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CERÂMICA DE CUNHA - SP
Localizada no Alto Paraíba, o município de Cunha ocupa 1410 km² de colinas e montanhas aninhadas entre as serras do Quebra-Cangalha, da Bocaina e do Mar. Limita-se com Ubatuba, São Luiz do Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José do Barreiro no estado de São Paulo, e a Paraty no estado do Rio de Janeiro. A altitude media é de 1.100 metros e os pontos mais altos são o Pico da Macela (1.840 metros) e o Pico do Cume (1.630 metros). O clima é temperado e seco, com variações de temperatura de –3 a 15ºC no inverno e de 15 a 25ºC no verão.
O estopim para que esta semente germinasse foi a decisão de um grupo de ceramistas (portugueses, brasileiros e japoneses), alguns com especialização no Japão, em se associar e criar ateliê comum na cidade, em 1975.    Entre os fatores que pesaram na opção por Cunha estão a qualidade e a variedade da argila, o clima ameno ideal para o trato com a argila e a beleza da paisagem, própria para atividade criativa. A existência de lenha de eucalipto reflorestado para utilização nos fornos, evitando a destruição da mata natural, foi outro fator considerado pelos artistas ao optar pela cidade. Além disto, o município se situa entre as duas maiores metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro.
A prefeitura cedeu o prédio desativado do Matadouro Municipal para a instalação do ateliê, que funcionou no local até 83 (cinco anos depois ali seria instalada a Casa do Artesão, que funciona no mesmo local até hoje).    O grupo original era liderado pelo arquiteto e ceramista português Alberto Cidraes e pelo casal de ceramistas japoneses Toshiyuki e Mieko Ukeseki. O casal de ceramistas Gilberto Jardineiro e Kimiko Suenaga se incorporou ao núcleo em 1985. Alguns jovens cunhenses se entusiasmaram e viraram aprendizes. Hoje, são os ceramistas profissionais Leí Galvão e Augusto Almada (que trabalham juntos) e Luiz Toledo.
Desde então muita coisa aconteceu. Os  ceramistas , seus ateliers e trabalho são hoje elemento fundamental do patrimônio cultural local. Cunha ocupa um lugar único no panorama e na história da cerâmica contemporânea brasileira. Pólo singular de cerâmica de autor, serve de referência como projeto pioneiro bem sucedido e que continua evoluindo.
30 anos depois da construção do  forno do matadouro  temos na cidade  5 fornos  Noborigama, cobrindo 2 gerações de ceramistas. Soma-se a isso a multiplicação de  ateliers de cerâmica  usando outros tipos de fornos, em anos mais recentes.
 
Em 75 se começou com um espírito de pesquisa, num contexto de intercâmbio cultural pluricontinental. Graças à liberdade de criação e experimentação os ceramistas de Cunha se desenvolveram de forma independente. A diversidade de resultados e abordagens é um dos atrativos do trabalho aqui desenvolvido. Cunha tem também funcionado como escola de cerâmica pela relação aberta existente entre ceramista e aprendiz ou estagiário e também pelas inúmeras pessoas que de passagem aqui colheram subsídios para o que viria a ser a sua vida como ceramistas. Poderemos esforçar-nos para que Cunha para além da pedagogia espontânea ou eventual venha a tornar-se um centro de estudos de cerâmica de forma mais efetiva em parceria com universidades e outras instituições dedicadas à produção de cultura.
Ceramistas e Suas Obras:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Patrícia Castelo Branco Heringer 3º Período – Educação Artística

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Cerâmica de Cunha-SP

  • 2. Localizada no Alto Paraíba, o município de Cunha ocupa 1410 km² de colinas e montanhas aninhadas entre as serras do Quebra-Cangalha, da Bocaina e do Mar. Limita-se com Ubatuba, São Luiz do Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José do Barreiro no estado de São Paulo, e a Paraty no estado do Rio de Janeiro. A altitude media é de 1.100 metros e os pontos mais altos são o Pico da Macela (1.840 metros) e o Pico do Cume (1.630 metros). O clima é temperado e seco, com variações de temperatura de –3 a 15ºC no inverno e de 15 a 25ºC no verão.
  • 3. O estopim para que esta semente germinasse foi a decisão de um grupo de ceramistas (portugueses, brasileiros e japoneses), alguns com especialização no Japão, em se associar e criar ateliê comum na cidade, em 1975.   Entre os fatores que pesaram na opção por Cunha estão a qualidade e a variedade da argila, o clima ameno ideal para o trato com a argila e a beleza da paisagem, própria para atividade criativa. A existência de lenha de eucalipto reflorestado para utilização nos fornos, evitando a destruição da mata natural, foi outro fator considerado pelos artistas ao optar pela cidade. Além disto, o município se situa entre as duas maiores metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro.
  • 4. A prefeitura cedeu o prédio desativado do Matadouro Municipal para a instalação do ateliê, que funcionou no local até 83 (cinco anos depois ali seria instalada a Casa do Artesão, que funciona no mesmo local até hoje).   O grupo original era liderado pelo arquiteto e ceramista português Alberto Cidraes e pelo casal de ceramistas japoneses Toshiyuki e Mieko Ukeseki. O casal de ceramistas Gilberto Jardineiro e Kimiko Suenaga se incorporou ao núcleo em 1985. Alguns jovens cunhenses se entusiasmaram e viraram aprendizes. Hoje, são os ceramistas profissionais Leí Galvão e Augusto Almada (que trabalham juntos) e Luiz Toledo.
  • 5. Desde então muita coisa aconteceu. Os ceramistas , seus ateliers e trabalho são hoje elemento fundamental do patrimônio cultural local. Cunha ocupa um lugar único no panorama e na história da cerâmica contemporânea brasileira. Pólo singular de cerâmica de autor, serve de referência como projeto pioneiro bem sucedido e que continua evoluindo.
  • 6. 30 anos depois da construção do forno do matadouro temos na cidade 5 fornos Noborigama, cobrindo 2 gerações de ceramistas. Soma-se a isso a multiplicação de ateliers de cerâmica usando outros tipos de fornos, em anos mais recentes.
  • 7.  
  • 8. Em 75 se começou com um espírito de pesquisa, num contexto de intercâmbio cultural pluricontinental. Graças à liberdade de criação e experimentação os ceramistas de Cunha se desenvolveram de forma independente. A diversidade de resultados e abordagens é um dos atrativos do trabalho aqui desenvolvido. Cunha tem também funcionado como escola de cerâmica pela relação aberta existente entre ceramista e aprendiz ou estagiário e também pelas inúmeras pessoas que de passagem aqui colheram subsídios para o que viria a ser a sua vida como ceramistas. Poderemos esforçar-nos para que Cunha para além da pedagogia espontânea ou eventual venha a tornar-se um centro de estudos de cerâmica de forma mais efetiva em parceria com universidades e outras instituições dedicadas à produção de cultura.
  • 10.  
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  • 31. Ana Patrícia Castelo Branco Heringer 3º Período – Educação Artística