3. A Primeira Guerra Mundial teve uma
característica marcante em relação a todas as
guerras anteriores: foi um campo inigualável de
provas. Ali emergiram novas doutrinas, que
perduraram por todo o século 20, como o uso
intensivo de granadas, o uso de morteiros para
alcançar posições fortificadas e o emprego de
metralhadoras leves para acompanhar os
assaltos da infantaria. Acima de tudo, foi um
marco na produção de armas em larga escala, de
forma industrial.
4. Peso: 12,7 kg
Comprimento: 96,5 cm
Calibre: .303 polegadas
Ação: operada a gás
Alimentação: tambores de 47 ou 97 cartuchos
Taxa de fogo: 550 tiros por minuto
Velocidade do projétil: 746 m/s
5. Esta metralhadora ligeira, feita para apoiar
os pelotões em avanço, foi inventada em
1911 pelo coronel americano Isaac Newton
Lewis, autor de várias invenções militares.
Entretanto, o Exército americano não foi o
primeiro a utilizá-la: a arma passou antes
pelos belgas e, principalmente, pelos
britânicos, que a usaram extensivamente, até
substituírem-na pela Bren.
6. A Lewis tinha uma grande vantagem
operacional no campo de batalha: pesava
12,7 kg, metade do peso da metralhadora
padrão inglesa, a Vickers. Outra vantagem é
que, embora idealmente necessitasse de uma
dupla, podia ser operada sozinha. Seu custo
de produção era um sexto do da Vickers. Não
à toa, a arma passou a ser colocada também
em tanques e aviões.
7. Carga explosiva: baratol
Peso: 0,45 kg
Detonador: tempo
Delay: 7 segundos (esse tempo foi
posteriormente reduzido para 4 segundos)
8. Virou um dos maiores ícones da guerra
moderna. Projetada por William Mills, em
1915, foi adotada imediatamente pelo
Exército britânico. Podia ser tanto
arremessada quanto lançada de um rifle, com
o auxílio de um “copo” acoplado à boca da
arma e o uso de um cartucho vazio para
impulsão.
9. Calcula-se que foram produzidas 75 milhões
de unidades dessa arma em sua longa
existência (permaneceu em uso pelo Exército
britânico até 1972). A razão do sucesso estava
na sua simplicidade de uso e na eficiência –
ela “funcionava” bem, mesmo detonando
após longos 7 segundos.
10. Tripulação: 3
Comprimento: 12,4 m
Envergadura: 23,7 m
Altura: 4,5 m
Peso (sem carga): 2,7 ton
Peso (carga máxima): 3,9 ton
Motor: 2x Mercedes D IV, de 260 hp cada
Velocidade máxima: 140 km/h
Autonomia: 840 km
Teto: 6 500 m
11. Operado por um piloto e dois artilheiros, o
germânico Gotha foi um dos primeiros
bombardeiros pesados a enfrentar serviço
constante durante a Primeira Guerra
Mundial.
12. A despeito de sua lentidão, de não conseguir
manter o vôo em caso de pane de um dos
motores e de sua relativa vulnerabilidade
(principalmente contra ataques no ventre), os
Gotha inauguraram a era do “terror aéreo”, ao
realizar várias sortidas contra Londres. As
tropas britânicas também sofreram com seus
bombardeios no front. Seus dois motores
emitiam um barulho característico, apelidado
pelas tropas britânicas de “Gotha hum”.
13. Peso do projétil: 4,6 kg
Calibre: 76 mm
Elevação: +45º a +78º
Taxa de fogo: 6 projéteis por minuto
Alcance efetivo: 300 a 1 300 metros
Velocidade: 90 metros por segundo
14. Um morteiro alemão para uso da infantaria,
está versão entrou em serviço em 1916, junto
com seus irmãos “maiores” (calibres de 17 e
25 cm). As rodas eram utilizadas apenas para
transporte, sendo retiradas durante o uso.
15. Foi o terror das trincheiras aliadas, uma vez
que morteiros eram muito mais eficientes do
que canhões na devastação de posições
defensivas, por causa da trajetória em
parábola do projétil. Seu uso foi consagrado
pelos alemães, que tiraram lições da guerra
nipo-russa em Port Arthur, 1904. Ali, os
alemães perceberam que canhões não faziam
grandes estragos em fortificações.
16. Peso: 0,87 kg
Comprimento: 22 cm
Calibre: 7,65 mm ou 9 mm
Alimentação: tambor com 8 cartuchos
17. Projetada pelo engenheiro austríaco Georg
Luger no final do século 19, era uma pistola
semi-automática, utilizada pelo oficialato
alemão durante a Primeira Guerra. A arma
também era empregada por militares que
não tinham como portar rifles – como era o
caso dos pilotos de aviões.
18. Era uma arma confiável e certeira, fruto do
alto padrão de acabamento. No total, foram
produzidas mais de 2 milhões de unidades,
mas sempre “estava em falta”, dada sua
popularidade. Sua fama atravessou as linhas:
os soldados aliados tinham um verdadeiro
fetiche por esse troféu de guerra.