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Introdução 
O Auto da Barca do Inferno é uma peça 
escrita por Gil Vicente durante a transição 
entre a Idade Média e o Renascimento. O 
autor aproveita a temática religiosa como 
pretexto para a crítica de costumes. 
Os especialistas classificam-na 
como moralidade, mesmo que muitas vezes 
se aproxime da farsa. Ela proporciona uma 
amostra do que era a sociedade de Lisboa no 
período em que foi escrita, embora alguns 
dos assuntos que cobre sejam atuais.
Personagens 
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas 
barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu 
Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo 
na proa. Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para 
qual das barcas entrará. 
Os personagens do Auto, com exceção do anjo de do diabo, são 
representantes típicos da sociedade da época.
O Diabo e seu Companheiro 
Conduzem a barca infernal.
O Anjo 
Conduz a barca celeste.
O Fidalgo 
O fidalgo, chamado Dom Anrique, vem acompanhado de seu criado, que 
carrega uma cadeira de espaldas. Este elemento simboliza a opressão dos 
mais fortes, a tirania e a presunção do moço.
O Onzeiro 
Representa os agiotas, aqueles que faziam empréstimos e cobravam 
muito mais, muitos juros. Traz consigo um bolsão que simboliza o pecado 
da usura; o apego ao dinheiro.
O Parvo 
Representa o povo português, rude e ignorante, porém de bom 
coração e temente a Deus. Não traz nada consigo, pois tudo o que fez 
na vida não foi por maldade. Passageiro da barca celeste.
O Frade 
Representa os maus sarcedotes de uma época extremamente 
religiosa. Traz consigo uma moça, uma espada, um escudo, um 
capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida 
mundana do clero, e a dissolução dos seus costumes.
A Alcoviteira 
Simboliza a degradação moral e a feitiçaria popular. Arcas de feitiços, 
armários de mentir, furtos alheios, jóias de seduzir, guarda-roupa de 
encobrir, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes 
elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu 
próprio lucro e a sua atividade de alcoviteira ligada à prostituição.
O Judeu 
Representa os infiéis, que são alheios à fé cristã, pois na época a 
religião dominante era o cristianismo. Traz consigo um bode. Este 
elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o símbolo do 
Judaísmo.
O Procurador e o Carregador 
Encarnam a burocracia jurídica da época. Processos, vara da Justiça e 
livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
O Enforcado 
Teve uma vida sem fé e corrupta. Completamente perdido. Agiu de 
forma completamente errada. Traz consigo a corda cujo fora enforcado, 
representando sua vida terrena corrupta.
Os quatro Cavaleiros 
Representam as cruzadas contra os mouros e a força da fé católica. 
Apesar de terem matado muitos homens, acabam por serem perdoados 
devido a mortes terem sido “em nome de Deus”. Passageiros da barca 
celeste.

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O Auto da Barca do Inferno - Personagens

  • 1.
  • 2. Introdução O Auto da Barca do Inferno é uma peça escrita por Gil Vicente durante a transição entre a Idade Média e o Renascimento. O autor aproveita a temática religiosa como pretexto para a crítica de costumes. Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade de Lisboa no período em que foi escrita, embora alguns dos assuntos que cobre sejam atuais.
  • 3. Personagens A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. Os personagens do Auto, com exceção do anjo de do diabo, são representantes típicos da sociedade da época.
  • 4. O Diabo e seu Companheiro Conduzem a barca infernal.
  • 5. O Anjo Conduz a barca celeste.
  • 6. O Fidalgo O fidalgo, chamado Dom Anrique, vem acompanhado de seu criado, que carrega uma cadeira de espaldas. Este elemento simboliza a opressão dos mais fortes, a tirania e a presunção do moço.
  • 7. O Onzeiro Representa os agiotas, aqueles que faziam empréstimos e cobravam muito mais, muitos juros. Traz consigo um bolsão que simboliza o pecado da usura; o apego ao dinheiro.
  • 8. O Parvo Representa o povo português, rude e ignorante, porém de bom coração e temente a Deus. Não traz nada consigo, pois tudo o que fez na vida não foi por maldade. Passageiro da barca celeste.
  • 9. O Frade Representa os maus sarcedotes de uma época extremamente religiosa. Traz consigo uma moça, uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do clero, e a dissolução dos seus costumes.
  • 10. A Alcoviteira Simboliza a degradação moral e a feitiçaria popular. Arcas de feitiços, armários de mentir, furtos alheios, jóias de seduzir, guarda-roupa de encobrir, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua atividade de alcoviteira ligada à prostituição.
  • 11. O Judeu Representa os infiéis, que são alheios à fé cristã, pois na época a religião dominante era o cristianismo. Traz consigo um bode. Este elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o símbolo do Judaísmo.
  • 12. O Procurador e o Carregador Encarnam a burocracia jurídica da época. Processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
  • 13. O Enforcado Teve uma vida sem fé e corrupta. Completamente perdido. Agiu de forma completamente errada. Traz consigo a corda cujo fora enforcado, representando sua vida terrena corrupta.
  • 14. Os quatro Cavaleiros Representam as cruzadas contra os mouros e a força da fé católica. Apesar de terem matado muitos homens, acabam por serem perdoados devido a mortes terem sido “em nome de Deus”. Passageiros da barca celeste.