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MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

   SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTUÁRIO




             PROPOSTA PEDAGÓGICA




      SANTA CRUZ DO SUL, NOVEMBRO DE 2011.
SUMÁRIO




1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.......................................................................03

2) INTRODUÇÃO..............................................................................................05

3) MISSÃO.........................................................................................................07

4) VISÃO............................................................................................................08

5) VALORES.....................................................................................................09

6) HISTÓRICO DA ESCOLA.............................................................................10

7) DIAGNÓSTICO.............................................................................................13

8) OBJETIVOS..................................................................................................23

    8.1) Objetivos da Escola.............................................................................23

    8.2) Objetivos da Educação Infantil – Pré-Escola....................................24

    8.3) Objetivos do Ensino Fundamental.....................................................25

9) PRINCÍPIOS NORTEADORES.....................................................................26

10) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.................................................................32

11) AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA..........................................35

12) REFERÊNCIAS...........................................................................................36
1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO




1.1) Escola:

Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário

Rua Padre Landel de Moura, nº 400 – Bairro Santuário

Fone (51) 3715-9456 – Santa Cruz do Sul – RS

E-mail: emefsantuarioscs@yahoo.com.br

Blog: emefsantuarioscs.blogspot.com




1.2) Mantenedora:

Secretaria Municipal de Educação e Cultura




1.3) Documentos Legais:

- Criação: Decreto Municipal nº 3.915 – 30 de abril de 1993

- Autorização de funcionamento: Parecer da Comissão Estadual de
Ensino nº 1.254 – 08 de setembro de 1993

- Alteração de designação EMEFs: Decreto Municipal 4.803 – 13 de
outubro de 1998




1.4) Etapas de Ensino:

- Educação Infantil – Pré-Escola
- Ensino Fundamental em nove anos




1.5) Turnos de Funcionamento:

Manhã e Tarde




1.6) Número de Alunos:

400




1.7) Número de Professores:

25




1.8) Número de Funcionários:

- 03 agentes administrativos

- 01 auxiliar de disciplina

- 06 serventes

- 02 estagiários de CIE-E




1.9) Equipe Diretiva:

- Diretora: Lia Beatriz Heuser Ruschel

- Vice-Diretora: Marinei Schmidt

- Supervisor Escolar: Patrick Molz

- Orientadora Educacional: Loreci Pereira da Silva
2) INTRODUÇÃO




     Segundo Gadotti (cit por Veiga, 2001, p. 18),


                     Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o
                     futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável
                     para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar
                     uma estabilidade em função de promessa que cada projeto
                     contém de estado melhor do que o presente. Um projeto
                     educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas
                     rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação
                     possível, comprometendo seus atores e autores.




     Assim, a fim de compreender melhor a realidade em que os sujeitos da
EMEF Santuário estão envolvidos, assim como, para buscar realizar os sonhos
destes, foi reconstruída a Proposta Pedagógica desta instituição, documento
este que rege toda a ação pedagógica dos profissionais que nela atuam.


     Para tanto, inicialmente foi composta uma comissão com representantes
dos diferentes segmentos da comunidade escolar, ou seja, de pais, alunos,
professores e funcionários, assim como da equipe diretiva.


     Após estudo de diferentes textos e discussões destes, foram elaborados
questionários para serem aplicados aos alunos de 6º ano a 8ª série, aos pais
de todos os alunos, aos professores e funcionários. A partir destes
questionários foi possível construir um diagnóstico atual da comunidade
escolar, bem como compreender seus sonhos e projetar metas para alcançá-
los, comprometendo todos os envolvidos no processo.


     Durante as reuniões pedagógicas realizadas com os professores foram
realizadas leituras de diferentes autores, de acordo com o resultado dos
questionários, buscando o embasamento teórico para este documento, uma
vez que, segundo Pedro Demo, “... um projeto de intervenção só tem a ganhar
se for orientado devidamente pela teoria, bem como a teoria, para ser deste
mundo, precisa confrontar-se com a prática”.


     Assim, após os trabalhos acima citados, foi reconstruída a Proposta
Pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário, a qual se
tornará o instrumento que indica o rumo, a direção do trabalho pedagógico
desta instituição, buscando uma educação de qualidade para todos os alunos.
3) MISSÃO



     Propiciar aos educandos uma aprendizagem significativa e efetiva,
buscando, através de diferentes práticas pedagógicas, desenvolver a
autonomia intelectual e o pensamento reflexivo e crítico destes, objetivando
uma transformação social com vistas à sustentabilidade e à prática de valores.
4) VISÃO



     Ser referência em educação de qualidade, cujos educandos construam
sua aprendizagem de forma efetiva, baseada nos valores morais e éticos, a fim
de que se tornem pessoas atuantes na sociedade.
5) VALORES




-   Responsabilidade

-   Autonomia

-   Participação

-   Respeito

-   Ética

-   Inovação

-   Cooperação
6) HISTÓRICO DA ESCOLA




     A Escola Municipal de 1º Grau Santuário foi criada através do Decreto
Municipal nº 3.915, de 30 de abril de 1993 e autorizada através do Parecer da
Comissão Estadual de Ensino nº 1.254, de 08 de setembro de 1993, iniciando
suas atividades escolares em 07 de março de 1994. A mesma foi uma
conquista da comunidade dos bairros Santuário, Pedreira, Cíntea e Mãe de
Deus, atendendo uma antiga reivindicação dos pais e alunos, os quais
percorriam um longo caminho até a escola mais próxima.




     Em 1998, através do Decreto Municipal nº 4.803, de 13 de outubro, a
escola passa a denominar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental
Santuário.




     Atualmente a escola atende cerca de 400 alunos, incluindo além dos
bairros acima citados, também o Petrópolis e Guarda de Deus. Para este
atendimento, conta com 25 professores, 02 especialistas, 03 agentes
administrativos, 06 serventes, 01 auxiliar de disciplina e 02 estagiários de CIE-
E.




     Entre os projetos realizados na escola, acontecem o Clube de Meninas,
Grêmio Estudantil, Tribo nas Trilhas da Cidadania, Informática na escola e
Bazar Solidário.
Atualmente a equipe diretiva é formada pela diretora Lia Beatriz Heuser
Ruschel, Vice-Diretora Marinei Scmidt, Orientadora Educacional Loreci Pereira
da Silva, e Supervisor Escolar Patrick Molz.




     Diretores da EMEF Santuário:




     - 1994 a 1998: Sênio Voese (Diretor) e Lourdes Liane Pereira (Vice) –
     indicados pela SMEC




     - 1999 a 2000: Eliane M. Loebens Schmidt (Diretora) e Ana Patrícia
     Rodrigues (Vice) – eleitas pela comunidade escolar




     - 2001: Blasius Silvano Debald (Diretor) e Carlos Rodrigues Martins (Vice)
     – eleitos pela comunidade escolar




     - 2002 a 2003: Carlos Rodrigues Martins (Diretor), Fridolino Roberto
     Schneider (Vice do diurno) e Maria Nilza Paz Lopes (Vice do noturno) –
     por exoneração do diretor Blasius, o vice Carlos assumiu a direção, sendo
     que os dois vice-diretores foram indicados pela SMEC




     - 2004 a 2006: Fridolino Roberto Schneider (Diretor) e Carlos Rodrigues
     Martins (Vice) – eleitos pela comunidade escolar




     - 2007 a 2009: Fridolino Robnerto Schneider (Diretor) e Carla R. Trindade
     Fraga (Vice) – eleitos pela comunidade escolar
- 2010 a 2012: Lia Beatriz Heuser Ruschel (Diretora) e Marinei Schmidt
(Vice) – eleitas pela comunidade escolar
7) DIAGNÓSTICO




     A Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário atende alunos de
seis bairros da zona sul do município de Santa Cruz do Sul: Santuário,
Pedreira, Cíntea, Petrópolis, Mãe de Deus e Guarda de Deus.




     Quanto à realidade das famílias dos alunos, a grande maioria possui casa
própria, com dois a três quartos, sendo que moram entre três e quatro pessoas
na residência. Todos possuem luz elétrica e poucos ainda não têm banheiro
dentro de casa. A grande maioria possui televisão, DVD e antena parabólica,
sendo que alguns têm computador e acesso à Internet.




     Já no que se refere à parte pessoal dos pais, a maior parte destes possui
idade entre 30 e 49 anos e concluiu o Ensino Médio; tem renda de, em média,
um salário mínimo, sendo que grande parte trabalha como safrista nas
indústrias fumageiras.




     Quanto à visão de escola, de processo ensino-aprendizagem, de
metodologia, de avaliação, de perspectiva de vida, de participação da família,
de valores e de relacionamento, realizadas as entrevistas com os diferentes
segmentos, percebeu-se diferenças entre estes, sendo que os itens foram
estudados nas reuniões pedagógicas, a fim de embasá-los teoricamente.
7.1) Escola



                     Muito além da escolarização formal, é preciso reconhecer que a
                     escola representa espaço fundamental para o desenvolvimento
                     da criança, do adolescente e do jovem, constituindo-se como um
                     importante contexto de socialização, de construção de
                     identidades, exercício de autonomia e do protagonismo, de
                     respeito à diversidade étnico-racial, de gênero e orientação
                     sexual e, finalmente, de afirmação, proteção e resgate de
                     direitos. (BRASIL, 2008b, p.8).




     Desta forma, a escola passa a ser muito mais do que um prédio para a
construção de uma aprendizagem formal. Passa a ser um espaço onde as
diferentes culturas se inter-relacionam, onde as vivências e experiências de
cada ator participante são entremeadas de forma a tecer uma aprendizagem
significativa voltada para uma educação integral dos sujeitos.




     Segundo a pesquisa realizada, as opiniões a respeito da visão de escola
que os diferentes segmentos possuem divergem. Ou seja, os pais acreditam
que a escola é preocupada e atenciosa com todos, que tem uma boa infra-
estrutura, que as normas são claras e cobradas por todos, e que os
profissionais que nela atuam são muito bons, mesmo que os professores não
se imponham o suficiente. Ainda, afirmam que a escola é limpa e organizada,
com uma boa equipe diretiva. Entretanto, o que os preocupa é a violência e a
falta de segurança, tanto na escola, como na rua, e ainda, as dificuldades na
aprendizagem que os alunos apresentam.




     Já o resultados da pesquisa dos alunos aponta, principalmente, a infra-
estrutura ruim da escola, o que inclui a quadra aberta, a falta de pintura do
prédio, o pátio pequeno, os banheiros sujos e a praça quebrada. Também
citam problemas como mobiliário estragado (mesas, classes, cadeiras),
tecnologia ruim (internet lenta e poucos computadores), baixa qualidade no
processo ensino-aprendizagem e a violência. Outros já afirmam que há ótimos
professores e equipe diretiva.
Os professores citam, além do acima exposto, ou seja, infra-estrutura
ruim, pedagógico falho e violência, falta de seriedade e responsabilidade dos
profissionais, desinteresse do poder público, negligência e pouca participação
das famílias, desmotivação, desinteresse, carência e dificuldades dos alunos.
Porém, alguns também afirmam que a escola é inclusiva, persistente,
preocupada com a aprendizagem e a disciplina, democrática, aberta e
comprometida. A mesma opinião é partilhada pelos funcionários.




     Cabe ressaltar que a escola busca trabalhar de forma inclusiva, não
somente nas adaptações físicas necessárias, as quais já existem, mas também
no trabalho pedagógico, através do atendimento na Sala Multifuncional, bem
como na classe regular, onde os professores adaptam suas aulas de acordo
com a necessidade de cada um.




     7.2) Processo Ensino-Aprendizagem




     Por muito tempo acreditava-se que valorizando o ensino, valorizava-se o
conhecimento. Entretanto, hoje sabe-se que os dois processos estão
interligados, uma vez que “sem aprendizagem não há ensino” (PCN).




     Isto se deve ao fato de que, ainda segundo PCN, o conhecimento “... é
resultado de um complexo e intrincado processo de construção, modificação e
reorganização utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos
escolares.” Assim, para que este processo tenha êxito, faz-se necessário um
ensino que leve em conta os conhecimentos prévios dos educandos e busque
a (re)construção destes, tornando-os agentes ativos desta aprendizagem.




     Através da pesquisa realizada, percebe-se que os pais compreendem que
seus filhos têm dificuldade na aprendizagem, mesmo que estes os incentivem a
estudar, acompanham sua evolução, olham os cadernos e os auxiliam a fazer
as tarefas de casa.




     Quanto aos alunos, parte destes afirma que ocorre pouca aprendizagem
na escola, o que se deve, principalmente, à falta de educação dos alunos, à
bagunça em sala de aula, à falta de aulas diferenciadas e à recuperação falha.
Porém, outros já dizem que ocorre uma boa aprendizagem, uma vez que o
nível de exigência é bastante alto e há ótimos professores na escola, os quais
realizam boas avaliações e dão boas aulas.




     Os professores citam como dificuldades no processo de ensino-
aprendizagem a falta de limites dos alunos, o desrespeito e a indisciplina
destes, a falta de vontade de aprender, a rebeldia, a bagunça em sala de aula,
a falta de material dos alunos, a agressividade entre eles e a pouca valorização
do estudo pela comunidade em geral. Alguns profissionais afirmam que há
colegas que focam apenas nos conteúdos, que falta leitura e atualização e que
a metodologia é tradicional, o que prejudica o trabalho.




     Da mesma forma, os funcionários citam as questões comportamentais
dos alunos como os principais fatores para a baixa qualidade na aprendizagem.




     7.3) Metodologia



                      Dependendo de sua metodologia, o professor pode contribuir
                      para gerar uma consciência crítica ou uma memória fiel, uma
                      visão universalista ou uma visão estreita e unilateral, uma sede
                      de aprender pelo prazer de aprender e resolver problemas ou
                      uma angústia de aprender apenas para receber um prêmio e
                      evitar castigo (BORDENAVE; PEREIRA, 2008).
A metodologia utilizada em sala de aula é de extrema importância para o
desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade dos alunos. Ou seja,
conforme o acima exposto, a função da escola não é de formar pessoas que
tenham uma boa memória, que tenham aprendido conteúdos, mas sim,
pessoas que tenham visão de mundo, que saibam buscar seus direitos e lutar
por seus ideais de uma forma consciente.




     Entretanto, analisando a pesquisa realizada, percebe-se que, tanto os
professores como os alunos destacam que as aulas ainda utilizam uma
metodologia bastante tradicional, buscando apenas trabalhar os conteúdos
estipulados no plano de estudos e de uma forma pouco atrativa, portanto, não
ocorrendo uma real aprendizagem.




     Desta forma, cabe ressaltar o que diz Celso Vasconcelos:

                      "Na metodologia expositiva o aluno recebe tudo pronto, não
                      problematiza, não é solicitado a fazer relação com aquilo que já
                      conhece ou a questionar a lógica interna do que está recebendo,
                      e acaba se acomodando. A prática tradicional é caracterizada
                      pelo ensino "blá-blá-blante", salivante, sem sentido para o
                      educando,    meramente      transmissora,    passiva,   a-crítica,
                      desvinculada da realidade, descontextualizada." (Vasconcelos,
                      2008).




     7.4) Avaliação




     Grandes são as dificuldades encontradas pelos profissionais da educação
em sala de aula. Entretanto, uma das principais, sem dúvida, é a avaliação,
uma vez que esta emite um parecer ou um julgamento sobre os saberes dos
alunos.

     Para Gardner in Nogueira 2001:

                      “... uma avaliação deveria dar informações sobre a capacidade e
                      potenciais dos alunos, de tal forma a dar-lhes um feedback sobre
                      suas aquisições, assim como propiciar informações para a
comunidade circundante. Essa avaliação deveria ocorrer de
                     forma natural, quase sem reflexão do consciente, sem datas e
                     horários preestabelecidos e, se possível, sem rotulações de
                     resultados mensuráveis”.




     A partir da pesquisa realizada e levando em conta esta nova concepção
de avaliação, a grande maioria dos professores se diz seguro na aplicação de
avaliações, pois buscam realizar uma avaliação contínua e constante,
buscando detectar as dificuldades dos educandos e levar em conta seu
progresso. Também citaram que buscam primeiramente conhecer os alunos,
bem como aplicar diversas formas de avaliação, vendo o mesmo como sujeito
de sua aprendizagem. Entretanto, alguns professores assumem que possuem
dificuldade em avaliar, principalmente em diversificar as avaliações, citando
também o grande número de alunos em sala de aula e o pouco tempo para a
elaboração destas.




     Os alunos retificam o que foi citado pela maioria dos professores,
afirmando que a avaliação está boa desta forma, não precisando ser alterada.
Apenas alguns criticam a avaliação por parte dos professores, dizendo que
deveria ser diversificada, ou seja, que deveriam ser utilizados diferentes
instrumentos avaliativos.




     Percebe-se que grande parte do exposto acima já é realizado na escola, o
que é comprovado pelas entrevistas, uma vez que a avaliação é vista como
processo, envolvendo o ato não somente de ensinar e cobrar, mas também de
refazer e reestruturar, ou seja, de rever o que foi ensinado e como foi ensinado,
através da recuperação paralela, buscando auxiliar o aluno no caminho para o
sucesso escolar.
7.5) Perspectiva de vida




     A realidade em que a escola está inserida é a da maioria das escolas
públicas do país, ou seja, na periferia da cidade onde grande parte dos pais de
alunos possuem renda mensal média de um salário mínimo e onde a
criminalidade faz parte do dia-a-dia dos moradores.




     Considerando esta realidade, percebeu-se que grande parte dos
professores e funcionários acreditam que as perspectivas para o futuro dos
alunos não são boas, ou seja, que a maioria não irá dar prosseguimento aos
estudos, com raros casos que buscarão ensino superior, ou ainda, que as
meninas sonham apenas em casar e constituir família. Isto se deve, segundo
eles, principalmente à falta de motivação dos pais e à falta de visão de futuro
dos alunos, o que gera uma desmotivação nos profissionais da educação
quanto à importância da aprendizagem.




     Porém, sabe-se que esta responsabilidade também é da escola, pois,
segundo Werneck, “Uma escola que ensina a olhar o futuro prepara para a
vida, impulsiona”. E ainda, segundo o mesmo autor, “Uma boa escola prepara
para a vida, dá segurança em relação à continuação dos alunos nas trilhas do
saber e do progredir”.




     Entretanto, confrontando as ideias acima expostas, o resultado dos
questionários aplicados aos alunos diferiu completamente, ou seja, a maioria
deseja cursar uma graduação, destacando-se os cursos de medicina e
veterinária. Também aparece um número considerável de alunos que desejam
ser professores de diversas áreas do conhecimento, assim como aqueles que
desejam seguir carreira militar ou ingressar na polícia.
Assim, a partir da pesquisa realizada, percebe-se que, apesar das
adversidades encontradas pelos alunos, os mesmos possuem grandes
perspectivas de vida, buscando sempre melhorar a qualidade de vida de sua
família, o que poucas vezes é percebido pelos profissionais de educação que
atuam na escola.




     7.6) Participação da família




     A participação da família na vida escolar dos alunos é de fundamental
importância no desenvolvimento cognitivo destes. Entretanto, segundo o
resultado da pesquisa realizado com os educadores, o envolvimento dos pais
no trabalho da escola ainda é insuficiente para que se possa alcançar o
sucesso esperado.




     Entretanto, segundo os pais e os alunos, a grande maioria afirma a
participação da família na vida escolar dos alunos, seja através do incentivo, do
acompanhamento das notas e dos temas ou do simples fato de não deixar que
estes faltem às aulas ou do ato de olhar os cadernos. Mas os pais também
solicitam que a escola ofereça mais espaços para sua participação, seja
através de clubes ou de atividades, bem como, pedem uma maior comunicação
entre eles e a escola.




     Assim, percebe-se que faz-se necessária uma reavaliação nos conceitos
desta relação escola e família e, para tanto, precisa-se levar em conta o que
escreve Garcia e Puig,



                     O ponto de partida para favorecer a presença dos pais na escola
                     é a conscientização de que eles não se envolvem sozinhos. É
                     necessário buscar as famílias, em vez de esperar que elas se
                     incorporem    espontaneamente      à   dinâmica   escolar.   O
conhecimento de seu ambiente social é essencial para entendê-
                       las e aproximá-las da escola, (...) (Garcia e Puig, p. 137)




        7.7) Valores




        Diversos são os problemas encontrados na sociedade atual, incluindo,
desta forma, as famílias e a escola. Ou seja, a escola reclama que os alunos
não respeitam mais os professores e que não valorizam mais o estudo. Os pais
afirmam que os filhos não possuem mais limites e que falta respeito para com
eles.




        Por isso, segundo Yves de La Taille, “(...) muitos pais procuram colocar
seus filhos em escolas cuja reputação é de firmeza e ordem.”, ou seja, muitos
pais buscam recuperar valores que já não são mais tão valorizados nos dias
atuais, o que foi comprovado pela pesquisa realizada com todos os segmentos
da escola.




        Desta forma, pode-se perceber o quão importante é o trabalho em valores
realizado na escola, principalmente no que se refere à moral e à ética, uma vez
que, ainda segundo Yves, “A moral refere-se às leis que normatizam as
condutas humanas, e a ética corresponde aos ideais que dão sentido à vida.”,
objetivos estes buscados por todos os envolvidos na construção da vida dos
educandos.




        7.8) Relacionamento



                       A identidade pessoal só pode ser construída com base na
                       relação que cada sujeito mantém com os demais. O eu não se
                       desenvolve fechando-se em si mesmo, e sim estabelecendo
                       interações com os iguais, que o ajudam a gerar uma forma de
                       vida e uma trajetória. Assim, as relações interpessoais são
imprescindíveis para o crescimento humano e moral de qualquer
                     um. (Garcia e Puig, p. 52)




     É indiscutível a importância do relacionamento na construção da
identidade humana dos sujeitos envolvidos no processo educacional de uma
escola. Entretanto, nem sempre é fácil um bom relacionamento entre os atores
desta instituição. O que pode ser verificado no resultado da pesquisa.




     Os alunos afirmam que seu relacionamento na escola, seja com colegas,
professores, funcionários e equipe diretiva é bom ou muito bom, uma vez que
estes respeitam a fim de serem respeitados.




     O mesmo é colocado pelos educadores, os quais afirmam que há
colaboração de todos com muita educação e respeito, bem como busca-se
uma educação através de valores, onde impere o diálogo. Porém, alguns
também afirmam que há profissionais que não buscam melhorar a escola, não
fazendo jus ao salário que recebem, ou ainda, que há falta de ética por parte
de alguns, que o grupo é desunido e que a equipe diretiva nem sempre
compreende o auxílio que os professores oferecem.




     Desta forma, pode-se observar que o relacionamento, por mais complexo
e importante que seja, na escola é considerado bom, apesar das dificuldades
encontradas no trabalho diário.
8) OBJETIVOS




     8.1) Objetivos da Escola



     - Oportunizar a participação nas diferentes situações sociais, culturais,
políticas e religiosas;


     - Construir progressivamente a noção de identidade social;


     - Utilizar as diferentes fontes de informação para a construção do
conhecimento;


     - Agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da
cidadania;


     - Contribuir ativamente como agente transformador, buscando melhorias
para o meio ambiente;


     - Promover a integração entre família e comunidade, tornando a educação
um processo coletivo;


     - Educar para a participação, acreditando num processo educativo que
valorize o protagonismo social;


     - Proporcionar condições de inclusão para os alunos com necessidades
especiais.
8.2) Objetivos da Educação Infantil – Pré-Escola

     A educação infantil busca levar os alunos a desenvolver as seguintes
capacidades:




     - Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez
mais independente;


     - Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, valorizando
hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;


     - Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças,
fortalecendo sua auto-estima, possibilitando sua interação social;


     -   Respeitar   a   diversidade,   desenvolvendo   atitudes     de   ajuda   e
colaboração;


     - Explorar o ambiente com curiosidade, percebendo-se como integrante e
agente transformador deste;


     - Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades;


     - Utilizar as diferentes linguagens – corporal, musical, plástica, oral e
escrita – expressando suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos,
avançando assim, no seu processo de construção de significados;


     - Conhecer manifestações culturais, valorizando a diversidade.
8.3) Objetivos do Ensino Fundamental



     - Utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e
corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias,
interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e
privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;


     - Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos
para construir o conhecimento;


     - Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro,
bem como aspectos de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social,
crença, gênero, etnia ou outras características individuais e sociais;


     - Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no
cotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;


     - Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de
identidade nacional e pessoal;


     - Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde...
9) PRINCÍPIOS NORTEADORES




     Os princípios norteadores da escola fundamentam o trabalho por ela
realizado, seja didático-pedagógico, de pessoal ou financeiro, buscando torná-
la realmente uma escola pública de qualidade para todos. Assim, são eles:




     9.1) Gestão democrática




     Uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em
nível mundial é o processo de descentralização da gestão escolar. Este
processo está associado ao estabelecimento de mecanismos legais e
institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação
social.




     Ratificando isso, Marília Pontes Spósito in Fischer, afirma que



                     Gesta-se uma vontade coletiva nessa multiplicidade de
                     representações: o desígnio de uma escola voltada para a
                     realidade, a escola que entenda suas condições de vida, a escola
                     que seja capaz de compreender como é a vida de periferia, a
                     escola que possa ouvir, de fato, o que os pais, os jovens, as
                     mulheres têm a dizer, que rompa com o seu silêncio, que os
                     transforme em sujeitos do seu projeto educativo. (SPOSITO in
                     Fischer, p. 144)




     Assim, acredita-se na necessidade de mudança na prática de todos os
envolvidos no processo educacional da escola, a fim de integrar os diferentes
segmentos desta, ou seja, faz-se necessário um trabalho conjunto entre
alunos, professores, equipe diretiva, funcionários e família para alcançar a tão
sonhada qualidade na educação pública.




     Várias são as ações já realizadas neste sentido, tais como: eleição para
diretores, Grêmio Estudantil, Clube de meninas, Bazar solidário, Mostras de
trabalhos, Eventos sócio-culturais. Entretanto, uma das metas da escola é
ampliar a integração destes segmentos, através do conhecimento da realidade
de cada família, bem como, da participação de eventos que ocorrem nas
comunidades, assegurando a todos que a escola faz parte da vida destes.




     9.2) Garantia de acesso, permanência e sucesso dos alunos




     A Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, LDB nº 9394/96, em
seu artigo 3º já previa como princípio para o ensino a igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola. O Plano Nacional de Educação já
inclui como uma das diretrizes a qualidade deste ensino.


     Assim, a escola, além de buscar atender a legislação vigente, seja em
âmbito nacional, estadual ou municipal, tem como meta atender a todos os
alunos que queiram estudar, assim como evitar o abandono destes e, acima de
tudo, oferecer um ensino que seja relevante para estes e que possa abrir
portas para sua vida futura, seja pessoal ou profissional.


     Dentre os três itens, o mais preocupante é o sucesso dos alunos, uma
vez que a escola já busca oferecer o máximo de vagas possíveis, levando em
conta o tamanho das salas de aula e a legislação referente ao mesmo, bem
como tem muito poucos casos de abandonos, os quais geralmente são
solucionados.
Desta forma, acredita-se que, conforme afirma Vasco Moretto, para
conseguir um real sucesso dos alunos, a escola deve cumprir seu papel social
“(...) ao mesmo tempo conservador e transformador.”, o que ele explica:


                     Conservador porque a ela cabe propor às novas gerações os
                     conhecimentos construídos a partir da história humana. Nesse
                     processo, a escola exerce um papel de fundamental importância
                     ao selecionar criteriosamente, dentre todos os conhecimentos
                     desenvolvidos, aqueles relevantes para a iniciação dos jovens
                     no mundo social. Ao mesmo tempo, exerce seu papel
                     transformador ao preparar criticamente os jovens, capacitando-
                     os a analisar sua sociedade, avaliar as relações existentes,
                     equacionar seus problemas e propor soluções. (Moretto, p. )



     Diante do exposto, a escola tem a função de conservar o patrimônio
histórico e cultural dos alunos, bem como apresentar-lhes as novas
tecnologias, a fim de que estes sejam capazes de (re)construir sua visão de
mundo e melhorar constantemente sua qualidade de vida.


     Para que este trabalho se torne possível o aluno deve ser visto como
sujeito de sua aprendizagem, o qual constrói seu conhecimento, e o professor,
como mediador deste processo, e não como mero transmissor de informações,
o que resulta em uma aprendizagem significativa, o que substitui a
aprendizagem como simples memorização.


     Ainda, é preciso que o professor leve em conta os conhecimentos prévios
dos alunos, saiba distinguir os conteúdos que são relevantes para estes e
consiga tornar a aula atrativa, buscando desta forma, a interação entre ambos,
o que evita a busca de culpados quando o resultado não é o esperado.
Também, outra forma de auxiliar neste processo é através do oferecimento
progressivo de turno integral aos alunos, o que já vem sendo feito por meio do
Programa “Mais Educação”.
9.3) Escola inclusiva


     A escola para ser considerada inclusiva deve abandonar a condição de
instituição burocrática, que apenas cumpre regras e normas pré-estabelecidas,
ou seja, o espaço escolar deve ser visto como sendo de todos e para todos.


     Para tanto, esta nova visão de escola implica na busca de novas
alternativas para o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos que estão
inseridos nela, pois como afirma Montoan (1997, p. 68), “(...) cabe à escola
encontrar respostas educativas para as necessidades de seus alunos”.


     Acreditando nisto e no fato de que ninguém é igual a ninguém, ou ainda,
que cada um aprende de uma maneira, e levando em conta a diversidade, o
processo de ensino-aprendizagem deve ser repensado, ou seja, faz-se
necessário conhecer cada vez melhor os alunos, a fim de planejar as aulas de
acordo com a necessidade de cada um, de utilizar metodologias diferenciadas
e avaliar o progresso individual, deixando de lado a visão de homogeneidade
na sala de aula.


     Também, além do atendimento em sala multifuncional, o currículo dos
alunos com necessidades educacionais especiais deve ser adaptado, que não
seja fixo ou fechado, mas sim, participativo, que desvele a importância da
diversidade na escola, respondendo às suas reais demandas.


     9.4) Valorização e formação continuada dos profissionais da
     educação




     “Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que
tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”. (CURY, 2003,
p. 17).
O professor contemporâneo já não busca mais ser um mero transmissor
de conhecimentos ou ainda, apenas o comandante da sala de aula. Ele sabe
que tem de provocar mudanças significativas nos alunos, oferecendo subsídios
para que estes possam, além de construir seus conhecimentos, tornar-se
pessoas corretas, críticas e atuantes.




     Para que esta meta possa ser alcançada, acredita-se também que,
conforme Garcia e Puig,



                     (...) uma personalidade autêntica, que mostra coerência entre as
                     idéias que transmite e a sua conduta diária e é capaz de aceitar e
                     valorizar outros pontos de vista, fornece modelos aos jovens e
                     tem mais possibilidade de influenciá-los de maneira significativa.
                     (Garcia e Puig, p.31)




     Percebe-se, desta forma, a importância do papel do professor na vida de
seus alunos, principalmente considerando-se alunos das classes populares, os
quais possuem uma grande carência de modelos de vida a seguirem.




     Considerando isto, a valorização do educador é de fundamental
importância para seu trabalho, uma vez que ele é parte do processo de ensino-
aprendizagem dos alunos. Assim, conforme preconiza a Resolução 01/2010 do
Conselho Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul em seu artigo 30, §1º,
esta valorização está vinculada à oportunidade de formação continuada, uma
vez que “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar, da qualidade
do professor” (DEMO, 2002, p. 72). E, para que o trabalho do professor tenha
qualidade, o mesmo, além de uma boa formação inicial, necessita de espaços
para a aquisição de novas competências de forma a contemplar as novidades
que se apresentam a ele.
Para tanto, a escola oferece jornada pedagógica anual, bem como
reuniões pedagógicas quinzenais, a fim de discutir problemas, refletir sobre
situações do cotidiano de sala de aula e buscar soluções, visando a melhoria
da qualidade do ensino na escola pública. Entretanto, tem-se como meta
aumentar estes encontros e buscar mais a integração de toda a comunidade
escolar neste trabalho.
10) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR




     O   processo    de    ensino-aprendizagem        da     escola    pauta-se     numa
organização curricular que se fundamenta na visão do aluno como um ser
integral, que possui uma identidade própria e necessita de um trabalho voltado
para seus interesses, ou seja, que possa ampliar sua visão de mundo para que
este possa fazer suas próprias escolhas.




     Assim, busca-se, além de trabalhar a Base Nacional Comum e a Parte
Diversificada, incluindo neste âmbito os temas transversais, os símbolos
naionais, trânsito e a história e cultura afro e indígena, oferecer aos educandos
a   possibilidade   de    um   trabalho   interdisciplinar    realizado       através     do
desenvolvimento de projetos de pesquisa, seja na área das ciências exatas,
sociais ou humanas, visando garantir a qualidade na aprendizagem.




     A escola tem esta visão considerando que,



                     A posição interdisciplinar se fundamenta na crença de que o
                     aluno possa estabelecer conexões pelo simples fato de serem
                     evidenciadas pelo professor, e em que o somatório de
                     aproximações a um tema permita, por si próprio, resolver os
                     problemas    de   conhecimento    de     uma     forma   integrada    e
                     relacional. (HERNÁNDEZ e VENTURA, p. 54)
Desta forma, o aluno não constrói seu conhecimento nas diversas áreas
do conhecimento de forma isolada, mas sim, de uma maneira integral, assim
como ele aprende também fora da escola. Ainda, completando esta ideia, é
importante o trabalho por projetos, pois, conforme Nogueira,



                     Um projeto na verdade é, a princípio, uma irrealidade que vai se
                     tornando real, conforme começa a ganhar corpo a partir da
                     realização de ações e, consequentemente, as articulações
                     destas. (Nogueira, p. 76)




     Também, de acordo com o artigo 4º da Resolução CME/SCS 01/2010, a
escola, considerando as dimensões do educar e do cuidar, visa garantir a todos
os educandos, ensino ministrado de acordo com os princípios de:

     I – igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e
sucesso na escola;

     II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;

     III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

     IV – respeito à liberdade e aos direitos;

     V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

     VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

     VII – valorização do profissional da educação escolar;

     VIII – gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das
normas dos respectivos sistemas de ensino;

     IX – garantia de padrão de qualidade;

     X – valorização da experiência extraescolar;

     XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Assim, levando em conta todo o acima exposto, a escola busca propiciar
aos alunos da Educação Infantil – Pré-Escola e do Ensino Fundamental
composto pelos Anos Iniciais, incluindo aí o Bloco de Alfabetização (1º, 2º e 3º
Anos), e Anos Finais, um espaço permanente de construção de conhecimento
e de crescimento integral, a fim de auxiliá-los na busca constante pela melhoria
da qualidade de vida, assegurando-lhes todos os seus direitos.
11) AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA, INSTITUCIONAL E
                                    EXTERNA




     A escola possui atualmente autonomia para a construção de sua Proposta
Pedagógica, a qual é feita com a participação de todos os segmentos que dela
fazem parte, ou seja, alunos, pais, professores e funcionários.




     Entretanto, esta autonomia também requer uma avaliação constante
desta proposta, a fim de verificar os erros e acertos dela provenientes. Assim, a
mesma será (re)avaliada anualmente por todos os segmentos que a
construíram, através de encontros para discussões e reflexões acerca dos
objetivos previstos e alcançados.




     Da mesma forma é avaliada anualmente a instituição, por intermédio dos
diferentes segmentos que compõem a unidade escolar.




     Quanto à avaliação externa, busca-se constantemente melhorar o IDEB
da escola, melhorando a qualidade do resultado da Prova Brasil.
12) REFERÊNCIAS




BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino-
aprendizageM. Petrópolis (RJ): Vozes, 2008.


BRASIL. Secad. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos
pedagógicos de educação integral – caderno para professores e diretores de
escolas. Brasília, DF: Secad, 2008b.


CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.


FISCHER, Nilton Bueno; FERLA, Alcindo Antônio e FONSECA, Laura
Souza (org.). Educação de classes populares. Porto Alegre: Editora Mediação,
1996.



GARCIA, Xus Martins e PUIG, Josef Maria. As sete competências básicas
para educar em valores. São Paulo: Summus, 2010.




HERNÁNDEZ, Fernando e MONTSERRAT, Ventura. A organização do
currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.




MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou estar, eis a questão: explicando o
déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em
aula. 3 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.




NOGUEIRA,      Nilbo   Ribeiro.   Pedagogia    dos   projetos:   uma   jornada
interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. 6 ed. São
Paulo: Érica, 2001.




SPÓSITO, Marília Pontes. A ilusão fecunda a luta por educação nos
movimento populares. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1993.




VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de
aula. São Paulo: Libertad, 2008.



VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção
possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.

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Proposta pedagógica da EMEF Santuário de Santa Cruz do Sul

  • 1. MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTUÁRIO PROPOSTA PEDAGÓGICA SANTA CRUZ DO SUL, NOVEMBRO DE 2011.
  • 2. SUMÁRIO 1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.......................................................................03 2) INTRODUÇÃO..............................................................................................05 3) MISSÃO.........................................................................................................07 4) VISÃO............................................................................................................08 5) VALORES.....................................................................................................09 6) HISTÓRICO DA ESCOLA.............................................................................10 7) DIAGNÓSTICO.............................................................................................13 8) OBJETIVOS..................................................................................................23 8.1) Objetivos da Escola.............................................................................23 8.2) Objetivos da Educação Infantil – Pré-Escola....................................24 8.3) Objetivos do Ensino Fundamental.....................................................25 9) PRINCÍPIOS NORTEADORES.....................................................................26 10) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.................................................................32 11) AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA..........................................35 12) REFERÊNCIAS...........................................................................................36
  • 3. 1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1) Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário Rua Padre Landel de Moura, nº 400 – Bairro Santuário Fone (51) 3715-9456 – Santa Cruz do Sul – RS E-mail: emefsantuarioscs@yahoo.com.br Blog: emefsantuarioscs.blogspot.com 1.2) Mantenedora: Secretaria Municipal de Educação e Cultura 1.3) Documentos Legais: - Criação: Decreto Municipal nº 3.915 – 30 de abril de 1993 - Autorização de funcionamento: Parecer da Comissão Estadual de Ensino nº 1.254 – 08 de setembro de 1993 - Alteração de designação EMEFs: Decreto Municipal 4.803 – 13 de outubro de 1998 1.4) Etapas de Ensino: - Educação Infantil – Pré-Escola
  • 4. - Ensino Fundamental em nove anos 1.5) Turnos de Funcionamento: Manhã e Tarde 1.6) Número de Alunos: 400 1.7) Número de Professores: 25 1.8) Número de Funcionários: - 03 agentes administrativos - 01 auxiliar de disciplina - 06 serventes - 02 estagiários de CIE-E 1.9) Equipe Diretiva: - Diretora: Lia Beatriz Heuser Ruschel - Vice-Diretora: Marinei Schmidt - Supervisor Escolar: Patrick Molz - Orientadora Educacional: Loreci Pereira da Silva
  • 5. 2) INTRODUÇÃO Segundo Gadotti (cit por Veiga, 2001, p. 18), Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. Assim, a fim de compreender melhor a realidade em que os sujeitos da EMEF Santuário estão envolvidos, assim como, para buscar realizar os sonhos destes, foi reconstruída a Proposta Pedagógica desta instituição, documento este que rege toda a ação pedagógica dos profissionais que nela atuam. Para tanto, inicialmente foi composta uma comissão com representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, ou seja, de pais, alunos, professores e funcionários, assim como da equipe diretiva. Após estudo de diferentes textos e discussões destes, foram elaborados questionários para serem aplicados aos alunos de 6º ano a 8ª série, aos pais de todos os alunos, aos professores e funcionários. A partir destes questionários foi possível construir um diagnóstico atual da comunidade escolar, bem como compreender seus sonhos e projetar metas para alcançá- los, comprometendo todos os envolvidos no processo. Durante as reuniões pedagógicas realizadas com os professores foram realizadas leituras de diferentes autores, de acordo com o resultado dos questionários, buscando o embasamento teórico para este documento, uma
  • 6. vez que, segundo Pedro Demo, “... um projeto de intervenção só tem a ganhar se for orientado devidamente pela teoria, bem como a teoria, para ser deste mundo, precisa confrontar-se com a prática”. Assim, após os trabalhos acima citados, foi reconstruída a Proposta Pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário, a qual se tornará o instrumento que indica o rumo, a direção do trabalho pedagógico desta instituição, buscando uma educação de qualidade para todos os alunos.
  • 7. 3) MISSÃO Propiciar aos educandos uma aprendizagem significativa e efetiva, buscando, através de diferentes práticas pedagógicas, desenvolver a autonomia intelectual e o pensamento reflexivo e crítico destes, objetivando uma transformação social com vistas à sustentabilidade e à prática de valores.
  • 8. 4) VISÃO Ser referência em educação de qualidade, cujos educandos construam sua aprendizagem de forma efetiva, baseada nos valores morais e éticos, a fim de que se tornem pessoas atuantes na sociedade.
  • 9. 5) VALORES - Responsabilidade - Autonomia - Participação - Respeito - Ética - Inovação - Cooperação
  • 10. 6) HISTÓRICO DA ESCOLA A Escola Municipal de 1º Grau Santuário foi criada através do Decreto Municipal nº 3.915, de 30 de abril de 1993 e autorizada através do Parecer da Comissão Estadual de Ensino nº 1.254, de 08 de setembro de 1993, iniciando suas atividades escolares em 07 de março de 1994. A mesma foi uma conquista da comunidade dos bairros Santuário, Pedreira, Cíntea e Mãe de Deus, atendendo uma antiga reivindicação dos pais e alunos, os quais percorriam um longo caminho até a escola mais próxima. Em 1998, através do Decreto Municipal nº 4.803, de 13 de outubro, a escola passa a denominar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário. Atualmente a escola atende cerca de 400 alunos, incluindo além dos bairros acima citados, também o Petrópolis e Guarda de Deus. Para este atendimento, conta com 25 professores, 02 especialistas, 03 agentes administrativos, 06 serventes, 01 auxiliar de disciplina e 02 estagiários de CIE- E. Entre os projetos realizados na escola, acontecem o Clube de Meninas, Grêmio Estudantil, Tribo nas Trilhas da Cidadania, Informática na escola e Bazar Solidário.
  • 11. Atualmente a equipe diretiva é formada pela diretora Lia Beatriz Heuser Ruschel, Vice-Diretora Marinei Scmidt, Orientadora Educacional Loreci Pereira da Silva, e Supervisor Escolar Patrick Molz. Diretores da EMEF Santuário: - 1994 a 1998: Sênio Voese (Diretor) e Lourdes Liane Pereira (Vice) – indicados pela SMEC - 1999 a 2000: Eliane M. Loebens Schmidt (Diretora) e Ana Patrícia Rodrigues (Vice) – eleitas pela comunidade escolar - 2001: Blasius Silvano Debald (Diretor) e Carlos Rodrigues Martins (Vice) – eleitos pela comunidade escolar - 2002 a 2003: Carlos Rodrigues Martins (Diretor), Fridolino Roberto Schneider (Vice do diurno) e Maria Nilza Paz Lopes (Vice do noturno) – por exoneração do diretor Blasius, o vice Carlos assumiu a direção, sendo que os dois vice-diretores foram indicados pela SMEC - 2004 a 2006: Fridolino Roberto Schneider (Diretor) e Carlos Rodrigues Martins (Vice) – eleitos pela comunidade escolar - 2007 a 2009: Fridolino Robnerto Schneider (Diretor) e Carla R. Trindade Fraga (Vice) – eleitos pela comunidade escolar
  • 12. - 2010 a 2012: Lia Beatriz Heuser Ruschel (Diretora) e Marinei Schmidt (Vice) – eleitas pela comunidade escolar
  • 13. 7) DIAGNÓSTICO A Escola Municipal de Ensino Fundamental Santuário atende alunos de seis bairros da zona sul do município de Santa Cruz do Sul: Santuário, Pedreira, Cíntea, Petrópolis, Mãe de Deus e Guarda de Deus. Quanto à realidade das famílias dos alunos, a grande maioria possui casa própria, com dois a três quartos, sendo que moram entre três e quatro pessoas na residência. Todos possuem luz elétrica e poucos ainda não têm banheiro dentro de casa. A grande maioria possui televisão, DVD e antena parabólica, sendo que alguns têm computador e acesso à Internet. Já no que se refere à parte pessoal dos pais, a maior parte destes possui idade entre 30 e 49 anos e concluiu o Ensino Médio; tem renda de, em média, um salário mínimo, sendo que grande parte trabalha como safrista nas indústrias fumageiras. Quanto à visão de escola, de processo ensino-aprendizagem, de metodologia, de avaliação, de perspectiva de vida, de participação da família, de valores e de relacionamento, realizadas as entrevistas com os diferentes segmentos, percebeu-se diferenças entre estes, sendo que os itens foram estudados nas reuniões pedagógicas, a fim de embasá-los teoricamente.
  • 14. 7.1) Escola Muito além da escolarização formal, é preciso reconhecer que a escola representa espaço fundamental para o desenvolvimento da criança, do adolescente e do jovem, constituindo-se como um importante contexto de socialização, de construção de identidades, exercício de autonomia e do protagonismo, de respeito à diversidade étnico-racial, de gênero e orientação sexual e, finalmente, de afirmação, proteção e resgate de direitos. (BRASIL, 2008b, p.8). Desta forma, a escola passa a ser muito mais do que um prédio para a construção de uma aprendizagem formal. Passa a ser um espaço onde as diferentes culturas se inter-relacionam, onde as vivências e experiências de cada ator participante são entremeadas de forma a tecer uma aprendizagem significativa voltada para uma educação integral dos sujeitos. Segundo a pesquisa realizada, as opiniões a respeito da visão de escola que os diferentes segmentos possuem divergem. Ou seja, os pais acreditam que a escola é preocupada e atenciosa com todos, que tem uma boa infra- estrutura, que as normas são claras e cobradas por todos, e que os profissionais que nela atuam são muito bons, mesmo que os professores não se imponham o suficiente. Ainda, afirmam que a escola é limpa e organizada, com uma boa equipe diretiva. Entretanto, o que os preocupa é a violência e a falta de segurança, tanto na escola, como na rua, e ainda, as dificuldades na aprendizagem que os alunos apresentam. Já o resultados da pesquisa dos alunos aponta, principalmente, a infra- estrutura ruim da escola, o que inclui a quadra aberta, a falta de pintura do prédio, o pátio pequeno, os banheiros sujos e a praça quebrada. Também citam problemas como mobiliário estragado (mesas, classes, cadeiras), tecnologia ruim (internet lenta e poucos computadores), baixa qualidade no processo ensino-aprendizagem e a violência. Outros já afirmam que há ótimos professores e equipe diretiva.
  • 15. Os professores citam, além do acima exposto, ou seja, infra-estrutura ruim, pedagógico falho e violência, falta de seriedade e responsabilidade dos profissionais, desinteresse do poder público, negligência e pouca participação das famílias, desmotivação, desinteresse, carência e dificuldades dos alunos. Porém, alguns também afirmam que a escola é inclusiva, persistente, preocupada com a aprendizagem e a disciplina, democrática, aberta e comprometida. A mesma opinião é partilhada pelos funcionários. Cabe ressaltar que a escola busca trabalhar de forma inclusiva, não somente nas adaptações físicas necessárias, as quais já existem, mas também no trabalho pedagógico, através do atendimento na Sala Multifuncional, bem como na classe regular, onde os professores adaptam suas aulas de acordo com a necessidade de cada um. 7.2) Processo Ensino-Aprendizagem Por muito tempo acreditava-se que valorizando o ensino, valorizava-se o conhecimento. Entretanto, hoje sabe-se que os dois processos estão interligados, uma vez que “sem aprendizagem não há ensino” (PCN). Isto se deve ao fato de que, ainda segundo PCN, o conhecimento “... é resultado de um complexo e intrincado processo de construção, modificação e reorganização utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares.” Assim, para que este processo tenha êxito, faz-se necessário um ensino que leve em conta os conhecimentos prévios dos educandos e busque a (re)construção destes, tornando-os agentes ativos desta aprendizagem. Através da pesquisa realizada, percebe-se que os pais compreendem que seus filhos têm dificuldade na aprendizagem, mesmo que estes os incentivem a
  • 16. estudar, acompanham sua evolução, olham os cadernos e os auxiliam a fazer as tarefas de casa. Quanto aos alunos, parte destes afirma que ocorre pouca aprendizagem na escola, o que se deve, principalmente, à falta de educação dos alunos, à bagunça em sala de aula, à falta de aulas diferenciadas e à recuperação falha. Porém, outros já dizem que ocorre uma boa aprendizagem, uma vez que o nível de exigência é bastante alto e há ótimos professores na escola, os quais realizam boas avaliações e dão boas aulas. Os professores citam como dificuldades no processo de ensino- aprendizagem a falta de limites dos alunos, o desrespeito e a indisciplina destes, a falta de vontade de aprender, a rebeldia, a bagunça em sala de aula, a falta de material dos alunos, a agressividade entre eles e a pouca valorização do estudo pela comunidade em geral. Alguns profissionais afirmam que há colegas que focam apenas nos conteúdos, que falta leitura e atualização e que a metodologia é tradicional, o que prejudica o trabalho. Da mesma forma, os funcionários citam as questões comportamentais dos alunos como os principais fatores para a baixa qualidade na aprendizagem. 7.3) Metodologia Dependendo de sua metodologia, o professor pode contribuir para gerar uma consciência crítica ou uma memória fiel, uma visão universalista ou uma visão estreita e unilateral, uma sede de aprender pelo prazer de aprender e resolver problemas ou uma angústia de aprender apenas para receber um prêmio e evitar castigo (BORDENAVE; PEREIRA, 2008).
  • 17. A metodologia utilizada em sala de aula é de extrema importância para o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade dos alunos. Ou seja, conforme o acima exposto, a função da escola não é de formar pessoas que tenham uma boa memória, que tenham aprendido conteúdos, mas sim, pessoas que tenham visão de mundo, que saibam buscar seus direitos e lutar por seus ideais de uma forma consciente. Entretanto, analisando a pesquisa realizada, percebe-se que, tanto os professores como os alunos destacam que as aulas ainda utilizam uma metodologia bastante tradicional, buscando apenas trabalhar os conteúdos estipulados no plano de estudos e de uma forma pouco atrativa, portanto, não ocorrendo uma real aprendizagem. Desta forma, cabe ressaltar o que diz Celso Vasconcelos: "Na metodologia expositiva o aluno recebe tudo pronto, não problematiza, não é solicitado a fazer relação com aquilo que já conhece ou a questionar a lógica interna do que está recebendo, e acaba se acomodando. A prática tradicional é caracterizada pelo ensino "blá-blá-blante", salivante, sem sentido para o educando, meramente transmissora, passiva, a-crítica, desvinculada da realidade, descontextualizada." (Vasconcelos, 2008). 7.4) Avaliação Grandes são as dificuldades encontradas pelos profissionais da educação em sala de aula. Entretanto, uma das principais, sem dúvida, é a avaliação, uma vez que esta emite um parecer ou um julgamento sobre os saberes dos alunos. Para Gardner in Nogueira 2001: “... uma avaliação deveria dar informações sobre a capacidade e potenciais dos alunos, de tal forma a dar-lhes um feedback sobre suas aquisições, assim como propiciar informações para a
  • 18. comunidade circundante. Essa avaliação deveria ocorrer de forma natural, quase sem reflexão do consciente, sem datas e horários preestabelecidos e, se possível, sem rotulações de resultados mensuráveis”. A partir da pesquisa realizada e levando em conta esta nova concepção de avaliação, a grande maioria dos professores se diz seguro na aplicação de avaliações, pois buscam realizar uma avaliação contínua e constante, buscando detectar as dificuldades dos educandos e levar em conta seu progresso. Também citaram que buscam primeiramente conhecer os alunos, bem como aplicar diversas formas de avaliação, vendo o mesmo como sujeito de sua aprendizagem. Entretanto, alguns professores assumem que possuem dificuldade em avaliar, principalmente em diversificar as avaliações, citando também o grande número de alunos em sala de aula e o pouco tempo para a elaboração destas. Os alunos retificam o que foi citado pela maioria dos professores, afirmando que a avaliação está boa desta forma, não precisando ser alterada. Apenas alguns criticam a avaliação por parte dos professores, dizendo que deveria ser diversificada, ou seja, que deveriam ser utilizados diferentes instrumentos avaliativos. Percebe-se que grande parte do exposto acima já é realizado na escola, o que é comprovado pelas entrevistas, uma vez que a avaliação é vista como processo, envolvendo o ato não somente de ensinar e cobrar, mas também de refazer e reestruturar, ou seja, de rever o que foi ensinado e como foi ensinado, através da recuperação paralela, buscando auxiliar o aluno no caminho para o sucesso escolar.
  • 19. 7.5) Perspectiva de vida A realidade em que a escola está inserida é a da maioria das escolas públicas do país, ou seja, na periferia da cidade onde grande parte dos pais de alunos possuem renda mensal média de um salário mínimo e onde a criminalidade faz parte do dia-a-dia dos moradores. Considerando esta realidade, percebeu-se que grande parte dos professores e funcionários acreditam que as perspectivas para o futuro dos alunos não são boas, ou seja, que a maioria não irá dar prosseguimento aos estudos, com raros casos que buscarão ensino superior, ou ainda, que as meninas sonham apenas em casar e constituir família. Isto se deve, segundo eles, principalmente à falta de motivação dos pais e à falta de visão de futuro dos alunos, o que gera uma desmotivação nos profissionais da educação quanto à importância da aprendizagem. Porém, sabe-se que esta responsabilidade também é da escola, pois, segundo Werneck, “Uma escola que ensina a olhar o futuro prepara para a vida, impulsiona”. E ainda, segundo o mesmo autor, “Uma boa escola prepara para a vida, dá segurança em relação à continuação dos alunos nas trilhas do saber e do progredir”. Entretanto, confrontando as ideias acima expostas, o resultado dos questionários aplicados aos alunos diferiu completamente, ou seja, a maioria deseja cursar uma graduação, destacando-se os cursos de medicina e veterinária. Também aparece um número considerável de alunos que desejam ser professores de diversas áreas do conhecimento, assim como aqueles que desejam seguir carreira militar ou ingressar na polícia.
  • 20. Assim, a partir da pesquisa realizada, percebe-se que, apesar das adversidades encontradas pelos alunos, os mesmos possuem grandes perspectivas de vida, buscando sempre melhorar a qualidade de vida de sua família, o que poucas vezes é percebido pelos profissionais de educação que atuam na escola. 7.6) Participação da família A participação da família na vida escolar dos alunos é de fundamental importância no desenvolvimento cognitivo destes. Entretanto, segundo o resultado da pesquisa realizado com os educadores, o envolvimento dos pais no trabalho da escola ainda é insuficiente para que se possa alcançar o sucesso esperado. Entretanto, segundo os pais e os alunos, a grande maioria afirma a participação da família na vida escolar dos alunos, seja através do incentivo, do acompanhamento das notas e dos temas ou do simples fato de não deixar que estes faltem às aulas ou do ato de olhar os cadernos. Mas os pais também solicitam que a escola ofereça mais espaços para sua participação, seja através de clubes ou de atividades, bem como, pedem uma maior comunicação entre eles e a escola. Assim, percebe-se que faz-se necessária uma reavaliação nos conceitos desta relação escola e família e, para tanto, precisa-se levar em conta o que escreve Garcia e Puig, O ponto de partida para favorecer a presença dos pais na escola é a conscientização de que eles não se envolvem sozinhos. É necessário buscar as famílias, em vez de esperar que elas se incorporem espontaneamente à dinâmica escolar. O
  • 21. conhecimento de seu ambiente social é essencial para entendê- las e aproximá-las da escola, (...) (Garcia e Puig, p. 137) 7.7) Valores Diversos são os problemas encontrados na sociedade atual, incluindo, desta forma, as famílias e a escola. Ou seja, a escola reclama que os alunos não respeitam mais os professores e que não valorizam mais o estudo. Os pais afirmam que os filhos não possuem mais limites e que falta respeito para com eles. Por isso, segundo Yves de La Taille, “(...) muitos pais procuram colocar seus filhos em escolas cuja reputação é de firmeza e ordem.”, ou seja, muitos pais buscam recuperar valores que já não são mais tão valorizados nos dias atuais, o que foi comprovado pela pesquisa realizada com todos os segmentos da escola. Desta forma, pode-se perceber o quão importante é o trabalho em valores realizado na escola, principalmente no que se refere à moral e à ética, uma vez que, ainda segundo Yves, “A moral refere-se às leis que normatizam as condutas humanas, e a ética corresponde aos ideais que dão sentido à vida.”, objetivos estes buscados por todos os envolvidos na construção da vida dos educandos. 7.8) Relacionamento A identidade pessoal só pode ser construída com base na relação que cada sujeito mantém com os demais. O eu não se desenvolve fechando-se em si mesmo, e sim estabelecendo interações com os iguais, que o ajudam a gerar uma forma de vida e uma trajetória. Assim, as relações interpessoais são
  • 22. imprescindíveis para o crescimento humano e moral de qualquer um. (Garcia e Puig, p. 52) É indiscutível a importância do relacionamento na construção da identidade humana dos sujeitos envolvidos no processo educacional de uma escola. Entretanto, nem sempre é fácil um bom relacionamento entre os atores desta instituição. O que pode ser verificado no resultado da pesquisa. Os alunos afirmam que seu relacionamento na escola, seja com colegas, professores, funcionários e equipe diretiva é bom ou muito bom, uma vez que estes respeitam a fim de serem respeitados. O mesmo é colocado pelos educadores, os quais afirmam que há colaboração de todos com muita educação e respeito, bem como busca-se uma educação através de valores, onde impere o diálogo. Porém, alguns também afirmam que há profissionais que não buscam melhorar a escola, não fazendo jus ao salário que recebem, ou ainda, que há falta de ética por parte de alguns, que o grupo é desunido e que a equipe diretiva nem sempre compreende o auxílio que os professores oferecem. Desta forma, pode-se observar que o relacionamento, por mais complexo e importante que seja, na escola é considerado bom, apesar das dificuldades encontradas no trabalho diário.
  • 23. 8) OBJETIVOS 8.1) Objetivos da Escola - Oportunizar a participação nas diferentes situações sociais, culturais, políticas e religiosas; - Construir progressivamente a noção de identidade social; - Utilizar as diferentes fontes de informação para a construção do conhecimento; - Agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; - Contribuir ativamente como agente transformador, buscando melhorias para o meio ambiente; - Promover a integração entre família e comunidade, tornando a educação um processo coletivo; - Educar para a participação, acreditando num processo educativo que valorize o protagonismo social; - Proporcionar condições de inclusão para os alunos com necessidades especiais.
  • 24. 8.2) Objetivos da Educação Infantil – Pré-Escola A educação infantil busca levar os alunos a desenvolver as seguintes capacidades: - Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente; - Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar; - Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima, possibilitando sua interação social; - Respeitar a diversidade, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; - Explorar o ambiente com curiosidade, percebendo-se como integrante e agente transformador deste; - Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; - Utilizar as diferentes linguagens – corporal, musical, plástica, oral e escrita – expressando suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, avançando assim, no seu processo de construção de significados; - Conhecer manifestações culturais, valorizando a diversidade.
  • 25. 8.3) Objetivos do Ensino Fundamental - Utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; - Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para construir o conhecimento; - Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem como aspectos de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, crença, gênero, etnia ou outras características individuais e sociais; - Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no cotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; - Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal; - Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde...
  • 26. 9) PRINCÍPIOS NORTEADORES Os princípios norteadores da escola fundamentam o trabalho por ela realizado, seja didático-pedagógico, de pessoal ou financeiro, buscando torná- la realmente uma escola pública de qualidade para todos. Assim, são eles: 9.1) Gestão democrática Uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em nível mundial é o processo de descentralização da gestão escolar. Este processo está associado ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social. Ratificando isso, Marília Pontes Spósito in Fischer, afirma que Gesta-se uma vontade coletiva nessa multiplicidade de representações: o desígnio de uma escola voltada para a realidade, a escola que entenda suas condições de vida, a escola que seja capaz de compreender como é a vida de periferia, a escola que possa ouvir, de fato, o que os pais, os jovens, as mulheres têm a dizer, que rompa com o seu silêncio, que os transforme em sujeitos do seu projeto educativo. (SPOSITO in Fischer, p. 144) Assim, acredita-se na necessidade de mudança na prática de todos os envolvidos no processo educacional da escola, a fim de integrar os diferentes segmentos desta, ou seja, faz-se necessário um trabalho conjunto entre
  • 27. alunos, professores, equipe diretiva, funcionários e família para alcançar a tão sonhada qualidade na educação pública. Várias são as ações já realizadas neste sentido, tais como: eleição para diretores, Grêmio Estudantil, Clube de meninas, Bazar solidário, Mostras de trabalhos, Eventos sócio-culturais. Entretanto, uma das metas da escola é ampliar a integração destes segmentos, através do conhecimento da realidade de cada família, bem como, da participação de eventos que ocorrem nas comunidades, assegurando a todos que a escola faz parte da vida destes. 9.2) Garantia de acesso, permanência e sucesso dos alunos A Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, LDB nº 9394/96, em seu artigo 3º já previa como princípio para o ensino a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. O Plano Nacional de Educação já inclui como uma das diretrizes a qualidade deste ensino. Assim, a escola, além de buscar atender a legislação vigente, seja em âmbito nacional, estadual ou municipal, tem como meta atender a todos os alunos que queiram estudar, assim como evitar o abandono destes e, acima de tudo, oferecer um ensino que seja relevante para estes e que possa abrir portas para sua vida futura, seja pessoal ou profissional. Dentre os três itens, o mais preocupante é o sucesso dos alunos, uma vez que a escola já busca oferecer o máximo de vagas possíveis, levando em conta o tamanho das salas de aula e a legislação referente ao mesmo, bem como tem muito poucos casos de abandonos, os quais geralmente são solucionados.
  • 28. Desta forma, acredita-se que, conforme afirma Vasco Moretto, para conseguir um real sucesso dos alunos, a escola deve cumprir seu papel social “(...) ao mesmo tempo conservador e transformador.”, o que ele explica: Conservador porque a ela cabe propor às novas gerações os conhecimentos construídos a partir da história humana. Nesse processo, a escola exerce um papel de fundamental importância ao selecionar criteriosamente, dentre todos os conhecimentos desenvolvidos, aqueles relevantes para a iniciação dos jovens no mundo social. Ao mesmo tempo, exerce seu papel transformador ao preparar criticamente os jovens, capacitando- os a analisar sua sociedade, avaliar as relações existentes, equacionar seus problemas e propor soluções. (Moretto, p. ) Diante do exposto, a escola tem a função de conservar o patrimônio histórico e cultural dos alunos, bem como apresentar-lhes as novas tecnologias, a fim de que estes sejam capazes de (re)construir sua visão de mundo e melhorar constantemente sua qualidade de vida. Para que este trabalho se torne possível o aluno deve ser visto como sujeito de sua aprendizagem, o qual constrói seu conhecimento, e o professor, como mediador deste processo, e não como mero transmissor de informações, o que resulta em uma aprendizagem significativa, o que substitui a aprendizagem como simples memorização. Ainda, é preciso que o professor leve em conta os conhecimentos prévios dos alunos, saiba distinguir os conteúdos que são relevantes para estes e consiga tornar a aula atrativa, buscando desta forma, a interação entre ambos, o que evita a busca de culpados quando o resultado não é o esperado. Também, outra forma de auxiliar neste processo é através do oferecimento progressivo de turno integral aos alunos, o que já vem sendo feito por meio do Programa “Mais Educação”.
  • 29. 9.3) Escola inclusiva A escola para ser considerada inclusiva deve abandonar a condição de instituição burocrática, que apenas cumpre regras e normas pré-estabelecidas, ou seja, o espaço escolar deve ser visto como sendo de todos e para todos. Para tanto, esta nova visão de escola implica na busca de novas alternativas para o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos que estão inseridos nela, pois como afirma Montoan (1997, p. 68), “(...) cabe à escola encontrar respostas educativas para as necessidades de seus alunos”. Acreditando nisto e no fato de que ninguém é igual a ninguém, ou ainda, que cada um aprende de uma maneira, e levando em conta a diversidade, o processo de ensino-aprendizagem deve ser repensado, ou seja, faz-se necessário conhecer cada vez melhor os alunos, a fim de planejar as aulas de acordo com a necessidade de cada um, de utilizar metodologias diferenciadas e avaliar o progresso individual, deixando de lado a visão de homogeneidade na sala de aula. Também, além do atendimento em sala multifuncional, o currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser adaptado, que não seja fixo ou fechado, mas sim, participativo, que desvele a importância da diversidade na escola, respondendo às suas reais demandas. 9.4) Valorização e formação continuada dos profissionais da educação “Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”. (CURY, 2003, p. 17).
  • 30. O professor contemporâneo já não busca mais ser um mero transmissor de conhecimentos ou ainda, apenas o comandante da sala de aula. Ele sabe que tem de provocar mudanças significativas nos alunos, oferecendo subsídios para que estes possam, além de construir seus conhecimentos, tornar-se pessoas corretas, críticas e atuantes. Para que esta meta possa ser alcançada, acredita-se também que, conforme Garcia e Puig, (...) uma personalidade autêntica, que mostra coerência entre as idéias que transmite e a sua conduta diária e é capaz de aceitar e valorizar outros pontos de vista, fornece modelos aos jovens e tem mais possibilidade de influenciá-los de maneira significativa. (Garcia e Puig, p.31) Percebe-se, desta forma, a importância do papel do professor na vida de seus alunos, principalmente considerando-se alunos das classes populares, os quais possuem uma grande carência de modelos de vida a seguirem. Considerando isto, a valorização do educador é de fundamental importância para seu trabalho, uma vez que ele é parte do processo de ensino- aprendizagem dos alunos. Assim, conforme preconiza a Resolução 01/2010 do Conselho Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul em seu artigo 30, §1º, esta valorização está vinculada à oportunidade de formação continuada, uma vez que “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar, da qualidade do professor” (DEMO, 2002, p. 72). E, para que o trabalho do professor tenha qualidade, o mesmo, além de uma boa formação inicial, necessita de espaços para a aquisição de novas competências de forma a contemplar as novidades que se apresentam a ele.
  • 31. Para tanto, a escola oferece jornada pedagógica anual, bem como reuniões pedagógicas quinzenais, a fim de discutir problemas, refletir sobre situações do cotidiano de sala de aula e buscar soluções, visando a melhoria da qualidade do ensino na escola pública. Entretanto, tem-se como meta aumentar estes encontros e buscar mais a integração de toda a comunidade escolar neste trabalho.
  • 32. 10) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O processo de ensino-aprendizagem da escola pauta-se numa organização curricular que se fundamenta na visão do aluno como um ser integral, que possui uma identidade própria e necessita de um trabalho voltado para seus interesses, ou seja, que possa ampliar sua visão de mundo para que este possa fazer suas próprias escolhas. Assim, busca-se, além de trabalhar a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada, incluindo neste âmbito os temas transversais, os símbolos naionais, trânsito e a história e cultura afro e indígena, oferecer aos educandos a possibilidade de um trabalho interdisciplinar realizado através do desenvolvimento de projetos de pesquisa, seja na área das ciências exatas, sociais ou humanas, visando garantir a qualidade na aprendizagem. A escola tem esta visão considerando que, A posição interdisciplinar se fundamenta na crença de que o aluno possa estabelecer conexões pelo simples fato de serem evidenciadas pelo professor, e em que o somatório de aproximações a um tema permita, por si próprio, resolver os problemas de conhecimento de uma forma integrada e relacional. (HERNÁNDEZ e VENTURA, p. 54)
  • 33. Desta forma, o aluno não constrói seu conhecimento nas diversas áreas do conhecimento de forma isolada, mas sim, de uma maneira integral, assim como ele aprende também fora da escola. Ainda, completando esta ideia, é importante o trabalho por projetos, pois, conforme Nogueira, Um projeto na verdade é, a princípio, uma irrealidade que vai se tornando real, conforme começa a ganhar corpo a partir da realização de ações e, consequentemente, as articulações destas. (Nogueira, p. 76) Também, de acordo com o artigo 4º da Resolução CME/SCS 01/2010, a escola, considerando as dimensões do educar e do cuidar, visa garantir a todos os educandos, ensino ministrado de acordo com os princípios de: I – igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e aos direitos; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII – valorização do profissional da educação escolar; VIII – gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das normas dos respectivos sistemas de ensino; IX – garantia de padrão de qualidade; X – valorização da experiência extraescolar; XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
  • 34. Assim, levando em conta todo o acima exposto, a escola busca propiciar aos alunos da Educação Infantil – Pré-Escola e do Ensino Fundamental composto pelos Anos Iniciais, incluindo aí o Bloco de Alfabetização (1º, 2º e 3º Anos), e Anos Finais, um espaço permanente de construção de conhecimento e de crescimento integral, a fim de auxiliá-los na busca constante pela melhoria da qualidade de vida, assegurando-lhes todos os seus direitos.
  • 35. 11) AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA, INSTITUCIONAL E EXTERNA A escola possui atualmente autonomia para a construção de sua Proposta Pedagógica, a qual é feita com a participação de todos os segmentos que dela fazem parte, ou seja, alunos, pais, professores e funcionários. Entretanto, esta autonomia também requer uma avaliação constante desta proposta, a fim de verificar os erros e acertos dela provenientes. Assim, a mesma será (re)avaliada anualmente por todos os segmentos que a construíram, através de encontros para discussões e reflexões acerca dos objetivos previstos e alcançados. Da mesma forma é avaliada anualmente a instituição, por intermédio dos diferentes segmentos que compõem a unidade escolar. Quanto à avaliação externa, busca-se constantemente melhorar o IDEB da escola, melhorando a qualidade do resultado da Prova Brasil.
  • 36. 12) REFERÊNCIAS BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino- aprendizageM. Petrópolis (RJ): Vozes, 2008. BRASIL. Secad. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos pedagógicos de educação integral – caderno para professores e diretores de escolas. Brasília, DF: Secad, 2008b. CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. FISCHER, Nilton Bueno; FERLA, Alcindo Antônio e FONSECA, Laura Souza (org.). Educação de classes populares. Porto Alegre: Editora Mediação, 1996. GARCIA, Xus Martins e PUIG, Josef Maria. As sete competências básicas para educar em valores. São Paulo: Summus, 2010. HERNÁNDEZ, Fernando e MONTSERRAT, Ventura. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
  • 37. MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 3 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. 6 ed. São Paulo: Érica, 2001. SPÓSITO, Marília Pontes. A ilusão fecunda a luta por educação nos movimento populares. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1993. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2008. VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.