1. MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Métodos de pesquisa II
ESTUDO DE CASO
Agnaldo Neto
Cecília Spínola
Flávia Guimarães
Marcos Ricardo
Priscila Carvalho
Salvador/2016
2. O Estudo de caso é método mais
fácil de ser aplicado, sendo por
isso o mais utilizado na maioria
das pesquisas.
Para o Estudo de
caso, o pesquisador
deve fazer questão
do tipo “como” ou
“por que”.
O Estudo de caso utilizado como
metodologia de ensino é o
mesmo utilizado para pesquisa
social.
O Estudo de caso não permite
generalizações, porque parte de
um caso único.
Serve para explicar um fenômeno
ou para gerar mais informações
para ampliar conhecimento
teórico em construção.
A definição do locus
do estudo significa
que a metodologia
utilizada é Estudo de
caso.
3. Estudo de caso: Definição
Investigação empírica
Enfrenta uma
situação
tecnicamente
única
Baseia-se em
fontes de
evidências
Beneficia-se do
desenvolvimento
prévio de
proposições teóricas
O estudo de caso como estratégia de pesquisa compreende um método que
abrange tudo – tratando da lógica de planejamento, das técnicas de coleta de
dados e das abordagens específicas à análise dos mesmos (YIN, 2005, p. 33).
Estudo
de Caso
4. Objetivos do método Estudo
de Caso
Esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões:
O estudo da particularidade e da complexidade de um
simples caso.
(STAKE apud GIL, 2009, p.6)
o motivo pelo qual foram tomadas,
como foram implementadas e
com quais resultados.
5. Tipos de Estudo de caso Estudo
de Caso
Tipos de
Estudo de caso
Perspectiva
histórica
Observação
participante
Histórias da
vida
Fonte: BOAVENTURA, 2004
7. Estudo de caso – Propósitos da pesquisa Estudo
de Caso
Propósitos
da
pesquisa
Exploratórias
Explicativas
Descritivas
O tipo de questão proposta;
Na extensão de controle
sobre eventos
comportamentais atuais;
No grau de enfoque em
acontecimentos
contemporâneos em
oposição a acontecimentos
históricos
9. Estratégias para pesquisa: Diferenciação Estudo
de Caso
Fonte: Adaptado Cosmos Corporation, apud (Yin, 2005)
10. Procedimentos de pesquisas em geral
Estudo
de Caso
Fonte: QUIVY e
CAMPENHOUDT, 2005, p.20-21)
ETAPA 1 – A Pergunta de partida
ETAPA 2 – A Exploração
ETAPA 6 – A Análise das informações
ETAPA 5 – A Observação
ETAPA 4 – A Construção do modelo de análise
ETAPA 3 – A Problemática
ETAPA 7 – As conclusões
As leituras
As
Entrevistas
exploratórias
RUPTURA
CONSTRUÇÃO
VERIFICAÇÃO
11. Componentes de uma pesquisa para Estudo de caso Estudo
de Caso
As questões
de um estudo
Suas
proposições
A lógica que
une os dados
às
proposições
Sua(s)
unidades de
análise
Os critérios
para
interpretar
as
constatações
Fonte: Os pesquisadores baseados em YIN (2005)
12. Procedimentos do método Estudo de caso Estudo
de Caso
Fonte: YIN, 2015
PLANO
COMPARTI-
LHAMENTO
DESIGN
ANÁLISE
PREPARAÇÃO
COLETA
REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE ESTUDO DE
CASO: UM PROCESSO LINEAR, MAS
ITERARTIVO
13. Procedimentos do método Estudo de caso Estudo
de Caso
Fonte: Os
pesquisadores
baseados em GIL
(2009)
ETAPA 1 – A Formulação do Problema
(Questões de pesquisa)
ETAPA 2 – A Definição de Objetivos
ETAPA 3 – Definição do Referencial Teórico
Manutenção do
Foco. Evitar a
coleta de dados
desnecessários
Verificar...
Comparar...
Descrever...
Estabelecer...
Analisar...
Avaliar...
A Escolha do tema
Revisão de Literatura
· Leituras Preliminares;
· Identificação de Palavras-chave;
· Localização de fontes primárias;
· Obtenção e leitura do material coletado;
· Fichamento;
· Organização Lógica do Material;
· Estruturação do Referencial Teórico
ETAPA 4 – Definir as Técnicas de Coleta de dados
Considerando que o Estudo de caso REQUER profundidade, preservação do caráter unitário e
a não separação de seu contexto, torna-se necessário identificar, descrever e analisar:
(i) o local em que ocorre o fenômeno;
(ii) os atores;
(iii) os eventos;
(iv) os processos.
Estas informações podem ser obtidas por: entrevista, observação e documentação.
ETAPA 5 – Elaborar Projeto ou Protocolo de Pesquisa
14. Modelo de observação do fenômeno ou objeto Estudo
de Caso
T1
Entrevistar
participantes
Observa
comportamento
atual dos
participantes em
tempo real
Coleção de
documentos
e análises
T2
Entrevistar
participantes
Observa
comportamento
atual dos
participantes em
tempo real
Coleção de
documentos
e análises
T3
Entrevistar
participantes
Observa
comportamento
atual dos
participantes em
tempo real
Coleção de
documentos e
análises
Transição:
horas, dias,
semanas,
meses, anos
Transição:
horas, dias,
semanas,
meses, anos
Fonte: Adaptado de Woodside, 2010
Triangulação
15. Modelo de observação do fenômeno ou objeto Estudo
de Caso
Fonte: Calder (1977, apud Woodside, 2010)
Mapa das relações
18. Exemplo 1: Estudo
de Caso
O objetivo da pesquisa foi estudar o papel e a importância da Governança Corporativa e da
Gestão de Processos na modernização ocorrida da administração tributária da Petrobras.
A despeito de utilizar-se dos condicionamentos históricos, o estudo ocorreu com base na
modernização tributária já ocorrida.
O referencial teórico adotado foi: Governança Corporativa, Gestão de Processos; e, Gestão
de Tributos. Para empreender esta pesquisa, foram realizadas análises em documentos e
registros da companhia estudada (publicações e relatórios internos); observação direta
in loco; e entrevistas semiestruturadas, com pessoas chave para o levantamento
qualitativo.
O contexto global, as pressões internas e externas, legislação, estratégias organizacionais
e processos operacionais foram avaliados.
19. ITEM CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO SIM/NÃO COMENTÁRIOS CONCLUSÃO
NÃO SERAPARA O
FENÔMENO DO SEU
CONTEXTO
Não houve restrição de variávies SIM
O contexto global, as pressões internas e
externas, legislação, estratégias organizacionais
e processos operacionais foram avaliados
ATENDE PLENAMENTO
AO CRITÉRIO
SIM
A pesquisa adotou como unidade de estudo a
modernização da administração tributária da
Petrobras
A despeito de utilizar-se dos condicionamentos
históricos, o estudo ocorreu com base na
modernização tributária já ocorrida
Não foram adotados instrumentos
padrionizados e as entrevistas forma
semiestruturadas. Ademias, avaliou-se fontes
documentais internas e externas.
Foram realizadas análises em documentos e
registros da companhia estudada; observação
direta in loco; e entrevistas semiestruturadas
UTILIZOU MÚLTIPLOS
PROCEDIMENTOS DE
COLETA DE DADOS
ATENDE PLENAMENTE
AO CRITÉRIO
A Unidade (ínidviduo, grupo, evento, programa,
processo, comunidade, organização, instituição
social ou cultura) é estudada como um todo
SIM
O objeto de estudo é um fenômeno cuja
ocorrência se dá no momento em que se realiza a
pesquisa
NÃO
Não houve utilização de instrumentos
padronizados para coleta de dados e/ou as
entrevistas conduzidas foram pouco estruturadas
Os dados obtidos em entrevistas foram
contrastados com dados obtidos mediante
observações ou anáise de documentos
SIM
CARÁTER UNITÁRIO DO
FENÔMENO
ATENDE PLENAMENTO
AO CRITÉRIO
INVESTIGA UM
FENÔMENO
CONTEMPORÂNEO
ATENDE
PARCIALMENTE AO
CRITÉRIO
É UM ESTUDO EM
PROFUNDIDADE
ATENDE PLENAMENTE
AO CRITÉRIO
Exemplo 1: Estudo
de Caso
21. Exemplo 2: Estudo
de Caso
O objetivo da pesquisa compreender as mudanças ocorridas nas dimensões do modelo de
negócio no NESTEA no Brasil, sob as perspectiva dos dirigentes da Nestlé, a partir da
ruptura da Joint Venture existente entre a Nestlé e a Coca-Cola em 2010 .
O referencial teórico adotado foi: Modelo de Negócio; Capacidade dinâmicas; Joint
Venture; Canvas. Para empreender esta pesquisa, foram realizadas entrevistas com os
diretores que participaram ativamente do processo de joint venture, além de terem
conhecimento profundo das áreas e rotinas da organização; observação direta in loco; e
entrevistas semiestruturadas.
24. Benefícios Estudo
de Caso
Estudam com profundidade o grupo, organização ou fenômeno;
Enfatizam o conteúdo;
Garantem a unidade;
Flexibilidade;
Estimulam novas pesquisas;
Favorecem construção de hipóteses e teorias;
Investigar áreas inacessíveis;
Favorecem o entendimento do processo;
Transdisciplinares e Transparadigmáticos.
25. Limites e aspectos críticos Estudo
de Caso
Considerados com precisão, rigor e objetividade insuficientes;
“Confusão” entre ensino do estudo de caso com a pesquisa do estudo de caso;
Difícil replicação;
Execução demorada;
Processo de análise complexo;
Exigem múltiplas competências do pesquisador;
Impossibilidade de se efetuar testes estatísticos que permitam
validá-lo e atestar sua fidedignidade;
Ainda sem uma sistematização, especialmente para a etapa de
análise dos dados;
26. A Generalização dos Estudos de caso Estudo
de Caso
Para Gil (2009), os Estudos de caso não favorecem a generalização. Contudo,
alguns assumem tal característica. O que se almeja em tais casos é uma
generalização analítica, que tem como propósito construir ou explorar teorias .
Para Lipset; Trow; Coleman (1956), eles são generalizáveis a proposições
teóricas e não a populações ou universos. Nesse sentido, o estudo de caso,
como o experimento, não representa uma “amostragem”, e, ao fazer isso, seu
objetivo é expandir e generalizar teorias (generalização analítica) e não
enumerar frequências (generalização estatística). (YIN, 2005)
O objetivo é fazer uma análise “generalizante” e
não “particularizante”
27. Superando os limites ao escolher o Estudo de caso Estudo
de Caso
Definir claramente as questões da pesquisa;
Elaborar um plano de pesquisa que considere os perigos do sentimento de
certeza;
Evitar narrativas maçantes;
Realizar revisão da literatura de modo a obter maios precisão na análise e
formulação das questões;
Rigor ao desenvolver categorias, definir e delimitar
tipos de comportamentos.
28. Garantindo rigor científico no Estudo de caso Estudo
de Caso
Testes de caso Tática do estudo
Fase da pesquisa na qual
a tática deve ser
aplicada
Utiliza fontes múltiplas de evidências
Estabelece encadeamento de evidências
O rascunho do relatório do estudo de caso
é revisado por informantes-chave
Composição
Faz adequação ao padrão
Faz construção da explanação
Estuda explanações concorrentes
Utiliza modelos lógicos
Utiliza teoria em estudos de caso único
Utiliza lógica da replicação em estudos de
casos múltiplos
Utiliza protocolo de estudo de caso
Desenvolve banco de dados para o estudo
de caso
Confiabilidade Coleta de dados
Validade do
constructo
Coleta de dados
Validade interna Análise de dados
Validade externa Projeto de pesquisa
30. O Estudo de caso é método mais
fácil de ser aplicado, sendo por
isso o mais utilizado na maioria
das pesquisas.
Para o Estudo de
caso, o pesquisador
deve fazer questão
do tipo “como” ou
“por que”.
O Estudo de caso utilizado como
metodologia de ensino é o
mesmo utilizado para pesquisa
social.
O Estudo de caso não permite
generalizações, porque parte de
um caso único.
Serve para explicar um fenômeno
ou para gerar mais informações
para ampliar conhecimento
teórico em construção.
A definição do locus
do estudo significa
que a metodologia
utilizada é Estudo de
caso.
31. Referências
BARROS, L. E. V.; PAIVA, K. C. M. Impactos de Vivências Acadêmicas nas Competências Profissionais: Percepções de
Egressos de um Curso de Mestrado em Administração. Teoria e Prática em Administração, v. 3 n. 1, 2013, pp. 96-
120.
BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa: monografia, dissertação, tese. São Paulo: Atlas, 2014.
DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio et al. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2008. p.
215-235.
GIL, Antônio Carlos. Estudo de Caso. São Paulo: Atlas, 2009.
MARSON, Priscila Reinaldo; MAYER, Verônica Feder; NOGUEIRA, Heloisa Guimarães Peixoto. Comunicação interna no
âmbito da gestão pública: o caso de uma autarquia pública federal brasileira. REGE. São Paulo, v. 20, n. 1, p. 43-60,
jan./mar. 2013
MOREIRA, L. F.; LYRA, M. X. I.; MACEDO, S.A.M.; SAUERBRONN, F. F. Governança Corporativa, Gestão de Processos e
Administração Tributária na Petrobrás. In: X Simpósio de Excelência em Gestão de Tecnologia (SEGet 2013), out.
2013. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/53018634.pdf Acesso em 05/08/2016
Estudo
de Caso
32. Referências
QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, LucVan. Manual de Investigação em Ciências Sociais. Tradução: João Minhoto
Marques, Maria Amália Mendes e Maria Carvalho. Gradiva: Lisboa, 4ª ed. 2005.
VENTURA, M. M. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. Ver SOCERJ. 20, 383-386, 2007.
VIEIRA OLIVEIRA, A; FATIMA VELOSO, E; NELMI TREVISAN, L. A transformação do especialista em líder: um estudo de
caso em empresa de telecomunicações. Capital Científico. 13, 1, 201-217, Jan. 2015.
WOODSIDE, Arch. Case study research. Theory. Methods. Practice. Esmerald: cidade, 2010.
YIN, Robert K. Estudo de Caso. Planejamento e métodos. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Estudo
de Caso