O documento discute os atributos da divindade segundo Allan Kardec e os Espíritos Superiores. Resume que Deus é eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições e único. Jesus ensinou que Deus é nosso Pai e que todos somos irmãos.
7. A inferioridade das faculdades do
homem não lhe permite compreender a
natureza íntima de Deus.
Na infância da Humanidade, o homem
o confunde muitas vezes com a criatura,
cujas imperfeições lhe atribui;
Mas, à medida que nele se desenvolve
o senso moral, seu pensamento penetra
melhor o fundo das coisas e ele faz, então,
a seu respeito (da Divindade), uma ideia
mais justa e mais conforme com a boa
razão, embora sempre incompleta (11)
8. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito,
imutável, imaterial, único, todo-poderoso
(onipotente), soberanamente justo e bom, não
temos uma ideia completa de seus atributos?
A este questionamento de Allan Kardec
responderam os Espíritos Superiores:
Do vosso ponto de vista, sim, porque
acreditais abranger tudo;
Mas ficai sabendo que há coisas acima da
inteligência do homem mais inteligente, e para as
quais a vossa linguagem, limitada às vossas
ideias e as vossas sensações, não dispõe de
expressão (meios de exprimir).
9. A razão vos diz que Deus deve ter essas
perfeições em grau supremo, pois se tivesse uma
de menos, ou que não fosse em grau infinito, não
seria superior a tudo, e por conseguinte não seria
Deus.
Para estar acima de todas as coisas, Deus
não deve estar sujeito a vicissitude e não pode
ter nenhuma das imperfeições que a imaginação
é capaz de conceber (12)
9. Deus é a suprema e soberana
inteligência. A inteligência do homem é limitada,
pois não pode fazer nem compreender, tudo o
que existe.
10. A de Deus, abrangendo o infinito, tem que
ser infinita.
Se a supuséssemos limitada num ponto
qualquer, seria possível conceber um ente ainda
mais inteligente, capaz de compreender e de
fazer o que o outro não faria, e assim por diante
até o infinito (1)
10. Deus é eterno, o que equivale a dizer
que não teve começo e não terá fim.
Tivesse tido começo, teria saído do nada.
Ora, não sendo o nada coisa alguma, coisa
nenhuma pode produzir.
11. Ora então teria sido criado por outro ser
anterior;
Nesse caso, este ser é que seria Deus.
Se lhe supuséssemos um começo ou um fim,
poderíamos conceber um ser que teria existido
antes dele, ou o qual poderia existir depois dele, e
assim por diante, até o infinito (2)
11. Deus é imutável.
Caso fosse sujeito a mudanças, as leis que
regem o Universo não teriam estabilidade alguma
(3)
12. Deus é imaterial, isto é, sua natureza difere
de tudo o que denominamos matéria;
12. De outra forma Ele não seria imutável, pois
serias sujeito às transformações da matéria.
Deus não tem forma perceptível pelos
vossos sentidos sem o que seria matéria.
Dizemos: a mão de Deus, o olho de Deus,
a boca de Deus, porque o homem, que não
conhece se não a si mesmo, toma a si por termo
de comparação de tido o que não compreende.
Estas imagens nas quais Deus é
representado pela figura de um velho, com
barbas compridas, são ridículas;
13. Elas têm o inconveniente de rebaixar o Ser
Supremo às mesquinhas proporções da
Humanidade;
Daí vai um passo, o emprestar-lhe as
paixões da Humanidade, o conceber um Deus
colérico e ciumento (4)
13. Deus é todo-poderoso.
Não tivesse a onipotência, seria possível
conceber um ser mais poderoso, e assim por
diante até que se encontrasse o ente que
nenhum outro pudesse ultrapassar em ´poder e
este é que seria Deus (5).
14. 14. Deus é soberanamente justo e bom.
A sabedoria providencial das leis divinas se
revela nas menores coisas, assim como nas
maiores, e essa sabedoria não permite duvidar de
sua justiça ou de sua bondade.
O infinito de uma qualidade exclui a
possibilidade da existência de uma qualidade
contrária que a diminuísse ou anulasse.
Um ente infinitamente bom não poderia
conter a mínima parcela de maldade, assim como
um ser infinitamente mau não poderia ter a
menor parcela de bondade;
15. Do mesmo modo, um objeto não pode ser
de um negro absoluto, se tiver a m ais ligeira
nuança de branco, assim como não pode ser de
um branco absoluto com a menor mancha preta.
Deus não poderia ser ao mesmo tempo
bom e mau, pois então, não possuindo nenhuma
de tais qualidades no grau máximo, não seria
Deus;
Todas as coisas seriam submetidas ao seu
capricho, e não haveria estabilidade para nada.
Ele não poderia ser senão infinitamente
bom, ou infinitamente mau;
16. Ora, como suas obras testemunham sua
sabedoria, sua bondade e sua solicitude,
necessariamente se conclui que, não
podendo ao mesmo tempo ser bom e mau,
sem cessar (sem deixar) de ser Deus, deve
ser infinitamente bom.
A soberana bondade implica na soberana
justiça, pois se ele agisse injustamente ou com
parcialidade numa só circunstância, ou em
relação a uma só de suas criaturas, não seria
soberanamente justo, e, por consequência, não
seria soberanamente bom (6).
17. 15. Deus é infinitamente perfeito.
É impossível conceber-se Deus sem o infinito
das perfeições, sem o que não seria Deus, pois
sempre se poderia conceber um ente que
possuísse aquilo que lhe faltasse.
Para que algum ser não possa lhe ultrapassar,
é necessário que ele seja infinito em tudo.
Os atributos de Deus não são suscetíveis de
aumento nem de diminuição, sem o que não
seriam infinitos e Deus não seria perfeito.
Se retirássemos a menor parcela de um só
de seus atributos, já não teríamos Deus, pois que
seria possível existir um ser mais perfeito (7)
18. 16. Deus é único. A unidade (unicidade)
de Deus é consequência do infinito absoluto de
suas perfeições.
Um outro Deus não poderia existir senão
com a condição de ser igualmente infinito em
todas as coisas, pois se houvesse entre eles a
mais ligeira diferença, um seria inferior ao
outro, subordinado a seu poder, e não seria
Deus.
Se houvesse entre eles igualdade
absoluta, isto equivaleria a existir, por toda a
eternidade, um mesmo pensamento, uma
mesma vontade, um mesmo poder;
19. Assim confundidos em sua identidade, isso
não resultaria, na realidade, senão em um sói
Deus.
Caso eles tivessem atribuições especiais, um
faria o que o outro não fizesse, e portanto não
haveria igualdade perfeita, pois nem um nem o
outro teria a soberana autoridade (8)
A mais elevada concepção de Deus que
podemos abrigar no santuário do espírito é
aquela que Jesus nos apresentou, em no-la
revelando Pai amoroso e justo, à espera dos
nossos testemunhos de compreensão e de
amor. (13)
20. Jesus não [...] se sentou na praça
pública para explicar a natureza de Deus e,
sim, chamou-lhe simplesmente “Nosso Pai”,
indicando os deveres de amor e reverência
com que nos cabe contribuir na extensão e
no aperfeiçoamento da Obra Divina (14)
Por este ensinamento, o Cristo nos
esclarece que todos [...] somos irmãos,
filhos de um só Pai, que nos aguarda
sempre, de braços abertos, para a suprema
felicidade no eterno bem!... (16).
21. O Mestre queria dizer-nos que Deus,
acima de tudo, é nosso Pai.
Criador dos homens, das estrelas e das
flores.
Senhor dos céus e da Terra.
Para Ele, todos somos filhos
abençoados.
Com essa afirmativa, Jesus igualmente
nos explicou que somos no mundo uma só
família e que, por isso, todos somos irmãos,
com o dever de ajudar-nos uns aos outros [...].
Na condição de aprendizes do nosso
Divino Mestre, devemos seguir-lhe o exemplo.
22. Se sentirmos Deus como Nosso Pai,
reconheceremos que os nossos irmãos se
encontram em toda parte e estaremos dispostos a
ajudá-los, a fim de sermos ajudados, mais cedo ou
mais tarde.
A vida só será realmente bela e gloriosa, na
Terra, quando pudermos aceitar por nossa grande
família a Humanidade inteira (15).
Em resumo, Deus não pode ser Deus, senão
sob a condição de que nenhum outro o ultrapasse,
porquanto o ser que o excedesse no que quer que
fosse, ainda que apenas na grossura de um
cabelo, é que seria o verdadeiro Deus.
23. Para que tal não se dê, indispensável
se torna que ele seja infinito em tudo.
É assim que, comprovada pelas suas
obras a existência de Deus, por simples
dedução lógica se chega a determinar os
atributos que o caracterizam (9).
Deus é, pois, a inteligência suprema e
soberana, é único, eterno, imutável,
imaterial, onipotente, soberanamente justo
e bom, infinito em todas as perfeições, e
não pode ser diverso disso (10)
26. Quem, senão Deus, criou obra tamanha,
O espaço e o tempo, as amplidões e as eras,
Onde se agitam turbilhões de esferas,
Que a luz, a excelsa luz, aquece e banha?
Quem, senão ELE fez a esfinge estranha
No segredo inviolável das moneras,
No coração dos homens e das feras,
No coração do mar e da montanha?
Deus!... somente o Eterno, o Impenetrável,
Poderia criar o imensurável
E o Universo infinito criaria!...
Suprema paz, intérmina piedade,
E que habita na eterna claridade
Das torrentes da Luz e da Harmonia!
27. ●● Quais as principais ideias de AnteroQuais as principais ideias de Antero
de Quental (espírito) neste soneto acercade Quental (espírito) neste soneto acerca
de DEUS*?de DEUS*?
Antero de Quental, procura neste soneto
estabelecer alguns traços entre o Criador e
sua obra, identificando características de
ambos, as quais revelam o poder de Deus e
de suas Leis no Universo.
*XAVIER, Francisco Cândido - Parnaso de Além
Túmulo – Diversos Espíritos – (Pelo Espírito
Antero de Quental) – 18ª ed. Rio de Janeiro: FEB
2006 – Pág. 90.
28. Na escola da vida os melhores alunos não
são os que tiram as melhores notas, mas os
que conhecem seus conflitos e limitações.
São os que aprendem a lidar com as suas
angustias e ansiedades, pois sabem que na
vida algumas mazelas são imprevisíveis e
inevitáveis.
Era isso que Jesus queria nos ensinar.
Queria que aprendêssemos a conviver
não só com as vitórias, com os acertos e
conquistas, queria sim, que, aprendêssemos
com as derrotas, com as perdas e o caos
emocional e social.
29. Enfim, queria que aprendêssemos a
viver com dignidade e maturidade a vida
que pulsa no palco da existência.
Temos que ser elegantes com nossos
irmãos.
Devemos sempre lembrar da assertiva
de Paulo;
“O amor cobre uma multidão de
pecados”.
Vamos nos amar e amar ao próximo.
Só assim a vida na carne terá valido a
pena.
33. 11._____. O livro dos Espíritos. Tradução de J.
Herculano Pires. 68ª ed. São Paulo: LAKE, 2009.
Livro Primeiro – As Causas Primárias – Capítulo I
DEUS – Item III – Atributos da Divindade –
Questão 11 – Comentário - Pág. 59
12. _____. Questão 13 - Pág. 59.
13. XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de
Emmanuel - Pelo Espírito Emmanuel – 8ª ed. Rio
de Janeiro: FEB 2002 - Cap. 14 – PágS. 71-72.
14. _____. Pág. 72.
15.____. Pai Nosso. - Pelo Espírito Emmanuel
1ª Parte - 27ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2006, Item
1 Pai Nosso que Estais nos Céus - Pág. 11.
34. 16.____. Roteiro. - Pelo Espírito Emmanuel
– 11ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2004 – Cap. 40 –
(Ante o Infinito) - Pág. 169.