8. Esta lenda fala-nos de um monge que num certo dia estava a rezar o salmo,
no coro, com os seus irmãos, mas havia uma frase no salmo que o monge
não percebia que era “mil anos à vista de Deus são como o dia de ontem que
já passou”. Então foi pedir a Deus para que o ajudasse com aquelas
palavras.
Enquanto o monge tentava perceber o sentido, sentado no coro, entrou um
pássaro a cantarolar o que fez despertar a atenção do monge,pássaro este
que voou em direção ao bosque fora do mosteiro. O monge seguiu-o.
O pássaro pousou numa árvore e monge sentou-se debaixo desta a ouvi-lo.
Passado um tempo o pássaro despareceu e o monge ficou triste, como tal,
voltou para o mosteiro, mas este percebeu que algo não batia certo, porque
o local estava diferente e ele não reconhecia nenhum dos irmãos que ali
estavam, então este foi falar com o chefe do mosteiro. Este ficou bastante
confuso, por isso,o monge mandou trazer os livros de todos os irmãos que já
ali estiveram e o monge percebeu que estava ali há cerca de 300 anos e assim
agradeceu a Deus por lhe ter mostrado o que é que aquelas palavras
significavam.
11. Reza a lenda que, em 1215 a. C. , Santarém era reinada por um
Príncipe chamado a quem todos tratavam por “O Melícola”.
Certo dia, Ulisses, de Ítaca, chegou com os seus companheiros à foz
tempo em Santarém.
do rio Tejo, procurava descanso e paz e decidiu passar algum
Ulisses, como visitante de honra de Gergoris, um dia conheceu a
filha do Príncipe, os dois apaixonaram-se e tiveram um filho
chamado Ábidis. Quando o príncipe descobriu tal coisa, foi procurar
Ulisses para a sua morte.Ulisses apercebeu-se e fugiu para Ítaca.
O Príncipe nada contente com a situação, mandou deitar o bebé
Ábidis pelo o rio com o objetivo de que ele morresse, mas isso não
aconteceu, devido à maré ter subido. Ábidis foi parar a uma gruta
em que diziam que nela vivia uma loba e foi esta que o criou.
Passado 20 anos, Ábidis cresceu e foi apanhado e levado para o
palácio real por caçadores. Sua mãe (filha do Príncipe) reconheceu-o
e seu pai (Príncipe) desta vez, reconheceu que era um membro da
sua família e como não tinha descendentes masculinos educou e
tratou de Ábidis.
Passado uns anos Ábidis sobe ao trono e foi um ótimo rei!
14. Era uma vez uma família muito pobre que vivia próximo de Lagos e
estes viviam apenas dos produtos que as suas hortas lhes davam.
A mulher camponesa nunca podia ir visitar a sua nora, isto porque
cada vez que a ia visitar aparecia sempre um Mouro a querer falar
com ela, até que certa vez esta contou ao seu marido o que se andava
a passar.
O marido disse-lhe apenas que aquele Mouro devia estar encantado
e se eles o ajudassem poderiam ter uma grande recompenssa.
A mulher assim fez, ouviu tudo aquilo que o Mouro queria,que era
um prédio sem portas, sem janelas e sem telhado e ,como
recompensa, ficariam com bastantes jóias e diamantes.
Assim fez a pobre família , mas a mulher fez de má vontade porque
não acreditava que iam receber tal presente.
Quando conseguiram acabar o prédio, a mulher encontrou o
Mouro, este deu-lhe a recompensa e um beijo que lhe deixou a
garganta a ferver. Ao fim de uns tempos, a mulher que nunca
acreditou morreu, mas a sua família aproveitou toda aquela riqueza.
17.
Na minha opinião, este foi um dos melhores livros que eu li e foi um dos que
mais prazer me deu, pois, para conseguir obter informações necessárias para
realizar este trabalho, tive que falar com a escritora Fernanda Frazão!
Além disso, dou bastante importância a este livro porque, hoje em dia, na nossa
geração, nós (alunos) já não damos importância aos nossos antepassados, às
nossas tradições e, claro, às nossas lendas.
Portanto, aconselho todos a lerem estes livros porque são muitos fáceis de ler,
divertidos e, claro, aumentam o conhecimento da nossa cultura Portuguesa!
19. Nome: Fernanda Frazão
Data de Nascimento: 7 de Março de 1951
Idade: 61 anos
Local de nascimento: Lisboa
Mais: Fernanda Frazão é licenciada em História pela Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa (1977).
Fernanda é editora da Apenas Livros desde 1998 e investigadora de
história, em especial na área da literatura tradicional (lendas) e na
dos jogos (cartas de jogar em Portugal).
Faz parte do grupo internacional de investigação “Paradigma da
Continuidade Paleolítica”.
21.
“Fiz a investigação em livros, durante cerca de 3 meses; depois demorei
uns meses largos a reescrever os textos. Como sou formada em
História, decidi incluir informações reais, isto é, históricas, sobre algumas
personagens e locais. Além disso, procurei ir escrevendo em diversos
estilos, um pouco para me divertir. Enquanto eu ia escrevendo e
entregando os textos, as ilustrações iam sendo feitas.”
Fernanda Frazão
23. Lendas Portuguesas da Terra e do Mar (2004)
Jornada Real Vista por Cartas Jogadas (2006)
Portugal, Mundo dos Mortos e das Mouras Encantadas
(2009)
O Culto das Cabeças em Portugal (2011)
Glossário de jogos antigos e Fontes para o Estudo dos
Jogos em Portugal (2012)