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Energia das Ondas 
Sistemas Hídricos 
Bruno Garcia
Contexto Energético 
 O desenvolvimento de tecnologias com capacidade de gerar 
electricidade a partir de fontes de energia renovável é um 
objectivo da sociedade industrializada. 
 Destas, as principais incluem a energia eólica, solar e 
hidroeléctrica. 
 No entanto, nenhuma destas tecnologias associada às suas 
fontes constitui uma solução única à procura energética 
mundial.
O Papel dos Oceanos 
 É neste contexto do ponto que a extracção da energia 
proveniente dos oceanos faz sentido. 
 A sua elevada disponibilidade e densidade energética tem 
dado origem a inúmeros estudos de novos métodos de 
produção de energia mais limpos e eficientes.
Energia das Ondas 
• As ondas do mar são uma forma indirecta da energia solar. 
• O aquecimento diferenciado da atmosfera gera diferenças de 
pressão, dando origem ao vento, e este, a partir de uma 
complexa interacção com a superfície do mar, dá origem às 
ondas. 
• A transferência de energia do vento para a água é feita na 
forma de: 
– energia potencial (massa de água acima ou abaixo do nível 
médio das águas do mar) 
– energia cinética (movimento de partículas).
A Onda 
 A quantidade de energia transferida é dependente da 
velocidade do vento, do tempo que este sopra e do 
comprimento sobre a superfície do mar. 
 Uma onda, quando formada, pode viajar milhares de 
quilómetros com ínfimas perdas energéticas. 
 O nível da energia das ondas é expresso em potência por 
unidade de comprimento por frente de onda.
A Onda como Recurso Mundial 
 A previsibilidade, consistência, e densidade energética (a 
maior das energias renováveis) desta fonte são vantagens 
importantes. 
 Para este recurso em zonas de mar alto, valores típicos anuais 
de energia transportada por onda rondam os 20 a 70 kW por 
metro de frente de onda. 
 Globalmente, admite-se que ronda os 2000 e 4000 TWh 
anuais, sendo equiparável à energia eléctrica média anual 
consumida mundialmente.
Recurso Mundial 
Distribuição do potencial mundial das ondas em kW/m de frente de onda
Portugal 
No caso de Portugal, estes valores rondam os 21 GW 
disponibilizando-se : 
 16 GW no continente. 
 6 GW para as Regiões Autónomas.
Portugal 
Sendo este um país com uma extensa linha de 
costa, onde o consumo é superior nesses locais, o 
recurso disponibilizado pelas ondas do mar pode 
tornar-se fundamental para o fornecimento energético 
do país, sendo indispensável para a independência 
energética do exterior.
Portugal
Crescimento
Os aspectos mais importantes são : 
 Irregularidade da amplitude, fase e direcção das ondas, que 
geram dificuldades na obtenção da máxima eficiência de um 
dispositivo, considerando a enorme gama de frequências de 
excitação (variabilidade temporal e espacial do recurso); 
 Elevada carga estrutural em condições climatéricas extremas; 
 Transformação de baixas frequências de agitação em energia 
eléctrica; 
 Ambiente corrosiva e hostil do oceano – elevada manutenção 
dos dispositivos.
Factores sociais e ambientais a ter em conta: 
 Aparência visual e ruído (específicas de cada dispositivo); 
 Redução da altura de onda pode ser uma forte 
consideração em alguns locais; 
 Habitat marinho; 
 Resíduos tóxicos; 
 Conflitos com outros utilizadores da zona marítima; 
 Instalação no local.
Classificação e Descrição de Sistemas de 
Conversão de Energia das Ondas 
Na literatura é possível encontrar critérios de 
classificação baseados nos seguintes aspectos: 
 Localização; 
 Princípio de funcionamento; 
 Dimensão e/ou orientação do dispositivo; 
 Métodos de extracção utilizados na conversão da 
energia das ondas.
Localização 
 Dispositivos costeiros (onshore ou shoreline); 
 Dispositivos próximos da costa (near-shore). Situados a 
dezenas de metros da linha de costa, no mar, em molhes ou 
em quebramares. Determinados sistemas podem estar sobre 
o fundo oceânico a profundidades na ordem dos 20 m; 
 Dispositivos oceânicos (offshore). Estão afastados da costa, 
sendo neste caso sistemas flutuantes. As profundidades 
envolvidas são superiores, onde a energia transportada pelas 
ondas é maior.
Classificação de dispositivos quanto à 
distância à linha de costa
Princípio de funcionamento 
 Existem três concepções básicas de dispositivos utilizadas 
no aproveitamento da energia das ondas: 
 Coluna de água oscilante, CAO (OWC na notação inglesa); 
 Corpos Oscilantes de absorção pontual (Point Absorbers) 
ou progressivos (Surging devices) – Corpos activados 
pelas ondas (Wave Activated Bodies – WAB); 
 Dispositivos de galgamento.
Dimensão e/ou orientação do 
dispositivo 
Esta classificação pretende descrever o princípio de operação e a 
geometria do dispositivo 
 Absorvedores pontuais (Point absorbers); 
 Atenuadores (Atennuators); 
 Terminadores (Terminators).
Métodos de extracção de energia 
a) Turbinas a ar 
b) Turbinas hidráulicas 
c) Geradores lineares 
d) Gerador magnetohidrodinâmico (MHD) 
e) Sistema Hidráulico
Uma classificação alternativa às expostas nesta secção está 
relacionada com o estado de desenvolvimento do dispositivo e 
não pelo modo de operação 
1. Primeira geração; 
2. Segunda geração; 
3. Terceira geração.
Coluna de água oscilante (CAO)
Coluna de água oscilante (CAO) 
Estrutura fixa 
CAO Limpet
Coluna de água oscilante (CAO) 
Estrutura fixa 
Central piloto europeia da Ilha do Pico – Central do 
Pico
Coluna de água oscilante (CAO) 
Estrutura flutuante 
Oceanlinx
Coluna de água oscilante (CAO) 
Estrutura flutuante 
Mighty Whale
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Translacção 
AquaBuOY
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Translacção 
IPS Buoy Sloped IPS Buoy
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Translacção 
WaveBob
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Translacção 
FO3
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Translacção 
Wave Star Energy
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Rotação 
Pelamis
Corpos Oscilantes 
Estrutura flutuante de Rotação 
SEAREV
Corpos Oscilantes 
Submersos de Rotação 
Treefinder OWEC, princípio de funcionamento
Corpos Oscilantes 
Submersos de Rotação 
WaveRoller
Corpos Oscilantes 
Submersos de Rotação 
BioWave
Corpos Oscilantes 
Submersos de Rotação 
Oyster
Corpos Oscilantes 
Submersos de Translacção 
CETO
Corpos Oscilantes 
Submersos de Translacção 
Archimedes Wave Swing
Dispositivos de Galgamento 
Estrutura Fixa 
Sea Wave Slot-Cone Generator (SSG)
Dispositivos de Galgamento 
Estrutura Flutuante
Dispositivos de Galgamento 
Estrutura Flutuante 
WavePlane
CONCLUSÃO 
A energia das ondas possui, das energias renováveis, a que tem 
mais potencial de crescimento em Portugal. 
Assim o estudo de viabilidade dos inúmeros sistemas propostos 
torna-se premente. Para que se atinja uma tecnologia “madura”.
FIM 
QUESTÕES 
???
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Desaconselha-se o seguimento destes estudos 
pelos alunos da Lusófona.

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Energia Ondas 40kW

  • 1. Energia das Ondas Sistemas Hídricos Bruno Garcia
  • 2. Contexto Energético  O desenvolvimento de tecnologias com capacidade de gerar electricidade a partir de fontes de energia renovável é um objectivo da sociedade industrializada.  Destas, as principais incluem a energia eólica, solar e hidroeléctrica.  No entanto, nenhuma destas tecnologias associada às suas fontes constitui uma solução única à procura energética mundial.
  • 3. O Papel dos Oceanos  É neste contexto do ponto que a extracção da energia proveniente dos oceanos faz sentido.  A sua elevada disponibilidade e densidade energética tem dado origem a inúmeros estudos de novos métodos de produção de energia mais limpos e eficientes.
  • 4. Energia das Ondas • As ondas do mar são uma forma indirecta da energia solar. • O aquecimento diferenciado da atmosfera gera diferenças de pressão, dando origem ao vento, e este, a partir de uma complexa interacção com a superfície do mar, dá origem às ondas. • A transferência de energia do vento para a água é feita na forma de: – energia potencial (massa de água acima ou abaixo do nível médio das águas do mar) – energia cinética (movimento de partículas).
  • 5. A Onda  A quantidade de energia transferida é dependente da velocidade do vento, do tempo que este sopra e do comprimento sobre a superfície do mar.  Uma onda, quando formada, pode viajar milhares de quilómetros com ínfimas perdas energéticas.  O nível da energia das ondas é expresso em potência por unidade de comprimento por frente de onda.
  • 6. A Onda como Recurso Mundial  A previsibilidade, consistência, e densidade energética (a maior das energias renováveis) desta fonte são vantagens importantes.  Para este recurso em zonas de mar alto, valores típicos anuais de energia transportada por onda rondam os 20 a 70 kW por metro de frente de onda.  Globalmente, admite-se que ronda os 2000 e 4000 TWh anuais, sendo equiparável à energia eléctrica média anual consumida mundialmente.
  • 7. Recurso Mundial Distribuição do potencial mundial das ondas em kW/m de frente de onda
  • 8. Portugal No caso de Portugal, estes valores rondam os 21 GW disponibilizando-se :  16 GW no continente.  6 GW para as Regiões Autónomas.
  • 9. Portugal Sendo este um país com uma extensa linha de costa, onde o consumo é superior nesses locais, o recurso disponibilizado pelas ondas do mar pode tornar-se fundamental para o fornecimento energético do país, sendo indispensável para a independência energética do exterior.
  • 12.
  • 13. Os aspectos mais importantes são :  Irregularidade da amplitude, fase e direcção das ondas, que geram dificuldades na obtenção da máxima eficiência de um dispositivo, considerando a enorme gama de frequências de excitação (variabilidade temporal e espacial do recurso);  Elevada carga estrutural em condições climatéricas extremas;  Transformação de baixas frequências de agitação em energia eléctrica;  Ambiente corrosiva e hostil do oceano – elevada manutenção dos dispositivos.
  • 14. Factores sociais e ambientais a ter em conta:  Aparência visual e ruído (específicas de cada dispositivo);  Redução da altura de onda pode ser uma forte consideração em alguns locais;  Habitat marinho;  Resíduos tóxicos;  Conflitos com outros utilizadores da zona marítima;  Instalação no local.
  • 15. Classificação e Descrição de Sistemas de Conversão de Energia das Ondas Na literatura é possível encontrar critérios de classificação baseados nos seguintes aspectos:  Localização;  Princípio de funcionamento;  Dimensão e/ou orientação do dispositivo;  Métodos de extracção utilizados na conversão da energia das ondas.
  • 16. Localização  Dispositivos costeiros (onshore ou shoreline);  Dispositivos próximos da costa (near-shore). Situados a dezenas de metros da linha de costa, no mar, em molhes ou em quebramares. Determinados sistemas podem estar sobre o fundo oceânico a profundidades na ordem dos 20 m;  Dispositivos oceânicos (offshore). Estão afastados da costa, sendo neste caso sistemas flutuantes. As profundidades envolvidas são superiores, onde a energia transportada pelas ondas é maior.
  • 17. Classificação de dispositivos quanto à distância à linha de costa
  • 18. Princípio de funcionamento  Existem três concepções básicas de dispositivos utilizadas no aproveitamento da energia das ondas:  Coluna de água oscilante, CAO (OWC na notação inglesa);  Corpos Oscilantes de absorção pontual (Point Absorbers) ou progressivos (Surging devices) – Corpos activados pelas ondas (Wave Activated Bodies – WAB);  Dispositivos de galgamento.
  • 19. Dimensão e/ou orientação do dispositivo Esta classificação pretende descrever o princípio de operação e a geometria do dispositivo  Absorvedores pontuais (Point absorbers);  Atenuadores (Atennuators);  Terminadores (Terminators).
  • 20. Métodos de extracção de energia a) Turbinas a ar b) Turbinas hidráulicas c) Geradores lineares d) Gerador magnetohidrodinâmico (MHD) e) Sistema Hidráulico
  • 21. Uma classificação alternativa às expostas nesta secção está relacionada com o estado de desenvolvimento do dispositivo e não pelo modo de operação 1. Primeira geração; 2. Segunda geração; 3. Terceira geração.
  • 22.
  • 23. Coluna de água oscilante (CAO)
  • 24. Coluna de água oscilante (CAO) Estrutura fixa CAO Limpet
  • 25. Coluna de água oscilante (CAO) Estrutura fixa Central piloto europeia da Ilha do Pico – Central do Pico
  • 26. Coluna de água oscilante (CAO) Estrutura flutuante Oceanlinx
  • 27. Coluna de água oscilante (CAO) Estrutura flutuante Mighty Whale
  • 28. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Translacção AquaBuOY
  • 29. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Translacção IPS Buoy Sloped IPS Buoy
  • 30. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Translacção WaveBob
  • 31. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Translacção FO3
  • 32. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Translacção Wave Star Energy
  • 33. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Rotação Pelamis
  • 34. Corpos Oscilantes Estrutura flutuante de Rotação SEAREV
  • 35. Corpos Oscilantes Submersos de Rotação Treefinder OWEC, princípio de funcionamento
  • 36. Corpos Oscilantes Submersos de Rotação WaveRoller
  • 37. Corpos Oscilantes Submersos de Rotação BioWave
  • 38. Corpos Oscilantes Submersos de Rotação Oyster
  • 39. Corpos Oscilantes Submersos de Translacção CETO
  • 40. Corpos Oscilantes Submersos de Translacção Archimedes Wave Swing
  • 41. Dispositivos de Galgamento Estrutura Fixa Sea Wave Slot-Cone Generator (SSG)
  • 42. Dispositivos de Galgamento Estrutura Flutuante
  • 43. Dispositivos de Galgamento Estrutura Flutuante WavePlane
  • 44. CONCLUSÃO A energia das ondas possui, das energias renováveis, a que tem mais potencial de crescimento em Portugal. Assim o estudo de viabilidade dos inúmeros sistemas propostos torna-se premente. Para que se atinja uma tecnologia “madura”.
  • 46. • PS Desaconselha-se o seguimento destes estudos pelos alunos da Lusófona.