1. Aluno: Ciro Gustavo Scheraiber – Junho/2006
MDF (Medium Density Fiberboard)
Chapa formada a partir da aglutinação de fibras de madeira
(oriundas da trituração da mesma por equipamentos chamados de
desfibradores) com resinas sintéticas, através da ação conjunta da
temperatura e pressão.
O MDF surgiu nos Estados Unidos no início dos anos 60.
Espalhou-se pela Europa em torno da década de 70, mas no Brasil só
veio a ser produzido em escala industrial em 1997.
O MDF assemelha-se à madeira maciça em alguns aspectos
mecânicos e sua consistência, e leva vantagem por não apresentar
“nós”, veios e outras imperfeições. Em relação à madeira aglomerada,
leva vantagem na maioria de seus parâmetros físicos de resistência.
Devido a sua homogeneidade da distribuição de suas fibras, o MDF
apresenta possibilidades de revestimentos variados, tais como pinturas
diversas, verniz, revestimento com papéis decorativos, lâminas de
madeira ou PVC, etc. Existem, além do MDF comum, outros tipos como
o FR (fire resistant) ou MR (moist resistant) – usados em ambientes
externos, por exemplo.
O uso do MDF é muito comum na indústria moveleira, e na construção
civil pode ser visto como pisos finos, rodapés, almofadas de portas,
divisórias, batentes, balaústres, etc.
TOXICIDADE AMBIENTAL
Apesar de ter uma série de qualidades, acima descritas, as resinas
utilizadas para “colar” as fibras de madeira durante a confecção das
chapas MDF são identificadas como elementos poluidores da natureza e
nocivas ao ser humano. Elas emitem o chamado “formaldeído”, gás com
efeitos cancerígenos. O formaldeído é classificado como uma substância
alergénica ou sensibilizante, uma vez que provoca hipersensibilidade
cutânea e/ou respiratória.
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2. Devido ao grande potencial econômico do MDF, e das severas
legislações européias acerca do uso do formaldeído, são feitas diversas
pesquisas no sentido de buscar alternativas para tal resina. Um exemplo
trata-se de uma pesquisa realizada na Faculdade de Engenharia
Agrícola (Feagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que
prevê a substituição da resina sintética pelo uso de um adesivo natural,
feito de óleo de mamona. O óleo, agregado a outros componentes
químicos e processado, resulta em um adesivo líquido, viscoso,
ecologicamente correto.
Durante os ensaios, verificou-se que a chapa com o óleo de
mamona tinha, além de resistências iguais ou superiores às produzidas
com outras resinas, maior resistência à umidade (impermeabilidade),
pois o adesivo formava uma película protetora e resistente, melhorando
inclusive o acabamento do produto. Este adesivo apresenta baixos
teores de toxicidade, sendo classificado como não poluente e não tóxico
ao ser humano.Além disso a resina feita a partir do óleo de mamona é
mais econômica, pois precisa de temperaturas menores e menos energia
para secagem das chapas.
AÇÃO OLFATIVA
Quanto a cheiros, ou relações culturais o MDF passa ileso. O fato
de não ter cheiro de certa maneira colabora para que as pessoas não
percebam o perigo que estão correndo, pois culturalmente elas
relacionam as substâncias tóxicas às mal cheirosas.
MANUTENÇÃO, LIMPEZA E DURABILIDADE
Como já tinha citado acima, o MDF por ser tratado com compostos
químicos apresenta uma vasta gama de possibilidades de tratamento de
acordo com a aplicação que ele vai sofrer: para a aplicação em áreas
externas há a possibilidade de usar um tipo resistente à umidade, etc. E
além disso tem vantagens quanto a perfeição da sua superfície perante
os materiais naturais, pois pode receber diferentes revestimentos,
impermeabilizantes, etc.
INFLAMABILIDADE
Embora o gás formaldeído seja inflamável, acredito que as
quantidades liberadas pelo MDF não sejam relevantes quanto a esse
quesito.
Quanto à inflamabilidade do material, este pode sofrer um
tratamento diferenciado para garantir maior resistência ao fogo. Logo,
em situações de risco não se usa um MDF comum, e sim um tratado
para resistir à situação que estará submetido.
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