1. Comunicado
Gavião, 17 de Novembro de 2019
Caros amigos, simpatizantes e militantes do Partido Social Democrata,
Remeto esta missiva, em particular aos militantes do PSD, pela obrigação moral de
vos alertar para a realização de Eleições Diretas (no PSD) previstas para o dia 11 de
janeiro de 2020.
Constata-se um distanciamento entre os partidos tradicionais, nomeadamente os
membros eleitos, e os seus eleitores/militantes, a que o PSD não é exceção, sendo que
eu, Paulo Matos, membro do núcleo do PSD Gavião, e simultaneamente eleito de um
órgão autárquico (Assembleia municipal de Gavião), infelizmente não consigo me
colocar fora dessa responsabilidade.
Porém, esta minha responsabilidade de manter o diálogo aberto com a população, que
infelizmente não tenho preconizado da forma mais efetiva possivel, tem razões que vão
para lá da minha vida pessoal e profissional.
Efetivamente o projeto do PSD nacional nos últimos 2 anos, na minha opinião, não foi
mobilizador para a minha pessoa, nem o meu/nosso contributo ao longo dos anos
para a causa social democrata no concelho de Gavião, foi valorizado a nível nacional.
Ora esta falta de empatia foi-se propagando por toda hierarquia do Partido Social
Democrata, com os devidos efeitos nos resultados da eleições legislativas de 2019, onde
o Alentejo, nomeadamente os distritos de Portalegre, Évora e Beja perderam qualquer
representação Social Democrata (e antes tinha 3 deputados).
2. Por oposição, o partido socialista, tem sabido capitalizar os ativos governamentais no
sentido de manter um diálogo com as populações, e em particular com seus militantes,
de forma prática e estruturada, que não podemos descorar, e como tal lhe devemos dar o
seu valor.
Afirmo com toda a convição que o candidato a primeiro ministro nas legislativas
de 2019 do partido social democrata Rui Rio, era melhor que o partido socialista e
o seu candidato António Costa, sim era, de longe.
Se é o presidente do PSD que queremos ter, doravante, face aos resultados eleitorais
nacionais? Tenho dúvidas.
Não esqueço, nem posso esquecer, que nos fogos de 2017 em Pedrogão Grande, que
dista do concelho de Gavião apenas 90 km, morreram 66 pessoas e houve 254
feridos, e o PSD não foi um partido ativo no apuramento de responsabilidades políticas
governamentais.
Sim, a minha opinião é que pedir responsabilidades políticas ao que corre mal, é política
ativa, e não é populismo. Se ser populismo é estar com a população a defendê-la,
então temos de fazer a esse trabalho de sapa.
Temos de defender o serviço nacional de saúde, que nem no tempo da troika (que
alias o partido socialista com o seu esbanjar de dinheiro nos atirou) estava em tão
precárias condições.
Temos de defender uma sociedade onde a peso dos impostos e contribuições
sociais na economia portuguesa está 35,4% (o mais alto desde 1995), e como tal está
asfixiar as empresas e os seus trabalhadores, e para que?
Para financiar o maior governo que há memória em Portugal, desde 1976, que conta com
70 membros, incluindo o primeiro ministro. Para financiar almoços, jantares, festas,
e mais outras frugalidades que não servem os interesses de um Portugal com
futuro, “servindo apenas para encher a barriga de uns quantos”.
3. Para fazer esta luta, precisamos de um PSD forte, não com os fracos, mas com os fortes,
contra este Partido Socialista que se apodera todos os dias do Estado Português, a
começar nas autarquias chegando ao aparelho do estado central. Que se ri da justiça
todos os dias ao cometer ilegalidades, as quais tardam a encontrar um resolução justa.
Este é o momento dos militantes do PSD, decidirem o seu futuro.
Este é o momento dos militantes que queiram votar pagar as suas quotas.
Da minha parte, e que não representa oficialmente o núcleo do PSD Gavião, a
escolha será entre Luís Montenegro ou Miguel Pinto Luz, mas cabe a cada um decidir
se quer mais do mesmo ou um caminho diferente.
https://www.facebook.com/luismontenegro2020/
https://www.facebook.com/miguelpintoluz/
Um forte bem haja,
Paulo José Matos