2. transitoriedade
Uma das mais arraigadas é a juventude vista na sua
condição de transitoriedade, onde o jovem é um “vir
a ser”, tendo, no futuro, na passagem para a vida
adulta, o sentido das suas ações no presente. Sob
essa ótica, há uma tendência de encarar a juventude
na sua negatividade, o que ainda não chegou a ser,
negando o presente vivido.
3. juventude vista como
problema
Essa imagem convive com outra: a juventude vista
como problema, ganhando visibilidade quando
associada ao crescimento alarmante dos índices de
violência, ao consumo e tráfico de drogas ou
mesmo à expansão da AIDS e da gravidez
precoce, entre outros.
4. jovem de uma maneira
reducionista
em situação de risco
Tal postura inibe o investimento em ações baseadas
na perspectiva dos direitos e que desencadeiam
políticas e práticas que focalizam a juventude nas
suas potencialidades e possibilidades.
5. caráter universal
transformações do indivíduo numa determinada faixa
etária, nas quais completa seu desenvolvimento físico
e enfrenta mudanças psicológicas. Ao mesmo tempo,
a forma como cada sociedade, e no seu interior cada
grupo social, vai lidar e representar esse momento é
muito variada. Essa diversidade se concretiza nas
condições sociais (classes sociais), culturais
(etnias, identidades religiosas, valores), de gênero, e
até mesmo geográfica, dentre outros aspectos.
6. Trabalho
O percentual de desemprego para jovens passou de
21,8% para 15,2% entre 2007 e 2011. Segundo o último
relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) atualmente
no Brasil, 18,4% das pessoas até 29 anos não
trabalham ou estudam.
O grande protagonista dessa leva de geração de
empregos foi o setor de serviços, modalidade
responsável por ofertar trabalhos vinculados a
atividades de terceirização, empregos temporários,
marcados pela precarização, com baixa remuneração,
ausência de renda fixa, insegurança e com direitos
trabalhistas reduzidos.
7. Educação
No ensino superior, o número de jovens dobrou em
10 anos. Passou de 6,9% em 1998 para 13,9% em
2008, segundo dados do IBGE.
No entanto, esse crescimento esteve mais vinculado
ao incentivo à iniciativa privada do que ao
investimento para ampliar o acesso à universidade
pública e de qualidade. Grande parte dos jovens
atendidos por essas políticas foi absorvida pelo
Prouni, que concede bolsas integrais ou parciais para
jovens de baixa renda em universidades particulares.
8. Educação
O mesmo estudo mostra que a população brasileira
na faixa etária de 15 a 17 anos corresponde a 10,4
milhões, sendo que 8,4 milhões deles freqüentam o
ensino médio. O que significa que os 2 milhões de
adolescentes restante estão fora da escola ou
cursando etapas anteriores de ensino. Segundo o
IBGE, a maioria deles está mesmo sem estudar,
cerca de 1,7 milhões.