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Biofísica
Mecânica dos fluidos,
circulação e respiração
Prof. Caio Maximino
Objetivos
●
Revisar princípios de física dos fluidos e sua relação com o conceito de
pressão
●
Descrever sumariamente o sistema circulatório, identificando as partes de alta
ou baixa pressão, e alta e baixa concentração de gases
●
Identificar os parâmetros físicos associados à pressão em fluxo de fluidos nos
organismos vivos e suas implicações para processos fisiológicos
● Derivar e aplicar equações simples na descrição da dinâmica de fluidos em
sistema circulatório e sistema respiratório
Caso motivador
● Um homem de 65 anos, com histórico de hipertensão e doença
coronária, é admitido na emergência de um hospital com queixas
de insensibilidade e fraqueza na face esquerda. Sua pressão
arterial é normal, assim como a frequência cardíaca e outros
sinais vitais. Durante o exame físico, o paciente apresentava
pulmões limpos e parâmetros cardíacos normais. A ausculta das
artérias carótidas revelou um som “estridente” (sopro) bilateral.
Existe evidência de fala arrastada e abatimento facial à
esquerda. O paciente é diagnosticado com um derrame.
O conceito de fluido
● Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando
submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão
pequena possa ser essa tensão
● Inclui gases, líquidos, e plasma
● Ainda que o volume de matéria possa ser definido no estado líquido,
essa grandeza não se aplica aos gases, e portanto a densidade ρ é uma
quantidade importante para caracterizar o estado
● Em geral, ρ = f(P,T)
Algumas densidades selecionadas
ρlíq
x 103
(kg · m-3
) ρgás
(kg · m-3
)
Água pura 1,00 (0 ºC, 1 atm) 0,596 (100 ºC)
Ar 1,14 (-183 ºC) 1,3 (0 ºC)
Sangue 1,05 (37 ºC)
Organização sumária
do sistema circulatório
● “Em mamíferos, a circulação sanguínea é um
sistema fechado, com o volume circulatório em
regime estacionário” (Heneine, p. 244)
Organização sumária
do sistema circulatório
● Acima do coração, o campo G é contra a circulação arterial e a favor da venosa
● Abaixo do coração, o campo G é a favor da circulação arterial e a favor da venosa
V + G A - G
V - G A + G
Aspectos comparativos
● Circulação fechada simples
– O sangue é bombeado pelo coração para as brânquias, onde é re-
oxigenado e flui para o resto do corpo
● Circulação fechada dupla
– O sangue é bombeado pelo coração para os pulmões, e então volta ao
coração e é bombeado para o circuito sistêmico
– Incompleta: Há mistura dos dois tipos de sangue
– Completa: Não ocorre a mistura dos dois tipos de sangue
"OpenStax College,
Overview of the Circulatory
System. October 17,
2013."
http://cnx.org/content/m44801/latest/Figure_40_01_03abcd.jpg
OpenStax CNX CC BY 3.0.
Questões para fixação
(Heneine, 2002)
● Colocar a equivalência dos setores da
circulação:
1. Baixa pressão, O2
baixo e CO2
alto ( )
2. Alta pressão, O2
alto, CO2
baixo ( )
3. Baixa pressão, O2
alto, CO2
baixo ( )
A)Artéria pulmonar
B)Veia pulmonar
C)Aorta
Propriedades de um fluxo em
regime estacionário
1) Estado estacionário – o fluido que entra é o mesmo que
sai
2) Características de fluxo: a quantidade de fluido que passa
é a mesma em todos os segmentos; ,∴
F = f1
= f2
= … = fx
3) Características energéticas: a velocidade da circulação
diminui à medida que o diâmetro aumenta; , a Energia∴
Cinética diminui.
Equação de fluxo
em regime estacionário
● O fluxo é igual ao produto da velocidade de
circulação pela área do tubo
● Como, no regime estacionário, QT
= Q1
= Q2
=
…, podemos generalizar de forma que
fluxo=velocidade×área
Q=(L⋅T
−1
)×(L
2
)=L
3
⋅T
−1
Q=v1⋅A2=v2⋅A2=...
Fluxo volumétrico (Q) vs.
fluxo de massa ( )ṁ
● Taxa de fluxo volumétrico – volume de fluido
que passa por unidade de tempo
– Não confundir com vazão (m·s-1
)
● Fluxo de massa – massa de substância que
passa por unidade de tempo (kg·s-1
)
˙m=ρ⋅Q=ρ⋅v⋅A
Questão para fixação
(Heneine, 2002)
● O fluxo na aorta de um cão é 40 ml·s-1
, e o
diâmetro da aorta é 0,8 cm. Qual será o fluxo
em um território vascular de 10 cm de
diâmetro, no mesmo animal?
lembrar que S=π×(
D2
4
)
Exemplo: Fluxo em artérias de
diferentes calibres
● A aorta tem um diâmetro de 2 cm, enquanto um
capilar tem cerca de 8 µm. Como é possível
que o fluxo nessas porções seja o mesmo?
Exemplo: Fluxo em artérias de
diferentes calibres
Energética dos fluxos e
equação de Bernoulli
● Para qualquer sistema líquido que se
movimenta em tubos através do Trabalho
realizado por uma bomba hidráulica (p. ex.,
sangue circulando nos vasos), a energia total
(ET
) do fluido é dada por quatro termos
ET =Ep+EC +ED+EG
Energia total
Energia potencial (efeito da pressão lateral)
Energia cinética (deslocamento do fluido)
Energia dissipada (atrito)
Energia posicional (G)
Energética da circulação
Energética da circulação
● “A energia cinética, EC
, representa a velocidade
do fluxo, e não pode diminuir no regime
estacionário. Mas ela se gasta em parte para
vencer a ED
, a energia de dissipação do atrito, e
se repõe às custas da Ep
, a energia potencial,
que causa a pressão lateral. Assim, a pressão
cai ao longo do vaso”
Eventos mecânicos
do ciclo cardíaco
Onda de pulso e
velocidade de circulação
● Pulsação intermitente de uma artéria, resultante
da passagem de onda sanguínea
● “Onda de pulso é a energia da contração
cardíaca que se propaga pelo sangue. É
Energia Mecânica” (Heneine, 2002, p. 250)
– ≠ corrente sanguínea, “o deslocamento da massa
de sangue, medida pelo movimento de hemácias”
(id. ibid.)
Energética da sístole e da diástole
A)Ventrículo esquerdo instantes antes da sístole
B)A contração do ventrículo lançou massa de sangue com energia cinética (EC
), que se divide em dois componentes
• Um, como EC
, que acelera o sangue e dilata a artéria (i.e., produz onda de pulso)
• Outro, como Ep
, se armazena na artéria
C)Com o fim da sístole e início da diástole, a válvula aórtica se fecha, e a EC
da contração está “gasta”; então, a Ep
armazenada na artéria se transforma parcialmente em EC
, com dois componentes
• Um, como EC
, mantém a corrente sanguínea
• Outro, como Ep
, mantém a pressão lateral
Energética da sístole e da diástole
● “durante a diástole, a pressão e o fluxo
resultam do Trabalho cardíaco durante a
sístole, que ficou armazenado como Ep
nas
artérias” (Heneine, 2002, p. 251)
● Esse comportamento permite que, e nenhum
momento do ciclo, o fluxo se interrompa e a
pressão se anule
Comparação entre
pulso central e pulso periférico
●
À medida que se desloca do centro para a periferia, a onda de pulso vai sofrendo alterações.
●
Onda do pulso aórtico: após a abertura da válvula aórtica, a velocidade do fluxo sanguíneo
aumenta rapidamente e atinge o pico da pressão máxima
– O ramo descendente da curva é interrompido por uma pequena deflexão negativa (incisura), que
corresponde ao fechamento da válvula aórtica
– Segue-se pequena onda dícrota que é produzida pelo recuo elástico da artéria
●
Em relação à onda central, a onda arterial de um pulso periférico apresenta
– Atraso do pico de pressão máxima em relação ao início da sístole e aumento do declive do ramo
ascendente
– Atenuação e desaparecimento da incisura
– Aumento da amplitude e diminuição da sustentação dos componentes sistólicos do pulso
– Atraso e alteração de morfologia da onda dícrota
– Diminuição da pressão diastólica
Comparação entre
pulso central e pulso periférico
Tipos de fluxo
Fluxo laminar
● O sangue circula normalmente nos vasos se uma forma ordenada (em fluxo laminar)
– Fluxo silencioso, com entropia adequada
● Cada camada de sangue permanece sempre à mesma distância da parede do vaso e
desloca-se segundo uma trajetória paralela a esta
● Ocorre segundo um padrão parabólico, i.e., a velocidade do fluído no centro do vaso é
superior à da periferia
● Eficiente, porque a energia é gasta exclusivamente na produção do movimento
● Como o sangue possui viscosidade, seu movimento exerce pressão de cisalhamento
na parede do vaso
Fluxo turbulento
● Quando o sangue é forçado a circular a altas
velocidades por vasos estreitos ou estenosados, o
fluxo passa a ser turbulento (ou turbilhonar)
– Sons audíveis, velocidade crítica, entropia exagerada
● Trajetórias irregulares com diferentes direções,
formando espirais de sangue
● Promove mais resistência
Número de Reynolds
e velocidade crítica
● Número de Reynolds (Re) – valor que indica o
limite entre o fluxo laminar e o fluxo turbulento
– Expressão qualitativa da razão de forças inerciais
para forças viscosas
● Quanto maior o número de Reynolds, mais
provável o fluxo turbulento
Re=
D⋅v⋅ρ
η
Para o sangue, 1,06 x 103
kg·m-3
Para o sangue, 2,8 x 10-3
Pa·s
Questão para fixação
(Heneine, 2002)
● Em determinado trecho de uma circulação, o
sangue atinge v = 40 cm · s-1
. Ouve-se um
ruído, indicando fluxo turbulento. Qual o
diâmetro máximo que esse vaso pode ter?
Implicações práticas
● Quando inflamos um manguito sobre a artéria braquial, fazemos uma compressão que diminuirá o
calibre da artéria, dificultando a passagem do sangue
● Quando a pressão externa produzida pelo manguito for igual à pressão interna da artéria, o sangue
consegue fluir, mas passa a fazer fluxo turbulento
● Como o fluxo turbulento produz ruído, podemos utilizar o início desse som como marcador do ponto em
que as pressões se igualam, definindo a pressão arterial máxima ou sistólica (PAS)
● Conforme reduzimos a pressão produzida pelo manguito, alcançamos o ponto em que essa se torna
menor do que a pressão da artéria braquial; neste momento, o sangue deixa de ter fluxo turbulento e
volta a ter fluxo laminar
● Como o fluxo laminar não produz ruído, podemos utilizar a cessação do som como marcador do ponto
em que as pressões diferem, definindo a pressão arterial mínima ou diastólica (PAD)
Lei de Poiseuille – Fatores que
condicionam o fluxo
● Descreve a relação entre diferentes parâmetros que afetam o fluxo de
um fluido por sistemas condutores
– Q é o fluxo volumétrico pelo tubo
– ΔP é a queda de pressão que ocorre pela extensão do tubo
– L é o comprimento do tubo
– r é o raio do tubo
– η é a viscosidade do fluido
● Premissas: o fluxo deve ser laminar e constante; o fluido deve ser
newtoniano; o tubo deve ser uniforme, rígido, e cilíndrico
Q=
π⋅Δ P⋅r
4
8⋅η⋅L
Lei de Poiseuille – Fatores que
condicionam o fluxo
● A diferença de pressão ΔP entre dois pontos
condiciona o fluxo
– Se não há gradiente, não há fluxo
– “Se o sistema necessita de mais fluxo, esse aumento pode
ser obtido por elevação da pressão”
Lei de Poiseuille – Fatores que
condicionam o fluxo
● O raio é um dos fatores mecânicos mais importantes para o
controle de fluxo
– r4
implica que “uma diminuta variação do raio corresponde a uma
grande variação no fluxo” (Heneine, 2002, p. 256)
– A vasodilatação e a vasoconstrição são o mecanismo mais eficiente de
controle do fluxo
Lei de Poiseuille – Fatores que
condicionam o fluxo
● Em sistemas de circulação fechada, não há diferença de
comprimento, e ΔL = 1
● Com a distância L percorrida pelo sangue, há apenas um
desgaste maior na EC
, que se repõe às custas da Ep
Lei de Poiseuille – Fatores que
condicionam o fluxo
● Para o sangue normal, η = 2,8 x 10-3
Pa·s
● As variações da viscosidade sanguínea podem acarretar modificações
graves no fluxo; diminuições aumentam a velocidade e
consequentemente o fluxo; aumentos diminuem a velocidade
Resistência periférica e fluxo
●
“A tendência do sistema circulatório de se opor ao fluxo sanguíneo
é denominada resistência ao fluxo. (…) o fluxo é inversamente
proporcional à resistência” (Silverthorn, 2007, p. 473)
●
Para um líquido que flui por um tubo, a resistência é influenciada
por 03 componentes
– O raio do tubo (↓ R)
– O comprimento do tubo (↑ R)
– A viscosidade do líquido (↑ R)
●
Assim:
Q∝
1
R
R=
8⋅L⋅η
π⋅r4
=
L⋅η
r4
Questão para fixação
(Heneine, 2002, p. 262)
● Um indivíduo faz exercício, e sua pressão sobe
a 130 mmHg. Se a sua resistência periférica
abaixa para 0,6, qual é o fluxo?
– Fluxo basal: 85 ml · s-1
Limitações da Lei de Poiseulle: O
efeito Fåhræus-Lindqvist
●
Após a observação de alguns resultados aberrantes, construíram um viscômetro para determinar a
resistência ao fluxo sanguíneo em capilares com diferentes diâmetros
● Os capilares eram posicionados entre tubos de vidro de dimensões maiores, que eram reduzidos a
dimensões capilares de maneira não-abrupta
●
Capilares mantidos em posição horizontal, em temperatura constante (38 ºC), e rotacionados
constantemente para prevenir a sedimentação
Fåhraeus R, Lindqvist T. The viscosity of the blood in narrow capillary
tubes. Am J Physiol 96: 562–568, 1931
Limitações da Lei de Poiseulle: O
efeito Fåhræus-Lindqvist
● Usando amostras de sangue retiradas um
do outro, Fåhræus e Lindqvist mediram o
fluxo sanguíneo através de capilares de
vidro com diâmetros que variavam de 0,04
a 0,505 mm, utilizando uma pressão
constante de 100 mmHg (1,33 x 104
Pa)
● Como Q, ΔP, L e r eram conhecidos, era
possível calcular η
Para reflexão:
A Lei de Poiseulle se aplica
nesse caso?
Limitações da Lei de Poiseulle: O
efeito Fåhræus-Lindqvist
● Microcirculação = vasos com
diâmetros médios de até 30 μm
● As arteríolas são o principal
repositório de resistência do
sistema circulatório
● Como o efeito Fåhræus-
Lindqvist pode contribuir para a
perfusão dos tecidos?
– (↑ η, ↑ R)
Possível explicação: Efeito Fåhræus
● Fåhræus (1929): hemácias se
acumulam axialmente, causando
uma diminuição no hematócrito
(% volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou
hemácias no volume total de sangue)
● Isso ocorre porque o fluxo é
laminar (i.e., o fluxo axial de
hemácias é mais rápido do que o
fluxo marginal)
● Como há menos células, a
resistência viscosa é menor
Para reflexão
● O acúmulo axial de hemácias em tubos de pequeno diâmetro
depende da deformabilidade das células, de forma que células mais
deformáveis migram para o centro do vaso durante o fluxo laminar
●
As células de neonatos são mais deformáveis do que as células de
adultos
●
Considerando isso, em teoria, como a transfusão de sangue de um
adulto para um recém-nascido poderia afetar a perfusão tecidual e o
trabalho cardíaco de quem recebe?
Lei de Laplace: Relação entre
pressão e tensão
● Pressão – força por área
● Tensão – força por raio
● No sistema circulatório, a tensão é exercida por fibras musculares
(coração) ou elásticas (vasos em geral)
● A Lei de Laplace estabelece a relação entre pressão, tensão, e raio em
estruturas de formas diferentes
● .Parauma câmaracardíaca: P=
2⋅T
r
Para os vasos: P=
T
r
Pressão nos capilares
● Os capilares são a única porção do sistema
cardiovascular acessível a trocas metabólicas
com os tecidos
● A pressão hidrostática do sangue “empurra” o
fluido para fora dos capilares (filtração), e a
pressão oncótica (ou osmótica coloidal) do
sangue “puxa” o fluido para os capilares
(reabsorção)
Alterações nas pressões
nos capilares
● Alterações na pressão hidrostática
– Aumento do vetor de saída e diminuição do vetor de entrada do
fluido
– Dilatação arteriolar ou constrição venular
– Aumento da pressão venosa
– Ação do campo G
● Alterações na pressão oncótica
– Hipoproteinemia – consequente extravasamento de líquido
– Aumento de sais no conteúdo extracelular – consequente retenção
de líquido
Lei dos gases e suas aplicações biológicas
A Lei dos Gases
● Nos gases, as forças moleculares de repulsão são mais fortes que
as de atração, fazendo com que as moléculas sejam repelidas
●
Se o gás não é contido em um volume determinado, o gás tende a
se difundir para o infinito
● Quando em um recipiente, o choque das moléculas do gás sobre as
paredes provoca pressão (força · área-1
); se o gás é aquecido ou
resfriado, o volume ou a pressão podem variar, e a temperatura é o
terceiro parâmetro que define a situação de estado de um gás
CNTP
● Variáveis tomadas em condições de
referencial:
– Temperatura 0 ºC (= 273 ºK)
– Pressão 1 atm (= 760 mm Hg ou 1,01x105
Pa)
● Nessas condições, 1 mol de um gás ideal tem
volume de 22,4 m³ (= 22,4 L)
Lei de Boyle-Mariotte
● “Mantida constante a temperatura, o
volume de um gás é inversamente
proporcional à pressão”
● Permite explicar as mudanças de
pressão que o ar sofre, ao sair e entrar
nos pulmões
● Ex: Se um litro de gás à pressão de 1
Pa é submetido a uma nova pressão de
4 Pa, qual será a variação de volume?
Exercício para fixação
● Durante a inspiração, a pressão intrapulmonar
diminui em 5 mmHg (= 665 Pa). Qual a
variação do volume de 0,5 L de ar que entra no
pulmão?
Lei de Gay-Lussac-Charles
● “O volume de um gás é diretamente proporcional à
temperatura absoluta, mantida a pressão constante”
● Ex: Meio litro de ar a 20 ºC é aspirado para o
pulmão, a 37 ºC. Qual é seu aumento de volume?
– Não esqueça da conversão! K = ºC + 273,15
V1⋅T2=V 2⋅T1
Boyle-Mariotte + Gay-Lussac-
Charles = Lei Geral dos Gases
● P – pressão do gás
● V – volume do gás
● n – quantidade de matéria
● R – constante universal dos gases
● T – temperatura absoluta
P⋅V =n⋅R⋅T
R=8,3×103
J⋅kmol−1
⋅K−1
R=8,3 J⋅mol
−1
⋅K
−1
Exemplo
● Um animal consome 270 ml de O2
por minuto, a 37 ºC, à
pressão de 1 atm. Quantos moles de O2
serão consumidos?
1. Conversão para o SI
V = 0,27 x 10-3
m³
P ≈ 1,01 x 105
Pa
T = 273,15 + 37 = 310,15 K
2. Rearranjando a fórmula
n=
PV
RT
=
1,01×105
x 0,27×10−3
8,3×103
×3,1×102
Lei de Dalton
● “A pressão total de uma mistura de gases é
igual à soma da pressão de cada componente”
● No caso do ar atmosférico,
PT=P1+P2+P3+...+Pn
Par=PN2
+PO2
+PH2 O
v
+PCO2
+Pg
Exemplo
● Qual a pressão parcial dos gases no ar
atmosférico em 760 mm Hg (1,01 x 105
Pa)? E
nos alvéolos, considerando a mesma pressão?
Gases % ar atmosférico % ar alveolar
N2
78,62% 74,9%
O2
20,84% 13,6%
CO2
0,04% 5,3%
H2
O 0,5% 6,2%
Lei de Henry
● “O volume de um gás dissolvido em um líquido é
proporcional à pressão do gás sobre o líquido, a um
fator de solubilidade e ao volume do líquido”
– P – pressão (em torr)
– f – fator de solubilidade
– V1
– volume do líquido
V d=P⋅f⋅V1
Lei de Graham
● Define a difusão de gases
● “A difusão e a efusão de um gás é
inversamente proporcional à raiz quadrada
de sua massa molecular”
– Constantes introduzidas para aplicações biológicas:
coeficiente de solubilidade (Cs), temperatura
absoluta (T), área de difusão (A), coeficiente de
pressão (∆P), distância (L), viscosidade do meio (η)
v=
Cs⋅T⋅A⋅Δ P
√M⋅L⋅η
Estrutura e função do sistema
respiratório humano
● Pleura: fina membrana que cobre os pulmões;
– Camada parietal externa, camada visceral interna (aderente aos pulmões)
– Continuidade entre as duas camadas, com um pequeno espaço entre as duas (cavidade pleural ou espaço
interpleural) → PRESSÃO SUBATMOSFÉRICA
● Pulmões: subdivididos em lobos, segmentos, traqueia, e brônquios
● Segmentos bronquiopulmonares: Brônquios principais → brônquios lobares → brônquios
segmentares → bronquíolos terminais → bronquíolos respiratórios → dutos alveolares → alvéolos
● Traqueia
● Vasos: artéria pulmonar (transporta o sangue desoxigenado para os alvéolos); veias pulmonares
(transportam o sangue oxigenado ao átrio esquerdo); vasos de suprimento para os tecidos
pulmonares; vasos linfáticos para drenagem do ECF
http://images.slideplayer.com.br/46/11704599/slides/slide_9.jpg
Alvéolos
O ciclo respiratório
Mudanças de pressão durante o
ciclo respiratório
● Lei de Boyle-Mariotte: o volume de um gás varia
inversamente com sua pressão
● Se o volume dos alvéolos é aumentado durante a
inspiração, gera-se -ΔP em relação à atmosfera
– O principal músculo que controla a inspiração é o diafragma;
sua contração durante a inalação calma faz com que o
pulmão desça ~1 cm, produzindo ΔP ≈ 1-3 mmHg, inalando ~
500 mL de ar; em respiração estenuante, o pulmão desce ~10
cm, produzindo ΔP ≈ 100 mmHg, e inalação de 2-3 L de ar
–
O ciclo respiratório
● Características biofísicas importantes
– A ventilação é puramente passiva; se há obstrução
das vias aéreas, a dilatação ou contração do tórax não
produz movimento de ar
– Não há trabalho muscular na expiração em repouso; o
trabalho ocorre na inspiração, e na respiração forçada
● Como deve ser a respiração no Mar Morto (pressão
atmosférica 798,82 mmHg)? E em Tosontsengel
(pressão atmosférica 814,34 mmHg)?
Volumes e capacidades
respiratórias
Volumes e capacidades
respiratórias
Volumes e capacidades
respiratórias
● O volume corrente reflete a exigência de O2
do organismo; de 0,5 L a
cada ciclo em repouso, ~0,35 L penetram no alvéolo, e 0,15 L ficam nas
vias aéreas superiores
● O volume de reserva inspiratória está relacionado ao equilíbrio entre a
elasticidade pulmonar e a performance muscular do tórax
● O volume de reserva expiratória está relacionado com a força de
compressão dos músculos torácicos e do diafragma
● O volume residual está relacionado com a capacidade espacial do tórax
e mediastino
Volumes e capacidades
respiratórias
● A capacidade inspiratória está relacionada ao equilíbrio entre a
elasticidade pulmonar e a performance muscular do tórax
●
A capacidade residual funcional, por estar exatamente no
intervalo entre os dois hemiciclos, representa o momento em que o
sangue fica em contato com o volume de ar por tempo
suficientemente longo para a troca gasosa
●
A capacidade vital é o limite físico do volume corrente
A tensão superficial e a
Lei de Laplace
● Σ: Representa a força que deve ser exercida
para a penetração de objetos em uma
superfície líquida
● Análise dimensional: força por distância, ou
trabalho por área de penetração
σ=
Força
Distância
=
M⋅L⋅T2
L
=M⋅T2
σ=
Trabalho
Área
=
M⋅L
2
⋅T
−2
L
=M⋅T2
A tensão superficial e a
Lei de Laplace
● A tensão superficial é uma barreira à difusão:
a camada monomolecular de líquido é uma
barreira à difusão
– A tensão superficial da água é de 71 x 10-3
N·m-3
; no
pulmão, o surfactante diminui esse valor para ~4-
15 x 10-3
N m-3
● Aumentos na tensão superficial podem levar ao
colabamento dos alvéolos
A tensão superficial e a
Lei de Laplace
● Se a “torneira” A é fechada (p. ex., obstrução das
vias aéreas superiores), o conteúdo do alvéolo
menor B se esvaziará no alvéolo maior C
– Como o raio de B é menor, e a sua tensão maior, a
pressão interna será maior do que C
● Em condições patológicas, como no enfisema, os
alvéolos maiores apresentam funcionamento pior
do que os alvéolos menores; a obstrução
respiratória piora muito a condição
Aspectos biofísicos do
transporte de gases
● Os gases existem, nos líquidos, combinados com solutos, ou dissolvidos
fisicamente
● O O2
existe no sangue combinado à hemoglobina (HbO2
(aq)) e dissolvido
fisicamente (O2
(aq))
● Para o oxigênio, podemos determinar, nos capilares alveolares, a quantidade
dissolvida pela lei de Henry
● Esses 2,75 ml de O2
exercem uma pressão parcial igual à do gás no alvéolo
Vd=P⋅f⋅V 1=95×0,029×1=2,75mlO2 ¿(aq)⋅l−1
O O2
transportado na hemoglobina
● Se considerarmos a Hb completamente saturada de
oxigênio, podemos calcular quanto O2
está ligado nas
Hb dos capilares alveolares através da molaridade da
solução
● Para valores normais de Hb no sangue (12 a 18
g/dL), temos:
● Em volume, isso é equivalente a 236 ml
MHb=
150 g⋅l−1
16.100 g⋅mol−1
=0,93×10−2
mol⋅L−1
CO2
transportado no sangue
● CO2
carreado como carbamino-Hb (30%), carbonato total (60%), e CO2
dissolvido (10%)
● Carbonato total: NaHCO3
e H2
CO3
→ ác. carbônico equivalente ao
CO2
(aq)
● A fração de ácibo bicarbônico nas hemácias é um pouco menos da metade
da fração no plasma
● Uma fração de CO2
globular está sob a forma de carbamino-Hb
V d=P⋅f⋅V1=40×0,70×1=28,0ml O2 ¿(aq)⋅l
−1

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Mecânica dos fluidos, circulação e respiração

  • 1. Biofísica Mecânica dos fluidos, circulação e respiração Prof. Caio Maximino
  • 2. Objetivos ● Revisar princípios de física dos fluidos e sua relação com o conceito de pressão ● Descrever sumariamente o sistema circulatório, identificando as partes de alta ou baixa pressão, e alta e baixa concentração de gases ● Identificar os parâmetros físicos associados à pressão em fluxo de fluidos nos organismos vivos e suas implicações para processos fisiológicos ● Derivar e aplicar equações simples na descrição da dinâmica de fluidos em sistema circulatório e sistema respiratório
  • 3. Caso motivador ● Um homem de 65 anos, com histórico de hipertensão e doença coronária, é admitido na emergência de um hospital com queixas de insensibilidade e fraqueza na face esquerda. Sua pressão arterial é normal, assim como a frequência cardíaca e outros sinais vitais. Durante o exame físico, o paciente apresentava pulmões limpos e parâmetros cardíacos normais. A ausculta das artérias carótidas revelou um som “estridente” (sopro) bilateral. Existe evidência de fala arrastada e abatimento facial à esquerda. O paciente é diagnosticado com um derrame.
  • 4. O conceito de fluido ● Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão ● Inclui gases, líquidos, e plasma ● Ainda que o volume de matéria possa ser definido no estado líquido, essa grandeza não se aplica aos gases, e portanto a densidade ρ é uma quantidade importante para caracterizar o estado ● Em geral, ρ = f(P,T)
  • 5. Algumas densidades selecionadas ρlíq x 103 (kg · m-3 ) ρgás (kg · m-3 ) Água pura 1,00 (0 ºC, 1 atm) 0,596 (100 ºC) Ar 1,14 (-183 ºC) 1,3 (0 ºC) Sangue 1,05 (37 ºC)
  • 6. Organização sumária do sistema circulatório ● “Em mamíferos, a circulação sanguínea é um sistema fechado, com o volume circulatório em regime estacionário” (Heneine, p. 244)
  • 7. Organização sumária do sistema circulatório ● Acima do coração, o campo G é contra a circulação arterial e a favor da venosa ● Abaixo do coração, o campo G é a favor da circulação arterial e a favor da venosa V + G A - G V - G A + G
  • 8. Aspectos comparativos ● Circulação fechada simples – O sangue é bombeado pelo coração para as brânquias, onde é re- oxigenado e flui para o resto do corpo ● Circulação fechada dupla – O sangue é bombeado pelo coração para os pulmões, e então volta ao coração e é bombeado para o circuito sistêmico – Incompleta: Há mistura dos dois tipos de sangue – Completa: Não ocorre a mistura dos dois tipos de sangue
  • 9. "OpenStax College, Overview of the Circulatory System. October 17, 2013." http://cnx.org/content/m44801/latest/Figure_40_01_03abcd.jpg OpenStax CNX CC BY 3.0.
  • 10. Questões para fixação (Heneine, 2002) ● Colocar a equivalência dos setores da circulação: 1. Baixa pressão, O2 baixo e CO2 alto ( ) 2. Alta pressão, O2 alto, CO2 baixo ( ) 3. Baixa pressão, O2 alto, CO2 baixo ( ) A)Artéria pulmonar B)Veia pulmonar C)Aorta
  • 11. Propriedades de um fluxo em regime estacionário 1) Estado estacionário – o fluido que entra é o mesmo que sai 2) Características de fluxo: a quantidade de fluido que passa é a mesma em todos os segmentos; ,∴ F = f1 = f2 = … = fx 3) Características energéticas: a velocidade da circulação diminui à medida que o diâmetro aumenta; , a Energia∴ Cinética diminui.
  • 12. Equação de fluxo em regime estacionário ● O fluxo é igual ao produto da velocidade de circulação pela área do tubo ● Como, no regime estacionário, QT = Q1 = Q2 = …, podemos generalizar de forma que fluxo=velocidade×área Q=(L⋅T −1 )×(L 2 )=L 3 ⋅T −1 Q=v1⋅A2=v2⋅A2=...
  • 13. Fluxo volumétrico (Q) vs. fluxo de massa ( )ṁ ● Taxa de fluxo volumétrico – volume de fluido que passa por unidade de tempo – Não confundir com vazão (m·s-1 ) ● Fluxo de massa – massa de substância que passa por unidade de tempo (kg·s-1 ) ˙m=ρ⋅Q=ρ⋅v⋅A
  • 14. Questão para fixação (Heneine, 2002) ● O fluxo na aorta de um cão é 40 ml·s-1 , e o diâmetro da aorta é 0,8 cm. Qual será o fluxo em um território vascular de 10 cm de diâmetro, no mesmo animal? lembrar que S=π×( D2 4 )
  • 15. Exemplo: Fluxo em artérias de diferentes calibres ● A aorta tem um diâmetro de 2 cm, enquanto um capilar tem cerca de 8 µm. Como é possível que o fluxo nessas porções seja o mesmo?
  • 16. Exemplo: Fluxo em artérias de diferentes calibres
  • 17. Energética dos fluxos e equação de Bernoulli ● Para qualquer sistema líquido que se movimenta em tubos através do Trabalho realizado por uma bomba hidráulica (p. ex., sangue circulando nos vasos), a energia total (ET ) do fluido é dada por quatro termos ET =Ep+EC +ED+EG Energia total Energia potencial (efeito da pressão lateral) Energia cinética (deslocamento do fluido) Energia dissipada (atrito) Energia posicional (G)
  • 19. Energética da circulação ● “A energia cinética, EC , representa a velocidade do fluxo, e não pode diminuir no regime estacionário. Mas ela se gasta em parte para vencer a ED , a energia de dissipação do atrito, e se repõe às custas da Ep , a energia potencial, que causa a pressão lateral. Assim, a pressão cai ao longo do vaso”
  • 21. Onda de pulso e velocidade de circulação ● Pulsação intermitente de uma artéria, resultante da passagem de onda sanguínea ● “Onda de pulso é a energia da contração cardíaca que se propaga pelo sangue. É Energia Mecânica” (Heneine, 2002, p. 250) – ≠ corrente sanguínea, “o deslocamento da massa de sangue, medida pelo movimento de hemácias” (id. ibid.)
  • 22. Energética da sístole e da diástole A)Ventrículo esquerdo instantes antes da sístole B)A contração do ventrículo lançou massa de sangue com energia cinética (EC ), que se divide em dois componentes • Um, como EC , que acelera o sangue e dilata a artéria (i.e., produz onda de pulso) • Outro, como Ep , se armazena na artéria C)Com o fim da sístole e início da diástole, a válvula aórtica se fecha, e a EC da contração está “gasta”; então, a Ep armazenada na artéria se transforma parcialmente em EC , com dois componentes • Um, como EC , mantém a corrente sanguínea • Outro, como Ep , mantém a pressão lateral
  • 23. Energética da sístole e da diástole ● “durante a diástole, a pressão e o fluxo resultam do Trabalho cardíaco durante a sístole, que ficou armazenado como Ep nas artérias” (Heneine, 2002, p. 251) ● Esse comportamento permite que, e nenhum momento do ciclo, o fluxo se interrompa e a pressão se anule
  • 24. Comparação entre pulso central e pulso periférico ● À medida que se desloca do centro para a periferia, a onda de pulso vai sofrendo alterações. ● Onda do pulso aórtico: após a abertura da válvula aórtica, a velocidade do fluxo sanguíneo aumenta rapidamente e atinge o pico da pressão máxima – O ramo descendente da curva é interrompido por uma pequena deflexão negativa (incisura), que corresponde ao fechamento da válvula aórtica – Segue-se pequena onda dícrota que é produzida pelo recuo elástico da artéria ● Em relação à onda central, a onda arterial de um pulso periférico apresenta – Atraso do pico de pressão máxima em relação ao início da sístole e aumento do declive do ramo ascendente – Atenuação e desaparecimento da incisura – Aumento da amplitude e diminuição da sustentação dos componentes sistólicos do pulso – Atraso e alteração de morfologia da onda dícrota – Diminuição da pressão diastólica
  • 25. Comparação entre pulso central e pulso periférico
  • 27.
  • 28. Fluxo laminar ● O sangue circula normalmente nos vasos se uma forma ordenada (em fluxo laminar) – Fluxo silencioso, com entropia adequada ● Cada camada de sangue permanece sempre à mesma distância da parede do vaso e desloca-se segundo uma trajetória paralela a esta ● Ocorre segundo um padrão parabólico, i.e., a velocidade do fluído no centro do vaso é superior à da periferia ● Eficiente, porque a energia é gasta exclusivamente na produção do movimento ● Como o sangue possui viscosidade, seu movimento exerce pressão de cisalhamento na parede do vaso
  • 29. Fluxo turbulento ● Quando o sangue é forçado a circular a altas velocidades por vasos estreitos ou estenosados, o fluxo passa a ser turbulento (ou turbilhonar) – Sons audíveis, velocidade crítica, entropia exagerada ● Trajetórias irregulares com diferentes direções, formando espirais de sangue ● Promove mais resistência
  • 30. Número de Reynolds e velocidade crítica ● Número de Reynolds (Re) – valor que indica o limite entre o fluxo laminar e o fluxo turbulento – Expressão qualitativa da razão de forças inerciais para forças viscosas ● Quanto maior o número de Reynolds, mais provável o fluxo turbulento Re= D⋅v⋅ρ η Para o sangue, 1,06 x 103 kg·m-3 Para o sangue, 2,8 x 10-3 Pa·s
  • 31. Questão para fixação (Heneine, 2002) ● Em determinado trecho de uma circulação, o sangue atinge v = 40 cm · s-1 . Ouve-se um ruído, indicando fluxo turbulento. Qual o diâmetro máximo que esse vaso pode ter?
  • 32. Implicações práticas ● Quando inflamos um manguito sobre a artéria braquial, fazemos uma compressão que diminuirá o calibre da artéria, dificultando a passagem do sangue ● Quando a pressão externa produzida pelo manguito for igual à pressão interna da artéria, o sangue consegue fluir, mas passa a fazer fluxo turbulento ● Como o fluxo turbulento produz ruído, podemos utilizar o início desse som como marcador do ponto em que as pressões se igualam, definindo a pressão arterial máxima ou sistólica (PAS) ● Conforme reduzimos a pressão produzida pelo manguito, alcançamos o ponto em que essa se torna menor do que a pressão da artéria braquial; neste momento, o sangue deixa de ter fluxo turbulento e volta a ter fluxo laminar ● Como o fluxo laminar não produz ruído, podemos utilizar a cessação do som como marcador do ponto em que as pressões diferem, definindo a pressão arterial mínima ou diastólica (PAD)
  • 33. Lei de Poiseuille – Fatores que condicionam o fluxo ● Descreve a relação entre diferentes parâmetros que afetam o fluxo de um fluido por sistemas condutores – Q é o fluxo volumétrico pelo tubo – ΔP é a queda de pressão que ocorre pela extensão do tubo – L é o comprimento do tubo – r é o raio do tubo – η é a viscosidade do fluido ● Premissas: o fluxo deve ser laminar e constante; o fluido deve ser newtoniano; o tubo deve ser uniforme, rígido, e cilíndrico Q= π⋅Δ P⋅r 4 8⋅η⋅L
  • 34. Lei de Poiseuille – Fatores que condicionam o fluxo ● A diferença de pressão ΔP entre dois pontos condiciona o fluxo – Se não há gradiente, não há fluxo – “Se o sistema necessita de mais fluxo, esse aumento pode ser obtido por elevação da pressão”
  • 35. Lei de Poiseuille – Fatores que condicionam o fluxo ● O raio é um dos fatores mecânicos mais importantes para o controle de fluxo – r4 implica que “uma diminuta variação do raio corresponde a uma grande variação no fluxo” (Heneine, 2002, p. 256) – A vasodilatação e a vasoconstrição são o mecanismo mais eficiente de controle do fluxo
  • 36. Lei de Poiseuille – Fatores que condicionam o fluxo ● Em sistemas de circulação fechada, não há diferença de comprimento, e ΔL = 1 ● Com a distância L percorrida pelo sangue, há apenas um desgaste maior na EC , que se repõe às custas da Ep
  • 37. Lei de Poiseuille – Fatores que condicionam o fluxo ● Para o sangue normal, η = 2,8 x 10-3 Pa·s ● As variações da viscosidade sanguínea podem acarretar modificações graves no fluxo; diminuições aumentam a velocidade e consequentemente o fluxo; aumentos diminuem a velocidade
  • 38. Resistência periférica e fluxo ● “A tendência do sistema circulatório de se opor ao fluxo sanguíneo é denominada resistência ao fluxo. (…) o fluxo é inversamente proporcional à resistência” (Silverthorn, 2007, p. 473) ● Para um líquido que flui por um tubo, a resistência é influenciada por 03 componentes – O raio do tubo (↓ R) – O comprimento do tubo (↑ R) – A viscosidade do líquido (↑ R) ● Assim: Q∝ 1 R R= 8⋅L⋅η π⋅r4 = L⋅η r4
  • 39. Questão para fixação (Heneine, 2002, p. 262) ● Um indivíduo faz exercício, e sua pressão sobe a 130 mmHg. Se a sua resistência periférica abaixa para 0,6, qual é o fluxo? – Fluxo basal: 85 ml · s-1
  • 40. Limitações da Lei de Poiseulle: O efeito Fåhræus-Lindqvist ● Após a observação de alguns resultados aberrantes, construíram um viscômetro para determinar a resistência ao fluxo sanguíneo em capilares com diferentes diâmetros ● Os capilares eram posicionados entre tubos de vidro de dimensões maiores, que eram reduzidos a dimensões capilares de maneira não-abrupta ● Capilares mantidos em posição horizontal, em temperatura constante (38 ºC), e rotacionados constantemente para prevenir a sedimentação Fåhraeus R, Lindqvist T. The viscosity of the blood in narrow capillary tubes. Am J Physiol 96: 562–568, 1931
  • 41. Limitações da Lei de Poiseulle: O efeito Fåhræus-Lindqvist ● Usando amostras de sangue retiradas um do outro, Fåhræus e Lindqvist mediram o fluxo sanguíneo através de capilares de vidro com diâmetros que variavam de 0,04 a 0,505 mm, utilizando uma pressão constante de 100 mmHg (1,33 x 104 Pa) ● Como Q, ΔP, L e r eram conhecidos, era possível calcular η
  • 42. Para reflexão: A Lei de Poiseulle se aplica nesse caso?
  • 43. Limitações da Lei de Poiseulle: O efeito Fåhræus-Lindqvist ● Microcirculação = vasos com diâmetros médios de até 30 μm ● As arteríolas são o principal repositório de resistência do sistema circulatório ● Como o efeito Fåhræus- Lindqvist pode contribuir para a perfusão dos tecidos? – (↑ η, ↑ R)
  • 44. Possível explicação: Efeito Fåhræus ● Fåhræus (1929): hemácias se acumulam axialmente, causando uma diminuição no hematócrito (% volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total de sangue) ● Isso ocorre porque o fluxo é laminar (i.e., o fluxo axial de hemácias é mais rápido do que o fluxo marginal) ● Como há menos células, a resistência viscosa é menor
  • 45. Para reflexão ● O acúmulo axial de hemácias em tubos de pequeno diâmetro depende da deformabilidade das células, de forma que células mais deformáveis migram para o centro do vaso durante o fluxo laminar ● As células de neonatos são mais deformáveis do que as células de adultos ● Considerando isso, em teoria, como a transfusão de sangue de um adulto para um recém-nascido poderia afetar a perfusão tecidual e o trabalho cardíaco de quem recebe?
  • 46. Lei de Laplace: Relação entre pressão e tensão ● Pressão – força por área ● Tensão – força por raio ● No sistema circulatório, a tensão é exercida por fibras musculares (coração) ou elásticas (vasos em geral) ● A Lei de Laplace estabelece a relação entre pressão, tensão, e raio em estruturas de formas diferentes ● .Parauma câmaracardíaca: P= 2⋅T r Para os vasos: P= T r
  • 47. Pressão nos capilares ● Os capilares são a única porção do sistema cardiovascular acessível a trocas metabólicas com os tecidos ● A pressão hidrostática do sangue “empurra” o fluido para fora dos capilares (filtração), e a pressão oncótica (ou osmótica coloidal) do sangue “puxa” o fluido para os capilares (reabsorção)
  • 48.
  • 49. Alterações nas pressões nos capilares ● Alterações na pressão hidrostática – Aumento do vetor de saída e diminuição do vetor de entrada do fluido – Dilatação arteriolar ou constrição venular – Aumento da pressão venosa – Ação do campo G ● Alterações na pressão oncótica – Hipoproteinemia – consequente extravasamento de líquido – Aumento de sais no conteúdo extracelular – consequente retenção de líquido
  • 50. Lei dos gases e suas aplicações biológicas
  • 51. A Lei dos Gases ● Nos gases, as forças moleculares de repulsão são mais fortes que as de atração, fazendo com que as moléculas sejam repelidas ● Se o gás não é contido em um volume determinado, o gás tende a se difundir para o infinito ● Quando em um recipiente, o choque das moléculas do gás sobre as paredes provoca pressão (força · área-1 ); se o gás é aquecido ou resfriado, o volume ou a pressão podem variar, e a temperatura é o terceiro parâmetro que define a situação de estado de um gás
  • 52. CNTP ● Variáveis tomadas em condições de referencial: – Temperatura 0 ºC (= 273 ºK) – Pressão 1 atm (= 760 mm Hg ou 1,01x105 Pa) ● Nessas condições, 1 mol de um gás ideal tem volume de 22,4 m³ (= 22,4 L)
  • 53. Lei de Boyle-Mariotte ● “Mantida constante a temperatura, o volume de um gás é inversamente proporcional à pressão” ● Permite explicar as mudanças de pressão que o ar sofre, ao sair e entrar nos pulmões ● Ex: Se um litro de gás à pressão de 1 Pa é submetido a uma nova pressão de 4 Pa, qual será a variação de volume?
  • 54. Exercício para fixação ● Durante a inspiração, a pressão intrapulmonar diminui em 5 mmHg (= 665 Pa). Qual a variação do volume de 0,5 L de ar que entra no pulmão?
  • 55. Lei de Gay-Lussac-Charles ● “O volume de um gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta, mantida a pressão constante” ● Ex: Meio litro de ar a 20 ºC é aspirado para o pulmão, a 37 ºC. Qual é seu aumento de volume? – Não esqueça da conversão! K = ºC + 273,15 V1⋅T2=V 2⋅T1
  • 56. Boyle-Mariotte + Gay-Lussac- Charles = Lei Geral dos Gases ● P – pressão do gás ● V – volume do gás ● n – quantidade de matéria ● R – constante universal dos gases ● T – temperatura absoluta P⋅V =n⋅R⋅T R=8,3×103 J⋅kmol−1 ⋅K−1 R=8,3 J⋅mol −1 ⋅K −1
  • 57. Exemplo ● Um animal consome 270 ml de O2 por minuto, a 37 ºC, à pressão de 1 atm. Quantos moles de O2 serão consumidos? 1. Conversão para o SI V = 0,27 x 10-3 m³ P ≈ 1,01 x 105 Pa T = 273,15 + 37 = 310,15 K 2. Rearranjando a fórmula n= PV RT = 1,01×105 x 0,27×10−3 8,3×103 ×3,1×102
  • 58. Lei de Dalton ● “A pressão total de uma mistura de gases é igual à soma da pressão de cada componente” ● No caso do ar atmosférico, PT=P1+P2+P3+...+Pn Par=PN2 +PO2 +PH2 O v +PCO2 +Pg
  • 59. Exemplo ● Qual a pressão parcial dos gases no ar atmosférico em 760 mm Hg (1,01 x 105 Pa)? E nos alvéolos, considerando a mesma pressão? Gases % ar atmosférico % ar alveolar N2 78,62% 74,9% O2 20,84% 13,6% CO2 0,04% 5,3% H2 O 0,5% 6,2%
  • 60. Lei de Henry ● “O volume de um gás dissolvido em um líquido é proporcional à pressão do gás sobre o líquido, a um fator de solubilidade e ao volume do líquido” – P – pressão (em torr) – f – fator de solubilidade – V1 – volume do líquido V d=P⋅f⋅V1
  • 61.
  • 62. Lei de Graham ● Define a difusão de gases ● “A difusão e a efusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molecular” – Constantes introduzidas para aplicações biológicas: coeficiente de solubilidade (Cs), temperatura absoluta (T), área de difusão (A), coeficiente de pressão (∆P), distância (L), viscosidade do meio (η) v= Cs⋅T⋅A⋅Δ P √M⋅L⋅η
  • 63. Estrutura e função do sistema respiratório humano ● Pleura: fina membrana que cobre os pulmões; – Camada parietal externa, camada visceral interna (aderente aos pulmões) – Continuidade entre as duas camadas, com um pequeno espaço entre as duas (cavidade pleural ou espaço interpleural) → PRESSÃO SUBATMOSFÉRICA ● Pulmões: subdivididos em lobos, segmentos, traqueia, e brônquios ● Segmentos bronquiopulmonares: Brônquios principais → brônquios lobares → brônquios segmentares → bronquíolos terminais → bronquíolos respiratórios → dutos alveolares → alvéolos ● Traqueia ● Vasos: artéria pulmonar (transporta o sangue desoxigenado para os alvéolos); veias pulmonares (transportam o sangue oxigenado ao átrio esquerdo); vasos de suprimento para os tecidos pulmonares; vasos linfáticos para drenagem do ECF
  • 67.
  • 68. Mudanças de pressão durante o ciclo respiratório ● Lei de Boyle-Mariotte: o volume de um gás varia inversamente com sua pressão ● Se o volume dos alvéolos é aumentado durante a inspiração, gera-se -ΔP em relação à atmosfera – O principal músculo que controla a inspiração é o diafragma; sua contração durante a inalação calma faz com que o pulmão desça ~1 cm, produzindo ΔP ≈ 1-3 mmHg, inalando ~ 500 mL de ar; em respiração estenuante, o pulmão desce ~10 cm, produzindo ΔP ≈ 100 mmHg, e inalação de 2-3 L de ar –
  • 69. O ciclo respiratório ● Características biofísicas importantes – A ventilação é puramente passiva; se há obstrução das vias aéreas, a dilatação ou contração do tórax não produz movimento de ar – Não há trabalho muscular na expiração em repouso; o trabalho ocorre na inspiração, e na respiração forçada ● Como deve ser a respiração no Mar Morto (pressão atmosférica 798,82 mmHg)? E em Tosontsengel (pressão atmosférica 814,34 mmHg)?
  • 72. Volumes e capacidades respiratórias ● O volume corrente reflete a exigência de O2 do organismo; de 0,5 L a cada ciclo em repouso, ~0,35 L penetram no alvéolo, e 0,15 L ficam nas vias aéreas superiores ● O volume de reserva inspiratória está relacionado ao equilíbrio entre a elasticidade pulmonar e a performance muscular do tórax ● O volume de reserva expiratória está relacionado com a força de compressão dos músculos torácicos e do diafragma ● O volume residual está relacionado com a capacidade espacial do tórax e mediastino
  • 73. Volumes e capacidades respiratórias ● A capacidade inspiratória está relacionada ao equilíbrio entre a elasticidade pulmonar e a performance muscular do tórax ● A capacidade residual funcional, por estar exatamente no intervalo entre os dois hemiciclos, representa o momento em que o sangue fica em contato com o volume de ar por tempo suficientemente longo para a troca gasosa ● A capacidade vital é o limite físico do volume corrente
  • 74. A tensão superficial e a Lei de Laplace ● Σ: Representa a força que deve ser exercida para a penetração de objetos em uma superfície líquida ● Análise dimensional: força por distância, ou trabalho por área de penetração σ= Força Distância = M⋅L⋅T2 L =M⋅T2 σ= Trabalho Área = M⋅L 2 ⋅T −2 L =M⋅T2
  • 75. A tensão superficial e a Lei de Laplace ● A tensão superficial é uma barreira à difusão: a camada monomolecular de líquido é uma barreira à difusão – A tensão superficial da água é de 71 x 10-3 N·m-3 ; no pulmão, o surfactante diminui esse valor para ~4- 15 x 10-3 N m-3 ● Aumentos na tensão superficial podem levar ao colabamento dos alvéolos
  • 76. A tensão superficial e a Lei de Laplace ● Se a “torneira” A é fechada (p. ex., obstrução das vias aéreas superiores), o conteúdo do alvéolo menor B se esvaziará no alvéolo maior C – Como o raio de B é menor, e a sua tensão maior, a pressão interna será maior do que C ● Em condições patológicas, como no enfisema, os alvéolos maiores apresentam funcionamento pior do que os alvéolos menores; a obstrução respiratória piora muito a condição
  • 77. Aspectos biofísicos do transporte de gases ● Os gases existem, nos líquidos, combinados com solutos, ou dissolvidos fisicamente ● O O2 existe no sangue combinado à hemoglobina (HbO2 (aq)) e dissolvido fisicamente (O2 (aq)) ● Para o oxigênio, podemos determinar, nos capilares alveolares, a quantidade dissolvida pela lei de Henry ● Esses 2,75 ml de O2 exercem uma pressão parcial igual à do gás no alvéolo Vd=P⋅f⋅V 1=95×0,029×1=2,75mlO2 ¿(aq)⋅l−1
  • 78. O O2 transportado na hemoglobina ● Se considerarmos a Hb completamente saturada de oxigênio, podemos calcular quanto O2 está ligado nas Hb dos capilares alveolares através da molaridade da solução ● Para valores normais de Hb no sangue (12 a 18 g/dL), temos: ● Em volume, isso é equivalente a 236 ml MHb= 150 g⋅l−1 16.100 g⋅mol−1 =0,93×10−2 mol⋅L−1
  • 79. CO2 transportado no sangue ● CO2 carreado como carbamino-Hb (30%), carbonato total (60%), e CO2 dissolvido (10%) ● Carbonato total: NaHCO3 e H2 CO3 → ác. carbônico equivalente ao CO2 (aq) ● A fração de ácibo bicarbônico nas hemácias é um pouco menos da metade da fração no plasma ● Uma fração de CO2 globular está sob a forma de carbamino-Hb V d=P⋅f⋅V1=40×0,70×1=28,0ml O2 ¿(aq)⋅l −1