SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 77
Baixar para ler offline
Arquitectura religiosa quinhentista:
transformações espaciais e objectos
             litúrgicos



                    Ana Cristina Correia de Sousa
                    anasousa@isag.pt
                    ana.cristina.correia.de.sousa@gmail.com
                    Tel. 914325168
Documentação privilegiada
• Constituições      diocesanas:  instrumento
  jurídico-pastoral constituído pelas leis,
  decretos ou disposições que regulamentavam
  a vida de uma diocese, incluindo orientações
  litúrgicas e doutrinais.
Constituiçom xiiª: Que façam emvemtairos dos ornamentos das egrejas
e mosteiros per que os emtreguem ao samchristãao que de novo entrar
e per elle dê conto quando sayr


(…) E per este modo a egreja nom perderá o seu e senpre saberá em
certo o que tem assy do passado como do que lhe em cada huum anno
for dado, leixado ou ofericido.”


                                        Sínodo de Braga de 1477, D. Luís Pires

     CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon Hispanum.
                      Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 88.
Constituiçom xiii.ª: Que pesem toda a prata das egrejas e moesteiros


(…) porque muitas vezes vimos em alguuas egrejas e moesteiros que
falecia prata em peças e outra achavamos quebrada e mingoada em
alguuas partes de pedaços que lhes tiram e furtam e outra transmudada,
scilicet levando huum calez grande e leixando outro pequeno e assy de
cruzes, turibullos, custodias etc., e todo por causa de a prata nom seer
pesada e escripta no emventairo com os signaaes que cada huua peça tem
(…)
                                           Sínodo de Braga de 1477, D. Luís Pires




        CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon Hispanum.
                         Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 89.
(…) abbades, priores e beneficiados (…) façam mui fielmente pesar e
escrepver toda a prata cada huua peça per sy, scilicet cada huua peça
quanto pesa e se he dourada ou branca e se he toda dourada ou em
partes e assy com quaaesquer signaaes evidentes que tever, em
guisa que se nom possa perder nem emlhear, mas que senpre se
possa conhocer . (…)

      CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon
      Hispanum. Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 89.
Documentação privilegiada
• Regras e Estatutos das Ordens Militares
Regra e Statutos da Hordem d’Avis, de 1516


Dever dos visitadores de providenciar de todas as coisas necessárias ao
serviço de Deus

“(…) altares callizes cruzes e outra prata joyas vestimentas almaticas e
capas frontaes curtinas e quaesquer outros ornamentos livros e castiçaees
e cousas necessárias ao culto divino como lhes parecer e a custa de quem
for obrigado (…).


           FERREIRA, Maria Isabel Rodrigues, 2004 – A Normativa das Ordens Militares
Portuguesas (séculos XII-XVI). Poderes, Sociedade, Espiritualidade. Porto, Dissertação de
Doutoramento no ramo de Conhecimento em História apresentada à Faculdade de Letras do
Porto (ed. policopiada),Vol. II, p. 81.
Documentação privilegiada
• Visitações das Ordens Militares de Avis, Cristo
  e Santiago.
. Um século de transformações políticas, económicas,
sociais e religiosas que se reflectiram profundamente
na produção artística.
Evolução esquemática da matriz de Cacela, a Velha a
               partir das Visitações quinhentistas




1518                  1534                                    1554




                      1565
                                NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção
                                religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte
                                Portuguesa, FLUP.
Igreja de Cacela, a
       Velha
O papel da igreja
“A igreja com os seus valores, os santos e suas
relíquias, com as suas cerimónias tais como as
ladainhas, e com o som apotropaico do seu
sino, é o pólo sacralizador e protector de toda
a freguesia. É a sua cidadela contra o mal. E
também o melhor símbolo para evidenciar
que um território está possuído e organizado.”
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - O Românico. História da Arte em Portugal 1. Lisboa: Presença, 2001. ISBN 972-23-2827-1. p.59
Raízes tipológicas

A matriz tipológica de uma grande
percentagem de construções encontra as suas
raízes no românico.
A igreja quinhentista

• 2 módulos de génese basilical: nave (ou 3 naves)
  da igreja, para e a cargo dos fregueses, e a
  cabeceira (capela-mor) e por vezes sacristia a
  cargo dos párocos ou dos comendatários;
• Modelo simples e eficaz que respondeu às
  necessidades      litúrgicas    e      devocionais
  emergentes;
• Modelo estruturante de grande parte das
  construções religiosas até ao século XIX.
Matriz de Cacela, a Velha
                                      (Visitação 1554)


    1534
                                                                                                                                          Sacristia

                                                                        Nave lateral                               Altar-
                                                                                                                   colateral
                                             Pia baptismal
                                                                                                                   (Evangelho)



                                                                       Nave central
                                                                                                                                   Capela-mor
                         Entrada principal
                                                                                                                                                      Altar-mor
                                                                                                        Púlpito
           Portal “ao romano”                      Pia de água benta



                                                                         Nave lateral                                 Altar-
                                                                                                                      colateral
                                                                                                                      (Epístola)         1554
                                                                Entrada lateral

NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte
Portuguesa, FLUP, p. 35 e 43.
Matriz de Cacela, a Velha (interior)




Igreja do Espírito Santo (Aldeia    Igreja de Santa Maria      Igreja de São Clemente de
Galega)                             (Catedral de Faro)         Loulé
A tradição tardo-gótica




Da esquerda para a direita: matriz de Alte (Loulé), matriz de Torrão e ermida da Senhora das
Salas (Salvas).

     A decoração exterior é quase reservada aos portais de
     inspiração manuelina.
Hospital do Espírito Santo, Alcácer do
Sal
Portal axial da matriz de Cacela


     1518 – De pedra, novo e bom.

     1538 – O portal não estava feito.

     1554 – De pedra , “lavrado de romano”, de um lado uma medalha e do outro outra.

     1565 – De pedra, lavrado de “obra romana”, bem feito e grande, com medalhas.
A igreja quinhentista
• As igrejas quinhentistas reflectem duas
  concepções construtivas em confronto: os da
  tradição gótica e manuelina e o de cariz
  renascentista introduzido em alguns vectores
  da construção.
Matriz de Cacela, a Velha
         (Visitação de 1534)


                                                         Campanário


1518




                  1534                                                Alpendre




                         NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas
                         na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de
                         Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 30 e 36.
Titollo dos synos (…) campãas e campaynhas

 “(…) levantem se em todo tempo aas tanto que
 ouvirem a campaam da sua igreja se esteverem sãos
 ou nom esteverem cansados de grandes trabalhos
 (…)”.
   Texto registado na nova Regra da Ordem de Santiago de 1540. FERREIRA, Maria Isabel Rodrigues, 2004 – A
   Normativa das Ordens Militares Portuguesas (séculos XII-XVI). Poderes, Sociedade, Espiritualidade. Porto,
   Dissertação de Doutoramento no ramo de Conhecimento em História apresentada à Faculdade de Letras do
   Porto (ed. policopiada), Vol. I, p. 359; Vol. II, p. 131.




 “(…) huua das jmsinias da jgreja parrochiall he
 campanairo com sinos (…)”

 Texto registado na visitação de 1511 à igreja de São João de Casével (Alentejo), determinando-se ao comendador, no espaço de
 dois anos, a construção do campanário para os sinos. SANTOS, Vítor Pavão dos, 1969 – “Visitações de Alvalade, Casével, Aljustrel
 e Setúbal” in Documentos para a História da Arte em Portugal. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, nº 7, p. 39.
Cacela, a Velha

“em frente à igreja um campanário
em um torreão.” (Visitação de
1518)



“manda-se por visitação ao povo
que faça um campanário sobre a
porta principal da igreja ou onde
melhor pareça para porem os
sinos.” (1518)
Inscrições: ano de fundição, frase
    de invocação cristã e apotropaica,
    encomendador, mais tarde o nome
    do fundidor;


    Baptizados e ungidos com o Óleo
    dos Enfermos.




Sino da Igreja do Convento
de Jesus, oferta de D.
Manuel I. MS-CJ
Matriz de Cacela, a Velha
         (Visitação de 1534)



1518       Capela-mor




                        1534


                               NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas
                               na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de
                               Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 30 e 36.
A capela-mor

A importância litúrgica da capela-mor,
assumindo o protagonismo cultual do templo,
reflecte-se nos materiais e técnicas de
construção.
Ermida de Nª Sª do Castelo, Aljustrel




  1510 – Uma só casa sem ousia e tem um altar

  de taipa forrado de tijolo.

  1533 – com capela-mor.
Ermida de Nossa Senhora da Conceição,
                                           Matriz de Alte, Loulé
Faro

Matriz de Tavira                        Matriz de Alvalade, Alentejo.
Matriz de Cacela, a Velha
                                 (Visitação de 1518)
                                                                                                                     Colocação do altar-
                                                                             Sacristia
                                                                                                                     mor (pinturas).
                             Pia baptismal


                                   Pia de água
      Alpendre                                                                           Altar-mor
                                   benta

                                                                            Capela-mor
                                          Nave
                                                          Altar colateral
                                                          (pinturas)




NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da
Arte Portuguesa, FLUP, p. 29 e 30.
Matriz de Cacela, a Velha
  (Visitação de 1534)

                                                           Santo Sacramento
                                                           3 Óleos Santos
                      Sacrário


                                             Altar-mor
                                             Tríptico




                 NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas
                 na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de
                 Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 36.
Ermida Nª Sª de Salas (Sines)
Afirmação do culto da
Eucaristia




Missa de São Gregório
Autor:
Francisco de Campos
Séc. XVI (1560-1570)
Óleo sobre madeira
128,5 x 105 cm
Corpo de Nosso Senhor



Obradeiras
Galhetas
Cálices e patenas
Caixas de hóstias
Copas
Custódias




                                Sacristia
Ferro de Hóstias ou obradeira, EV.AN.1.001 apl
Fonte: Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora [Inventário online], disponível em
www.inventarioaevora.com.pt
                                                                                          Obradeiras ou
                                                                                          ferro de hóstias
Galhetas




           Par de galhetas
           Igreja de Nossa da Encarnação de Valverde (Alfândega da Fé)
           [1495-1510]
           Fonte: LEAL e SILVA: 2007, 8.
Cálice de estanho, inv. MS/CJ 393/T.6
Séc. XVI
Alt. 32,5 x 19 cm
Setúbal, Museu Setúbal /Convento de Jesus
Fotografia: MS/CJ
Cálice                               Cálice da Misericórdia de Setúbal
Salamanca, Aldeanueva de la Sierra   MS/CJ
PÉREZ HERNÁNDEZ e AZOFRA AGUSTÍN:    Inv. Ms/CJ 361/O. 21
2006, 253-254                        Fotografia: Mário Cunha
Cálice-custódia (base)
                                Cálice
Séc. XVI (2ª met.)
                                MAS O-36
MNAA, 629 Our
                                Fonte: MAS
IMC, I.P. / MC
Fotografia: José Pessoa, 1992
Fonte: www.matrizpix.pt
Patena, Igreja da Anunciada, Setúbal
Fotografia: Mário Cunha
Copa ou píxide




Píxide
MNAA 940 Our
Séc. XV
IMC, I.P. /MC
Fonte: www.matriznet.pt
Cofre




Cofre
MNMC 2965 O-0568
Séc. XVI
IMC, I.P. / MC
Fotografia: José Pessoa,
1992
Fonte: www.matrizpix.pt
Custódia




Custódia da catedral de Nossa
Senhora da Graça

Fotografia: Mário Cunha
Matriz de Mértola   Matriz de Alvalale
Matriz de Alcoutim, São Salvador
Apresentação do Menino no Templo (pormenor da lâmpada)
MNAA, 6 Pint
Séc. XVI [1524], Gregório Lopes e Jorge Leal
IMC, I.P. /MC
Fotografia: Carlos Monteiro, 1993.
Fonte: www.matrizpix.pt
Bacias de lâmpada - Casa-Museu Guerra Junqueiro
(…) huma baçia velha que foy d’alampada (1508)


(…) huua bacia com suas cadeas em que estaa huua alampada
diamte do altar de Nosa Senhora pemdurada per suas cadeas
(1523)


(…) dous bacios de cobre em que estam duas alampadas


(…) não tinha alampada de baçia pera estar amte ho sacrário (…)
hua alampada de baçia com suas cadeas pera sempre ardemdo
amte ho sacramento (1533).


             Algumas passagens das Visitações às igrejas das Ordens
             Militares de Santiago, Cristo e Avis ao longo da primeira metade
             do século XVI.
Temas


Religiosos


dous bacyos d’acofra de Frandes pera oferta com Adão e Eva no meo. (…)
(1534)


dous bacyos grandes de latom hum delles com Adão e Eva no meo (1534)


duas basias de latão (…) outra que serve as ofertas que tem as figuras de
Adão e Eva (1607)




  O tema mais frequente das bacias arroladas no Inventário Artístico de
  Portugal.
Casa Museu Guerra Junqueiro         Vitória & Albert Museum          Igreja paroquial de Orus (França)
Datação: Finais séc. XV/XVI         Datação: primórdios século XVI   Datação: XVI
Origem: colecção Guerra Junqueiro   Origem: Alemanha.
Outros temas religiosos:

Josué e Caleb na Terra Prometida
O Sacrifício de Isaac
Anunciação
Nossa Senhora com o Menino
Agnus Dei
São Jorge
São Cristovão




Josué e Caleb na Terra       Agnus Dei        São Jorge
Prometida
                                         Casa Museu Guerra Junqueiro
Igreja Everöds (Suécia)              Vitória & Albert Museum
Casa Museu Guerra Junqueiro         Prato dito de Nurembergue, c. 1500
Datação: Finais séc. XV/XVI                                              Datação: 1500-1550
Origem: colecção Guerra Junqueiro                                        Origem: Nurembergue (provável centro d
                                                                         produção).
Inscrições (latim ou alemão):

Que Deus nos auxilie na desgraça

Eu trouxe sempre a felicidade

Aquele está conservado em paz

Vingança não desejes

Deus connosco

Afasta-nos da Miséria

Maria ajuda-nos no perigo (…)




                                   Igreja paroquial de Longroiva (Meda)
                                   Inscrição: ICH WART DER IN FRIDE (Eu vigio na Paz)
                                   Datação: início século XVI.
                                   Oferta: D. Manuel I
Par de Castiçais
                                MNAA, Inv. 1162 / 1163 Our
                                Séc. XV [?]
                                IMC, I.P. / MC
                                Fotografia: José Pessoa, 1995
                                Fonte: www.matrizpix.pt




                                                                Castiçais de
                                                                latão
                                                                Ig. de Cedovim
Castiçal de latão                                               (Vila Nova de
MNMC , 0760                                                     Foz Côa)
IMC, I.P. /MC                                                   Fotografia:
Fotografia: José Pessoa, 1992                                   Mário Cunha.
Fonte: www.matrizpix.pt
Tipologia




Castiçal
Casa Museu Guerra Junqueiro
Bico ou cano para fixar a vela.
Arandela (recolher a cera)
Haste com nó ou nós
Base
Castiçais



. Grandes e altos: altar-mor

. Pequenos ou meãos: altares laterais ou colaterais.



 dous castiçais gramdes d’arame do altar mor e quatro castiçais dos
 altares de fora pequenos e bõos (…)

 Visitação da igreja paroquial de Nosso Senhor de Castelo-Novo, 1537 (Ordem de Cristo). HORMIGO, 1981:
 21.
Casa Museu Guerra
                                Junqueiro
                                Campainha de mão
                                Bronze




. campainha pequena de mão que serve nas procisõoes e quando vão comungar
(1510)
. huua campainha pera as cominhões e pera quando levantar a Deus (1505)
. Comunhão aos enfermos: levem diante tangendo uma campainha (1500).
Casa Museu Guerra
Junqueiro
Campainha de mão


Tipologia:

-Corpo campanular
- cabo ou pega
- badalo suspenso
Cruz de galhos (latão)
MGV 727                                        Cruz de galhos (prata dourada)
Séc. XVI [1500-1520]                           MNMC 6084 O-21
Transferência: Sé de Viseu, Sala do Capítulo   Séc. XVI
IMC, I.P. / MC                                 IMC, I.P. / MC
Fotografia: Carlos Monteiro, 2004              Fotografia: Manuel Palma, 1991
Fonte: www.matrizpix.pt                        Fonte: www.matrizpix.pt
Igreja de Stª Maria, Matriz de Alvalade
Catedral de Angra do Heroísmo, Terceira
Grades
Matriz de Cacela, a Velha
                                      (Visitação 1554)


                                                                         Escada amovível de
                                                                         madeira (campanário)
    1534
                                                                                                                                          Sacristia

                                                                        Nave lateral                               Altar-
                                                                                                                   colateral
                                             Pia baptismal
                                                                                                                   (Evangelho)



                                                                       Nave central
                                                                                                                                   Capela-mor
                         Entrada principal
                                                                                                                                                      Altar-mor
                                                                                                        Púlpito
           Portal “ao romano”                      Pia de água benta



                                                                         Nave lateral                                 Altar-
                                                                                                                      colateral
                                                                                                                      (Epístola)         1554
                                                                Entrada lateral

NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte
Portuguesa, FLUP, p. 43.
Igreja de Santa Ana de Cambas, Mértola
Poiais, Ermida de Nª Sª do Castelo, Aljustrel
Matriz de Martim Longo
Matriz de Cacela, a Velha
                                   (Visitação 1554)


    1534
                                             1554



                                                            Altar-mor:
Santos Óleos junto da pia
                                                            . Mesa de alvenaria
baptismal; sem grades.
                                                            . Retábulo
                                                            . Sacrário (Santo
                                                            Sacramento)
                                                            . Tabuleiro com 6
                                                            degraus



        Portal renascentista,
        executado entre 1538
        e 1554.
Matriz de Cacela, a Velha
        (Visitação 1565)



                                    “Pia de baptizar:

                                    (…) estaa entramdo polla porta primcipall
                                    a mão esquerda cercada de grades novas
                                    de bordo fechadas com sua chave;

                                    (…) dous almareos em que estão os
                                    Santos Oleos, baptisteiro, livros de
                                    baptizados, casados e difuntos; os Santos
                                    Oleos estavão como compria.”

                           NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa
Pormenor - pia baptismal   quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP,.
Matriz de São Pedro de Panóias
Matriz de Alhos Vedros, São
Lourenço
Capela baptismal (Catedral de Angra do Heroísmo)
Cofre dos Óleos Santos (oferecido por D. Jorge de Lencastre)
Setúbal, Igreja de São Julião
Fotografias: Mário Cunha.
Âmbula (Garrafa dos Santos Óleos no Inventário do     Âmbula dos Santos Óleos
Museu).                                               Nº Inv. RE.SA.1.158 our
Nº Inv. MS/CJ 2920/O.54 – 13,2x10cm                   Prata, séc. XVII/XVIII, 40,2g
Origem e propriedade: Santa Casa da Misericórdia de   Fonte: www.inventarioaevora.com.pt
Setúbal
Fotografias: Mário Cunha.



    Óleo dos Catecúmenos , Óleo do Crisma e Óleo dos Enfermos
Matriz de Cacela, a Velha
                                      (Visitação 1565)

                                                                                         Determina-se a colocação de grades de
                                                                                         bordo, torneadas, na capela-mor e a
                                                                                         abertura de uma fresta fechada com
                                                                                         vidro.




                                   1565




NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais
e formas na construção religiosa quinhentista. Porto:     Projecção tridimensional dos confessionários do arco
dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa,
FLUP.                                                     cruzeiro
Matriz de Alhos Vedros, São Lourenço, capela lateral
Arquitectura quinhentista

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Historia Da Arquitetura
Historia Da ArquiteturaHistoria Da Arquitetura
Historia Da Arquiteturamelins
 
Arte- A técnica mista
Arte- A técnica mistaArte- A técnica mista
Arte- A técnica mistaJaicinha
 
Aula4 ponto linha_forma_direcao
Aula4 ponto linha_forma_direcaoAula4 ponto linha_forma_direcao
Aula4 ponto linha_forma_direcaoW.COM
 
Arte na pré história 131
Arte na pré história 131Arte na pré história 131
Arte na pré história 131Willians Martins
 
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos Caio Talarico
 
Expressão e composição da forma
Expressão e composição da formaExpressão e composição da forma
Expressão e composição da formaFernando Mendes
 
Módulo 1 pintura e cerâmica grega regular
Módulo 1   pintura e cerâmica grega regularMódulo 1   pintura e cerâmica grega regular
Módulo 1 pintura e cerâmica grega regularCarla Freitas
 

Mais procurados (20)

Arte islamica
Arte islamicaArte islamica
Arte islamica
 
ARTE GREGA - AULA 4
ARTE GREGA - AULA 4ARTE GREGA - AULA 4
ARTE GREGA - AULA 4
 
Exame módulo 1 de HCA
Exame módulo 1 de HCAExame módulo 1 de HCA
Exame módulo 1 de HCA
 
Historia Da Arquitetura
Historia Da ArquiteturaHistoria Da Arquitetura
Historia Da Arquitetura
 
Arte romanica
Arte romanicaArte romanica
Arte romanica
 
Arte- A técnica mista
Arte- A técnica mistaArte- A técnica mista
Arte- A técnica mista
 
Catedral de notre dame
Catedral de notre dameCatedral de notre dame
Catedral de notre dame
 
metodologia projetual
metodologia projetualmetodologia projetual
metodologia projetual
 
Arquitetura Romana
Arquitetura RomanaArquitetura Romana
Arquitetura Romana
 
Aula4 ponto linha_forma_direcao
Aula4 ponto linha_forma_direcaoAula4 ponto linha_forma_direcao
Aula4 ponto linha_forma_direcao
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 
Aula02 figurahumana
Aula02 figurahumanaAula02 figurahumana
Aula02 figurahumana
 
Arte paleocristã
Arte paleocristãArte paleocristã
Arte paleocristã
 
O livro de kells
O livro de kellsO livro de kells
O livro de kells
 
Arte bizantina
Arte bizantinaArte bizantina
Arte bizantina
 
Arte na pré história 131
Arte na pré história 131Arte na pré história 131
Arte na pré história 131
 
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos
Slide Livro Terceiro de Vitruvius - Decoração dos Templos Jônicos
 
Expressão e composição da forma
Expressão e composição da formaExpressão e composição da forma
Expressão e composição da forma
 
Arcos
ArcosArcos
Arcos
 
Módulo 1 pintura e cerâmica grega regular
Módulo 1   pintura e cerâmica grega regularMódulo 1   pintura e cerâmica grega regular
Módulo 1 pintura e cerâmica grega regular
 

Destaque

Arquitetura Brasileira
Arquitetura BrasileiraArquitetura Brasileira
Arquitetura BrasileiraCEF16
 
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaaPelo Siro
 
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
Mensagem,  D. Filipa de Lencastre Mensagem,  D. Filipa de Lencastre
Mensagem, D. Filipa de Lencastre Ana Cristina Matias
 

Destaque (7)

Arquitetura Brasileira
Arquitetura BrasileiraArquitetura Brasileira
Arquitetura Brasileira
 
Os Mundos de Leonor de Lencastre
Os Mundos de Leonor de LencastreOs Mundos de Leonor de Lencastre
Os Mundos de Leonor de Lencastre
 
2 dinastia p (1)
2 dinastia p (1)2 dinastia p (1)
2 dinastia p (1)
 
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
 
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
Mensagem,  D. Filipa de Lencastre Mensagem,  D. Filipa de Lencastre
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
 
Quinhentismo
Quinhentismo Quinhentismo
Quinhentismo
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 

Semelhante a Arquitectura quinhentista

hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptx
hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptxhca10_m3_s_pedro_de_rates.pptx
hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptxAndreiaSimes26
 
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...Artur Filipe dos Santos
 
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelkoPatrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelkoyuliyapavelko
 
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de Silves
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesSubsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de Silves
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNicoHist8
 
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...Artur Filipe dos Santos
 
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos Muçulamos
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos MuçulamosO Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos Muçulamos
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos MuçulamosMaria Gomes
 
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos faceO Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos faceMaria Gomes
 
Igreja do terço 12-04-2013
Igreja do terço   12-04-2013Igreja do terço   12-04-2013
Igreja do terço 12-04-2013Joaquim Vinhas
 
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do portoArtur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do portoArtur Filipe dos Santos
 
Sc 1 de 8 capítulo i
Sc 1 de 8 capítulo i Sc 1 de 8 capítulo i
Sc 1 de 8 capítulo i Joaquim Vinhas
 
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroCenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
 
Iluminuras
IluminurasIluminuras
Iluminuras10B
 
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfA-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfssuser3b314d
 

Semelhante a Arquitectura quinhentista (20)

hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptx
hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptxhca10_m3_s_pedro_de_rates.pptx
hca10_m3_s_pedro_de_rates.pptx
 
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...
Santuário do Bom Jesus do Monte - Património Cultural - Artur Filipe dos Sant...
 
Romanico final 2
Romanico final 2Romanico final 2
Romanico final 2
 
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelkoPatrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
 
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de Silves
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesSubsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de Silves
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de Silves
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNico
 
Igrejas e capelas do porto
Igrejas e capelas do portoIgrejas e capelas do porto
Igrejas e capelas do porto
 
História do porto convento corpus christi vila nova de gaia
História do porto   convento corpus christi vila nova de gaiaHistória do porto   convento corpus christi vila nova de gaia
História do porto convento corpus christi vila nova de gaia
 
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...
Artur Filipe dos Santos - História do porto - convento corpus christi vila no...
 
Igreja scmb
Igreja scmbIgreja scmb
Igreja scmb
 
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos Muçulamos
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos MuçulamosO Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos Muçulamos
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face aos Muçulamos
 
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos faceO Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face
O Porto: a reconquista cristã, o papel dos cristãos face
 
Igreja do terço 12-04-2013
Igreja do terço   12-04-2013Igreja do terço   12-04-2013
Igreja do terço 12-04-2013
 
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do portoArtur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do porto
 
Sc 1 de 8 capítulo i
Sc 1 de 8 capítulo i Sc 1 de 8 capítulo i
Sc 1 de 8 capítulo i
 
Românico
RomânicoRomânico
Românico
 
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroCenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
 
Iluminuras
IluminurasIluminuras
Iluminuras
 
A cultura do palco
A cultura do palcoA cultura do palco
A cultura do palco
 
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfA-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
 

Mais de Armando Oliveira

Mais de Armando Oliveira (20)

Picasso
PicassoPicasso
Picasso
 
Destroços subaquáticos da 2ª guerra!
Destroços subaquáticos da 2ª guerra!Destroços subaquáticos da 2ª guerra!
Destroços subaquáticos da 2ª guerra!
 
Melungo: uma tribo descendente de portugueses?
Melungo: uma tribo descendente de  portugueses?Melungo: uma tribo descendente de  portugueses?
Melungo: uma tribo descendente de portugueses?
 
Berlin 1945
Berlin 1945Berlin 1945
Berlin 1945
 
Fotos com mais de cem anos
Fotos com mais de cem anosFotos com mais de cem anos
Fotos com mais de cem anos
 
National geographic port n. 175 out 2015 homo naledi
National geographic port n. 175   out 2015 homo nalediNational geographic port n. 175   out 2015 homo naledi
National geographic port n. 175 out 2015 homo naledi
 
Geografia portugal e colónias 3ª e 4ª classes
Geografia portugal e colónias 3ª e 4ª classesGeografia portugal e colónias 3ª e 4ª classes
Geografia portugal e colónias 3ª e 4ª classes
 
Geografia portugalcolonias
Geografia portugalcoloniasGeografia portugalcolonias
Geografia portugalcolonias
 
Museu lalique
Museu laliqueMuseu lalique
Museu lalique
 
Ciudades perdidas
Ciudades perdidasCiudades perdidas
Ciudades perdidas
 
A cidade perdida de herakleion
A cidade perdida de herakleionA cidade perdida de herakleion
A cidade perdida de herakleion
 
Exposição de 1940
Exposição de 1940Exposição de 1940
Exposição de 1940
 
História da República
História da RepúblicaHistória da República
História da República
 
Hotel do Buçaco
Hotel do BuçacoHotel do Buçaco
Hotel do Buçaco
 
Hatshepsut a misteriosa_farao
Hatshepsut a misteriosa_faraoHatshepsut a misteriosa_farao
Hatshepsut a misteriosa_farao
 
fotos históricas final da 2.guerra.
fotos históricas  final da 2.guerra.fotos históricas  final da 2.guerra.
fotos históricas final da 2.guerra.
 
Roma imperial altar da pátria pdf
Roma imperial   altar da pátria pdfRoma imperial   altar da pátria pdf
Roma imperial altar da pátria pdf
 
Madain saleh
Madain salehMadain saleh
Madain saleh
 
Coisasantigas2
Coisasantigas2Coisasantigas2
Coisasantigas2
 
Convento de mafra
Convento de mafraConvento de mafra
Convento de mafra
 

Último

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Último (20)

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 

Arquitectura quinhentista

  • 1. Arquitectura religiosa quinhentista: transformações espaciais e objectos litúrgicos Ana Cristina Correia de Sousa anasousa@isag.pt ana.cristina.correia.de.sousa@gmail.com Tel. 914325168
  • 2. Documentação privilegiada • Constituições diocesanas: instrumento jurídico-pastoral constituído pelas leis, decretos ou disposições que regulamentavam a vida de uma diocese, incluindo orientações litúrgicas e doutrinais.
  • 3. Constituiçom xiiª: Que façam emvemtairos dos ornamentos das egrejas e mosteiros per que os emtreguem ao samchristãao que de novo entrar e per elle dê conto quando sayr (…) E per este modo a egreja nom perderá o seu e senpre saberá em certo o que tem assy do passado como do que lhe em cada huum anno for dado, leixado ou ofericido.” Sínodo de Braga de 1477, D. Luís Pires CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon Hispanum. Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 88.
  • 4. Constituiçom xiii.ª: Que pesem toda a prata das egrejas e moesteiros (…) porque muitas vezes vimos em alguuas egrejas e moesteiros que falecia prata em peças e outra achavamos quebrada e mingoada em alguuas partes de pedaços que lhes tiram e furtam e outra transmudada, scilicet levando huum calez grande e leixando outro pequeno e assy de cruzes, turibullos, custodias etc., e todo por causa de a prata nom seer pesada e escripta no emventairo com os signaaes que cada huua peça tem (…) Sínodo de Braga de 1477, D. Luís Pires CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon Hispanum. Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 89.
  • 5. (…) abbades, priores e beneficiados (…) façam mui fielmente pesar e escrepver toda a prata cada huua peça per sy, scilicet cada huua peça quanto pesa e se he dourada ou branca e se he toda dourada ou em partes e assy com quaaesquer signaaes evidentes que tever, em guisa que se nom possa perder nem emlhear, mas que senpre se possa conhocer . (…) CANTELLAR RODRÍGUEZ, Francisco (co-autor), 1982 – Synodicon Hispanum. Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, vol. 2, p. 89.
  • 6. Documentação privilegiada • Regras e Estatutos das Ordens Militares
  • 7. Regra e Statutos da Hordem d’Avis, de 1516 Dever dos visitadores de providenciar de todas as coisas necessárias ao serviço de Deus “(…) altares callizes cruzes e outra prata joyas vestimentas almaticas e capas frontaes curtinas e quaesquer outros ornamentos livros e castiçaees e cousas necessárias ao culto divino como lhes parecer e a custa de quem for obrigado (…). FERREIRA, Maria Isabel Rodrigues, 2004 – A Normativa das Ordens Militares Portuguesas (séculos XII-XVI). Poderes, Sociedade, Espiritualidade. Porto, Dissertação de Doutoramento no ramo de Conhecimento em História apresentada à Faculdade de Letras do Porto (ed. policopiada),Vol. II, p. 81.
  • 8. Documentação privilegiada • Visitações das Ordens Militares de Avis, Cristo e Santiago.
  • 9.
  • 10. . Um século de transformações políticas, económicas, sociais e religiosas que se reflectiram profundamente na produção artística.
  • 11. Evolução esquemática da matriz de Cacela, a Velha a partir das Visitações quinhentistas 1518 1534 1554 1565 NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP.
  • 12. Igreja de Cacela, a Velha
  • 13. O papel da igreja “A igreja com os seus valores, os santos e suas relíquias, com as suas cerimónias tais como as ladainhas, e com o som apotropaico do seu sino, é o pólo sacralizador e protector de toda a freguesia. É a sua cidadela contra o mal. E também o melhor símbolo para evidenciar que um território está possuído e organizado.” ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - O Românico. História da Arte em Portugal 1. Lisboa: Presença, 2001. ISBN 972-23-2827-1. p.59
  • 14. Raízes tipológicas A matriz tipológica de uma grande percentagem de construções encontra as suas raízes no românico.
  • 15. A igreja quinhentista • 2 módulos de génese basilical: nave (ou 3 naves) da igreja, para e a cargo dos fregueses, e a cabeceira (capela-mor) e por vezes sacristia a cargo dos párocos ou dos comendatários; • Modelo simples e eficaz que respondeu às necessidades litúrgicas e devocionais emergentes; • Modelo estruturante de grande parte das construções religiosas até ao século XIX.
  • 16. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação 1554) 1534 Sacristia Nave lateral Altar- colateral Pia baptismal (Evangelho) Nave central Capela-mor Entrada principal Altar-mor Púlpito Portal “ao romano” Pia de água benta Nave lateral Altar- colateral (Epístola) 1554 Entrada lateral NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 35 e 43.
  • 17. Matriz de Cacela, a Velha (interior) Igreja do Espírito Santo (Aldeia Igreja de Santa Maria Igreja de São Clemente de Galega) (Catedral de Faro) Loulé
  • 18. A tradição tardo-gótica Da esquerda para a direita: matriz de Alte (Loulé), matriz de Torrão e ermida da Senhora das Salas (Salvas). A decoração exterior é quase reservada aos portais de inspiração manuelina.
  • 19. Hospital do Espírito Santo, Alcácer do Sal
  • 20. Portal axial da matriz de Cacela 1518 – De pedra, novo e bom. 1538 – O portal não estava feito. 1554 – De pedra , “lavrado de romano”, de um lado uma medalha e do outro outra. 1565 – De pedra, lavrado de “obra romana”, bem feito e grande, com medalhas.
  • 21. A igreja quinhentista • As igrejas quinhentistas reflectem duas concepções construtivas em confronto: os da tradição gótica e manuelina e o de cariz renascentista introduzido em alguns vectores da construção.
  • 22. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação de 1534) Campanário 1518 1534 Alpendre NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 30 e 36.
  • 23. Titollo dos synos (…) campãas e campaynhas “(…) levantem se em todo tempo aas tanto que ouvirem a campaam da sua igreja se esteverem sãos ou nom esteverem cansados de grandes trabalhos (…)”. Texto registado na nova Regra da Ordem de Santiago de 1540. FERREIRA, Maria Isabel Rodrigues, 2004 – A Normativa das Ordens Militares Portuguesas (séculos XII-XVI). Poderes, Sociedade, Espiritualidade. Porto, Dissertação de Doutoramento no ramo de Conhecimento em História apresentada à Faculdade de Letras do Porto (ed. policopiada), Vol. I, p. 359; Vol. II, p. 131. “(…) huua das jmsinias da jgreja parrochiall he campanairo com sinos (…)” Texto registado na visitação de 1511 à igreja de São João de Casével (Alentejo), determinando-se ao comendador, no espaço de dois anos, a construção do campanário para os sinos. SANTOS, Vítor Pavão dos, 1969 – “Visitações de Alvalade, Casével, Aljustrel e Setúbal” in Documentos para a História da Arte em Portugal. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, nº 7, p. 39.
  • 24. Cacela, a Velha “em frente à igreja um campanário em um torreão.” (Visitação de 1518) “manda-se por visitação ao povo que faça um campanário sobre a porta principal da igreja ou onde melhor pareça para porem os sinos.” (1518)
  • 25. Inscrições: ano de fundição, frase de invocação cristã e apotropaica, encomendador, mais tarde o nome do fundidor; Baptizados e ungidos com o Óleo dos Enfermos. Sino da Igreja do Convento de Jesus, oferta de D. Manuel I. MS-CJ
  • 26. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação de 1534) 1518 Capela-mor 1534 NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 30 e 36.
  • 27. A capela-mor A importância litúrgica da capela-mor, assumindo o protagonismo cultual do templo, reflecte-se nos materiais e técnicas de construção.
  • 28. Ermida de Nª Sª do Castelo, Aljustrel 1510 – Uma só casa sem ousia e tem um altar de taipa forrado de tijolo. 1533 – com capela-mor.
  • 29. Ermida de Nossa Senhora da Conceição, Matriz de Alte, Loulé Faro Matriz de Tavira Matriz de Alvalade, Alentejo.
  • 30. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação de 1518) Colocação do altar- Sacristia mor (pinturas). Pia baptismal Pia de água Alpendre Altar-mor benta Capela-mor Nave Altar colateral (pinturas) NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 29 e 30.
  • 31. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação de 1534) Santo Sacramento 3 Óleos Santos Sacrário Altar-mor Tríptico NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 36.
  • 32. Ermida Nª Sª de Salas (Sines)
  • 33. Afirmação do culto da Eucaristia Missa de São Gregório Autor: Francisco de Campos Séc. XVI (1560-1570) Óleo sobre madeira 128,5 x 105 cm
  • 34. Corpo de Nosso Senhor Obradeiras Galhetas Cálices e patenas Caixas de hóstias Copas Custódias Sacristia
  • 35. Ferro de Hóstias ou obradeira, EV.AN.1.001 apl Fonte: Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora [Inventário online], disponível em www.inventarioaevora.com.pt Obradeiras ou ferro de hóstias
  • 36. Galhetas Par de galhetas Igreja de Nossa da Encarnação de Valverde (Alfândega da Fé) [1495-1510] Fonte: LEAL e SILVA: 2007, 8.
  • 37. Cálice de estanho, inv. MS/CJ 393/T.6 Séc. XVI Alt. 32,5 x 19 cm Setúbal, Museu Setúbal /Convento de Jesus Fotografia: MS/CJ
  • 38. Cálice Cálice da Misericórdia de Setúbal Salamanca, Aldeanueva de la Sierra MS/CJ PÉREZ HERNÁNDEZ e AZOFRA AGUSTÍN: Inv. Ms/CJ 361/O. 21 2006, 253-254 Fotografia: Mário Cunha
  • 39. Cálice-custódia (base) Cálice Séc. XVI (2ª met.) MAS O-36 MNAA, 629 Our Fonte: MAS IMC, I.P. / MC Fotografia: José Pessoa, 1992 Fonte: www.matrizpix.pt
  • 40. Patena, Igreja da Anunciada, Setúbal Fotografia: Mário Cunha
  • 41. Copa ou píxide Píxide MNAA 940 Our Séc. XV IMC, I.P. /MC Fonte: www.matriznet.pt
  • 42. Cofre Cofre MNMC 2965 O-0568 Séc. XVI IMC, I.P. / MC Fotografia: José Pessoa, 1992 Fonte: www.matrizpix.pt
  • 43. Custódia Custódia da catedral de Nossa Senhora da Graça Fotografia: Mário Cunha
  • 44. Matriz de Mértola Matriz de Alvalale
  • 45.
  • 46. Matriz de Alcoutim, São Salvador
  • 47. Apresentação do Menino no Templo (pormenor da lâmpada) MNAA, 6 Pint Séc. XVI [1524], Gregório Lopes e Jorge Leal IMC, I.P. /MC Fotografia: Carlos Monteiro, 1993. Fonte: www.matrizpix.pt
  • 48. Bacias de lâmpada - Casa-Museu Guerra Junqueiro
  • 49. (…) huma baçia velha que foy d’alampada (1508) (…) huua bacia com suas cadeas em que estaa huua alampada diamte do altar de Nosa Senhora pemdurada per suas cadeas (1523) (…) dous bacios de cobre em que estam duas alampadas (…) não tinha alampada de baçia pera estar amte ho sacrário (…) hua alampada de baçia com suas cadeas pera sempre ardemdo amte ho sacramento (1533). Algumas passagens das Visitações às igrejas das Ordens Militares de Santiago, Cristo e Avis ao longo da primeira metade do século XVI.
  • 50. Temas Religiosos dous bacyos d’acofra de Frandes pera oferta com Adão e Eva no meo. (…) (1534) dous bacyos grandes de latom hum delles com Adão e Eva no meo (1534) duas basias de latão (…) outra que serve as ofertas que tem as figuras de Adão e Eva (1607) O tema mais frequente das bacias arroladas no Inventário Artístico de Portugal.
  • 51. Casa Museu Guerra Junqueiro Vitória & Albert Museum Igreja paroquial de Orus (França) Datação: Finais séc. XV/XVI Datação: primórdios século XVI Datação: XVI Origem: colecção Guerra Junqueiro Origem: Alemanha.
  • 52. Outros temas religiosos: Josué e Caleb na Terra Prometida O Sacrifício de Isaac Anunciação Nossa Senhora com o Menino Agnus Dei São Jorge São Cristovão Josué e Caleb na Terra Agnus Dei São Jorge Prometida Casa Museu Guerra Junqueiro
  • 53. Igreja Everöds (Suécia) Vitória & Albert Museum Casa Museu Guerra Junqueiro Prato dito de Nurembergue, c. 1500 Datação: Finais séc. XV/XVI Datação: 1500-1550 Origem: colecção Guerra Junqueiro Origem: Nurembergue (provável centro d produção).
  • 54. Inscrições (latim ou alemão): Que Deus nos auxilie na desgraça Eu trouxe sempre a felicidade Aquele está conservado em paz Vingança não desejes Deus connosco Afasta-nos da Miséria Maria ajuda-nos no perigo (…) Igreja paroquial de Longroiva (Meda) Inscrição: ICH WART DER IN FRIDE (Eu vigio na Paz) Datação: início século XVI. Oferta: D. Manuel I
  • 55. Par de Castiçais MNAA, Inv. 1162 / 1163 Our Séc. XV [?] IMC, I.P. / MC Fotografia: José Pessoa, 1995 Fonte: www.matrizpix.pt Castiçais de latão Ig. de Cedovim Castiçal de latão (Vila Nova de MNMC , 0760 Foz Côa) IMC, I.P. /MC Fotografia: Fotografia: José Pessoa, 1992 Mário Cunha. Fonte: www.matrizpix.pt
  • 56. Tipologia Castiçal Casa Museu Guerra Junqueiro Bico ou cano para fixar a vela. Arandela (recolher a cera) Haste com nó ou nós Base
  • 57. Castiçais . Grandes e altos: altar-mor . Pequenos ou meãos: altares laterais ou colaterais. dous castiçais gramdes d’arame do altar mor e quatro castiçais dos altares de fora pequenos e bõos (…) Visitação da igreja paroquial de Nosso Senhor de Castelo-Novo, 1537 (Ordem de Cristo). HORMIGO, 1981: 21.
  • 58. Casa Museu Guerra Junqueiro Campainha de mão Bronze . campainha pequena de mão que serve nas procisõoes e quando vão comungar (1510) . huua campainha pera as cominhões e pera quando levantar a Deus (1505) . Comunhão aos enfermos: levem diante tangendo uma campainha (1500).
  • 59. Casa Museu Guerra Junqueiro Campainha de mão Tipologia: -Corpo campanular - cabo ou pega - badalo suspenso
  • 60. Cruz de galhos (latão) MGV 727 Cruz de galhos (prata dourada) Séc. XVI [1500-1520] MNMC 6084 O-21 Transferência: Sé de Viseu, Sala do Capítulo Séc. XVI IMC, I.P. / MC IMC, I.P. / MC Fotografia: Carlos Monteiro, 2004 Fotografia: Manuel Palma, 1991 Fonte: www.matrizpix.pt Fonte: www.matrizpix.pt
  • 61. Igreja de Stª Maria, Matriz de Alvalade
  • 62.
  • 63. Catedral de Angra do Heroísmo, Terceira Grades
  • 64. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação 1554) Escada amovível de madeira (campanário) 1534 Sacristia Nave lateral Altar- colateral Pia baptismal (Evangelho) Nave central Capela-mor Entrada principal Altar-mor Púlpito Portal “ao romano” Pia de água benta Nave lateral Altar- colateral (Epístola) 1554 Entrada lateral NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP, p. 43.
  • 65. Igreja de Santa Ana de Cambas, Mértola
  • 66. Poiais, Ermida de Nª Sª do Castelo, Aljustrel
  • 68. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação 1554) 1534 1554 Altar-mor: Santos Óleos junto da pia . Mesa de alvenaria baptismal; sem grades. . Retábulo . Sacrário (Santo Sacramento) . Tabuleiro com 6 degraus Portal renascentista, executado entre 1538 e 1554.
  • 69. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação 1565) “Pia de baptizar: (…) estaa entramdo polla porta primcipall a mão esquerda cercada de grades novas de bordo fechadas com sua chave; (…) dous almareos em que estão os Santos Oleos, baptisteiro, livros de baptizados, casados e difuntos; os Santos Oleos estavão como compria.” NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa Pormenor - pia baptismal quinhentista. Porto: dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP,.
  • 70. Matriz de São Pedro de Panóias
  • 71. Matriz de Alhos Vedros, São Lourenço
  • 72. Capela baptismal (Catedral de Angra do Heroísmo)
  • 73. Cofre dos Óleos Santos (oferecido por D. Jorge de Lencastre) Setúbal, Igreja de São Julião Fotografias: Mário Cunha.
  • 74. Âmbula (Garrafa dos Santos Óleos no Inventário do Âmbula dos Santos Óleos Museu). Nº Inv. RE.SA.1.158 our Nº Inv. MS/CJ 2920/O.54 – 13,2x10cm Prata, séc. XVII/XVIII, 40,2g Origem e propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Fonte: www.inventarioaevora.com.pt Setúbal Fotografias: Mário Cunha. Óleo dos Catecúmenos , Óleo do Crisma e Óleo dos Enfermos
  • 75. Matriz de Cacela, a Velha (Visitação 1565) Determina-se a colocação de grades de bordo, torneadas, na capela-mor e a abertura de uma fresta fechada com vidro. 1565 NEVES, Francisco Manuel Coelho, 2008/2009 – Materiais e formas na construção religiosa quinhentista. Porto: Projecção tridimensional dos confessionários do arco dissertação de Mestrado de História da Arte Portuguesa, FLUP. cruzeiro
  • 76. Matriz de Alhos Vedros, São Lourenço, capela lateral