de Macau para a China em 1999. No entanto, a
importância internacional do país foi bastante reduzida durante o século XIX, especialmente
após a independência do Brasil, a sua maior colónia. Após a Revolução de 1910, a
monarquia foi deposta e iniciada a Primeira República Portuguesa, cuja instabilidade
culminou na instauração de um regime autoritário, o Estado Novo. A democracia
representativa foi instaurada após a Revolução dos Cravos, em 1974, que terminou a
Guerra Colonial Portuguesa, quando as últimas províncias ultramarinas de Portugal se
tornaram independentes, sendo as mais proeminentes Angola e Moçambique.
Portugal é actualmente um país desenvolvido, com um Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país
é classificado na 19.ª posição em qualidade de vida, tem um dos melhores
sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais
globalizadas e pacíficas do mundo. É membro-fundador da Organização
das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (incluindo a Zona Euro e o
Espaço Schengen), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO),
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Portugal também participa em diversas missões de manutenção de paz
das Nações Unidas
18 DESTRITOS
   Viana do Castelo
   Braga
   Vila Real
   Bragança
   Porto
   Viseu
   Aveiro
   Guarda
   Coimbra
   Leiria
   Castelo Branco
   Santarem
   Portalegre
   Lisboa(Capital)
   Evora
   Setubal
   Beja
   Faro
Viana Do Castelo
A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico conforme o
testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-
romana no monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura,
recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal passada em 18 de julho de
1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante
entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da
Roqueta) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e do Norte de
África, que procuravam este porto.
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de
vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O
espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a rainha Maria II de
Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em
1852, naquela que é, na atualidade, a 4ª entidade patronal mais antiga do país.
A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que
não se rendeu às forças do conde das Antas (1847), decidiu elevar a vila à
categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848).
Braga
A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico conforme o
testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-
romana no monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura,
recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal passada em 18 de julho
de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num
importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva
(a Torre da Roqueta) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza
e do Norte de África, que procuravam este porto.
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a
exportação de vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos,
tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções
que a rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial
de Viana do Castelo em 1852, naquela que é, na atualidade, a 4ª entidade
patronal mais antiga do país. A mesma soberana, para recompensar a
fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do conde
das Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com o nome
de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848).
Vila Real
A região de Vila Real possui indícios de ter sido habitada desde o paleolítico. Vestígios de povoamentos
posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a presença romana. Porém com as invasões
bárbaras e muçulmanas verifica-se um despovoamento gradual.
Nos finais do século XI, em 1096, o conde D. Henrique atribui foral a Constantim de Panóias, como forma
de promover o povoamento da região. Em 1272, como novo incentivo ao povoamento, atribuiu D. Afonso III
foral para a fundação — sem sucesso — de uma Vila Real de Panoias, que alguns autores defendem ter
sido prevista para um local diferente do actual (provavelmente o lugar da Ponte na freguesia de Mouçós).
Somente em 1289, por foral do rei D. Dinis, é fundada efectivamente a Vila Real de Panóias, que se
tornará a cidade actual. No entanto, ao que parece, já em 1139 se chamava «Vila Rial» ao promontório
onde nasceu a Vila Real actual, na altura pertencente à freguesia de Vila Marim.
A localização privilegiada, no cruzamento das estradas Porto-Bragança e Viseu-Chaves, permite um
crescimento sustentado. A presença, a partir do século XVII, da Casa dos Marqueses, faz com que muitos
nobres da corte também se fixem. Facto comprovado pelas inúmeras pedras-de-armas com os títulos de
nobreza dos seus proprietários que ainda hoje se vêem na cidade.
Com o aumento da população, Vila Real adquiriu, no século XIX, o estatuto de capital de distrito e, já no
século XX, o de capital de província. Em 1922 foi criada a diocese de Vila Real, territorialmente coincidente
com o respectivo distrito, por desanexação das de Braga, Lamego e Bragança-Miranda, e em 1925 a
localidade foi elevada a cidade.
Conheceu um grande incremento com a criação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em 1986
(embora esse já viesse a acontecer desde 1979, com o Instituto Universitário de Trás-os-Montes e Alto
Douro, sucessor do Instituto Politécnico de Vila Real, criado em 1973), que contribuiu para o aumento
demográfico e revitalização da população.
Nos últimos anos, foram criados em Vila Real vários equipamentos culturais, que trouxeram novo
dinamismo à cidade, como o Teatro de Vila Real e o Conservatório de Música, e a transferência da
Biblioteca Municipal e do Arquivo Municipal para edifícios específicos para esse fim. Foram também
valorizadas várias áreas da cidade, como o antigo Bairro dos Ferreiros e a área envolvente do Rio Corgo.
Actualmente, Vila Real vive uma fase de crescente desenvolvimento, a nível industrial, comercial e dos
serviços, com relevo para a saúde, o ensino, o turismo, etc, apresentando-se como local de eleição para o
investimento externo.
Bragança
Na área do actual concelho de Bragança, existia já uma povoação
importante ao tempo da ocupação romana. Durante algum tempo, teve a
designação de "Juliobriga", dada a Brigantia pelo imperador Augusto em
homenagem a seu tio Júlio César.
Destruída durante as guerras entre cristãos e mouros, encontrava-se em
território pertencente ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs quando a
adquiriu, por troca, em 1130, dom Fernando Mendes, cunhado de dom
Afonso Henriques. Reconstruída no lugar de Benquerença, dom Sancho I
concedeu-lhe foral em 1187, e libertou-a em 1199 do cerco que lhe
impusera Afonso IX de Leão, pondo-lhe, então, definitivamente, o nome de
"Bragança".
O regente dom Pedro, em 1442, elevou Bragança a cabeça de ducado
concedido a seu irmão ilegítimo dom Afonso, 8º conde de Barcelos, que
fora genro de dom Nuno Álvares Pereira.
Em 1445, Bragança recebeu a concessão de uma feira franca e, em 1446,
dom Afonso V elevou-a à categoria de cidade.
A 5 de Março de 1770, Bragança tornou-se sede duma diocese. Passou a
ter unida a si, desde 27 de Setembro de 1780, a diocese de Miranda
(criada a 22 de Maio de 1545), ficando a sede em Bragança, e por isso a
designação oficial da diocese é de "Bragança e Miranda".
Porto
Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a
origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres, fundador da terra portugalense, teve uma
importante contribuição na conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale.
Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto.
Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido
por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta",
que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus
habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal.
Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa
de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o navegador.
Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a
conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível,
ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que
hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros",
uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da
cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a
este prato típico .
Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX.
Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os
feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a
atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta
Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é
frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta». Alberga numa das suas muitas igrejas - a da
Lapa - o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao
contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.
Foi agraciada, em 1919, com a Ordem da Torre e Espada.
Viseu
As origens de Viseu remontam à época castreja e, com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de
cuja prova restam apenas os miliários (passíveis de validação pelas inscrições) que se encontram: dois em Reigoso (Oliveira de Frades), outros dois em
Benfeitas (Oliveira de Frades), um em Vouzela, dois em Moselos (Campo), um em São Martinho (Orgens), um na cidade (na Rua do Arco), outro em Alcafache
(Mangualde) e mais dois em Abrunhosa (Mangualde); outros mais existem, mas devido à ausência de inscrições, a origem é duvidosa. Estes miliários alinham-
se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olissipo-Cale-Bracara, outros dois pólos bastante
influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro — a Cava de Viriato.[5]
Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península,
seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das
povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. De destacar a morte
de D. Afonso V rei de Leão e Galiza no cerco a Viseu em 1027 morto por uma flecha oriunda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes,
Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno, rei de Leão e Castela depois de assassinar em 1037 o
legítimo Rei Bermudo III (filho de Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos).
Mesmo antes da formação do Condado Portucalense, Viseu foi várias vezes residência dos condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um
foral. Seu filho D. Afonso Henriques terá nascido em Viseu a 5 de Agosto de 1109, segundo tese do historiador Almeida Fernandes. O segundo foral foi-lhe
concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
Viseu foi constituído senhorio pela primeira vez a 7 de Julho de 1340, data em que D. Afonso IV o doou a sua nora D. Constança, quando do seu casamento
com seu filho sucessor, o futuro D. Pedro I. Por morte desta rainha, seu marido doou o senhorio, a 9 de Junho de 1357, a sua própria mãe, a rainha D. Beatriz,
viúva de D. Afonso IV. Quando D. Beatriz morreu, em 1359, o senhorio de Viseu voltou à coroa, até que a 2 de Outubro de 1377 o rei D. Fernando I, filho da
antedita rainha D. Constança, o doou a sua filha natural a condessa D. Isabel, que foi senhora de Viseu até 1383 e aí mandou construir uma torre, onde ficava
quando estava na cidade. Com a crise dinástica, o senhorio voltou à coroa, até à criação do ducado de Viseu em 1415.
Já no século XIV, durante a crise de 1383-1385, Viseu foi atacada, saqueada, e incendiada pelas tropas de Castela e D. João I mandou erigir um cerco
muralhado defensivo — do qual resta pouco mais que a Porta dos Cavaleiros e a Porta do Soar, para além de escassos troços de muralha — que seriam
concluído apenas no reinado de D. Afonso V — motivo pelo qual a estrutura é conhecida pelo nome de muralha afonsina — já com a cidade a crescer para
além do perímetro da estrutura defensiva.
No século XV, Viseu é doada ao Infante D. Henrique, na sequência da concessão do título de Duque de Viseu, cuja estátua, construída em 1960, se encontra
na rotunda que dá acesso à rua do mesmo nome. Seu irmão D. Duarte, (rei) nasceu em Viseu, 31 de Outubro de 1391.
No século XVI, em 1513, D. Manuel I renova o foral de Viseu, e assiste-se a uma expansão para actual zona central, o Rossio que, em pouco tempo, se
tornaria o ponto de encontro da sociedade, e cuja primeira referência data de 1534. É neste século que vive Vasco Fernandes, um importante pintor português
cuja obra se encontra espalhada por várias igrejas da região e no Museu Grão Vasco, perto da Sé.
No século XIX é construído o edifício da Câmara Municipal, no Rossio, transladando consigo o centro da cidade, anteriormente na parte alta. Daí ao cume da
colina, segue a Rua Direita, onde se encontra uma grande parte de comércio e construções medievais.
Aveiro
Em finais do século XVI, princípios do século XVII, a instabilidade da vital
comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a
utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de
insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas
estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes -
muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa
portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande
crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de
recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais
notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.
Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter
condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em
1547, por D. João III. Por essa razão, e a pedido de algumas pessoas
notáveis da cidade, à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em
vez de Aveiro, por Alvará Real de 11 de Abril de 1759. Com a queda do
poder do Marquês de Pombal, após D. Maria I se tornar rainha em 1777,
logo esta mandou voltar a cidade à sua anterior designação.
Guarda
A Guarda é uma cidade portuguesa com 31 224 habitantes, inserida no concelho homólogo
com 712,11 km² de área e 42 541 habitantes (2011), subdividido em 55 freguesias. O
município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste
pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a
noroeste por Celorico da Beira. É ainda a capital do Distrito da Guarda que tem uma
população residente de 173 831 habitantes. Situada no último contraforte Nordeste da
Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Portugal. Situa-se
na região centro de Portugal e pertence à sub-região estatística da Beira Interior
Norte.
Possui acessos rodoviários importantes como a A25 que liga Aveiro à fronteira, dando
ligação directa a Madrid; a A23 que liga a Guarda a Torres Novas, bem como o IP2 (em
fase de construção) que ligará Guarda a Bragança.
A nível ferroviário, a Cidade da Guarda possui a Linha da Beira Baixa (encerrada para
obras sem reabertura prevista) e a linha da Beira alta, que se encontra completamente
electrificada permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais,
constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias
para o centro da Europa" com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-
Burgos).
Coimbra
Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis reis de Portugal, da Primeira
Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa.
Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o Rio Mondego, Aeminium. Mais tarde, com o aumento da sua importância
passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana de Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à
Península Ibérica e a cidade passa a chamar-se Kulūmriyya, tornando-se num importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul
árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente
reconquistada por Fernando Magno de Leão.
Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando.
Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Tereza fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas
muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques[carece de fontes?], que faz dela a capital do condado, substituindo
Guimarães em 1129 (é aliás esta mudança da capital para os campos do Mondego que se virá a revelar vital para viabilizar a independência
do novo país, a todos os níveis: económico, político e social)[carece de fontes?]. Qualidade que Coimbra conservará até 1255, quando[carece
de fontes?] a capital passa a ser Lisboa.
No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os
aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes[carece de fontes?], e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos
populares[carece de fontes?].
Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no
século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas
a cabo pelo Marquês de Pombal.
Coimbra em 1669.A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e
Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a
cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é
inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.
Coimbra em 1855.Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer
cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos, mas outros ainda hoje resistem com vigor ao
passar dos anos. Da Universidade surgiram e resistem ainda hoje em plena actividade primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o
mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888.
Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o
Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e
o Fado de Coimbra a todo o mundo.
Leiria
Apesar de sua história precoce ser bastante obscura, mesmo assim, a bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior
densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70
sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do
rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na mata dos marrazes atrás do Bairro Sá Carneiro) e pinturas rupestres (estas na praia do
Pedrógão e no vale do Lapedo). De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e
que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional.
Os túrdulos, um povo indígena da Ibéria, estabeleceram um povoado junto à cidade actual de Leiria (a cerca de 7 km). Essa
povoação foi depois ocupada pelos Romanos, que a expandiram sob o nome de Collippo. As pedras da antiga cidade romana
foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda podemos ver pedras com
inscrições romanas.
O Castelo de Leiria, com as suas características galerias.Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos visigodos, mas
durante o período de domínio árabe, Leiria era já uma vila com praça. A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de
Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Essa localidade foi brevemente retomada pelos mouros em
1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, sendo desse ano o primeiro foral (carta de direitos
feudais), atribuído para estimular a colonização da área.
Os dois reis esforçaram-se por reconstruir as muralhas e o castelo da vila, para evitar novas incursões mouras. A maioria da
população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte
exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII,
servia a freguesia exterior às muralhas.
De facto a região de Leiria é a ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam
àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as
características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no
local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.
Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza
(para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria
foram em 1254, durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem
do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.
Castelo Branco
Castelo Branco deve o seu nome à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina
da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.
Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta data, de doação aos
Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213
recebeu foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O
Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.
Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e
1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da
freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao
século XIV.
Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de
notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de
comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946,
abrindo como museu em 1971.
Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que
viria a ser extinta em 1881. O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior)
é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596
e 1598, foi o paço de residência dos Bispos em Castelo Branco.
A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tornado infligindo danos consideráveis nas
infrastruturas.
A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro
de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade.
Com efeito, a cidade viria a tornar-se capital do distrito em 1959.
Santarém
Santarém, antiga Scalabis, foi conquistada em 15 de março de 1147, por D. Afonso
Henriques. Num golpe audacioso, perpetrado durante a noite, a cidade caiu na posse de
um escasso exército reunido pelo Rei de Portugal.
Esta cidade muito antiga terá sido contactada por Fenícios, Gregos e Cartagineses. A
fundação da cidade de Santarém reporta à mitologia greco-romana e cristã, reconhecendo-
se nos nomes de Habis e de Irene, as suas origens míticas. Os primeiros vestígios
documentados da ocupação humana remontam ao século VIII a.C..
A população do povoado teria colaborado com os colonizadores romanos, quando estes
aportaram à cidade em 138 a.C. e a designaram como Scalabis. Durante este período
tornou-se no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes
centros administrativos da província Lusitânia. Dos romanos recebeu o nome de Scalabi
Castro.
Com as invasões dos Alanos e dos Vândalos passou a ser designada por Santa Irene.
Passou para a posse dos mouros em 715 até que D. Afonso Henriques a conquista
definitivamente em 1147.
A cidade foi palco de inúmeras Cortes.
Santarém, conquistada por D Afonso Henriques num golpe audacioso em 1147,
apresentava o nome Scalabis, nome romano para designar a antiga cidade. A cidade de
Santarém tem origens místicas, mais propriamente Greco-Romanas e Cristãs. Os primeiros
vestígios de presença humana remetem para o séc. VIII a.C. Durante o período da
colonização romana na cidade, esta tornou-se no principal entreposto comercial do médio
Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitana. Depois das
invasões dos Alanos e Vândalos, a cidade passou a chamar-se Santa Irene. Em 715 foi
conquistada pelos mouros até que D Afonso Henriques a conquistou definitivamente.
Portalegre
Segundo uma lenda frequentemente referida, descrita por Frei Amador Arrais na sua obra "Diálogos" de 1589, Portalegre teria
sido fundada por Lísias no século XII a.C.,na sequência do desaparecimento da sua filha Maia. Esta passeava com Tobias
quando é cobiçada por um vagabundo, Dolme, que a rapta e assassina Tobias. Lísias fica desesperado pelo desaparecimento
da filha e vai à sua procura, acabando por por encontrá-la morta junto a um regato que hoje tem o nome de Ribeiro de Baco.
Lísias virá a morrer de alegria quando julga ter visto a filha estender-lhe os braços. À cidade entretanto fundada foi dado o nome
de Amaia (ou Ammaia). Lísias teria também construído uma fortaleza e um templo dedicado a Baco no local onde hoje se
encontra a Igreja de São Cristóvão. Segundo Frei Amador Arrais, ainda existiam ruínas desse templo no século XVI.Acredita-se
hoje que a lenda resultou de fantasias de alguma forma apoiadas na existência de uma lápide com uma dedicatória ao imperador
romano Lúcio Aurélio (161-192 d.C.), a qual foi provavelmente trazida das ruínas da cidade romana que se encontra em São
Salvador da Aramenha, perto de Marvão, a qual é hoje comummente aceite com sendo a Ammaia romana referida em várias
fontes históricas. A localização desta e de outra cidade referida em fontes do período romano, Medóbriga, foi objecto de
controvérsia até, pelo menos, ao princípio do século XX, especulando-se até essa altura se existiria algum povoado antigo
importante na zona actualmente ocupada pela cidade ou nas suas imediações.
Muralha junto à Rua dos Muros de Baixo; ao fundo situava-se a Porta do Postigo.O nome de Portalegre terá origem em Portus
Alacer (porto, ponto de passagem, e alacer, alegre), ou mais simplesmente Porto Alegre.
É provável que no século XII existisse um povoado no vale a leste da Serra da Penha. O nome de Portalegre, onde uma das
actividades importantes seria a de dar abrigo e mantimentos aos viajantes (daí o nome de porto, ponto de passagem ou
abastecimento). Sendo o local aprazível (alegre), nomeadamente pelo contraste das suas encostas e vales verdejantes com a
paisagem mais árida e monótona a sul e norte, a povoação prosperou e sabe-se que em 1129 era uma vila do concelho de
Marvão, passando a sede de concelho em 1253, tendo-lhe sido atribuído o primeiro foral em 1259 por D. Afonso III, que mandou
construir as primeiras fortificações, as quais não chegaram a ser completadas. Juntamente com Marvão, Castelo de Vide e
Arronches, Portalegre foi doada por D. Afonso III ao seu segundo filho, Afonso.
O rei seguinte, D.Dinis, mandou edificar as primeiras muralhas em 1290, as quais ele próprio viria a cercar durante 5 meses em
1299, na sequência da guerra civil que o opôs ao seu imrão, que reclamava o trono alegando que D. Dinis era filho ilegítimo.
Nesse mesmo ano, D. Dinis concederia a Portalegre o privilégio de não ser atribuído o senhorio da vila «nem a infante, nem a
homem rico, nem a rica-dona, mas ser d’ el-Rei e de seu filho primeiro herdeiro».
LISBOA
Durante o Neolítico, a região foi habitada por vários povos Iberos[15][fonte fiável?] que também viveram em outras regiões da
Europa atlântica neste período. Estes construíram vários monumentos megalíticos[16] e é ainda possível encontrar alguns
dólmens[17] e menires[18] nos campos em redor da cidade.
O magnífico porto fornecido pelo estuário do rio Tejo transformou a cidade na solução ideal para fornecer alimentos aos navios
destinados às Ilhas do Estanho (actuais Ilhas Scilly) e Cornualha.
O povo celta invadiu a região no primeiro milénio a.C.[19][20] e através de casamentos tribais com os povos ibéricos pré-
romanos aumentaram o número de falantes da língua celta na região.
O povoado pré-romano de Olisipo, teve origem nos séculos VIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do Castelo. A Olisipo
pré-romana foi o maior povoado orientalizante da região de Portugal. Estima-se que a população rondasse entre os 2 500 e os 5
000 habitantes.[21] Olisipo seria um local de aportagem para o tráfego marítimo e comércio com os fenícios.[22] Achados
arqueológicos sugerem que já havia trocas comerciais com os Fenícios na região em 1 200 a.C.,[15] levando alguns
historiadores à teoria de que fenícios teriam habitado o que é hoje o centro da actual cidade, na parte sul da colina do
castelo.[carece de fontes?] Além de poderem viajar para o norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na
desembocadura do maior rio da península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.[carece de
fontes?] Outros importantes produtos da região comercializados foram o sal, os peixes salgados e os cavalos puros sangue
lusitano, que eram já bastante renomados na antiguidade.[23]
Recentemente,[quando?] vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. No entanto, alguns dos
historiadores modernos[24] consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, e acreditam que Lisboa era uma antiga
civilização autóctone (chamada pelos romanos de oppidum) e que, no máximo, mantinha relações comerciais com os fenícios, o
que explicaria a presença de cerâmicas fenícias e outros objectos.
Vestígios de construções fenícias descobertos sob a Sé de Lisboa.Uma lenda popular e romântica conta que a cidade de Lisboa
teria sido fundada pelo herói grego Odisseu (Ulisses),[carece de fontes?] e que tal como Roma o seu povoado original era
rodeado por sete colinas. Derivado, os gregos chamam à cidade de Olissipo, proveniente do nome do herói.[carece de fontes?]
Se todas as viagens de Ulisses através do Atlântico se deram da forma descrita por Théophile Cailleux,[25] isso poderia
significar então que Ulisses fundou a cidade vindo do norte, antes de tentar dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser o
Cabo de São Vicente), no sentido de sudeste, em direcção a Ítaca. No entanto, a presença dos fenícios, mesmo ocasional, é
anterior à presença helénica na área. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido em latim para Olissipona.[13]
Alguns dos deuses pré-romanos são Aracus, Cariocecus, Bandua e Trebaruna.[26]
Evora
Évora e sua região circundante tem uma rica história que recua a mais de dois milênios, como demonstrado por monumentos
megalíticos próximos como a Anta do Zambujeiro e o Cromeleque dos Almendres. Alguns povoados neolíticos desenvolveram-se na
região, o mais próximo localizado no Alto de São Bento. Outro povoado deste tipo é o chamado Castelo de Giraldo, habitado
continuamente desde o 3o milênio até o primeiro milênio antes de Cristo e de esporádica ocupação na época medieval. Escavações
arqueológicas, porém, não demonstraram até agora se a área da actual cidade era habitada antes da chegada dos romanos.

Segundo uma lenda popularizada pelo humanista e escritor eborense André de Resende (1500-1573), Évora teria sido sede das
tropas do general romano Sertório, que junto com os lusitanos teria enfrentado o poder de Roma. O que é sabido com certeza é que
Évora foi elevada à categoria de municipium sob o nome de Ebora Liberalitas Julia, em homenagem a Júlio César. A origem
etimológica do nome Ebora é proveniente do celta antigo ebora/ebura, caso genitivo plural do vocábulo eburos (teixo), nome de uma
espécie de árvore, pelo que o seu nome significa "dos teixos". A actual cidade de Iorque (York), no Norte de Inglaterra, na época do
Império Romano, era denominada Eboracum/Eburacum, nome derivado do celta antigo Ebora Kon (Lugar dos Teixos), pelo que o
seu nome antigo está hipoteticamente relacionado com o da cidade de Évora[3]. Na época do Imperador Augusto (63 a.C. - 14 d.C.),
Évora foi integrada à Província da Lusitânia e beneficiada com uma série de transformações urbanísticas, das quais o Templo
romano de Évora - dedicado provavelmente ao culto imperial - é o vestígio mais importante que sobreviveu aos nossos dias, além
de ruínas de banhos públicos. Na freguesia da Tourega, os restos bem-preservados de uma villa romana mostram que ao redor da
cidade existiam estabelecimentos rurais mantidos pela classe senhorial. No século III, num contexto de instabilidade do Império, a
cidade foi cercada por uma muralha da qual alguns elementos existem até hoje.
Setubal
Desconhece-se a origem do topónimo 'Setúbal'. No entanto existe a tese de que o nome da
cidade resultou da cisão de dois nomes bíblicos: Seth (3º filho de Adão) e Tubal (neto de
Noé). A tese parece ser da autoria do historiador da época filipina [[Frei Bernardo de Brito].
O topónimo já existe em 'Cetóbriga' (Cetoba ou Cetobra + designação celta briga para
povoação). A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal'
pode estar relacionado com o topónimo do rio (Sado ou Sadão) que banha a povoação,
referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre
(sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). Também o nome vem referida uma das
nações estrangeiras, identificada na História dos Hebreus de Flávio Josefo com os
iberos[4], teria dado origem à cidade[5][6]. Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade
perdem-se no rasto dos tempos.
Setúbal nasceu do rio e do mar. Os registos de ocupação humana no território do concelho
remontam à pré-história, tendo sido recolhidos, em vários locais, numerosos vestígios
desde o Neolítico. Foi visitada por fenícios, gregos e cartagineses, que vinham à Ibéria em
procura do sal e do estanho, nomeadamente a Alcácer do Sal, sendo então o rio navegável
até esta povoação.
Aquando da ocupação romana, Setúbal experimentou um enorme desenvolvimento. Os
romanos instalaram na povoação fábricas de salga de peixe e fornos para cerâmica que
desenvolveram igualmente.
A queda do império romano, as invasões bárbaras, a constante pirataria de cabotagem
causaram uma estagnação, senão mesmo desaparecimento da povoação entre os séculos
VI e XII. Nomeadamente neste último século, não existem quaisquer registos da povoação,
‘entalada’ entre a Palmela cristã e a Alcácer do Sal árabe.
Beja
Crê-se que a cidade foi fundada, cerca de 400 a.C., pelos Celtas[4] ou mais provavelmente pelos Cónios,
que a terão denominado Conistorgis, e que os Cartagineses lá se estabeleceram durante algum tempo. As
primeiras referências a esta cidade aparecem no século II a.C., em relatos de Políbio e de Ptolomeu.
Com o nome alterado para Pax Julia, foi sede de um conventus (circunscrição jurídica) pouco depois da
sua fundação, teve direito itálico e esta cidade albergou uma das quatro chancelarias da Lusitânia, criadas
no tempo de Augusto. A sua importância é atestada pelo facto de por lá passar uma das vias romanas.
Os Alanos, Suevos e os Visigodos dominaram esta cidade depois da queda do Império Romano, tornando-
a sede de bispado. No século V, depois de um breve período no qual haverá sido a sede da Tribo dos
Alanos, os Suevos apoderaram-se da cidade, sucedendo-lhes os Visigodos. Nesta altura passa a cidade a
denominar-se Paca.
Do século VIII ao ano de 1162, esteve sobre a posse dos Árabes, designadamente no domínio dos
Abádidas do Reino Taifa de Sevilha, que lhe alteraram o nome para Beja (existe outra cidade com este
nome na Tunísia). Aqui nasceu o Al-Mutamid, célebre rei-poeta que dedicou muitas das suas obras ao
amor a donzelas e também a mancebos homens.
No referido ano os cristãos reconquistaram definitivamente a cidade. Recebeu o foral em 1524 e foi
elevada a cidade em 1517. Beja foi o berço da notável família de pedagogos e humanistas do
Renascimento que incluiu Diogo de Gouveia (1471 - 1557), professor de Francisco Xavier e conselheiro
dos reis D. Manuel I e D. João III de Portugal, a quem recomendou a vinda dos jesuitas; André de Gouveia
(1497 - 1548), humanista, reitor da Universidade de Paris e fundador do Real Colégio das Artes e
Humanidades em Coimbra e o humanista António de Gouveia.
Criado pelo Rei D. Afonso V de Portugal em 1453, o título de Duque de Beja foi atribuído ao segundo filho
varão, até à instituição da Casa do Infantado, em 1654, pelo Rei D. João IV, tendo-o como base.
Faro
Os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Seu nome de então era Ossonoba, sendo um
dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, baseado na troca de produtos
agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos III a.C. e VIII d.C., a cidade está sob domínio Romano e Visigodo, sendo conquistada vindo a ser conquistada
pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no
século IX). Durante a ocupação árabe o nome Ossónoba prevaleceu, desaparecendo apenas no século IX, dando lugar a Santa Maria do Ocidente; era então
capital de um efémero principado independente.
No século XI passa a designar-se Santa Maria Ibn Harun e o nome de Ossonoba começa a ser substituído. A cidade é fortificada com uma cintura de
muralhas.
Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para
sul, reconquistando os territórios ocupados pelos Mouros. Depois da conquista por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa
Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.
Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de
produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os Descobrimentos Portugueses.
Tem, nesse período, uma importante e activa colónia judaica que no final do século XV imprime localmente o Pentateuco, o primeiro livro português. A comuna
de Faro terá sido sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do País, em todos os tempos, com muitos artesãos e muita gente
endinheirada, sendo frequentes no século XIV as ligações comerciais de judeus e cristãos. A manifesta prosperidade dos judeus farenses no século XV é
interrompida pela carta patente de Dezembro de 1496 em que D. Manuel I os expulsa de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo.
Assim, oficialmente, e só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que também aconteceu em Faro, sendo que, no local onde estava
implantada a judiaria, na Vila Adentro, tivesse sido mandado erigir pela terceira esposa de D. Manuel I o Convento de Nossa Senhora da Assunção.
O Rei D. Manuel I promove, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade - um Hospital, a Igreja do Espírito
Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue - fora das alcaçarias e junto ao litoral. Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede
do bispado do Algarve é transferida de Silves para Faro. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2.º Conde de Essex,
danificaram muralhas e igrejas, e provocaram elevados danos patrimoniais e materiais na cidade.
Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, que foi cercada por uma nova cintura de muralhas durante o período da Guerra da
Restauração (1640 - 1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.Em 1 de Novembro de 1755, a
cidade de Lisboa é arruinada por um grande Sismo que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo no
Algarve.
A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas, conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as
suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia, os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara, foram
destruídos e arruinados.
Até finais do século XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca seiscentista de Faro. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas
décadas.
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Portugal: História e Geografia

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  • 2. PORTUGAL Portugal, oficialmente República Portuguesa,é um país soberano unitário localizado no Sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico, compreendendo uma parte continental e duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Portugal é a nação mais a ocidente do continente europeu. O nome do país provém da sua segunda maior cidade, Porto, cujo nome latino era Portus Cale.
  • 3. O território dentro das fronteiras actuais da República Portuguesa tem sido continuamente povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por celtas, como os galaicos e os lusitanos, foi integrado na República Romana e mais tarde colonizado por povos germânicos, como os suevos e os visigodos, e no século VIII as terras foram conquistadas pelos mouros. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal tornou-se o mais antigo Estado-nação da Europa.
  • 4. Nos séculos XV e XVII, como resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos (ver: descobrimentos portugueses), Portugal expandiu a influência ocidental e estabeleceu um império que incluía possessões na África, Ásia, Oceania e América do Sul, tornando-se a potência económica, política e militar mais importante de todo o mundo. O Império Português foi o primeiro império global da história e também o mais duradouro dos impérios coloniais europeus, abrangendo quase 600 anos de existência, desde a conquista de Ceuta em 1415, até à transferência de soberania de Macau para a China em 1999. No entanto, a importância internacional do país foi bastante reduzida durante o século XIX, especialmente após a independência do Brasil, a sua maior colónia. Após a Revolução de 1910, a monarquia foi deposta e iniciada a Primeira República Portuguesa, cuja instabilidade culminou na instauração de um regime autoritário, o Estado Novo. A democracia representativa foi instaurada após a Revolução dos Cravos, em 1974, que terminou a Guerra Colonial Portuguesa, quando as últimas províncias ultramarinas de Portugal se tornaram independentes, sendo as mais proeminentes Angola e Moçambique.
  • 5. Portugal é actualmente um país desenvolvido, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país é classificado na 19.ª posição em qualidade de vida, tem um dos melhores sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo. É membro-fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (incluindo a Zona Euro e o Espaço Schengen), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Portugal também participa em diversas missões de manutenção de paz das Nações Unidas
  • 6. 18 DESTRITOS  Viana do Castelo  Braga  Vila Real  Bragança  Porto  Viseu  Aveiro  Guarda  Coimbra  Leiria  Castelo Branco  Santarem  Portalegre  Lisboa(Capital)  Evora  Setubal  Beja  Faro
  • 7. Viana Do Castelo A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré- romana no monte de Santa Luzia. A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura, recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal passada em 18 de julho de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da Roqueta) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, que procuravam este porto. O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é, na atualidade, a 4ª entidade patronal mais antiga do país. A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do conde das Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848).
  • 8. Braga A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré- romana no monte de Santa Luzia. A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura, recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal passada em 18 de julho de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da Roqueta) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, que procuravam este porto. O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é, na atualidade, a 4ª entidade patronal mais antiga do país. A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do conde das Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848).
  • 9. Vila Real A região de Vila Real possui indícios de ter sido habitada desde o paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a presença romana. Porém com as invasões bárbaras e muçulmanas verifica-se um despovoamento gradual. Nos finais do século XI, em 1096, o conde D. Henrique atribui foral a Constantim de Panóias, como forma de promover o povoamento da região. Em 1272, como novo incentivo ao povoamento, atribuiu D. Afonso III foral para a fundação — sem sucesso — de uma Vila Real de Panoias, que alguns autores defendem ter sido prevista para um local diferente do actual (provavelmente o lugar da Ponte na freguesia de Mouçós). Somente em 1289, por foral do rei D. Dinis, é fundada efectivamente a Vila Real de Panóias, que se tornará a cidade actual. No entanto, ao que parece, já em 1139 se chamava «Vila Rial» ao promontório onde nasceu a Vila Real actual, na altura pertencente à freguesia de Vila Marim. A localização privilegiada, no cruzamento das estradas Porto-Bragança e Viseu-Chaves, permite um crescimento sustentado. A presença, a partir do século XVII, da Casa dos Marqueses, faz com que muitos nobres da corte também se fixem. Facto comprovado pelas inúmeras pedras-de-armas com os títulos de nobreza dos seus proprietários que ainda hoje se vêem na cidade. Com o aumento da população, Vila Real adquiriu, no século XIX, o estatuto de capital de distrito e, já no século XX, o de capital de província. Em 1922 foi criada a diocese de Vila Real, territorialmente coincidente com o respectivo distrito, por desanexação das de Braga, Lamego e Bragança-Miranda, e em 1925 a localidade foi elevada a cidade. Conheceu um grande incremento com a criação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em 1986 (embora esse já viesse a acontecer desde 1979, com o Instituto Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro, sucessor do Instituto Politécnico de Vila Real, criado em 1973), que contribuiu para o aumento demográfico e revitalização da população. Nos últimos anos, foram criados em Vila Real vários equipamentos culturais, que trouxeram novo dinamismo à cidade, como o Teatro de Vila Real e o Conservatório de Música, e a transferência da Biblioteca Municipal e do Arquivo Municipal para edifícios específicos para esse fim. Foram também valorizadas várias áreas da cidade, como o antigo Bairro dos Ferreiros e a área envolvente do Rio Corgo. Actualmente, Vila Real vive uma fase de crescente desenvolvimento, a nível industrial, comercial e dos serviços, com relevo para a saúde, o ensino, o turismo, etc, apresentando-se como local de eleição para o investimento externo.
  • 10. Bragança Na área do actual concelho de Bragança, existia já uma povoação importante ao tempo da ocupação romana. Durante algum tempo, teve a designação de "Juliobriga", dada a Brigantia pelo imperador Augusto em homenagem a seu tio Júlio César. Destruída durante as guerras entre cristãos e mouros, encontrava-se em território pertencente ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs quando a adquiriu, por troca, em 1130, dom Fernando Mendes, cunhado de dom Afonso Henriques. Reconstruída no lugar de Benquerença, dom Sancho I concedeu-lhe foral em 1187, e libertou-a em 1199 do cerco que lhe impusera Afonso IX de Leão, pondo-lhe, então, definitivamente, o nome de "Bragança". O regente dom Pedro, em 1442, elevou Bragança a cabeça de ducado concedido a seu irmão ilegítimo dom Afonso, 8º conde de Barcelos, que fora genro de dom Nuno Álvares Pereira. Em 1445, Bragança recebeu a concessão de uma feira franca e, em 1446, dom Afonso V elevou-a à categoria de cidade. A 5 de Março de 1770, Bragança tornou-se sede duma diocese. Passou a ter unida a si, desde 27 de Setembro de 1780, a diocese de Miranda (criada a 22 de Maio de 1545), ficando a sede em Bragança, e por isso a designação oficial da diocese é de "Bragança e Miranda".
  • 11. Porto Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres, fundador da terra portugalense, teve uma importante contribuição na conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale. Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta", que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal. Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o navegador. Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a este prato típico . Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX. Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta». Alberga numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal. Foi agraciada, em 1919, com a Ordem da Torre e Espada.
  • 12. Viseu As origens de Viseu remontam à época castreja e, com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de cuja prova restam apenas os miliários (passíveis de validação pelas inscrições) que se encontram: dois em Reigoso (Oliveira de Frades), outros dois em Benfeitas (Oliveira de Frades), um em Vouzela, dois em Moselos (Campo), um em São Martinho (Orgens), um na cidade (na Rua do Arco), outro em Alcafache (Mangualde) e mais dois em Abrunhosa (Mangualde); outros mais existem, mas devido à ausência de inscrições, a origem é duvidosa. Estes miliários alinham- se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olissipo-Cale-Bracara, outros dois pólos bastante influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro — a Cava de Viriato.[5] Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península, seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. De destacar a morte de D. Afonso V rei de Leão e Galiza no cerco a Viseu em 1027 morto por uma flecha oriunda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes, Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno, rei de Leão e Castela depois de assassinar em 1037 o legítimo Rei Bermudo III (filho de Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos). Mesmo antes da formação do Condado Portucalense, Viseu foi várias vezes residência dos condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. Seu filho D. Afonso Henriques terá nascido em Viseu a 5 de Agosto de 1109, segundo tese do historiador Almeida Fernandes. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217. Viseu foi constituído senhorio pela primeira vez a 7 de Julho de 1340, data em que D. Afonso IV o doou a sua nora D. Constança, quando do seu casamento com seu filho sucessor, o futuro D. Pedro I. Por morte desta rainha, seu marido doou o senhorio, a 9 de Junho de 1357, a sua própria mãe, a rainha D. Beatriz, viúva de D. Afonso IV. Quando D. Beatriz morreu, em 1359, o senhorio de Viseu voltou à coroa, até que a 2 de Outubro de 1377 o rei D. Fernando I, filho da antedita rainha D. Constança, o doou a sua filha natural a condessa D. Isabel, que foi senhora de Viseu até 1383 e aí mandou construir uma torre, onde ficava quando estava na cidade. Com a crise dinástica, o senhorio voltou à coroa, até à criação do ducado de Viseu em 1415. Já no século XIV, durante a crise de 1383-1385, Viseu foi atacada, saqueada, e incendiada pelas tropas de Castela e D. João I mandou erigir um cerco muralhado defensivo — do qual resta pouco mais que a Porta dos Cavaleiros e a Porta do Soar, para além de escassos troços de muralha — que seriam concluído apenas no reinado de D. Afonso V — motivo pelo qual a estrutura é conhecida pelo nome de muralha afonsina — já com a cidade a crescer para além do perímetro da estrutura defensiva. No século XV, Viseu é doada ao Infante D. Henrique, na sequência da concessão do título de Duque de Viseu, cuja estátua, construída em 1960, se encontra na rotunda que dá acesso à rua do mesmo nome. Seu irmão D. Duarte, (rei) nasceu em Viseu, 31 de Outubro de 1391. No século XVI, em 1513, D. Manuel I renova o foral de Viseu, e assiste-se a uma expansão para actual zona central, o Rossio que, em pouco tempo, se tornaria o ponto de encontro da sociedade, e cuja primeira referência data de 1534. É neste século que vive Vasco Fernandes, um importante pintor português cuja obra se encontra espalhada por várias igrejas da região e no Museu Grão Vasco, perto da Sé. No século XIX é construído o edifício da Câmara Municipal, no Rossio, transladando consigo o centro da cidade, anteriormente na parte alta. Daí ao cume da colina, segue a Rua Direita, onde se encontra uma grande parte de comércio e construções medievais.
  • 13. Aveiro Em finais do século XVI, princípios do século XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia. Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547, por D. João III. Por essa razão, e a pedido de algumas pessoas notáveis da cidade, à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro, por Alvará Real de 11 de Abril de 1759. Com a queda do poder do Marquês de Pombal, após D. Maria I se tornar rainha em 1777, logo esta mandou voltar a cidade à sua anterior designação.
  • 14. Guarda A Guarda é uma cidade portuguesa com 31 224 habitantes, inserida no concelho homólogo com 712,11 km² de área e 42 541 habitantes (2011), subdividido em 55 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. É ainda a capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal e pertence à sub-região estatística da Beira Interior Norte. Possui acessos rodoviários importantes como a A25 que liga Aveiro à fronteira, dando ligação directa a Madrid; a A23 que liga a Guarda a Torres Novas, bem como o IP2 (em fase de construção) que ligará Guarda a Bragança. A nível ferroviário, a Cidade da Guarda possui a Linha da Beira Baixa (encerrada para obras sem reabertura prevista) e a linha da Beira alta, que se encontra completamente electrificada permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa" com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid- Burgos).
  • 15. Coimbra Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis reis de Portugal, da Primeira Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa. Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o Rio Mondego, Aeminium. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana de Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica e a cidade passa a chamar-se Kulūmriyya, tornando-se num importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão. Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Tereza fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques[carece de fontes?], que faz dela a capital do condado, substituindo Guimarães em 1129 (é aliás esta mudança da capital para os campos do Mondego que se virá a revelar vital para viabilizar a independência do novo país, a todos os níveis: económico, político e social)[carece de fontes?]. Qualidade que Coimbra conservará até 1255, quando[carece de fontes?] a capital passa a ser Lisboa. No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes[carece de fontes?], e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos populares[carece de fontes?]. Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal. Coimbra em 1669.A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego. Coimbra em 1855.Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos, mas outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Universidade surgiram e resistem ainda hoje em plena actividade primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo.
  • 16. Leiria Apesar de sua história precoce ser bastante obscura, mesmo assim, a bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na mata dos marrazes atrás do Bairro Sá Carneiro) e pinturas rupestres (estas na praia do Pedrógão e no vale do Lapedo). De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os túrdulos, um povo indígena da Ibéria, estabeleceram um povoado junto à cidade actual de Leiria (a cerca de 7 km). Essa povoação foi depois ocupada pelos Romanos, que a expandiram sob o nome de Collippo. As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda podemos ver pedras com inscrições romanas. O Castelo de Leiria, com as suas características galerias.Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos visigodos, mas durante o período de domínio árabe, Leiria era já uma vila com praça. A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Essa localidade foi brevemente retomada pelos mouros em 1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, sendo desse ano o primeiro foral (carta de direitos feudais), atribuído para estimular a colonização da área. Os dois reis esforçaram-se por reconstruir as muralhas e o castelo da vila, para evitar novas incursões mouras. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII, servia a freguesia exterior às muralhas. De facto a região de Leiria é a ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região. Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254, durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.
  • 17. Castelo Branco Castelo Branco deve o seu nome à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área. Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta data, de doação aos Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213 recebeu foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco. Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao século XIV. Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971. Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881. O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos em Castelo Branco. A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tornado infligindo danos consideráveis nas infrastruturas. A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade. Com efeito, a cidade viria a tornar-se capital do distrito em 1959.
  • 18. Santarém Santarém, antiga Scalabis, foi conquistada em 15 de março de 1147, por D. Afonso Henriques. Num golpe audacioso, perpetrado durante a noite, a cidade caiu na posse de um escasso exército reunido pelo Rei de Portugal. Esta cidade muito antiga terá sido contactada por Fenícios, Gregos e Cartagineses. A fundação da cidade de Santarém reporta à mitologia greco-romana e cristã, reconhecendo- se nos nomes de Habis e de Irene, as suas origens míticas. Os primeiros vestígios documentados da ocupação humana remontam ao século VIII a.C.. A população do povoado teria colaborado com os colonizadores romanos, quando estes aportaram à cidade em 138 a.C. e a designaram como Scalabis. Durante este período tornou-se no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitânia. Dos romanos recebeu o nome de Scalabi Castro. Com as invasões dos Alanos e dos Vândalos passou a ser designada por Santa Irene. Passou para a posse dos mouros em 715 até que D. Afonso Henriques a conquista definitivamente em 1147. A cidade foi palco de inúmeras Cortes. Santarém, conquistada por D Afonso Henriques num golpe audacioso em 1147, apresentava o nome Scalabis, nome romano para designar a antiga cidade. A cidade de Santarém tem origens místicas, mais propriamente Greco-Romanas e Cristãs. Os primeiros vestígios de presença humana remetem para o séc. VIII a.C. Durante o período da colonização romana na cidade, esta tornou-se no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitana. Depois das invasões dos Alanos e Vândalos, a cidade passou a chamar-se Santa Irene. Em 715 foi conquistada pelos mouros até que D Afonso Henriques a conquistou definitivamente.
  • 19. Portalegre Segundo uma lenda frequentemente referida, descrita por Frei Amador Arrais na sua obra "Diálogos" de 1589, Portalegre teria sido fundada por Lísias no século XII a.C.,na sequência do desaparecimento da sua filha Maia. Esta passeava com Tobias quando é cobiçada por um vagabundo, Dolme, que a rapta e assassina Tobias. Lísias fica desesperado pelo desaparecimento da filha e vai à sua procura, acabando por por encontrá-la morta junto a um regato que hoje tem o nome de Ribeiro de Baco. Lísias virá a morrer de alegria quando julga ter visto a filha estender-lhe os braços. À cidade entretanto fundada foi dado o nome de Amaia (ou Ammaia). Lísias teria também construído uma fortaleza e um templo dedicado a Baco no local onde hoje se encontra a Igreja de São Cristóvão. Segundo Frei Amador Arrais, ainda existiam ruínas desse templo no século XVI.Acredita-se hoje que a lenda resultou de fantasias de alguma forma apoiadas na existência de uma lápide com uma dedicatória ao imperador romano Lúcio Aurélio (161-192 d.C.), a qual foi provavelmente trazida das ruínas da cidade romana que se encontra em São Salvador da Aramenha, perto de Marvão, a qual é hoje comummente aceite com sendo a Ammaia romana referida em várias fontes históricas. A localização desta e de outra cidade referida em fontes do período romano, Medóbriga, foi objecto de controvérsia até, pelo menos, ao princípio do século XX, especulando-se até essa altura se existiria algum povoado antigo importante na zona actualmente ocupada pela cidade ou nas suas imediações. Muralha junto à Rua dos Muros de Baixo; ao fundo situava-se a Porta do Postigo.O nome de Portalegre terá origem em Portus Alacer (porto, ponto de passagem, e alacer, alegre), ou mais simplesmente Porto Alegre. É provável que no século XII existisse um povoado no vale a leste da Serra da Penha. O nome de Portalegre, onde uma das actividades importantes seria a de dar abrigo e mantimentos aos viajantes (daí o nome de porto, ponto de passagem ou abastecimento). Sendo o local aprazível (alegre), nomeadamente pelo contraste das suas encostas e vales verdejantes com a paisagem mais árida e monótona a sul e norte, a povoação prosperou e sabe-se que em 1129 era uma vila do concelho de Marvão, passando a sede de concelho em 1253, tendo-lhe sido atribuído o primeiro foral em 1259 por D. Afonso III, que mandou construir as primeiras fortificações, as quais não chegaram a ser completadas. Juntamente com Marvão, Castelo de Vide e Arronches, Portalegre foi doada por D. Afonso III ao seu segundo filho, Afonso. O rei seguinte, D.Dinis, mandou edificar as primeiras muralhas em 1290, as quais ele próprio viria a cercar durante 5 meses em 1299, na sequência da guerra civil que o opôs ao seu imrão, que reclamava o trono alegando que D. Dinis era filho ilegítimo. Nesse mesmo ano, D. Dinis concederia a Portalegre o privilégio de não ser atribuído o senhorio da vila «nem a infante, nem a homem rico, nem a rica-dona, mas ser d’ el-Rei e de seu filho primeiro herdeiro».
  • 20. LISBOA Durante o Neolítico, a região foi habitada por vários povos Iberos[15][fonte fiável?] que também viveram em outras regiões da Europa atlântica neste período. Estes construíram vários monumentos megalíticos[16] e é ainda possível encontrar alguns dólmens[17] e menires[18] nos campos em redor da cidade. O magnífico porto fornecido pelo estuário do rio Tejo transformou a cidade na solução ideal para fornecer alimentos aos navios destinados às Ilhas do Estanho (actuais Ilhas Scilly) e Cornualha. O povo celta invadiu a região no primeiro milénio a.C.[19][20] e através de casamentos tribais com os povos ibéricos pré- romanos aumentaram o número de falantes da língua celta na região. O povoado pré-romano de Olisipo, teve origem nos séculos VIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do Castelo. A Olisipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante da região de Portugal. Estima-se que a população rondasse entre os 2 500 e os 5 000 habitantes.[21] Olisipo seria um local de aportagem para o tráfego marítimo e comércio com os fenícios.[22] Achados arqueológicos sugerem que já havia trocas comerciais com os Fenícios na região em 1 200 a.C.,[15] levando alguns historiadores à teoria de que fenícios teriam habitado o que é hoje o centro da actual cidade, na parte sul da colina do castelo.[carece de fontes?] Além de poderem viajar para o norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.[carece de fontes?] Outros importantes produtos da região comercializados foram o sal, os peixes salgados e os cavalos puros sangue lusitano, que eram já bastante renomados na antiguidade.[23] Recentemente,[quando?] vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. No entanto, alguns dos historiadores modernos[24] consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, e acreditam que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de oppidum) e que, no máximo, mantinha relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas fenícias e outros objectos. Vestígios de construções fenícias descobertos sob a Sé de Lisboa.Uma lenda popular e romântica conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo herói grego Odisseu (Ulisses),[carece de fontes?] e que tal como Roma o seu povoado original era rodeado por sete colinas. Derivado, os gregos chamam à cidade de Olissipo, proveniente do nome do herói.[carece de fontes?] Se todas as viagens de Ulisses através do Atlântico se deram da forma descrita por Théophile Cailleux,[25] isso poderia significar então que Ulisses fundou a cidade vindo do norte, antes de tentar dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser o Cabo de São Vicente), no sentido de sudeste, em direcção a Ítaca. No entanto, a presença dos fenícios, mesmo ocasional, é anterior à presença helénica na área. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido em latim para Olissipona.[13] Alguns dos deuses pré-romanos são Aracus, Cariocecus, Bandua e Trebaruna.[26]
  • 21. Evora Évora e sua região circundante tem uma rica história que recua a mais de dois milênios, como demonstrado por monumentos megalíticos próximos como a Anta do Zambujeiro e o Cromeleque dos Almendres. Alguns povoados neolíticos desenvolveram-se na região, o mais próximo localizado no Alto de São Bento. Outro povoado deste tipo é o chamado Castelo de Giraldo, habitado continuamente desde o 3o milênio até o primeiro milênio antes de Cristo e de esporádica ocupação na época medieval. Escavações arqueológicas, porém, não demonstraram até agora se a área da actual cidade era habitada antes da chegada dos romanos. Segundo uma lenda popularizada pelo humanista e escritor eborense André de Resende (1500-1573), Évora teria sido sede das tropas do general romano Sertório, que junto com os lusitanos teria enfrentado o poder de Roma. O que é sabido com certeza é que Évora foi elevada à categoria de municipium sob o nome de Ebora Liberalitas Julia, em homenagem a Júlio César. A origem etimológica do nome Ebora é proveniente do celta antigo ebora/ebura, caso genitivo plural do vocábulo eburos (teixo), nome de uma espécie de árvore, pelo que o seu nome significa "dos teixos". A actual cidade de Iorque (York), no Norte de Inglaterra, na época do Império Romano, era denominada Eboracum/Eburacum, nome derivado do celta antigo Ebora Kon (Lugar dos Teixos), pelo que o seu nome antigo está hipoteticamente relacionado com o da cidade de Évora[3]. Na época do Imperador Augusto (63 a.C. - 14 d.C.), Évora foi integrada à Província da Lusitânia e beneficiada com uma série de transformações urbanísticas, das quais o Templo romano de Évora - dedicado provavelmente ao culto imperial - é o vestígio mais importante que sobreviveu aos nossos dias, além de ruínas de banhos públicos. Na freguesia da Tourega, os restos bem-preservados de uma villa romana mostram que ao redor da cidade existiam estabelecimentos rurais mantidos pela classe senhorial. No século III, num contexto de instabilidade do Império, a cidade foi cercada por uma muralha da qual alguns elementos existem até hoje.
  • 22. Setubal Desconhece-se a origem do topónimo 'Setúbal'. No entanto existe a tese de que o nome da cidade resultou da cisão de dois nomes bíblicos: Seth (3º filho de Adão) e Tubal (neto de Noé). A tese parece ser da autoria do historiador da época filipina [[Frei Bernardo de Brito]. O topónimo já existe em 'Cetóbriga' (Cetoba ou Cetobra + designação celta briga para povoação). A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal' pode estar relacionado com o topónimo do rio (Sado ou Sadão) que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre (sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). Também o nome vem referida uma das nações estrangeiras, identificada na História dos Hebreus de Flávio Josefo com os iberos[4], teria dado origem à cidade[5][6]. Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade perdem-se no rasto dos tempos. Setúbal nasceu do rio e do mar. Os registos de ocupação humana no território do concelho remontam à pré-história, tendo sido recolhidos, em vários locais, numerosos vestígios desde o Neolítico. Foi visitada por fenícios, gregos e cartagineses, que vinham à Ibéria em procura do sal e do estanho, nomeadamente a Alcácer do Sal, sendo então o rio navegável até esta povoação. Aquando da ocupação romana, Setúbal experimentou um enorme desenvolvimento. Os romanos instalaram na povoação fábricas de salga de peixe e fornos para cerâmica que desenvolveram igualmente. A queda do império romano, as invasões bárbaras, a constante pirataria de cabotagem causaram uma estagnação, senão mesmo desaparecimento da povoação entre os séculos VI e XII. Nomeadamente neste último século, não existem quaisquer registos da povoação, ‘entalada’ entre a Palmela cristã e a Alcácer do Sal árabe.
  • 23. Beja Crê-se que a cidade foi fundada, cerca de 400 a.C., pelos Celtas[4] ou mais provavelmente pelos Cónios, que a terão denominado Conistorgis, e que os Cartagineses lá se estabeleceram durante algum tempo. As primeiras referências a esta cidade aparecem no século II a.C., em relatos de Políbio e de Ptolomeu. Com o nome alterado para Pax Julia, foi sede de um conventus (circunscrição jurídica) pouco depois da sua fundação, teve direito itálico e esta cidade albergou uma das quatro chancelarias da Lusitânia, criadas no tempo de Augusto. A sua importância é atestada pelo facto de por lá passar uma das vias romanas. Os Alanos, Suevos e os Visigodos dominaram esta cidade depois da queda do Império Romano, tornando- a sede de bispado. No século V, depois de um breve período no qual haverá sido a sede da Tribo dos Alanos, os Suevos apoderaram-se da cidade, sucedendo-lhes os Visigodos. Nesta altura passa a cidade a denominar-se Paca. Do século VIII ao ano de 1162, esteve sobre a posse dos Árabes, designadamente no domínio dos Abádidas do Reino Taifa de Sevilha, que lhe alteraram o nome para Beja (existe outra cidade com este nome na Tunísia). Aqui nasceu o Al-Mutamid, célebre rei-poeta que dedicou muitas das suas obras ao amor a donzelas e também a mancebos homens. No referido ano os cristãos reconquistaram definitivamente a cidade. Recebeu o foral em 1524 e foi elevada a cidade em 1517. Beja foi o berço da notável família de pedagogos e humanistas do Renascimento que incluiu Diogo de Gouveia (1471 - 1557), professor de Francisco Xavier e conselheiro dos reis D. Manuel I e D. João III de Portugal, a quem recomendou a vinda dos jesuitas; André de Gouveia (1497 - 1548), humanista, reitor da Universidade de Paris e fundador do Real Colégio das Artes e Humanidades em Coimbra e o humanista António de Gouveia. Criado pelo Rei D. Afonso V de Portugal em 1453, o título de Duque de Beja foi atribuído ao segundo filho varão, até à instituição da Casa do Infantado, em 1654, pelo Rei D. João IV, tendo-o como base.
  • 24. Faro Os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Seu nome de então era Ossonoba, sendo um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos III a.C. e VIII d.C., a cidade está sob domínio Romano e Visigodo, sendo conquistada vindo a ser conquistada pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no século IX). Durante a ocupação árabe o nome Ossónoba prevaleceu, desaparecendo apenas no século IX, dando lugar a Santa Maria do Ocidente; era então capital de um efémero principado independente. No século XI passa a designar-se Santa Maria Ibn Harun e o nome de Ossonoba começa a ser substituído. A cidade é fortificada com uma cintura de muralhas. Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para sul, reconquistando os territórios ocupados pelos Mouros. Depois da conquista por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram. Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os Descobrimentos Portugueses. Tem, nesse período, uma importante e activa colónia judaica que no final do século XV imprime localmente o Pentateuco, o primeiro livro português. A comuna de Faro terá sido sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do País, em todos os tempos, com muitos artesãos e muita gente endinheirada, sendo frequentes no século XIV as ligações comerciais de judeus e cristãos. A manifesta prosperidade dos judeus farenses no século XV é interrompida pela carta patente de Dezembro de 1496 em que D. Manuel I os expulsa de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo. Assim, oficialmente, e só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que também aconteceu em Faro, sendo que, no local onde estava implantada a judiaria, na Vila Adentro, tivesse sido mandado erigir pela terceira esposa de D. Manuel I o Convento de Nossa Senhora da Assunção. O Rei D. Manuel I promove, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade - um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue - fora das alcaçarias e junto ao litoral. Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida de Silves para Faro. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2.º Conde de Essex, danificaram muralhas e igrejas, e provocaram elevados danos patrimoniais e materiais na cidade. Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, que foi cercada por uma nova cintura de muralhas durante o período da Guerra da Restauração (1640 - 1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.Em 1 de Novembro de 1755, a cidade de Lisboa é arruinada por um grande Sismo que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo no Algarve. A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas, conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia, os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara, foram destruídos e arruinados. Até finais do século XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca seiscentista de Faro. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas décadas.
  • 25. As 7 Maravilhas de Portugal O Castelo De Guimarães: