Este documento resume as 10 escolas de estratégia descritas no livro "Safári de Estratégia" de Henry Mintzberg. Cada escola apresenta premissas sobre como a estratégia é formulada, como padrão, perspectiva, posição ou truque. As escolas incluem Design, Planejamento, Posicionamento, Empreendedora, Cognitiva, Aprendizado, Poder, Cultura, Ambiente e Configuração.
1. Safári de Estratégia
Henry Mintzberg
Bruce Ahlstrand
Joseph Lampel
1998 – 1ª edição
2010 – 2ª edição
Aluna: Beatriz Cardoso Branco Salvador
Disciplina: Marketing e Comunicação Persuasiva
Profº Marcelo Myashita
2. Introdução
O objetivo central do livro é mostrar os conceitos e os processos que existem por trás da
formulação de estratégia, sob o ponto de vista de dez escolas de estratégia.
As escolas são: Design, Planejamento, Posicionamento, Empreendedora, Cognitiva,
Aprendizado, Poder, Cultura, Ambiente e Configuração.
As análises sobre estas escolas são feitas do ponto de vista do conceito de estratégia
proposto por Henry Mintzberg, os 5P’s da estratégia.
1. Plano e Padrão
2. Posição e Perspectiva
3. Truque (Ploy, em Inglês)
3. 5P’s para estratégia, Henry Mintzberg
Padrão e Plano
Para onde está voltado o olhar da empresa no momento de formular uma estratégia? Se está direcionado
para comportamentos realizados no passado define-se a estratégia como padrão. O padrão demonstra
coerência na trajetória da organização, mas por limitar-se a olhar para trás, pode deixar de perceber novas
estratégias.
Já o plano é a visão futura, a estratégia pretendida. O plano, por ser estratégia pretendida, tem menores
possibilidades de concretização do que uma estratégia padrão, pois exige uma previsão assertiva.
Posição e Perspectiva
Como a organização define seu conteúdo diante do mercado? A estratégia como posição reflete o tipo de
negócio recorrente da organização, o seu ponto de contato com o cliente e com o mercado. Já como
perspectiva a estratégia foca na mente dos estrategistas e também na visão da organização.
Truque (Ploy)
A estratégia utilizada como um truque para se sobressair à concorrência.
4. Estratégia Deliberada ou Emergente
Estratégia Deliberada
É a estratégia pretendida, planejada. Representa o controle da organização.
Estratégia Emergente
Surgimento de estratégias que fogem do que é pretendido, mas se bem aproveitadas podem
se tornar um padrão estratégico no futuro.
O ideal é que uma organização tenho um equilíbrio entre as duas. Aquela que visa somente
estratégias deliberadas irá se privar de aprendizados e oportunidades emergentes. Por outro
lado, organizações que vivem somente de estratégias emergentes provavelmente não
chegarão a lugar algum.
5. Premissas das Escolas
Escola do Design - “Olhe antes de saltar”
Propositora da análise SWOT
Formulação da estratégia é a convergência entre
forças e oportunidades, bem como a observação
das fraquezas e ameaças.
Estratégias como perspectiva deliberada
Figura do estrategista é o executivo principal da
organização..
Estratégias podem demorar até ser
implementadas, o ambiente pode mudar e a
organização não terá tempo hábil de fazer uma
nova análise e nova formulação, em outras
palavras, o mundo precisaria ficar estático para
que as estratégias sejam realizadas de acordo
com a escola do design.
Escola do Planejamento – “Devagar e
sempre”
Uma extensão da escola do design,
acrescida de processos formais pós-
análise SWOT.
Operacionalização da estratégia
(metas, etapas e cronogramas).
Foco no processo. Pouco no conteúdo.
Estratégias como planos.
6. Premissas das Escolas
Matriz BCG = com origem no planejamento de portfólio, consiste na
análise entre tamanho de mercado e participação de mercado, ou seja, um
eixo de ambiente interno e outro externo e uma dimensão-chave para
posicioná-los, mercado. Os quadrantes resultam em quatro estratégias
genéricas para um portfolio (vaca-leiteira, criança-problema, cão e
estrela). É o equilíbrio entre estas estratégias que resulta no de sucesso de
uma organização.
Escola do Posicionamento – “Só os fatos, por favor”
Racionalidade com foco no conteúdo.
A lógica da escola do posicionamento é definir a estratégia com base nos competidores, no cenário vigente e na
posição assumida.
Estratégica como posição deliberada, também como truque
Análise competitiva de Michael Porter (1980). A formulação de estratégia baseada nas cinco forças estratégicas
de uma organização: ameaça dos novos entrantes, fornecedores e seu poder de barganha, clientes e seu poder
de barganha, concorrentes e substitutos. Para Porter, as organizações possuem apenas duas vantagens
competitivas que, escolhidas, podem ser exploradas em poucas estratégias genéricas: baixo custo e
diferenciação.
Participação de Mercado
TamanhodeMercado
Vaca leiteira Criança-
problema
CãoEstrela
-+
+
7. Premissas das Escolas
Escola do Empreendedor – “Leve-nos ao
líder”
Estratégia como perspectiva única. Visão
de longo prazo do líder.
Estratégia baseada na intuição do líder e
suas experiências anteriores
Líder deve garantir a execução da
estratégia, portanto precisa ter controle
máximo durante a implementação.
Escola Cognitiva – “É preciso
acreditar para ver”
É da mente dos estrategistas que
surgem as estratégias, na forma de
conceitos, mapas mentais e esquemas.
Ainda muito subjetiva, com pouca
prática.
Estratégia como perspectiva mental e
emergente.
8. Premissas das Escolas
Escola do Aprendizado – “Se não der
certo na primeira vez, tente de novo”
Experiências profissionais -principalmente
as coletivas – geram aprendizado sobre
uma situação e sobre como a organização
lida com os fatos. Este aprendizado é
convertido em um padrão de ações e
comportamentos mais propícios a acertos.
É nesta escola que a estratégia emergente
torna-se mais relevante, pois enfatiza o
aprendizado.
Estratégia como padrão e emergente
Escola do Poder – “Procure o n º1”
Processo de formulação de estratégia acontece por
influência – aqui chamado de poder.
Dividido em: poder micro - o jogo de política que
acontece dentro da organização; e poder macro - a
influência usada pela organização.
Organização é formada por coalizões de indivíduos
com interesses em comum, mas também com
diferenças duradouras de valores. Além disso, a maior
parte das grandes decisões envolve a alocação de
recursos escassos. São estes dois elementos –
recursos escassos e diferenças duradouras – que
fazem do poder o recurso mais importante dentro da
organização. É da capacidade de manobra com todas
as coalizões que decisões serão definidas.
O poder, em uma organização, visa basicamente o uso
das influências para a promoção de mudanças.
9. Premissas das Escolas
Escola Cultural – “O fruto não cai
longe do pé”
Poder fragmenta a organização. A
cultura é o o elemento que une e
forma a organização
Inconsciente, a partir do momento que
se torna consciente, pode ser
questionada e perder eficácia.
Estratégia como perspectiva, porém
deliberada – por tentar proteger,
mesmo que inconscientemente, os
padrões vigentes.
Resistência à mudanças estratégicas
Escola Ambiental – “Tudo
depende”
Ambiente é o elemento central na
formulação da estratégia
Organização passiva no processo,
ativa somente no período inicial de
existência em que se moldam ao
ambiente, porém reagem muito
pouco a ele depois.
10. Premissas das Escolas
Escola da Configuração – “Para tudo há um momento”
Formulação de estratégia como um processo de transformação.
Agrupamento de diferentes dimensões em uma organização – configuração -, seguido
pelas mudanças que ocorrem com a maturidade de uma organização –
transformação.
Entende que a organização se configura, por certo período, de forma determinada para
aquele contexto. O que faz com que adote padrões de comportamentos que resultarão
em um conjunto de estratégias. Os períodos de estabilidade são interrompidos por
algumas transformações que levam a organização a uma nova configuração. O sucesso
está em reconhecer estas mudanças e gerenciá-las sem destruir a organização.