Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro
Empirismo
Componentes: Cleisson Schell, Mateus Bündchen, Pedro Pelliccioli
e Vinícius Marcante
Disciplina: Filosofia
Professor: Alexandre Misturini
Data: 28/04/2015
Introdução:
Com esse trabalho pretendemos mostrar o que é o empirismo, quem foram
seus principais defensores e quais são os principais princípios de um
pensamento empirista.
Conceito
Empirismo: empiria (experiência)
Ismo (sufixo que determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica).
Temos, assim, a “corrente filosófica da experiência”.
O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a
sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se
percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação
de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à
percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da
consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não
vê diferença entre o espirito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda
pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.
Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método
científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende
que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em
vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.
Principal Defensor
John Locke (1632-1704), filósofo inglês. O empirismo defendido ficou
conhecido como empirismo britânico, e influenciou diversos filósofos.
Locke defendeu que a experiência forma as ideias em nossa mente, no seu
livro Ensaio acerca do entendimento humano, de 1690. Na introdução, ele
escreve que “só a experiência preenche o espírito com ideias”. Para
argumentar a favor, Locke critica o conceito de que já existem ideias em nossa
mente (ideias inatas). Ele procura demonstrar que qualquer ideia que temos
não nasce conosco, mas se inicia na experiência. A experiência, para Locke,
não são as experiências de vida. Experiência para ele são as nossas
sensações (sentidos). Ouvimos, enxergamos, tocamos, saboreamos e
cheiramos. Cada um dos cinco sentidos leva informações para o nosso
cérebro. A razão tem a função de unir dados captados pelas nossas
experiências. Segundo Locke “nada pode existir na mente sem antes ter
passado pelos sentidos”. Quando nascemos não sabemos o que é uma maçã,
mas formamos a ideia de maçã a partir dos sentidos. Vemos a sua cor,
sentimos o seu aroma, tocamos sua casca e mordemos a fruta. Cada uma
dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã. A partir da sensação,
há a reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos
sentidos perceberam do mundo. Para confirmar sua teoria, o filósofo inglês
antecipa futuras críticas. Entre as possibilidades de crítica, existe o argumento
de que somos capazes de ter ideias de coisas que nunca foram percebidas
pelos nossos sentidos.
Locke argumenta contra este tipo de crítica, pois mesmo ideias de seres
mitológicos como sereias, unicórnios e faunos são apenas junções de ideias
que já tivemos anteriormente. Uma sereia é a união da ideia de mulher e peixe.
Não há nada nessas ideias que não tenha sido conhecida previamente.
Outros defensores
George Berkeley (1685-1753) - Depois de Locke, o empirismo britânico
conheceu a reformulação. Para ele, o que conhecemos do mundo não é
realmente o que o mundo é. O mundo não é o que percebemos dele.
Podemos perceber o mundo através dos sentidos, mas não o conhecer de
verdade.
David Hume (1711-1776) - Natural de Edimburgo, Escócia.
De acordo com Hume, só existe o que percebemos. Todas as relações que
fazemos entre o que conhecemos não são conhecimentos verdadeiros.
Podemos conhecer uma bola e podemos conhecer um pé, porém se chutamos
uma bola não há nada que confirme que a bola se move porque foi o pé que a
moveu. Com isto, Hume critica as ciências, pois trabalham com a ideia de
causa e efeito. Essa relação de causalidade (causa-efeito) é uma relação entre
ideias e é, portanto, não verdadeira. Tudo o que pensamos ser verdadeiro,
como a causa do movimento da bola, é imaginação. Se o que sabemos vem da
experiência e a experiência apenas nos informa um pouco sobre como o
mundo, precisamos, de acordo com o empirismo, estar atentos e críticos às
falsas ideias que não podem ser verificadas pelos sentidos. O empirismo
causou uma grande revolução na ciência, pois graças a essa valorização da
experiência e do conhecimento científico, o homem passou a buscar resultados
práticos, buscando o domínio da natureza. A partir do empirismo surgiu a
metodologia científica.
Conclusão:
Com este trabalho pode-se perceber que o empirismo é uma corrente filosófica
na qual o conhecimento se dá através de experiências. Nele existe a afirmação
de que o homem é como uma folha em branco, no qual as experiências é que
são responsáveis por dizer qual serão as ideias desse homem, sua
personalidade e sua sabedoria. Seguindo esse raciocínio, podemos ver que o
homem é moldado desde quando nasce, pelas pessoas, objetos e pela
sociedade que o cerca.