SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 42
Downloaden Sie, um offline zu lesen
FERTILIDADE DO SOLO,
    CORREÇÃO E MANUTENÇÃO




Nome Gustavo Ávila
                            1
Formação do Solo




                   2
COMPOSIÇÃO DO SOLO




                     3
COMPOSIÇÃO DO SOLO




                     4
Acidez ativa
                                      H+
 ou seja, na solução do solo, na forma de H+ e é expressa em valores de pH

                          PH = -log (H+) = log



 Acidez Potencial
                        H+ + Al3+
     Acidez Trocável: Íon Al3+ ligado à fase sólida do
     solo, através de força eletrostática.


    Acidez Potencial: Íons H + e Al3+ ligados à fase sólida do
    solo, na forma não dissociada

                                                                     5
6
Acidez do solo
        Cultivo do solo



        Lixiviação de Cátions




          Solos mais Acidos

                                7
Origem da Acidez do Solo

Adição de Ânios        Remoção de Cations         Acidificação


  Origem da Acidez dos Solos
      Material de origem pobre em bases
      Processo de formação do solo favorecendo a remoção das
        bases (cerrado)
      Pluviosidade elevada (arrastamento)
      Adubos nitrogenados
      Mineralização da Matéria Orgânica
                                                                8
Acidez de Solo




                 9
Acidez de Solo




                 10
NUTRIENTES ESPECIAIS PARA AS PLANTAS

     16* elementos químicos são considerados
     essenciais para o crescimento das plantas:

                                  Minerais (fornecidos pelo solo)

                                     Macronutrientes primários:
        Não minerais:                N, P e K
        C, H e O                     Macronutrientes secundários:
        Retirados da
        atmosfera e da água!         Ca, Mg e S

                                     Micronutrientes:
                                     B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn



Si- gramíneas   Co-leguminosas   Se - pastagens    *específicos/em estudo
Ni- ?                                                               11
Porporção de C H O e minerais ( Malavolta, 1980)




                                           12
Efeito do Ph na disponibilidade de Nutrientes

                              Ferro Cobre              Faixa adequada para a maioria das
                              Manganês Zinco           culturas


                                                                      Molibdênio Cloro
Disponibilidade crescente



                                                                    Fósforo
                                                                            Nitrogênio Enxofre
                                                                            Boro




                                                                 Potássio Cálcio
                                                                 Magnésio
                                                      Alumínio
                            5.0           6.0   6.5      7.0              8.0
                                                  pH                                       13
Relação entre produção de grãos de soja e saturação por
 bases da camada arável do solo na região dos cerrados.
 Embrapa Cerrados
Saturação em bases                            Redimentos

            (%)                (sacos ha-1)           (kg ha-1)

            20                     45,0                    2700

            28                     47,0                    2840

            35                     54,1                    3250

            45                     55,0                    3300

            50                     58,3                    3500

            55                     56,6                    3400

            60                     51,6                    3100

            70                     46,6                    2800

            80                     41,6                    2500

 Fonte: Sousa, et al. (1985)                                      14
Neutralização da Acidez




                          15
Processo de neutralização da acidez


Solos Acidos                 Potencial produtivo




Cultura de Baixa
Produtividade




                                               16
Processo de neutralização da acidez

                                    Substancias – Liberam
Correção da                         Hidroxilas (OH)-
Acidez do solo
                        Mais Utilizado         Calcário

     Solubilização e Dissociação

CaCO3 + H2O               Ca2+ + HCO3- + OH-
             Neutralização do H+
HCO3- + H+         H2CO3           CO2 + H2O
OH- + H+         H2O

      Insolubilização do Alumínio tóxico

   Al3+ + 3 OH-         Al(OH)3 - insolúvel
                                                            17
Exemplo da Amostragem de solo usando fotografia de
Satélite




                                                     18
Amostragem do Solo




                     19
Amostragem SPDP


     Recomendação da pesquisa: coleta transversal de
     Centro a Centro das entre-linhas (5 x 10 cm)!
     Inconveniente: “caminhão” de terra!




Foto: gentileza Dr. Dirceu Gassen                      20
Sistema SPDP




    Trado confeccionado artesanalmente, com cano d’água de ½ polegada,
    vasado, marcado a cada 5cm, permitindo estratificação da amostra e com
    acabamento niquelado, para evitar contaminação!
Foto: gentileza Dr. Dirceu Gassen
                                                                      21
Calagem
                            Nessa faixa de nutrientes (N, P,
                            Ca, Mg, S, B) encontra-se em
                            disponibilidade máxima (Mo, Fe,
O pH em torno de 6.0        Cu, Mn, Zn), ao passo que o (Al)
                            tóxico se reduza no mínimo.




 A calagem em solos ácidos redunda em grande
 benefício para a cultura da soja, aumentando lhe a
 capacidade produtiva.




                                                          22
Efeito da Calagem


Tabela 1. Efeito da calagem nos rendimentos de grãos de soja em varios
estados do Brasil


Calagem Estados
           RS1        SC2      PR3       SP3       GO4        MG5
           Kg/ ha
Sem        1930       1860     1120      1590      1520       1080
Com        3110       2260     2860      2100      2660       2080
Aum%       (61)       (20)     (115)     (32)      (75)       (93)
1 Médias de 5 a 7 anos; 2 médias de 2 anos; 3mèdias de 3 anos; 4 médias
de 1 ano; 5 média de 1 ano e 4 locais

 (Fonte vários autores)
                                                                     23
Entendendo a linguagem dos resultados

Novas unidades – SI (sistema international)!


 cmolc/L = meq/L = me/100g

 cmolc/dm3 = meq/100cm3
  mmolc/L = cmolc/L x 10
 mg/L = mg/kg = mg/dm3 = ppm
  % MO = C% x 1,72
 %MO x 10 = mg/L de MO
 pH em CaCl2 + 0,6 = pH em água
                                                 24
Ref.      Referência do Cliente          pH            P       K      Na         Ca2+     Mg2+      Al3+     H+Al
Lab.
                                  H2O                        mg/dm3                            cmolc/dm3

131-/04     Gleba da Lagoa         5,6                 2,1     123    -          3,9          1,2    0,7      5,6

132-/04         Ipê Roxo           5,6                14,5     232    -          3,5          0,8    0,2      3,6

133-/04          Cerrado           4,8                18,8     85     -          0,8          0,4    3,0     11,0

134-/04   Gleba da Mangueira       5,8                 7,1     123    -          3,9          1,4    0,1      2,9

135-/04   Gleba Da Chácara         5,9                12,2     117    -          4,4          1,3    0,1      2,3

Ref.      SB      (t)       (T)      V            m           MO       P-rem            Areia       Silte    Argila
Lab.
                cmolc/dm3                     %              dag/kg       mg/L                      G/kg-1

131-/04   5,4     6,1      11,0    49,2           11          3,1         15,2            -           -         -

132-/04   4,9     5,1       8,5    57,6           4           2,0         34,4          208,6       484,2     307,2

133-/04   1,4     4,4      12,4    11,4           68          2,4          8,3            -           -         -

134-/04   5,6     5,7       8,5    65,9           2           1,6          9,0            -           -         -

135-/04   6,0     6,1       8,3    72,3           2           1,2         32,4            -           -         -
                                                                                                               25
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE DE
SOLO


    Classificação dos valores de pH e dos teores de
    matéria orgânica

                                         Matéria Orgânica
         Classes        pH em água
                                               g/L

 Muito baixo                 5                   -

 Baixo                   5,1 - 5,5              25

 Médio                5,6 - 6,0 - SPDP        26 - 50

 Suficiente                  -                   -

 Alto                      > 6,0               >50
                                                            26
Correção da acidez de solo




                             27
Qualidade do Corretivo




                         28
Qualidade do Calcario


                            PN (%) x RE (%)              “O percentual de neutralização do
PRNT (%)=                                                corretivo que neutraliza a acidez
                                   100                   dos solos num período de 3 meses”

                                                            LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
PN = (% CaO x 1,78) + (% MgO x 2,50)
                                                               EXIGE PN > 67%
PN=poder de neutralização

                                    x = % Material Retido Peneira 20
 RE = 0,2x + 0,6y + z               y = % Material Retido Peneira 50
                                    z = % Material Passa Peneira 50
RE (%)                CORRETIVO

    0
         - - - -                                Nossa legislação exige que:
   20
         - --- - -
         -                                            100% passe na peneira 10 (2 mm)
   60
         ---
         --------                                     70% passe na peneira 20 (0,84 mm)
  100
         -----
                                                      50% passe na peneira 50 (0,30 mm)
RE=reatividade (%)
                                                                                             29
Tempo de reação do Calcário




                              30
Calculo de relatividade do Calcário




                                      31
Calculo de relatividade do Calcário




                                      32
Quantidade de Calcário Necessario para a
 Cultura da Soja


    Solos acidos são Limitantes a produção de Soja

Calagem




           Quantidade de Calcario                    ?
                        V% é de 50%.
 NC = Y [Al 3+   - (20 x T )] + 2 – (Ca2+ + Mg2+ )]
                         100

                                                         33
Calagem no sistema PD


   Lavouras sob PD que não receberam
   calcário em superfície:


Amostragem - 0 a 20cm

  Calagem quando:
   pH SMP < 6,0 OU
   saturação de bases < 50%
Quanto aplicar:
    25% da dose SMP para pH 6,0
     Reamostrar:
         após 3 anos, na camada de 0 a10cm

                                              34
Calagem no sistema PD

Lavouras sob PD que já receberam calcário em
superfície:

  Amostragem: 0 a 10cm
  Calagem quando:
     pH SMP < 5,5 OU
     saturação de bases < 50%
 Quanto aplicar:
     25% da dose para pH 6,0


 Reamostrar:
    após 3 anos, na camada de 0 a 10cm

                                               35
Calagem no sistema PD

                     Resumo :

 Amostragem inicial - 0 a 20cm
 Reamostragens posteriores - 0 a 10cm
 Levar em conta valor V% = saturação de bases na CTC, e não
apenas o pH!
 Não reamostrar/reaplicar calcário em intervalos menores do que 3
anos
 Não exceder 2t/ha (PRNT 100%) por aplicação!
    À lanço, na superfície.
    Aplicar pelo menos 6 meses antes do plantio


                                                            36
Recomendação


1. Os critérios de recomendacão de calagem são variáveis. A
   calagem está condicionada ao comportamento dos índices de
   acidez nos solos.

2. Assim, para obter uma correta recomendação da quantidade de
   calcário a ser aplicada no solo, é necessária uma amostragem
   representativa do solo considerado, uma adequada interpretação da
   análise de solo,


3.   A recomendação de calcário calibrada para a região de cultivo e
     considerar as condições climáticas, forma de manejo do solo e o
     histórico de produção dos cultivos da área estudada.




                                                                       37
A mente que se abre a uma nova
idéia jamais voltará ao seu
tamanho original…
                     Albert Einstein




                                  38
39
40
41
42

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula propriedades solo
Aula propriedades  soloAula propriedades  solo
Aula propriedades soloElton Mendes
 
Aula 2 acidez e calagem do solo
Aula 2 acidez e calagem do soloAula 2 acidez e calagem do solo
Aula 2 acidez e calagem do soloFernando Rodrigo.
 
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJANUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJAGeagra UFG
 
Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Geagra UFG
 
Preparação do solo, uso de corretivos e tecnologias de aplicação.
Preparação do solo,  uso de corretivos e tecnologias de aplicação.Preparação do solo,  uso de corretivos e tecnologias de aplicação.
Preparação do solo, uso de corretivos e tecnologias de aplicação.AM Placas Ltda. Placas
 
Preparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoPreparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoGeagra UFG
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do soloPessoal
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasAndré Fontana Weber
 
Sistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoSistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoGeagra UFG
 
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosSlides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosGuilherme Lucio Martins
 
Agricultura geral aula 1 de_adubacao
Agricultura geral aula 1 de_adubacaoAgricultura geral aula 1 de_adubacao
Agricultura geral aula 1 de_adubacaoEmanuel Malai
 
Aula 1 introdução ao curso
Aula 1   introdução ao cursoAula 1   introdução ao curso
Aula 1 introdução ao cursoRenata E Rilner
 

Was ist angesagt? (20)

Aula propriedades solo
Aula propriedades  soloAula propriedades  solo
Aula propriedades solo
 
Manejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solosManejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solos
 
Ctc solos
Ctc solosCtc solos
Ctc solos
 
Aula 2 acidez e calagem do solo
Aula 2 acidez e calagem do soloAula 2 acidez e calagem do solo
Aula 2 acidez e calagem do solo
 
Cálculo da necessidade de calagem
Cálculo da necessidade de calagemCálculo da necessidade de calagem
Cálculo da necessidade de calagem
 
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJANUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA
NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA
 
Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo
 
Preparação do solo, uso de corretivos e tecnologias de aplicação.
Preparação do solo,  uso de corretivos e tecnologias de aplicação.Preparação do solo,  uso de corretivos e tecnologias de aplicação.
Preparação do solo, uso de corretivos e tecnologias de aplicação.
 
Preparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoPreparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e Aplicação
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do solo
 
Adubação
AdubaçãoAdubação
Adubação
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhas
 
Sistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoSistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio Direto
 
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosSlides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
 
Agricultura geral aula 1 de_adubacao
Agricultura geral aula 1 de_adubacaoAgricultura geral aula 1 de_adubacao
Agricultura geral aula 1 de_adubacao
 
Aula 1 introdução ao curso
Aula 1   introdução ao cursoAula 1   introdução ao curso
Aula 1 introdução ao curso
 
10 semeadoras iv und
10   semeadoras iv und10   semeadoras iv und
10 semeadoras iv und
 
Aula 03 ecologia do solo
Aula 03   ecologia do soloAula 03   ecologia do solo
Aula 03 ecologia do solo
 
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
 

Ähnlich wie Fertilidade do Solo

LSO_526 8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdf
LSO_526  8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdfLSO_526  8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdf
LSO_526 8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdfthalessattolo3
 
Nutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoNutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoGeagra UFG
 
Apostila calcario-02
Apostila calcario-02Apostila calcario-02
Apostila calcario-02Edu Miranda
 
soil nutrition many elements that soil need to grow up
soil nutrition many elements that soil need to grow upsoil nutrition many elements that soil need to grow up
soil nutrition many elements that soil need to grow uppaulokatsumitrabalho
 
Correção do solo e adubação da soja
Correção do solo e adubação da soja Correção do solo e adubação da soja
Correção do solo e adubação da soja Geagra UFG
 
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van RaijNovidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van RaijRevista Cafeicultura
 
Apostila calcario 02
Apostila   calcario 02Apostila   calcario 02
Apostila calcario 02homertc
 
Apresentação - GETA.pptx
Apresentação - GETA.pptxApresentação - GETA.pptx
Apresentação - GETA.pptxGETA - UFG
 
cana-de-açúcar
cana-de-açúcarcana-de-açúcar
cana-de-açúcarDjair Felix
 
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USP
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura   Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USPGessagem, Calagem e Acidez na Agricultura   Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USP
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USPJoão Bonfim
 
Nutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoNutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoGeagra UFG
 
Adubação Racional do Cafeeiro Por Marcelo Jordão Filho - UFLA 2017
Adubação Racional do Cafeeiro  Por Marcelo Jordão Filho  - UFLA 2017Adubação Racional do Cafeeiro  Por Marcelo Jordão Filho  - UFLA 2017
Adubação Racional do Cafeeiro Por Marcelo Jordão Filho - UFLA 2017Revista Cafeicultura
 

Ähnlich wie Fertilidade do Solo (20)

LSO_526 8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdf
LSO_526  8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdfLSO_526  8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdf
LSO_526 8 Aula Fertilizantes com enxofre e micronutrientes.pdf
 
Nutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoNutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milho
 
praticas base novo
praticas base novopraticas base novo
praticas base novo
 
Apostila calcario-02
Apostila calcario-02Apostila calcario-02
Apostila calcario-02
 
1 3 ii
1 3 ii1 3 ii
1 3 ii
 
Calagem e-gessagem-2012
Calagem e-gessagem-2012Calagem e-gessagem-2012
Calagem e-gessagem-2012
 
Fertilidade do solo potássio
Fertilidade do solo   potássioFertilidade do solo   potássio
Fertilidade do solo potássio
 
soil nutrition many elements that soil need to grow up
soil nutrition many elements that soil need to grow upsoil nutrition many elements that soil need to grow up
soil nutrition many elements that soil need to grow up
 
Correção do solo e adubação da soja
Correção do solo e adubação da soja Correção do solo e adubação da soja
Correção do solo e adubação da soja
 
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van RaijNovidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
Novidades na Utilização de Corretivos do Solo - Dr Bernardo Van Raij
 
Metais Pesados em Solos de Áreas Recuperadas
Metais Pesados em Solos de Áreas RecuperadasMetais Pesados em Solos de Áreas Recuperadas
Metais Pesados em Solos de Áreas Recuperadas
 
Apostila calcario 02
Apostila   calcario 02Apostila   calcario 02
Apostila calcario 02
 
Apresentação - GETA.pptx
Apresentação - GETA.pptxApresentação - GETA.pptx
Apresentação - GETA.pptx
 
cana-de-açúcar
cana-de-açúcarcana-de-açúcar
cana-de-açúcar
 
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USP
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura   Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USPGessagem, Calagem e Acidez na Agricultura   Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USP
Gessagem, Calagem e Acidez na Agricultura Engº Agrº João Luiz Bonfim Fzea-USP
 
Fertilizantes de liberação lenta
Fertilizantes de liberação lentaFertilizantes de liberação lenta
Fertilizantes de liberação lenta
 
Palestra ampar patrociniofinal
Palestra ampar patrociniofinalPalestra ampar patrociniofinal
Palestra ampar patrociniofinal
 
Gessagem
GessagemGessagem
Gessagem
 
Nutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoNutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milho
 
Adubação Racional do Cafeeiro Por Marcelo Jordão Filho - UFLA 2017
Adubação Racional do Cafeeiro  Por Marcelo Jordão Filho  - UFLA 2017Adubação Racional do Cafeeiro  Por Marcelo Jordão Filho  - UFLA 2017
Adubação Racional do Cafeeiro Por Marcelo Jordão Filho - UFLA 2017
 

Mehr von Gustavo Avila

Adubação Potassica Soja
Adubação Potassica SojaAdubação Potassica Soja
Adubação Potassica SojaGustavo Avila
 
Adubação Nitrogenada Soja
Adubação Nitrogenada SojaAdubação Nitrogenada Soja
Adubação Nitrogenada SojaGustavo Avila
 
Apresentação Aspectos Fisiológicos da Cultura da Soja
Apresentação   Aspectos Fisiológicos da Cultura da SojaApresentação   Aspectos Fisiológicos da Cultura da Soja
Apresentação Aspectos Fisiológicos da Cultura da SojaGustavo Avila
 
Epoca de Semeadura Verão Inverno Apresentação Soja
Epoca de Semeadura Verão Inverno   Apresentação SojaEpoca de Semeadura Verão Inverno   Apresentação Soja
Epoca de Semeadura Verão Inverno Apresentação SojaGustavo Avila
 
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da Soja
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da SojaFundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da Soja
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da SojaGustavo Avila
 

Mehr von Gustavo Avila (6)

Adubação Potassica Soja
Adubação Potassica SojaAdubação Potassica Soja
Adubação Potassica Soja
 
Adubação Nitrogenada Soja
Adubação Nitrogenada SojaAdubação Nitrogenada Soja
Adubação Nitrogenada Soja
 
Apresentação Aspectos Fisiológicos da Cultura da Soja
Apresentação   Aspectos Fisiológicos da Cultura da SojaApresentação   Aspectos Fisiológicos da Cultura da Soja
Apresentação Aspectos Fisiológicos da Cultura da Soja
 
Epoca de Semeadura Verão Inverno Apresentação Soja
Epoca de Semeadura Verão Inverno   Apresentação SojaEpoca de Semeadura Verão Inverno   Apresentação Soja
Epoca de Semeadura Verão Inverno Apresentação Soja
 
Trabalho Tecnico
Trabalho TecnicoTrabalho Tecnico
Trabalho Tecnico
 
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da Soja
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da SojaFundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da Soja
Fundamentos SituaçãO Atual E Perspectiva Da Soja
 

Fertilidade do Solo

  • 1. FERTILIDADE DO SOLO, CORREÇÃO E MANUTENÇÃO Nome Gustavo Ávila 1
  • 5. Acidez ativa H+ ou seja, na solução do solo, na forma de H+ e é expressa em valores de pH PH = -log (H+) = log Acidez Potencial H+ + Al3+ Acidez Trocável: Íon Al3+ ligado à fase sólida do solo, através de força eletrostática. Acidez Potencial: Íons H + e Al3+ ligados à fase sólida do solo, na forma não dissociada 5
  • 6. 6
  • 7. Acidez do solo Cultivo do solo Lixiviação de Cátions Solos mais Acidos 7
  • 8. Origem da Acidez do Solo Adição de Ânios Remoção de Cations Acidificação Origem da Acidez dos Solos  Material de origem pobre em bases  Processo de formação do solo favorecendo a remoção das bases (cerrado)  Pluviosidade elevada (arrastamento)  Adubos nitrogenados  Mineralização da Matéria Orgânica 8
  • 11. NUTRIENTES ESPECIAIS PARA AS PLANTAS 16* elementos químicos são considerados essenciais para o crescimento das plantas: Minerais (fornecidos pelo solo) Macronutrientes primários: Não minerais: N, P e K C, H e O Macronutrientes secundários: Retirados da atmosfera e da água! Ca, Mg e S Micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn Si- gramíneas Co-leguminosas Se - pastagens *específicos/em estudo Ni- ? 11
  • 12. Porporção de C H O e minerais ( Malavolta, 1980) 12
  • 13. Efeito do Ph na disponibilidade de Nutrientes Ferro Cobre Faixa adequada para a maioria das Manganês Zinco culturas Molibdênio Cloro Disponibilidade crescente Fósforo Nitrogênio Enxofre Boro Potássio Cálcio Magnésio Alumínio 5.0 6.0 6.5 7.0 8.0 pH 13
  • 14. Relação entre produção de grãos de soja e saturação por bases da camada arável do solo na região dos cerrados. Embrapa Cerrados Saturação em bases Redimentos (%) (sacos ha-1) (kg ha-1) 20 45,0 2700 28 47,0 2840 35 54,1 3250 45 55,0 3300 50 58,3 3500 55 56,6 3400 60 51,6 3100 70 46,6 2800 80 41,6 2500 Fonte: Sousa, et al. (1985) 14
  • 16. Processo de neutralização da acidez Solos Acidos Potencial produtivo Cultura de Baixa Produtividade 16
  • 17. Processo de neutralização da acidez Substancias – Liberam Correção da Hidroxilas (OH)- Acidez do solo Mais Utilizado Calcário Solubilização e Dissociação CaCO3 + H2O Ca2+ + HCO3- + OH- Neutralização do H+ HCO3- + H+ H2CO3 CO2 + H2O OH- + H+ H2O Insolubilização do Alumínio tóxico Al3+ + 3 OH- Al(OH)3 - insolúvel 17
  • 18. Exemplo da Amostragem de solo usando fotografia de Satélite 18
  • 20. Amostragem SPDP Recomendação da pesquisa: coleta transversal de Centro a Centro das entre-linhas (5 x 10 cm)! Inconveniente: “caminhão” de terra! Foto: gentileza Dr. Dirceu Gassen 20
  • 21. Sistema SPDP Trado confeccionado artesanalmente, com cano d’água de ½ polegada, vasado, marcado a cada 5cm, permitindo estratificação da amostra e com acabamento niquelado, para evitar contaminação! Foto: gentileza Dr. Dirceu Gassen 21
  • 22. Calagem Nessa faixa de nutrientes (N, P, Ca, Mg, S, B) encontra-se em disponibilidade máxima (Mo, Fe, O pH em torno de 6.0 Cu, Mn, Zn), ao passo que o (Al) tóxico se reduza no mínimo. A calagem em solos ácidos redunda em grande benefício para a cultura da soja, aumentando lhe a capacidade produtiva. 22
  • 23. Efeito da Calagem Tabela 1. Efeito da calagem nos rendimentos de grãos de soja em varios estados do Brasil Calagem Estados RS1 SC2 PR3 SP3 GO4 MG5 Kg/ ha Sem 1930 1860 1120 1590 1520 1080 Com 3110 2260 2860 2100 2660 2080 Aum% (61) (20) (115) (32) (75) (93) 1 Médias de 5 a 7 anos; 2 médias de 2 anos; 3mèdias de 3 anos; 4 médias de 1 ano; 5 média de 1 ano e 4 locais (Fonte vários autores) 23
  • 24. Entendendo a linguagem dos resultados Novas unidades – SI (sistema international)!  cmolc/L = meq/L = me/100g  cmolc/dm3 = meq/100cm3  mmolc/L = cmolc/L x 10  mg/L = mg/kg = mg/dm3 = ppm  % MO = C% x 1,72  %MO x 10 = mg/L de MO  pH em CaCl2 + 0,6 = pH em água 24
  • 25. Ref. Referência do Cliente pH P K Na Ca2+ Mg2+ Al3+ H+Al Lab. H2O mg/dm3 cmolc/dm3 131-/04 Gleba da Lagoa 5,6 2,1 123 - 3,9 1,2 0,7 5,6 132-/04 Ipê Roxo 5,6 14,5 232 - 3,5 0,8 0,2 3,6 133-/04 Cerrado 4,8 18,8 85 - 0,8 0,4 3,0 11,0 134-/04 Gleba da Mangueira 5,8 7,1 123 - 3,9 1,4 0,1 2,9 135-/04 Gleba Da Chácara 5,9 12,2 117 - 4,4 1,3 0,1 2,3 Ref. SB (t) (T) V m MO P-rem Areia Silte Argila Lab. cmolc/dm3 % dag/kg mg/L G/kg-1 131-/04 5,4 6,1 11,0 49,2 11 3,1 15,2 - - - 132-/04 4,9 5,1 8,5 57,6 4 2,0 34,4 208,6 484,2 307,2 133-/04 1,4 4,4 12,4 11,4 68 2,4 8,3 - - - 134-/04 5,6 5,7 8,5 65,9 2 1,6 9,0 - - - 135-/04 6,0 6,1 8,3 72,3 2 1,2 32,4 - - - 25
  • 26. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE DE SOLO Classificação dos valores de pH e dos teores de matéria orgânica Matéria Orgânica Classes pH em água g/L Muito baixo 5 - Baixo 5,1 - 5,5 25 Médio 5,6 - 6,0 - SPDP 26 - 50 Suficiente - - Alto > 6,0 >50 26
  • 27. Correção da acidez de solo 27
  • 29. Qualidade do Calcario PN (%) x RE (%) “O percentual de neutralização do PRNT (%)= corretivo que neutraliza a acidez 100 dos solos num período de 3 meses” LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PN = (% CaO x 1,78) + (% MgO x 2,50) EXIGE PN > 67% PN=poder de neutralização x = % Material Retido Peneira 20 RE = 0,2x + 0,6y + z y = % Material Retido Peneira 50 z = % Material Passa Peneira 50 RE (%) CORRETIVO 0 - - - - Nossa legislação exige que: 20 - --- - - -  100% passe na peneira 10 (2 mm) 60 --- --------  70% passe na peneira 20 (0,84 mm) 100 -----  50% passe na peneira 50 (0,30 mm) RE=reatividade (%) 29
  • 30. Tempo de reação do Calcário 30
  • 31. Calculo de relatividade do Calcário 31
  • 32. Calculo de relatividade do Calcário 32
  • 33. Quantidade de Calcário Necessario para a Cultura da Soja Solos acidos são Limitantes a produção de Soja Calagem Quantidade de Calcario ? V% é de 50%. NC = Y [Al 3+ - (20 x T )] + 2 – (Ca2+ + Mg2+ )] 100 33
  • 34. Calagem no sistema PD Lavouras sob PD que não receberam calcário em superfície: Amostragem - 0 a 20cm Calagem quando:  pH SMP < 6,0 OU  saturação de bases < 50% Quanto aplicar:  25% da dose SMP para pH 6,0 Reamostrar:  após 3 anos, na camada de 0 a10cm 34
  • 35. Calagem no sistema PD Lavouras sob PD que já receberam calcário em superfície: Amostragem: 0 a 10cm Calagem quando: pH SMP < 5,5 OU saturação de bases < 50% Quanto aplicar: 25% da dose para pH 6,0 Reamostrar: após 3 anos, na camada de 0 a 10cm 35
  • 36. Calagem no sistema PD Resumo :  Amostragem inicial - 0 a 20cm  Reamostragens posteriores - 0 a 10cm  Levar em conta valor V% = saturação de bases na CTC, e não apenas o pH!  Não reamostrar/reaplicar calcário em intervalos menores do que 3 anos  Não exceder 2t/ha (PRNT 100%) por aplicação! À lanço, na superfície. Aplicar pelo menos 6 meses antes do plantio 36
  • 37. Recomendação 1. Os critérios de recomendacão de calagem são variáveis. A calagem está condicionada ao comportamento dos índices de acidez nos solos. 2. Assim, para obter uma correta recomendação da quantidade de calcário a ser aplicada no solo, é necessária uma amostragem representativa do solo considerado, uma adequada interpretação da análise de solo, 3. A recomendação de calcário calibrada para a região de cultivo e considerar as condições climáticas, forma de manejo do solo e o histórico de produção dos cultivos da área estudada. 37
  • 38. A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original… Albert Einstein 38
  • 39. 39
  • 40. 40
  • 41. 41
  • 42. 42