Este documento resume uma palestra sobre paralelos entre a conversão de Paulo de Tarso na Estrada de Damasco e o Mito da Caverna de Platão. A palestrante discute como ambos descrevem a jornada de sair das limitações da visão material para compreender verdades espirituais mais profundas, iluminado pela luz do Cristo/Bem.
Palestra Paulo na Estrada de Damasco e o Mito da Caverna de Platão
1. PAULO DE TARSO NA ESTRADA DE DAMASCO E
O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO.
Palestra Pública
Palestrante: Candice Günther
Dia 04.07.2017, às 19:30h.
Grupo Espírita Recanto da Prece
R. Marechal Floriano,1.117,
N.Bandeirantes, Campo Grande-MS
2. EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
“Aos que considerarem esse paralelo uma profanação e pretendam
que não pode haver paridade entre a doutrina de um pagão e a do
Cristo, diremos que não era pagã a de Sócrates, pois que objetivava
combater o paganismo; que a de Jesus, mais completa e mais
depurada do que aquela, nada tem que perder com a comparação; que
a grandeza da missão divina do Cristo não pode ser diminuída; que,
ao demais, trata-se de um fato da História, que a ninguém será
possível apagar. O homem há chegado a um ponto em que a luz
emerge por si mesma de sob o alqueire. Ele se acha maduro
bastante para encará-la de frente; tanto pior para os que não ousem
abrir os olhos. Chegou o tempo de se considerarem as coisas de
modo amplo e elevado, não mais do ponto de vista mesquinho e
acanhado dos interesses de seitas e de castas.”
Evangelho Segundo o Espiritismo - Introdução
3. INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Kardec fala que Sócrates foi precursor do Espiritismo.
Platão foi aprendiz de Sócrates.
O mito da Caverna de Platão nos traz símbolos da vida
humana até hoje estudados por filósofos, psicólogos e
interessados.
A narrativa de Lucas, que era grego, da Estrada de
Damasco possui dados em comum com o mito.
5. SOBRE O MITO
“A Alegoria da Caverna, que se encontra no início do livro VII
deste diálogo consiste precisamente em uma imagem construída
por Sócrates para explicar a seu interlocutor, Glauco, o processo
pelo qual o indivíduo passa ao se afastar do mundo do senso
comum e da opinião em busca do saber e da visão do bem e da
verdade! É este precisamente o percurso do prisioneiro até
transformar-se no sábio, no filósofo, devendo depois retornar a
caverna para cumprir sua tarefa politico-pedagógica de indicar
a seus antigos companheiros o caminho!”
(Pesquisa de Jacqueline dos Santos, academia.edu)
6. ELEMENTOS DO MITO
Prisão
Visão Reduzida
Falsa Realidade
Ausência de Liberdade
Novo Mundo – Luz
7. PAULO NA ESTRADA PARA DAMASCO
DESCRIÇÃO DE LUCAS
Saulo perseguia os seguidores do Cristo;
Ameaça a Lei Mosaica
8. PAULO NA ESTRADA PARA DAMASCO
DESCRIÇÃO DE LUCAS
Após a morte de Abigail, segue para
Damasco em busca de Ananias.
9. PAULO NA ESTRADA PARA DAMASCO
DESCRIÇÃO DE LUCAS
“ao se aproximar de Damasco, repentinamente, uma luz do
céu brilhou ao redor dele. E, caindo sobre a terra, ouviu uma
voz que lhe disse: Saul, Saul, por que me persegues? Ele
disse: Quem és, Senhor? Ele disse: Eu sou Jesus a quem tu
persegues. Mas levanta-se e entra na cidade, lá te será dito o
que é necessário fazer. (...) Saulo levantou-se da terra e,
abrindo os seus olhos, não via nada. Guiando-o pela mão, o
conduziram para Damasco. Esteve três dias sem ver, e não
comeu nem bebeu.”Atos 9:3-9
10. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
PRISÃO
Preso aos conceitos do farisaísmo, não era capaz de
reconhecer o Messias, via apenas erro, fraqueza,
engano.
A Verdade é exclusividade de alguém ou alguma
religião?
Identificamos, ainda hoje, estas posturas?
11. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
PRISÃO
“Atirado ao fundo de uma enxovia úmida, Paulo foi atado ao tronco do
suplício e houve de suportar a flagelação dos trinta e nove açoites. Ele
próprio estava surpreendido. Sublime paz banhava-lhe o coração de brandos
consolos. Não obstante sentir-se sozinho, entre perseguidores cruéis,
experimentava nova confiança no Cristo. Nessas disposições, não lhe doíam
as vergastadas impiedosas; debalde os verdugos espicaçavam-lhe o espírito
ardente, com insultos e ironias. Na prova rude e dolorosa, compreendeu,
alegremente, que havia atingido a região de paz divina, no mundo interior,
que Deus concede a seus filhos depois das lutas acerbas e incessantes por
eles mantidas na conquista de si mesmos.” Paulo e Estevão
12. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
VISÃO REDUZIDA
No mito os homens que estão presos não podem
olhar para o lado, apenas em uma direção.
Paulo estava preso em conceitos, sua rigidez não
permitia a concepção de novas formas de ver a vida.
O Radicalismo faz com que a realidade se
transforme em sombras e ecos. Onde havia bondade
e amor, Paulo via ameaça.
14. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
FALSA REALIDADE
Presos e sem poder olhar ao lado, viam apenas
sombras e ouviam apenas ecos...
Sombras e ecos – parcelas da realidade.
Importante observarmos que não era a lei que estava
errada, assim como não era a sombra uma mentira,
eram o que eram, verdades limitadas de uma
realidade incompreendida, como o mito nos ensina:
sombras e ecos.
15. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
FALSA REALIDADE
“Angustiosas sombras pairavam no espírito dos companheiros do
grande Apóstolo, quando a caravana, seguida de Mnason, se
deslocou de Cesaréia para a capital do judaísmo. Como sempre,
Paulo de Tarso anunciou a Boa Nova nos burgos mais humildes.”
Paulo e Estevão
Não haviam mais sombras na vida de Paulo, a luz do
Cristo lhe guiava a todo instante.
16. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
AUSÊNCIA DE LIBERDADE
No Mito de Platão, eles estavam acorrentados, presos, também Paulo
estava preso em suas concepcões e em seu orgulho. Era uma prisão
do espírito e não do corpo.
Depois da luz do Cristo, mesmo preso, ele sentia-se livre:
“Sempre considerei que a primeira virtude do cristão é estar pronto
para obedecer à vontade de Deus, em qualquer parte. Certo, não
estou detido à revelia de sua assistência e proteção, e desta forma
acredito que Jesus julga melhor conservar -me prisioneiro, nos dias
que correm. Servi-lo-ei, pois, como se estivesse em plena liberdade
de corpo.” Paulo e Estevão
17. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
AUSÊNCIA DE LIBERDADE
18. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
NOVO MUNDO - LUZ
Bryan Magee: “se fosse arrastado para fora da caverna, para o mundo da
deslumbrante luz do dia, ficaria cego e desnorteado, e demoraria muito até
que conseguisse ver ou entender qualquer coisa. Mas então, quando já
estivesse habituado a viver no mundo exterior, se tivesse que retornar a
caverna, de novo ficaria temporariamente cego, dessa vez por causa da
escuridão.
E tudo o que dissesse aos prisioneiros sobre as suas experiências seria
incompreensível para aquelas pessoas cuja linguagem só teria sombras e
ecos como referência.”
Paulo ficou cego quando viu Jesus, por três dias ficou em reflexão até ser
atendido por Ananias.
Retornou à “caverna” e tentou levar a mensagem da luz aos Fariseus. Não foi
ouvido. Precisou de mais reflexão, reconstruir-se, ficou 3 anos no deserto.
19. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
NOVO MUNDO - LUZ
“Paulo de Tarso foi um homem intrépido e sincero,
caminhando entre as sombras do mundo, ao encontro do
Mestre que se fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida.
Foi muito mais que um predestinado, foi um realizador
que trabalhou diariamente para a luz.”
Prefácio Paulo e Estevão - Emmanuel
20. PAULO E OS ELEMENTOS DO MITO
NOVO MUNDO - LUZ
O Mito da Caverna nos fala de nossa condição humana e sob a
luz da doutrina espírita, sabendo-nos imperfeitos e limitados pela
carne, vemos o quão atual é este mito. Para os filósofos, a luz, em
geral, foi vista como a verdade, como a realidade. O que
propomos, com este estudo, é que olhemos novamente para o Mito
e entendamos a luz como Jesus, como o Cristo de Deus que vem
nos mostrar um mundo até então desconhecido. E mais ainda, que
olhemos Paulo como aquele homem que estava na caverna e
enfrentou as dores e lutas, ficou cego, mas não desistiu da luz,
rumou para o mundo desconhecido e teve o Cristo como seu guia
e modelo. (Trecho do estudo)
22. ENCERRAMENTO
CRISTO É NOSSO SOL ESPIRITUAL
Que Jesus ilumine os nossos dias
e guie os nossos passos.
Obrigada!
Boa Noite!
“Se ouviste, pois, a palavra de Jesus, decerto conduzes contigo não
mais o frio do desânimo ou a paralisia da ociosidade e da queixa,
porque terás inflamado o próprio coração, ao sol glorioso da
compreensão e do trabalho incessantes, única força capaz de
levantar-nos, enfim, do antigo vale de negação e da morte.”
Emmanuel