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LER a partir dos 6 anos

GUIA DE LEITURA
MARIA ALZIRA CABRAL

Histórias a rimar
para ler e brincar
ALEXANDRE PARAFITA
Ilustrações de Elsa Navarro
Apresentação da obra
Trata-se de um conjunto de poemas curtos, simples e divertidos. Um grande
número deles são histórias, ternas e bem-humoradas, de animais pequeninos.
Através da rima e do trocadilho, o poeta convida a criança a brincar e a descobrir um mundo de sonoridades – o mundo das palavras.
O mundo exterior interage com o sentir do poeta de uma forma mais concreta em poemas como «O vaga-lume», pág. 19, que constitui uma primeira
abordagem ao lirismo poético.

Leitura da obra
Trata-se de uma obra para ser ouvida, mais do que para ser lida – uma obra
com pequenos textos para memorizar através da repetição dessa audição.
Em vários momentos ou sessões, o adulto (professor, pai ou outro) pode ler
e repetir, em voz alta, um, dois, três ou mais poemas.

Alguns pretextos para leitura
a) Uma história que irá ser (ou foi) lida, em que uma
das personagens é um rei, a lua, um duende, um
menino e um balão ou um dos animais referidos
nos poemas.
Por exemplo: à leitura de O Canteiro dos Livros (n.º 1
desta Colecção), de José Jorge Letria, pode ser associada a leitura do poema «O duende», pág. 27; à leitura de As Aventuras de Pinóquio, de Collodi, pode
ser associada a leitura do poema «Sinfonia no meu
jardim», pág. 6.
b) Uma determinada época ou acontecimento do ano.
Por exemplo, a leitura de «Balada para um Natal»,
pág. 22, pode ser associada ao Natal; a de «O vaga-lume», pág. 19, pode ser associada à Primavera.
c) Comparação com uma história em prosa que tenha
algo em comum com a que é contada em verso.
d) O prazer de ler ou de ouvir ler.

2
1. Antes da leitura
Antes de ler um poema, o adulto deve conversar um pouco com a criança
sobre o «assunto» do poema.
Nos poemas desta obra aparecem muitos animais. As crianças gostam de
conhecer factos e aspectos da vida dos animais. Por exemplo, antes da leitura
de «A centopeia e a aranha», pág. 12, há um conjunto de informações engraçadas que podem ser fornecidas à criança. Falar-lhe da maneira como a aranha
constrói a teia e do propósito da teia; dos tipos de aranhas, desde os inofensivos aranhiços até às terríveis tarântulas; da função das aranhas num ecossistema; da razão do nome «centopeia» («cem patas»); do facto de se tratar de um
insecto que, com a sua picada, injecta veneno nas suas presas, para depois se
alimentar delas; do tamanho máximo que pode atingir (cerca de 25 cm); etc.

2. Durante a leitura
Dada a extensão de cada poema, nenhum deles deverá ser interrompido
durante a leitura. Entre poemas, contudo, poder-se-á estabelecer um pequeno
diálogo com a criança sobre aquilo que acabou de ouvir e relacionar o poema,
se oportuno, com o tema da conversa anterior à leitura.

3. Depois da leitura

Brincar com rimas
1. Procurar rimas (palavras que terminam com os mesmos sons) nos poemas,
formando conjuntos de palavras. A criança pode sublinhar as palavras que
rimam e copiá-las, dando-lhes um aspecto gráfico atraente.

3
EXEMPLOS1:

«Tu que me fazes, passarinho louco?» – pág. 5

«Sinfonia no meu jardim» – pág. 6

1 Ver também actividade «Rimas» – pág. 7 deste Guia.

4
2. Completar, com as mesmas rimas dos poemas, pequenos versos muito parecidos com os que a criança ouviu ler ou leu.
EXEMPLOS:

Gatinha não rima com cadela.

Borboleta _____________

Para rimar com cadela

Traz alegria com ela.

Procuro uma _____________
Ou uma _____________

Borboleta negra, cor de___________,

Ou uma _____________

Traz consigo a solidão.

Ou uma _____________
Ou uma _____________
Ou uma _____________ .
Estava triste o duende
Porque se sentia _____________ .
Estava contente o garoto
Por jogar com o _____________ .
A cotovia puxava o fiozinho
Para pôr no seu _____________ .
A chama queimou a teia
E o jantar da _____________ .
O grilo do meu jardim…
O seu canto não tem _____________ .

O papagaio perdeu a_____________
Depois do tombo que deu na sala.
Luzinha brilhando na noite sem fim
Traz alegria para perto de _________ .
Cala-te, vento que sopras lá fora,
Porque ao teu som o menino _ ______ .
O balão azul _____________
E para o Sol rumou.
Senhor guarda, senhor guarda!
Tem uma bonita _____________!
O rei mandão queria mandar
Até no _____________!

Decorar e dizer poemas
A criança escolhe um poema do seu agrado e prepara a sua apresentação,
com apoio do adulto.
a) Análise do significado
A criança relê com atenção o poema, procurando determinar a intenção
do poeta ao escrevê-lo.

5
• O poeta quer contar uma história?
• O poeta quer falar do que sente numa determinada situação?
• O poema é triste? Divertido? Terno?
• O poema baseia-se num trocadilho de palavras? Que palavras?
• O poema evoca um cenário? Neste caso, trata-se de um cenário rural
ou urbano?
b) Análise da forma
A criança relê o poema, destacando:

• o número de estrofes que o constituem e o número de versos de cada
estrofe;

• as palavras que rimam em cada estrofe;
• os versos que não têm rima;
• as palavras com que o poeta faz trocadilhos.
Decora os versos gradualmente, ao longo de várias leituras:

• com base na rima, se o poema
não tem história, como, por
exe m p l o, « O va g a - l u m e » ,
pág. 19, ou nos trocadilhos
entre palavras, como, por
exemplo, «O duende», pág. 27;

Os poemas mais fáceis de decorar
são naturalmente os mais curtos e
aqueles em que existe muita rima.

• com base na história e na rima, quando o poema conta uma história,
como, por exemplo, «A centopeia e a aranha», pág. 12, «O papagaio à
janela», pág. 14, «História de um balão», pág. 24, etc.
Por último, a criança diz o poema perante um auditório reduzido, que
irá, progressivamente, sendo alargado.

• Diversificar os contextos, se possível.
• Recorrer ao uso de máscara como forma de desinibir a criança, quando
necessário.

• Recorrer ao uso de cenário ou de pequenos elementos que o sugiram
como forma de motivação.

• Recorrer a música de fundo como forma de motivação.
6
Rimas
A centopeia e a aranha • pág. 12

centopeia
toa

O duende • pág. 27

doente

7
É importante que a criança
seja estimulada a guardar
as suas memórias de leitura:
comentários a personagens,
episódios, lugares…; textos
inspirados nas histórias lidas; descobertas motivadas pelas actividades realizadas; ilustrações…
A organização, pela criança, de uma sequência
de registos e de documentos que considere
interessantes permitir-lhe-á construir um
memorando de acontecimentos significativos
na sua aventura pelo mundo da ficção.

Guias de leitura também disponíveis on-line,
em www.junior.te.pt/guiasdeleitura.

9

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  • 1. LER a partir dos 6 anos GUIA DE LEITURA MARIA ALZIRA CABRAL Histórias a rimar para ler e brincar ALEXANDRE PARAFITA Ilustrações de Elsa Navarro
  • 2. Apresentação da obra Trata-se de um conjunto de poemas curtos, simples e divertidos. Um grande número deles são histórias, ternas e bem-humoradas, de animais pequeninos. Através da rima e do trocadilho, o poeta convida a criança a brincar e a descobrir um mundo de sonoridades – o mundo das palavras. O mundo exterior interage com o sentir do poeta de uma forma mais concreta em poemas como «O vaga-lume», pág. 19, que constitui uma primeira abordagem ao lirismo poético. Leitura da obra Trata-se de uma obra para ser ouvida, mais do que para ser lida – uma obra com pequenos textos para memorizar através da repetição dessa audição. Em vários momentos ou sessões, o adulto (professor, pai ou outro) pode ler e repetir, em voz alta, um, dois, três ou mais poemas. Alguns pretextos para leitura a) Uma história que irá ser (ou foi) lida, em que uma das personagens é um rei, a lua, um duende, um menino e um balão ou um dos animais referidos nos poemas. Por exemplo: à leitura de O Canteiro dos Livros (n.º 1 desta Colecção), de José Jorge Letria, pode ser associada a leitura do poema «O duende», pág. 27; à leitura de As Aventuras de Pinóquio, de Collodi, pode ser associada a leitura do poema «Sinfonia no meu jardim», pág. 6. b) Uma determinada época ou acontecimento do ano. Por exemplo, a leitura de «Balada para um Natal», pág. 22, pode ser associada ao Natal; a de «O vaga-lume», pág. 19, pode ser associada à Primavera. c) Comparação com uma história em prosa que tenha algo em comum com a que é contada em verso. d) O prazer de ler ou de ouvir ler. 2
  • 3. 1. Antes da leitura Antes de ler um poema, o adulto deve conversar um pouco com a criança sobre o «assunto» do poema. Nos poemas desta obra aparecem muitos animais. As crianças gostam de conhecer factos e aspectos da vida dos animais. Por exemplo, antes da leitura de «A centopeia e a aranha», pág. 12, há um conjunto de informações engraçadas que podem ser fornecidas à criança. Falar-lhe da maneira como a aranha constrói a teia e do propósito da teia; dos tipos de aranhas, desde os inofensivos aranhiços até às terríveis tarântulas; da função das aranhas num ecossistema; da razão do nome «centopeia» («cem patas»); do facto de se tratar de um insecto que, com a sua picada, injecta veneno nas suas presas, para depois se alimentar delas; do tamanho máximo que pode atingir (cerca de 25 cm); etc. 2. Durante a leitura Dada a extensão de cada poema, nenhum deles deverá ser interrompido durante a leitura. Entre poemas, contudo, poder-se-á estabelecer um pequeno diálogo com a criança sobre aquilo que acabou de ouvir e relacionar o poema, se oportuno, com o tema da conversa anterior à leitura. 3. Depois da leitura Brincar com rimas 1. Procurar rimas (palavras que terminam com os mesmos sons) nos poemas, formando conjuntos de palavras. A criança pode sublinhar as palavras que rimam e copiá-las, dando-lhes um aspecto gráfico atraente. 3
  • 4. EXEMPLOS1: «Tu que me fazes, passarinho louco?» – pág. 5 «Sinfonia no meu jardim» – pág. 6 1 Ver também actividade «Rimas» – pág. 7 deste Guia. 4
  • 5. 2. Completar, com as mesmas rimas dos poemas, pequenos versos muito parecidos com os que a criança ouviu ler ou leu. EXEMPLOS: Gatinha não rima com cadela. Borboleta _____________ Para rimar com cadela Traz alegria com ela. Procuro uma _____________ Ou uma _____________ Borboleta negra, cor de___________, Ou uma _____________ Traz consigo a solidão. Ou uma _____________ Ou uma _____________ Ou uma _____________ . Estava triste o duende Porque se sentia _____________ . Estava contente o garoto Por jogar com o _____________ . A cotovia puxava o fiozinho Para pôr no seu _____________ . A chama queimou a teia E o jantar da _____________ . O grilo do meu jardim… O seu canto não tem _____________ . O papagaio perdeu a_____________ Depois do tombo que deu na sala. Luzinha brilhando na noite sem fim Traz alegria para perto de _________ . Cala-te, vento que sopras lá fora, Porque ao teu som o menino _ ______ . O balão azul _____________ E para o Sol rumou. Senhor guarda, senhor guarda! Tem uma bonita _____________! O rei mandão queria mandar Até no _____________! Decorar e dizer poemas A criança escolhe um poema do seu agrado e prepara a sua apresentação, com apoio do adulto. a) Análise do significado A criança relê com atenção o poema, procurando determinar a intenção do poeta ao escrevê-lo. 5
  • 6. • O poeta quer contar uma história? • O poeta quer falar do que sente numa determinada situação? • O poema é triste? Divertido? Terno? • O poema baseia-se num trocadilho de palavras? Que palavras? • O poema evoca um cenário? Neste caso, trata-se de um cenário rural ou urbano? b) Análise da forma A criança relê o poema, destacando: • o número de estrofes que o constituem e o número de versos de cada estrofe; • as palavras que rimam em cada estrofe; • os versos que não têm rima; • as palavras com que o poeta faz trocadilhos. Decora os versos gradualmente, ao longo de várias leituras: • com base na rima, se o poema não tem história, como, por exe m p l o, « O va g a - l u m e » , pág. 19, ou nos trocadilhos entre palavras, como, por exemplo, «O duende», pág. 27; Os poemas mais fáceis de decorar são naturalmente os mais curtos e aqueles em que existe muita rima. • com base na história e na rima, quando o poema conta uma história, como, por exemplo, «A centopeia e a aranha», pág. 12, «O papagaio à janela», pág. 14, «História de um balão», pág. 24, etc. Por último, a criança diz o poema perante um auditório reduzido, que irá, progressivamente, sendo alargado. • Diversificar os contextos, se possível. • Recorrer ao uso de máscara como forma de desinibir a criança, quando necessário. • Recorrer ao uso de cenário ou de pequenos elementos que o sugiram como forma de motivação. • Recorrer a música de fundo como forma de motivação. 6
  • 7. Rimas A centopeia e a aranha • pág. 12 centopeia toa O duende • pág. 27 doente 7
  • 8. É importante que a criança seja estimulada a guardar as suas memórias de leitura: comentários a personagens, episódios, lugares…; textos inspirados nas histórias lidas; descobertas motivadas pelas actividades realizadas; ilustrações… A organização, pela criança, de uma sequência de registos e de documentos que considere interessantes permitir-lhe-á construir um memorando de acontecimentos significativos na sua aventura pelo mundo da ficção. Guias de leitura também disponíveis on-line, em www.junior.te.pt/guiasdeleitura. 9 781111 118280