SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
Subtítulo
SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA: MAL-DO-SÉCULO
Inspirados nas obras dos poetas Lord
Byron, Goethe, Chateaubriand e Alfred de
Musset, os autores dessa geração também
são conhecidos como "byronianos". As
principais características da geração são:
o individualismo, egocentrismo,
negativismo, dúvida, desilusão, tédio e
sentimentos relacionados à fuga da
realidade, que caracterizam o chamado
ultrarromantismo. São temas recorrentes
nas obra dos autores da segunda geração:
a idealização da infância, a representação
das mulheres virgens sonhadas e a
exaltação da morte. Seus principais poetas
são Álvares de Azevedo, Casimiro de
Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
Lord Byron (1788 - 1824)
George Gordon Byron foi um poeta
romântico inglês que influenciou toda
uma geração de escritores com sua
poesia ultrarromântica. A ele estão
associados termos como o spleen, que
significa tédio, mau humor e
melancolia, geralmente causados por
amores não correspondidos ou pela
descrença na vida em razão da
aproximação da morte, temáticas
comuns na poesia ultrarromântica.
De família aristocrática (porém, com
dívidas), passava a vida a escrever
poesia e a gastar dinheiro, vivendo no
ócio
A segunda geração romântica: uma poesia
arrebatada
A segunda geração romântica é marcada por uma postura de exagero
sentimental que torna inconfundível. Inspirados por escritores ingleses
como Byron e Shelley, os representantes dessa geração liam uma poesia
que exaltava os sentimentos arrebatados ao mesmo tempo que
apresentava o poeta isolados da sociedade, incompreendidos por
defender valores morais e éticos contrários aos interesses econômicos
da burguesia.
Por esse motivo incorporam a imagem de um herói românticos que
defende valores incorruptíveis como a honestidade o amor e o direito a
liberdade. Em nome desses valores estão dispostos sacrificar a propina
vida
A postura exagerada associada ao arrebatamento sentimental, características dos
autores da segunda geração romântica , fez com que ficassem conhecidos como
ULTRARROMANTICOS.
O PROJETO LITERÁRIO DOS ULTRARROMÂNTICOS
• A idealização absoluta e o interesse
por duas ideias essencialmente
românticas - AMOR e MORTE –
definem o projeto literário da
segunda geração.
• Essa geração de poetas atormentados
que frequentemente morriam ainda
jovens foi marcada pela expressão
exacerbada de subjetivismo
pessimista, pelo desejo de evasão da
realidade, ela atração pelo mistério e
ainda pela consciência da
inadaptação do artista a sociedade em
que vive .
DORÉ,G.Paolo e Francesca de Rimini
A POESIA DA SEGUNDA GERAÇÃO E O PUBLICO
• O convívio estreito no espaço acadêmico estimulava a troca de
texto e fazia com que os autores fossem leitores uns dos outros,
realimentando o interesse por temas associados a expressão de
sentimentos individuais, a solidão e as visões idealizadas da
infância e do amor.
• Nas pequenas sociedades estudantis que se formavam, a vida
boemia facilitava a aceitação sem juízo moral, dos textos de seus
membros. A leitura e discussão dessa produção literária
fornecia aos poetas um publico de perfil intelectualmente
respeitável , diferente daquele para o qual recitavam nos salões
burgueses.
LOCUS HORRENDUS: A NATUREZA TEMPESTUOSA
O cenário preferido pelos
poetas ultrarromânticos é
tempestuoso, soturno. As
forcas incontroláveis da
natureza – raios, chuva, ventos
– simbolizam, de certo modo,
os sentimentos violentos que
precisam ganhar expressão
literária. Essa natureza
compõe uma espécie de lugar
horrendo ( locus horrendus)
que acolhe o poeta por refletir
simbolicamente seu
sofrimento individual.
A SEDUÇÃO DA MORTE
• A ideia de morrer para os poetas
ultrarromânticos é algo bom e
tranquilizador, o termo da agonia deda
viver . É no contexto da desilusão e da
maneira pessimista de encarar a
própria existência que a morte surge
como solução.
• A morte é algo atraente, vendo-a como
descanso eterno, refugio para as dores
da vida. A morte é ligada ao amor não
correspondido A fonte e de todo o
desespero, os Poetas ultrarromânticos
procuram a morte , procuram a paz
que não conseguem em vida com a
mulher a Amada.
AMOR E MORTE: AS VIRGENS PÁLIDAS
• Consequência do
deslumbramento com a ideia da
morte, a imagem de beleza
feminina será modificada.
Mulheres pálidas e etéreas
substituem as virgens robustas
de estéticas anteriores.
• Assaltados pelo desejo físico os
ultrarromânticos compõe poemas
em que a associação entre a
perfeição feminina e os traços da
morte parece condenar qualquer
possibilidade de manifestação
física do amor.
MILLAIS,J. Ofélia
A LINGUAGEM DE POESIA DA SEGUNDA GERACAO:
IMAGES E RITMOS
• Embora a liberdade formal continue sendo um
traço característico da produção poética da
segunda geração os autores do período fazem
uso recorrente de algumas palavras que os
auxiliam a construir as imagens de saudade
solidão, morte e pessimismo.
• Os termos escolhidos aludem a uma existência
mais depressiva, marcada em alguns casos pela
irracionalidade: pálpebra demente, matéria
impura, longo pesadelo, desespero pálido são
apenas alguns exemplos das expressões que os
autores selecionam para registrar um olhar mais
pessimista para a vida.
Cassimiro de Abreu (1839-1860) foi o poeta mais lido
e declamado da segunda geração romântica
brasileira. Embora trilhe um caminho individual
diferente, abaca se interessando pelos mesmos temas
que fascinavam os estudantes de Direito do Largo de
São Francisco. A musicalidade de seus versos, que
acentuava a suavidade e facilitava memorização dos
poemas, o modo sensível com que tratou de temas
como a saudade, a natureza e o desejo, sem a carga de
pessimismo e culpa que aparece em outros autores
da época, explicam sua popularidade.
Como aconteceu com vários escritores de sua
geração, Casimiro de Abreu morreu cedo, aos 21
anos, vítima da tuberculose.
CASIMIRO DE ABREU:VERSOS DOCES E MEIGOS
• LEVEZA E SUAVIDADE : O olhar ingênuo para as questões de amor
destaca-se em sua poesia e lhe dá identidade. Suas figuras femininas,
por exemplo, não vêm associadas a imagens de morte. Seus poemas
falam de aspectos comuns da vida: a moça que vende as flores
colhidas no jardim é comparada aos pássaros que brincam entre as
rosas.
• OS BELOS DIAS DA INFANCIA PERDIDA : O sentimento amoroso
também aparece simbolizado pelo saudosismo de uma infância
inocente, ingênua e perfeita. Entre os ultrarromânticos, Casimiro de
Abreu é quem vai explorar o tema do saudosismo. Seus versos simples
caíram no gosto popular e ele se tornou um dos mais conhecidos
poetas de sua geração.
ALVARES DE AZEVEDO: IRONIA, AMOR E MORTE
• Álvares de Azevedo foi o escritor mais bem dotado
da segunda geração romântica. A melancolia e a
presença constante da morte são temas que
percorrem toda sua poesia, ele prepara o leitor
para poemas que exploram as angustias amorosas
ou as ridicularizam. Desse conflito, nasce sua
identidade literária, que o torna único entre os
ultrarromânticos , e que será definida pelo modo
contraste de tratar os temas as época rompendo
com o tom monocórdio e desafiando uma
concepção homogênea e estática de literatura.
Alvares de Azevedo pegou uma tuberculose
pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi
agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado
por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos.
FAGUNDES VARELA: UMA POESIA DE TRANSIÇAO
• Luís Nicolau Fagundes Varela (1841-1875)
Costuma ser associado aos autores da segunda
geração. Embora tenha aparecido tardiamente no
mundo literário de São Paulo, escreveu textos
ultrarromânticos.
O conjunto de sua obra, porém, traz alguns
poemas em que aparecem os primeiros sinais da
preocupação com temas sociais. Essa característica
antecipa o traço fundamental que definirá os
autores da terceira geração romântica brasileira.
Por esse motivo é visto como um autor de
transição. Embriagando-se e escrevendo, faleceu
ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa
parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.
Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.
A poesia arrebatada da segunda geração romântica
A poesia arrebatada da segunda geração romântica

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
2ª Geração do Romantismo
2ª Geração do Romantismo2ª Geração do Romantismo
2ª Geração do Romantismo
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 
3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil
 
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoRomantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
1ª fase do modernismo
1ª fase do modernismo1ª fase do modernismo
1ª fase do modernismo
 
Romantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_oRomantismo brasileiro 2_gera_o
Romantismo brasileiro 2_gera_o
 
Prosa romântica
Prosa românticaProsa romântica
Prosa romântica
 
Modernismo
Modernismo Modernismo
Modernismo
 
Segunda geração modernista
Segunda geração modernistaSegunda geração modernista
Segunda geração modernista
 
Literatura - Realismo
Literatura - RealismoLiteratura - Realismo
Literatura - Realismo
 
Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
A hora da estrela
A hora da estrelaA hora da estrela
A hora da estrela
 
Romantismo contexto histórico e características
Romantismo   contexto histórico e característicasRomantismo   contexto histórico e características
Romantismo contexto histórico e características
 
Pré modernismo-slides
Pré modernismo-slidesPré modernismo-slides
Pré modernismo-slides
 
Realismo no brasil ll
Realismo no brasil llRealismo no brasil ll
Realismo no brasil ll
 
Parnasianismo'
Parnasianismo'Parnasianismo'
Parnasianismo'
 

Destaque (15)

Beijing (China)
Beijing (China)Beijing (China)
Beijing (China)
 
Poesia romântica no Brasil
Poesia romântica no BrasilPoesia romântica no Brasil
Poesia romântica no Brasil
 
John Lennon Show
John Lennon ShowJohn Lennon Show
John Lennon Show
 
La invasion arabe
La invasion arabeLa invasion arabe
La invasion arabe
 
O romantismo em_outras_manifestações_artísticas[1]
O romantismo em_outras_manifestações_artísticas[1]O romantismo em_outras_manifestações_artísticas[1]
O romantismo em_outras_manifestações_artísticas[1]
 
Eurico, o Presbítero - 2ª A - 2011)
Eurico, o Presbítero - 2ª A - 2011)Eurico, o Presbítero - 2ª A - 2011)
Eurico, o Presbítero - 2ª A - 2011)
 
Eurico o presbítero
Eurico o presbíteroEurico o presbítero
Eurico o presbítero
 
Almeida garret -_poemas
Almeida garret -_poemasAlmeida garret -_poemas
Almeida garret -_poemas
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Manual elevador-de-canecas-faco
Manual elevador-de-canecas-facoManual elevador-de-canecas-faco
Manual elevador-de-canecas-faco
 
Volume de sólidos I
Volume de sólidos IVolume de sólidos I
Volume de sólidos I
 
Eurico, o presbítero
Eurico, o presbíteroEurico, o presbítero
Eurico, o presbítero
 
Poesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida GarretPoesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida Garret
 
Alexandre herculano
Alexandre herculanoAlexandre herculano
Alexandre herculano
 
Texto a abóbada
Texto a abóbadaTexto a abóbada
Texto a abóbada
 

Semelhante a A poesia arrebatada da segunda geração romântica

2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração românticaAndriane Cursino
 
O romantismo no brasil
O romantismo no brasilO romantismo no brasil
O romantismo no brasilstrawhiit
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)juliannecarvalho
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedoAps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedojuliannecarvalho
 
Segunda geração romântica
Segunda geração românticaSegunda geração romântica
Segunda geração românticaLucas Adryel
 
Lira dos vinte anos (3)marco 2º b
Lira dos vinte anos (3)marco 2º bLira dos vinte anos (3)marco 2º b
Lira dos vinte anos (3)marco 2º bteresakashino
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na TavernaKauan_ts
 
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptx
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptxApresentação geral de seminário dos alunos.pptx
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptxAlaeteMedeiros1
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSIsaquel Silva
 
início-romantismo
início-romantismoinício-romantismo
início-romantismoLucass72
 
Romantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilRomantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilJosi Motta
 
Slide: Prosa gótica, Literatura.
Slide: Prosa gótica, Literatura.Slide: Prosa gótica, Literatura.
Slide: Prosa gótica, Literatura.agendab
 

Semelhante a A poesia arrebatada da segunda geração romântica (20)

2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica
 
O romantismo no brasil
O romantismo no brasilO romantismo no brasil
O romantismo no brasil
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedoAps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
 
Segunda geração romântica
Segunda geração românticaSegunda geração romântica
Segunda geração romântica
 
Lira dos vinte anos (3)marco 2º b
Lira dos vinte anos (3)marco 2º bLira dos vinte anos (3)marco 2º b
Lira dos vinte anos (3)marco 2º b
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
 
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIOPROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
 
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptx
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptxApresentação geral de seminário dos alunos.pptx
Apresentação geral de seminário dos alunos.pptx
 
O Romantismo
O RomantismoO Romantismo
O Romantismo
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Literatura Tipo A
Literatura Tipo ALiteratura Tipo A
Literatura Tipo A
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
 
Literatura Tipo B
Literatura Tipo BLiteratura Tipo B
Literatura Tipo B
 
início-romantismo
início-romantismoinício-romantismo
início-romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Literatura Tipo C
Literatura Tipo CLiteratura Tipo C
Literatura Tipo C
 
Romantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilRomantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasil
 
Slide: Prosa gótica, Literatura.
Slide: Prosa gótica, Literatura.Slide: Prosa gótica, Literatura.
Slide: Prosa gótica, Literatura.
 
A rosa do_povo
A rosa do_povoA rosa do_povo
A rosa do_povo
 

Mais de alinesantana1422

Mais de alinesantana1422 (18)

Embriologia geral
Embriologia geralEmbriologia geral
Embriologia geral
 
Câncer de Intestino
Câncer de IntestinoCâncer de Intestino
Câncer de Intestino
 
Pilha e eletrolise
Pilha e eletrolisePilha e eletrolise
Pilha e eletrolise
 
Pós-modernismo
Pós-modernismoPós-modernismo
Pós-modernismo
 
Ética:por que e para que ?
Ética:por que e para que ?Ética:por que e para que ?
Ética:por que e para que ?
 
Isomeria Geométrica cis-trans
Isomeria Geométrica cis-trans Isomeria Geométrica cis-trans
Isomeria Geométrica cis-trans
 
O romance de 1930
O romance de 1930O romance de 1930
O romance de 1930
 
Segunda Guerra Mundial 1939-1945
Segunda Guerra Mundial 1939-1945Segunda Guerra Mundial 1939-1945
Segunda Guerra Mundial 1939-1945
 
Petróleo e Combustão
Petróleo e Combustão Petróleo e Combustão
Petróleo e Combustão
 
Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica
 
Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
 
O anarquismo, as ideias anarquistas
O anarquismo, as ideias anarquistasO anarquismo, as ideias anarquistas
O anarquismo, as ideias anarquistas
 
O estocismo e abusca da ataraxia
O estocismo e abusca da ataraxiaO estocismo e abusca da ataraxia
O estocismo e abusca da ataraxia
 
Morfologia das angiospermas
Morfologia das angiospermasMorfologia das angiospermas
Morfologia das angiospermas
 
O mundo em conflito
O mundo em conflitoO mundo em conflito
O mundo em conflito
 
JAPAO
JAPAOJAPAO
JAPAO
 
Convecção
ConvecçãoConvecção
Convecção
 
Irradiação
IrradiaçãoIrradiação
Irradiação
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 

Último (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 

A poesia arrebatada da segunda geração romântica

  • 2. SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA: MAL-DO-SÉCULO Inspirados nas obras dos poetas Lord Byron, Goethe, Chateaubriand e Alfred de Musset, os autores dessa geração também são conhecidos como "byronianos". As principais características da geração são: o individualismo, egocentrismo, negativismo, dúvida, desilusão, tédio e sentimentos relacionados à fuga da realidade, que caracterizam o chamado ultrarromantismo. São temas recorrentes nas obra dos autores da segunda geração: a idealização da infância, a representação das mulheres virgens sonhadas e a exaltação da morte. Seus principais poetas são Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela. Lord Byron (1788 - 1824) George Gordon Byron foi um poeta romântico inglês que influenciou toda uma geração de escritores com sua poesia ultrarromântica. A ele estão associados termos como o spleen, que significa tédio, mau humor e melancolia, geralmente causados por amores não correspondidos ou pela descrença na vida em razão da aproximação da morte, temáticas comuns na poesia ultrarromântica. De família aristocrática (porém, com dívidas), passava a vida a escrever poesia e a gastar dinheiro, vivendo no ócio
  • 3. A segunda geração romântica: uma poesia arrebatada A segunda geração romântica é marcada por uma postura de exagero sentimental que torna inconfundível. Inspirados por escritores ingleses como Byron e Shelley, os representantes dessa geração liam uma poesia que exaltava os sentimentos arrebatados ao mesmo tempo que apresentava o poeta isolados da sociedade, incompreendidos por defender valores morais e éticos contrários aos interesses econômicos da burguesia. Por esse motivo incorporam a imagem de um herói românticos que defende valores incorruptíveis como a honestidade o amor e o direito a liberdade. Em nome desses valores estão dispostos sacrificar a propina vida A postura exagerada associada ao arrebatamento sentimental, características dos autores da segunda geração romântica , fez com que ficassem conhecidos como ULTRARROMANTICOS.
  • 4. O PROJETO LITERÁRIO DOS ULTRARROMÂNTICOS • A idealização absoluta e o interesse por duas ideias essencialmente românticas - AMOR e MORTE – definem o projeto literário da segunda geração. • Essa geração de poetas atormentados que frequentemente morriam ainda jovens foi marcada pela expressão exacerbada de subjetivismo pessimista, pelo desejo de evasão da realidade, ela atração pelo mistério e ainda pela consciência da inadaptação do artista a sociedade em que vive . DORÉ,G.Paolo e Francesca de Rimini
  • 5. A POESIA DA SEGUNDA GERAÇÃO E O PUBLICO • O convívio estreito no espaço acadêmico estimulava a troca de texto e fazia com que os autores fossem leitores uns dos outros, realimentando o interesse por temas associados a expressão de sentimentos individuais, a solidão e as visões idealizadas da infância e do amor. • Nas pequenas sociedades estudantis que se formavam, a vida boemia facilitava a aceitação sem juízo moral, dos textos de seus membros. A leitura e discussão dessa produção literária fornecia aos poetas um publico de perfil intelectualmente respeitável , diferente daquele para o qual recitavam nos salões burgueses.
  • 6. LOCUS HORRENDUS: A NATUREZA TEMPESTUOSA O cenário preferido pelos poetas ultrarromânticos é tempestuoso, soturno. As forcas incontroláveis da natureza – raios, chuva, ventos – simbolizam, de certo modo, os sentimentos violentos que precisam ganhar expressão literária. Essa natureza compõe uma espécie de lugar horrendo ( locus horrendus) que acolhe o poeta por refletir simbolicamente seu sofrimento individual.
  • 7. A SEDUÇÃO DA MORTE • A ideia de morrer para os poetas ultrarromânticos é algo bom e tranquilizador, o termo da agonia deda viver . É no contexto da desilusão e da maneira pessimista de encarar a própria existência que a morte surge como solução. • A morte é algo atraente, vendo-a como descanso eterno, refugio para as dores da vida. A morte é ligada ao amor não correspondido A fonte e de todo o desespero, os Poetas ultrarromânticos procuram a morte , procuram a paz que não conseguem em vida com a mulher a Amada.
  • 8. AMOR E MORTE: AS VIRGENS PÁLIDAS • Consequência do deslumbramento com a ideia da morte, a imagem de beleza feminina será modificada. Mulheres pálidas e etéreas substituem as virgens robustas de estéticas anteriores. • Assaltados pelo desejo físico os ultrarromânticos compõe poemas em que a associação entre a perfeição feminina e os traços da morte parece condenar qualquer possibilidade de manifestação física do amor. MILLAIS,J. Ofélia
  • 9. A LINGUAGEM DE POESIA DA SEGUNDA GERACAO: IMAGES E RITMOS • Embora a liberdade formal continue sendo um traço característico da produção poética da segunda geração os autores do período fazem uso recorrente de algumas palavras que os auxiliam a construir as imagens de saudade solidão, morte e pessimismo. • Os termos escolhidos aludem a uma existência mais depressiva, marcada em alguns casos pela irracionalidade: pálpebra demente, matéria impura, longo pesadelo, desespero pálido são apenas alguns exemplos das expressões que os autores selecionam para registrar um olhar mais pessimista para a vida.
  • 10. Cassimiro de Abreu (1839-1860) foi o poeta mais lido e declamado da segunda geração romântica brasileira. Embora trilhe um caminho individual diferente, abaca se interessando pelos mesmos temas que fascinavam os estudantes de Direito do Largo de São Francisco. A musicalidade de seus versos, que acentuava a suavidade e facilitava memorização dos poemas, o modo sensível com que tratou de temas como a saudade, a natureza e o desejo, sem a carga de pessimismo e culpa que aparece em outros autores da época, explicam sua popularidade. Como aconteceu com vários escritores de sua geração, Casimiro de Abreu morreu cedo, aos 21 anos, vítima da tuberculose. CASIMIRO DE ABREU:VERSOS DOCES E MEIGOS
  • 11. • LEVEZA E SUAVIDADE : O olhar ingênuo para as questões de amor destaca-se em sua poesia e lhe dá identidade. Suas figuras femininas, por exemplo, não vêm associadas a imagens de morte. Seus poemas falam de aspectos comuns da vida: a moça que vende as flores colhidas no jardim é comparada aos pássaros que brincam entre as rosas. • OS BELOS DIAS DA INFANCIA PERDIDA : O sentimento amoroso também aparece simbolizado pelo saudosismo de uma infância inocente, ingênua e perfeita. Entre os ultrarromânticos, Casimiro de Abreu é quem vai explorar o tema do saudosismo. Seus versos simples caíram no gosto popular e ele se tornou um dos mais conhecidos poetas de sua geração.
  • 12.
  • 13. ALVARES DE AZEVEDO: IRONIA, AMOR E MORTE • Álvares de Azevedo foi o escritor mais bem dotado da segunda geração romântica. A melancolia e a presença constante da morte são temas que percorrem toda sua poesia, ele prepara o leitor para poemas que exploram as angustias amorosas ou as ridicularizam. Desse conflito, nasce sua identidade literária, que o torna único entre os ultrarromânticos , e que será definida pelo modo contraste de tratar os temas as época rompendo com o tom monocórdio e desafiando uma concepção homogênea e estática de literatura. Alvares de Azevedo pegou uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos.
  • 14.
  • 15. FAGUNDES VARELA: UMA POESIA DE TRANSIÇAO • Luís Nicolau Fagundes Varela (1841-1875) Costuma ser associado aos autores da segunda geração. Embora tenha aparecido tardiamente no mundo literário de São Paulo, escreveu textos ultrarromânticos. O conjunto de sua obra, porém, traz alguns poemas em que aparecem os primeiros sinais da preocupação com temas sociais. Essa característica antecipa o traço fundamental que definirá os autores da terceira geração romântica brasileira. Por esse motivo é visto como um autor de transição. Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto. Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.