O documento discute o atendimento de crianças e adolescentes com esclerose múltipla (EM) no Centro Estadual de Referência para Atenção a Pacientes Portadores de Doenças Desmielinizantes do Hospital da Restauração no período de 2007. Apresenta dados sobre a distribuição de casos de EM por faixa etária, predominância de sintomas e desfechos clínicos de acordo com a idade de início da doença. Destaca a abordagem interprofissional para o tratamento dessa população.
1. Alex Bernardo da SILVA1,Roberta da Paz MELO1,Niedja Maria de ARRUDA1, Maria Lúcia Brito FERREIRA 2 ,Taciana MIRELA3, Jakelline Cipriano dos Santos RAPOSO3
1Enfermeiro(a) Serviço de Neurologia Hospital da Restauração, Recife, PE. 2 Neurologista do Serviço de Neurologia e Coordenadora de Centro Estadual de Referência para Atenção a Pacientes
Portadores de Doenças Desmielinizantes do Hospital da Restauração (CRAPPDD-HR), Recife, PE. 3 Mestranda do programa de Hebiatria da Universidade de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
Correspondência : alexsilvarecife@hotmail.com
O ATENDIMENTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE COM
ESCLEROSE MULTIPLA
A EM na infância e adolescência apresenta características
próprias, diferentes daquelas do adulto, o rumo da doença e as
transformações biopsicossocial próprias da idade, exigem um
atendimento interprofissional, sendo necessário que cada um
dos profissionais tenha seu âmbito de ação e de
responsabilidades delimitados, favorecendo assim a excelência
no atendimento.
FERREIRA MLB ET AL.Pediatric Multiple Sclerosis:Analysis of
clinical and epidemiological aspects according to National MS
Society Consensus 2007. Arq Neuropsiquiatr 2008;66(3-
B):665-670.
FERREIRA MLB ET AL. Centro de Referência Pa Atenção ao
Portador de Esclerose Múltipla- Criação e Dinâmica de
Funcionamento. Recife, PE:CRAPPDD-HR.
MACHADO S ET AL. Recomendações Esclerose Múltipla. São
Paulo: OMNIFARMA, 2012.
COLABORADORES
REFERÊNCIAS
A. Silva, R. Melo, N. Arruda, M. Ferreira participaram da
pesquisa, elaboração e redação do texto. J. Raposo e T. Mirela
participaram da elaboração e revisão final do texto.
1. INTRODUÇÃO
O diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM) em crianças e
adolescentes está se tornado uma realidade cada vez mais
presente, no entanto este tema carece de uma maior
produção cientifica.
Este relato de experiência visa contribuir para um maior
conhecimento sobre a doença e seus efeitos deletérios na
criança e adolescente, bem como o tratamento destinado a
está clientela.
Relato de experiência 7 no atendimento a criança e
adolescente com EM, no Centro Estadual de Referência para
Atenção a Pacientes Portadores de Doenças
Desmielinizantes do Hospital da Restauração - CRAPPDD-HR
no período de ______ a _______ de 2007
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dados de 2007 revelaram 3(9,7%) casos de EM infantil precoce
(0 a 5 anos), 9(29%), infantil tardia (6 a 10 anos), e 19 (61,3%),
juvenil (11 a 17 anos), gráfico 1.
A razão feminino:masculino igualou-se a 1,8:1, variando
segundo idade de início.
Predominou comprometimento motor 12(38,7%) e de tronco
encefálico ou cerebelo 7(22,5%), especialmente nos surtos
subsequentes da forma surto-remissão.
O tempo para diagnóstico e o índice médio de recidivas foram
maiores na infantil precoce que na juvenil (p=0,049 e p=0,028,
respectivamente).
O grau de incapacidade foi maior nas formas primária e
secundária progressiva, assim como na infantil precoce.
Gráfico 1 – Distribuição da faixa etária dos 31 casos de EM
envolvendo crianças e adolescentes de 0 a 17 anos.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
EM infantil precoce (0 a 5 anos)
EM infantil tardia (6 a 10 anos)
EM juvenil (11 a 17 anos)
Ocorrências
No atendimento a este público foi disponibilizada uma equipe
formada por especialistas das áreas de neurologia, oftalmologia,
urologia, psiquiatria, fisiatria, nutrição, fonoaudiologia,
fisioterapia e psicologia.
Além desses, a enfermagem, a orientar seus cuidadores quanto à
adesão e obediência às normas do tratamento; o serviço social,
assistindo a família para minimizar as perdas sociais, já que seus
elementos indiretamente sofrem com a evolução da doença, e a
farmácia, exercendo a farmacovigilância na administração das
medicações excepcionais.
4. CONCLUSÃO