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Terapia gênica consiste na transferência de material genético com o propósito
de prevenir ou curar uma enfermidade qualquer. No caso de enfermidades
genéticas, nas quais um gene está defeituoso ou ausente, a terapia gênica
consiste em transferir a versão funcional do gene para o organismo portador
da doença, de modo a reparar o defeito.
1960 - Especulações sobre a possibilidade de utilizar vírus para transferir genes a seres humanos
doentes e curar doenças genéticas (Friedmann, 1997).

1970 - Paul Berg conseguiu de fato manipular uma molécula de DNA (Jackson et al., 1972), criando a
tecnologia do DNA recombinante.

1980 - Duas tentativas iniciais de aplicar na prática clínica o conceito de terapia gênica fracassaram,
mas em 1989 uma nova tentativa reanimou as pesquisas. O caso de Ashanti DeSilva foi o marco
inicial da terapia gênica em humanos.

2000 - Em 2003, uma equipe de pesquisa da Universidade da Califórnia inserido genes no cérebro
usando lipossomas revestidas em um polímero chamado polietilenoglicol.

2006 - Estudos da National Institutes of Health (Bethesda) demonstram que a terapia genética pode
ser eficaz no tratamento do câncer.

2007 - Em 1 de Maio de 2007 Moorfields Eye Hospital e Instituto de oftalmologia da Universidade
College London anunciaram primeiro julgamento de terapia genética do mundo para doença
hereditária da retina.

2009 - Em setembro de 2009, a revista Nature informou que pesquisadores da Universidade de
Washington e a Universidade da Flórida foram capazes de dar visão tricromáticas para o squirrel
monkeys usando terapia genética, um precursor esperançoso para um tratamento de daltonismo
em seres humanos. Em novembro de 2009, a revista Science informou que os investigadores
sucedeu em travar uma doença cerebral fatal, Adrenoleucodistrofia, usando um vetor derivado de
HIV para entregar o gene da enzima ausente.
Relembrando a síntese de proteínas a partir do DNA...
1º. Transcrição
A mensagem contida no DNA é transcrita pelo RNA mensageiro. Nesse
processo, as bases pareiam-se (as bases A, T e C do DNA se ligam às U,
T e G do RNA). A sequência de 3 bases nitrogenadas no RNAm forma o
códon.
2º. Ativação de aminoácidos
A ativação dos aminoácidos é dada por enzimas específicas, que se unem ao RNA
transportador, que forma o complexo aa-RNAt, dando origem ao anticódon, um trio de
códons complementar aos códons do RNAm.
3º. Tradução
Na fase de tradução, a mensagem contida no RNAm é decodificada e o
ribossomo a utiliza para sintetizar a proteína de acordo com a informação
dada.
Em circunstâncias típicas, definimos gene
como uma seqüência de DNA
cromossômico que é necessária para a
produção de um produto funcional, seja
um polipeptídio ou uma molécula
funcional de RNA.
Terapia Gênica: Procedimentos e Casos
Procedimentos da terapia gênica


                     Gene funcional isolado


Injeção através de vetor                  Injeção direta (sem vetor)




          Gene injetado nas células do paciente        *

              Produção da proteína terapêutica
*   Terapia IN VIVO: Genes/vetores injetados diretamente nas células
    presentes dentro do organismo do paciente

    Terapia EX VIVO: Genes/vetores injetados em células retiradas do
    paciente cultivadas in vitro, que após o procedimento, são
    reintroduzidas no organismo
IN VIVO
EX VIVO
Principais vetores utilizados
Lipossomas




Vesículas esféricas formadas de bicamadas
concêntricas de fosfolípídios. Quando
formados por lipídios catiônicos, formam
complexos com o DNA neutralizando a sua
carga negativa, o que permite seu transporte
através da membrana citoplasmática
Vetores virais


Vírus manipulados geneticamente, de modo a reduzir a sua patogenicidade e
a agregar o gene desejado ao seu material genético, sem anular totalmente o
seu poder de infectar as células do hospedeiro. Poderá haver integração ou
não do gene nos cromossomos do paciente.
Vírus                  Peculiaridades
Retrovírus             Integra seu material genético nos
                       cromossomos da célula infectada
Adenovírus             Integra seu material genético nos
                       cromossomos da célula infectada
Vírus adenoassociado   Não integra seu material genético
                       nos cromossomos da célula
                       infectada
Principais métodos de transferência do material
genético/vetor para as células (terapia EX VIVO)
Microinjeção: injeção direta do
material genético ou do vetor
nas células. Processo lento
                                                             Biobalística: aceleração de
                                                             micropartículas de Au/Pt
                                  Eletroporação: formação    que atravessam a parede
                                  transitória de poros       celular e membrana
                                  aquosos na bicamada        plasmática, carregando o
                                  lipídica através de        material genético adsorvido
                                  estímulos elétricos,       na superfície
                                  permitindo a migração de
                                  macromoléculas
Casos em que a terapia é utilizada
• Doenças genéticas




• Doenças genéticas adquiridas durante a vida, como o câncer,
doenças do coração e infecções virais (ex:. AIDS).


        Princípio: introduzir genes que possam interferir no
metabolismo da célula cancerosa, bloquear a replicação        viral
ou      simplesmente estimular o sistema de defesa imunológico,
        propiciando um benefício terapêutico ao      paciente.
Adendos:

No câncer, o objetivo é a eliminação do tecido tumoral. O gene
terapêutico, nesse caso, deve levar à eliminação das células
tumorais, basicamente por duas vias: o gene é tóxico (ou gera
produto tóxico) apenas para o tumor, ou o gene busca despertar a
resposta imune contra o tumor, eliminando-o.
As doenças infecciosas podem ser vistas como doenças
genéticas adquiridas, conceito mais fácil de ser
entendido quando se trata de infecções virais. Os vírus
desenvolveram a habilidade de inserir seus genomas no
interior de células do organismo hospedeiro, e nelas
multiplicarem-se. Nesse processo ocorrem patologias
devido à destruição dos tecidos e à reação do organismo.
Doenças Congênitas e Ação dos Genes
• Hemofilia



• AIDS



• Doença de Parkinson
• Alzheimer



• Imunodeficiência severa combinada (SCID);

                                “O Menino da Bolha
                                de Plástico”, portador
                                da Doença SCID
• Câncer

• Amaurose congênita de Leber
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

•http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio12/terapia.pdf
•http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/terapia_genica.php
•http://www.usp.br/revistausp/75/05-carlos-armando.pdf
•http://www.proffabioborges.com.br/artigos/eletroporacao_uma_revisao.pdf
•http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000300004
•http://www.biotec-ahg.com.br/index.php/acervo-de-materias/saude/504-terapia-genica-trata-
deficiencia-imunologica-
• http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/890346-terapia-genetica-tem-sucesso-para-
tratar-parkinson.shtml
•http://www.aids.gov.br/noticia/terapia-genica-pode-ser-usada-contra-hiv
•http://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/

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  • 1.
  • 2. Terapia gênica consiste na transferência de material genético com o propósito de prevenir ou curar uma enfermidade qualquer. No caso de enfermidades genéticas, nas quais um gene está defeituoso ou ausente, a terapia gênica consiste em transferir a versão funcional do gene para o organismo portador da doença, de modo a reparar o defeito.
  • 3. 1960 - Especulações sobre a possibilidade de utilizar vírus para transferir genes a seres humanos doentes e curar doenças genéticas (Friedmann, 1997). 1970 - Paul Berg conseguiu de fato manipular uma molécula de DNA (Jackson et al., 1972), criando a tecnologia do DNA recombinante. 1980 - Duas tentativas iniciais de aplicar na prática clínica o conceito de terapia gênica fracassaram, mas em 1989 uma nova tentativa reanimou as pesquisas. O caso de Ashanti DeSilva foi o marco inicial da terapia gênica em humanos. 2000 - Em 2003, uma equipe de pesquisa da Universidade da Califórnia inserido genes no cérebro usando lipossomas revestidas em um polímero chamado polietilenoglicol. 2006 - Estudos da National Institutes of Health (Bethesda) demonstram que a terapia genética pode ser eficaz no tratamento do câncer. 2007 - Em 1 de Maio de 2007 Moorfields Eye Hospital e Instituto de oftalmologia da Universidade College London anunciaram primeiro julgamento de terapia genética do mundo para doença hereditária da retina. 2009 - Em setembro de 2009, a revista Nature informou que pesquisadores da Universidade de Washington e a Universidade da Flórida foram capazes de dar visão tricromáticas para o squirrel monkeys usando terapia genética, um precursor esperançoso para um tratamento de daltonismo em seres humanos. Em novembro de 2009, a revista Science informou que os investigadores sucedeu em travar uma doença cerebral fatal, Adrenoleucodistrofia, usando um vetor derivado de HIV para entregar o gene da enzima ausente.
  • 4. Relembrando a síntese de proteínas a partir do DNA...
  • 5. 1º. Transcrição A mensagem contida no DNA é transcrita pelo RNA mensageiro. Nesse processo, as bases pareiam-se (as bases A, T e C do DNA se ligam às U, T e G do RNA). A sequência de 3 bases nitrogenadas no RNAm forma o códon.
  • 6. 2º. Ativação de aminoácidos A ativação dos aminoácidos é dada por enzimas específicas, que se unem ao RNA transportador, que forma o complexo aa-RNAt, dando origem ao anticódon, um trio de códons complementar aos códons do RNAm.
  • 7. 3º. Tradução Na fase de tradução, a mensagem contida no RNAm é decodificada e o ribossomo a utiliza para sintetizar a proteína de acordo com a informação dada.
  • 8. Em circunstâncias típicas, definimos gene como uma seqüência de DNA cromossômico que é necessária para a produção de um produto funcional, seja um polipeptídio ou uma molécula funcional de RNA.
  • 10. Procedimentos da terapia gênica Gene funcional isolado Injeção através de vetor Injeção direta (sem vetor) Gene injetado nas células do paciente * Produção da proteína terapêutica
  • 11. * Terapia IN VIVO: Genes/vetores injetados diretamente nas células presentes dentro do organismo do paciente Terapia EX VIVO: Genes/vetores injetados em células retiradas do paciente cultivadas in vitro, que após o procedimento, são reintroduzidas no organismo
  • 15. Lipossomas Vesículas esféricas formadas de bicamadas concêntricas de fosfolípídios. Quando formados por lipídios catiônicos, formam complexos com o DNA neutralizando a sua carga negativa, o que permite seu transporte através da membrana citoplasmática
  • 16. Vetores virais Vírus manipulados geneticamente, de modo a reduzir a sua patogenicidade e a agregar o gene desejado ao seu material genético, sem anular totalmente o seu poder de infectar as células do hospedeiro. Poderá haver integração ou não do gene nos cromossomos do paciente.
  • 17. Vírus Peculiaridades Retrovírus Integra seu material genético nos cromossomos da célula infectada Adenovírus Integra seu material genético nos cromossomos da célula infectada Vírus adenoassociado Não integra seu material genético nos cromossomos da célula infectada
  • 18. Principais métodos de transferência do material genético/vetor para as células (terapia EX VIVO)
  • 19. Microinjeção: injeção direta do material genético ou do vetor nas células. Processo lento Biobalística: aceleração de micropartículas de Au/Pt Eletroporação: formação que atravessam a parede transitória de poros celular e membrana aquosos na bicamada plasmática, carregando o lipídica através de material genético adsorvido estímulos elétricos, na superfície permitindo a migração de macromoléculas
  • 20. Casos em que a terapia é utilizada
  • 21. • Doenças genéticas • Doenças genéticas adquiridas durante a vida, como o câncer, doenças do coração e infecções virais (ex:. AIDS). Princípio: introduzir genes que possam interferir no metabolismo da célula cancerosa, bloquear a replicação viral ou simplesmente estimular o sistema de defesa imunológico, propiciando um benefício terapêutico ao paciente.
  • 22. Adendos: No câncer, o objetivo é a eliminação do tecido tumoral. O gene terapêutico, nesse caso, deve levar à eliminação das células tumorais, basicamente por duas vias: o gene é tóxico (ou gera produto tóxico) apenas para o tumor, ou o gene busca despertar a resposta imune contra o tumor, eliminando-o.
  • 23. As doenças infecciosas podem ser vistas como doenças genéticas adquiridas, conceito mais fácil de ser entendido quando se trata de infecções virais. Os vírus desenvolveram a habilidade de inserir seus genomas no interior de células do organismo hospedeiro, e nelas multiplicarem-se. Nesse processo ocorrem patologias devido à destruição dos tecidos e à reação do organismo.
  • 24. Doenças Congênitas e Ação dos Genes
  • 25.
  • 26. • Hemofilia • AIDS • Doença de Parkinson
  • 27. • Alzheimer • Imunodeficiência severa combinada (SCID); “O Menino da Bolha de Plástico”, portador da Doença SCID
  • 28. • Câncer • Amaurose congênita de Leber