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32 
[CAUSALIDADE] 
Tabagismo 
O tabagismo é amplamente reconhecido hoje como doença crônica 
gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na 
Classifi cação Internacional de Doenças (CID10) da OMS: o usuá-rio 
de produtos de tabaco é exposto continuamente a mais de 4 mil 
substâncias tóxicas, muitas delas cancerígenas. Esta exposição faz do 
tabagismo o mais importante fator de risco isolado de doenças graves e fatais. 
Os fumantes correm risco muito mais elevado de adoecer por câncer e outras 
doenças crônicas do que os não-fumantes. Principal causa isolada evitável de cân-cer, 
além de câncer de pulmão, o tabagismo é também fator de risco para câncer de 
laringe, pâncreas, fígado, bexiga, rim, leucemia mielóide e, associado ao consumo de 
álcool, de câncer de cavidade oral e esôfago. 
São atribuíveis ao consumo de tabaco: 
45% das mortes por doença coronariana (como o infarto do miocárdio) 
85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (como o enfi sema) 
25% das mortes por doença cérebro-vascular (como os derrames) 
30% das mortes por câncer, sendo que 
90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. 
O tabagismo é também considerado doença pediátrica: 
90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos, sendo que 
15 anos é a idade média de iniciação 
100 mil jovens começam a fumar no mundo a cada dia, segundo 
o Banco Mundial 
80% deles vivem em países em desenvolvimento. 
O fumante é exposto 
a mais de 4 mil 
substâncias tóxicas.
33 
[CAUSALIDADE] 
Entre todos os cânceres, o de pulmão está mais fortemente asso-ciado 
ao consumo de tabaco, e o risco de ocorrência e morte aumenta 
quanto maior a intensidade da exposição. A mortalidade por câncer 
de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pes-soas 
que nunca fumaram na vida, enquanto entre ex-fumantes é cerca 
de 4 vezes maior. Fumantes de 1 a 14 cigarros, 15 a 24 cigarros e mais 
de 25 cigarros têm, respectivamente, risco 8, 14 e 24 vezes maior de 
morte por este tipo de câncer do que pessoas que nunca fumaram. A 
cessação de fumar reduz consideravelmente o risco de morte por cau-sas 
associadas ao tabaco, aumentando em 9 anos a sobrevida média 
de uma população. 
O tabagismo é também uma das principais causas de morta-lidade 
precoce por doenças isquêmicas do coração, doença cére-bro- 
vascular e doença pulmonar obstrutiva crônica. Com o cân-cer, 
as doenças isquêmicas e respiratórias são as principais causas 
de mortalidade no Brasil. 
O percentual de fumantes em nosso país diminuiu nos últimos 
15 anos, provavelmente como refl exo das políticas públicas de contro-le 
do tabaco. No entanto, a par das heterogeneidades regionais, ainda 
temos cerca de 22 milhões de fumantes no país.
34 
[CAUSALIDADE] 
Além dos riscos para os fumantes, as 
pesquisas rapidamente acumularam evi-dências, 
a partir da década de 80, de que o 
tabagismo passivo é causa de doenças, in-clusive 
câncer de pulmão e infarto, em não-fumantes; 
de que os fi lhos de pais fumantes, 
quando comparados aos fi lhos de não-fu-mantes, 
apresentam maior freqüência de 
infecções e outros problemas respiratórios e 
taxas ligeiramente menores de aumento da 
função pulmonar à medida que o pulmão 
amadurece; e que a simples separação de fu-mantes 
e não-fumantes num mesmo espaço 
pode reduzir, mas não eliminar, a exposição 
de não-fumantes à poluição tabagística am-biental. 
Estudos recentes mostram que, en-tre 
não-fumantes cronicamente expostos à 
fumaça do tabaco nos ambientes, o risco de 
câncer de pulmão é 30% maior do que entre 
os não-fumantes não-expostos – e também 
apresentam risco 24% maior de desenvolve-rem 
doenças cardiovasculares. 
Fumantes de 1 a 14 
cigarros, 15 a 24 cigarros 
e mais de 25 cigarros têm, 
respectivamente, risco 
aproximado 8, 14 e 24 
vezes maior de morte por 
câncer do que pessoas que 
nunca fumaram.
35 
[CAUSALIDADE] 
Mulheres e crianças são 
o grupo de maior risco na ex-posição 
passiva em ambiente 
doméstico. Também há risco 
na exposição em ambiente de 
trabalho, onde a maioria dos 
trabalhadores não é protegida 
da exposição involuntária da 
fumaça do tabaco pela regula-mentação 
de segurança e saúde, 
o que levou a OMS a considerar 
a exposição à fumaça do tabaco 
fator de risco ocupacional. 
O tabagismo passivo 
causa câncer de 
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Os riscos do tabagismo ativo e passivo

  • 1. 32 [CAUSALIDADE] Tabagismo O tabagismo é amplamente reconhecido hoje como doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classifi cação Internacional de Doenças (CID10) da OMS: o usuá-rio de produtos de tabaco é exposto continuamente a mais de 4 mil substâncias tóxicas, muitas delas cancerígenas. Esta exposição faz do tabagismo o mais importante fator de risco isolado de doenças graves e fatais. Os fumantes correm risco muito mais elevado de adoecer por câncer e outras doenças crônicas do que os não-fumantes. Principal causa isolada evitável de cân-cer, além de câncer de pulmão, o tabagismo é também fator de risco para câncer de laringe, pâncreas, fígado, bexiga, rim, leucemia mielóide e, associado ao consumo de álcool, de câncer de cavidade oral e esôfago. São atribuíveis ao consumo de tabaco: 45% das mortes por doença coronariana (como o infarto do miocárdio) 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (como o enfi sema) 25% das mortes por doença cérebro-vascular (como os derrames) 30% das mortes por câncer, sendo que 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. O tabagismo é também considerado doença pediátrica: 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos, sendo que 15 anos é a idade média de iniciação 100 mil jovens começam a fumar no mundo a cada dia, segundo o Banco Mundial 80% deles vivem em países em desenvolvimento. O fumante é exposto a mais de 4 mil substâncias tóxicas.
  • 2. 33 [CAUSALIDADE] Entre todos os cânceres, o de pulmão está mais fortemente asso-ciado ao consumo de tabaco, e o risco de ocorrência e morte aumenta quanto maior a intensidade da exposição. A mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pes-soas que nunca fumaram na vida, enquanto entre ex-fumantes é cerca de 4 vezes maior. Fumantes de 1 a 14 cigarros, 15 a 24 cigarros e mais de 25 cigarros têm, respectivamente, risco 8, 14 e 24 vezes maior de morte por este tipo de câncer do que pessoas que nunca fumaram. A cessação de fumar reduz consideravelmente o risco de morte por cau-sas associadas ao tabaco, aumentando em 9 anos a sobrevida média de uma população. O tabagismo é também uma das principais causas de morta-lidade precoce por doenças isquêmicas do coração, doença cére-bro- vascular e doença pulmonar obstrutiva crônica. Com o cân-cer, as doenças isquêmicas e respiratórias são as principais causas de mortalidade no Brasil. O percentual de fumantes em nosso país diminuiu nos últimos 15 anos, provavelmente como refl exo das políticas públicas de contro-le do tabaco. No entanto, a par das heterogeneidades regionais, ainda temos cerca de 22 milhões de fumantes no país.
  • 3. 34 [CAUSALIDADE] Além dos riscos para os fumantes, as pesquisas rapidamente acumularam evi-dências, a partir da década de 80, de que o tabagismo passivo é causa de doenças, in-clusive câncer de pulmão e infarto, em não-fumantes; de que os fi lhos de pais fumantes, quando comparados aos fi lhos de não-fu-mantes, apresentam maior freqüência de infecções e outros problemas respiratórios e taxas ligeiramente menores de aumento da função pulmonar à medida que o pulmão amadurece; e que a simples separação de fu-mantes e não-fumantes num mesmo espaço pode reduzir, mas não eliminar, a exposição de não-fumantes à poluição tabagística am-biental. Estudos recentes mostram que, en-tre não-fumantes cronicamente expostos à fumaça do tabaco nos ambientes, o risco de câncer de pulmão é 30% maior do que entre os não-fumantes não-expostos – e também apresentam risco 24% maior de desenvolve-rem doenças cardiovasculares. Fumantes de 1 a 14 cigarros, 15 a 24 cigarros e mais de 25 cigarros têm, respectivamente, risco aproximado 8, 14 e 24 vezes maior de morte por câncer do que pessoas que nunca fumaram.
  • 4. 35 [CAUSALIDADE] Mulheres e crianças são o grupo de maior risco na ex-posição passiva em ambiente doméstico. Também há risco na exposição em ambiente de trabalho, onde a maioria dos trabalhadores não é protegida da exposição involuntária da fumaça do tabaco pela regula-mentação de segurança e saúde, o que levou a OMS a considerar a exposição à fumaça do tabaco fator de risco ocupacional. O tabagismo passivo causa câncer de pulmão e insuficiência coronariana entre adultos, problemas respiratórios em crianças e retardo no crescimento do feto.