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Jornal da Fentect - Correios na mira da privatizaçãoJornal da Fentect - Correios na mira da privatização
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Coletivo Nacional dos Eletricitários

  1. Rio de Janeiro, 16 de Março de 2023. NOTA À IMPRENSA: O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) em virtude do derretimento das ações do Credit Suisse, solicita que o sr. Ivan de Souza Monteiro, presidente do Conselho da Eletrobras (e também vice-presidente do Conselho do Credit Suisse Brasil, veja currículo), peça imediata- mente afastamento temporário do Conselho da Eletro- bras para dedicar-se às recentes questões do banco. Entendemos que a crise do Credit Suisse, que derru- bou de maneira contundente as bolsas de valores de Nova Iorque, dos mercados europeus e do Brasil, exige que o presidente Ivan de Souza Monteiro se dedique integralmente ao banco Credit Suisse. Neste contexto, solicitamos seu afastamento temporário do Conselho da Eletrobras. A complexidade e o dia a dia da Eletrobras exigem de- dicação intensa do presidente do Conselho, haja vista as mudanças e problemas estruturais do processo de capitalização da empresa. Ademais, o salário do presi- dente do CA é astronômico, o que exigiria dedicação exclusiva. O CEO e o chairman são os pilares da governança de qualquer companhia aberta. Hoje, na mídia, há diver- sas matérias de periódicos do mundo todo sobre os problemas e particularidades do Credit Suisse, cuja re- putação está globalmente abalada (veja matéria aqui). Não queremos o contágio desta crise de confiança do Credit Suisse na reputação e nos valores mobiliários da Eletrobras. Recentemente, a crise da Americanas, que teve consta- tado um rombo de R$ 40 bilhões no seu balanço, des- truindo a vida de milhares de trabalhadores, os sonhos de centenas de pequenos e médios fornecedores e contaminando todo o mercado de crédito bancário do país, gerou diversas repercussões negativas na imagem da Eletrobras. Lembramos que Vicente Falconi, Conselheiro da Eletro- bras tem relação íntima e histórica com o trio Lemann, Telles e Sicupira e o conselheiro Pedro Batista de Lima Filho (veja currículo) é fundador da 3G Radar e sócio da 3G Capital. Além deles, Elvira (Diretora Financeira), Wilson (CEO) e Ivan (presidente do CA) tiveram apoio formal da 3G para serem alçados às suas posições atuais. Dada a essencialidade do setor elétrico brasileiro para a vida da sociedade e dinamismo da economia brasilei- ra, pedimos: • que a AGU defenda os bens e direitos da União no capital social e solicite o afastamento temporário do chairman até se passar a grave crise do Credit Suis- se (a gestão do banco, em algum momento, poderá ter que prestar esclarecimentos sobre a solvência do banco e as fraquezas no balanço); • que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN e o BNDES, enviem para a governança da Ele- trobras a formalização para que a União possa indicar conselheiros no board da Eletrobras, tão abalada pela contaminação que a crise das Americanas (do grupo 3G Capital) e do Credit Suisse trazem a alguns inte- grantes e respectivamente ao board da Eletrobras; • que o MME convoque os conselheiros Ivan (Cre- dit Suisse) e os conselheiros Pedro e Vicente Falconi (ligados a 3G Capital, dona da Americanas) para ques- tionar as repercussões das crises do Credit Suisse e da Americanas nos papéis da companhia. • que o Executivo Brasileiro concentre esforços para levantar os atos lesivos aos bens e direitos da União com a privatização criminosa da Eletrobras, sobretudo no que tange aos erros crassos de preci- ficação da companhia, prejuízos aos consumidores brasileiros, esterilização das ações da União e abusi- vidade das pílulas de veneno aos direitos do erário. Os esforços do Executivo devem se dar na arena de governança, jurídica e política. Fazemos um apelo ao presidente Lula que interve- nha com a máxima urgência na Eletrobras, pois os exemplos da Americanas e do Credit Suisse são mais do que suficientes para mostrar que a União, é uma espécie de rainha da Inglaterra na hora de votar (tem 43% das ações com direito a voto, mas seu voto é li- mitado a 10%, enquanto qualquer outro investidor com 10% das ações ordinárias tem os mesmos 10% dos votos que a União) simultaneamente ao risco que carrega de maior devedora no caso de uma recupera- ção judicial. A forma em que a União é vilipendiada nos seus bens e direitos na Eletrobras não encontra amparo em ne- nhum outro mercado de capitais do mundo. Lembramos que o Credit Suisse, que está gerando esta crise de repercussões globais, apoiou abertamente a privatização da Eletrobras e seus analistas sempre se colocaram contra qualquer reivindicação de direito do Estado Brasileiro no capital social da empresa. Coletivo Nacional dos Eletricitários
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