O documento contrasta a perspectiva cética e preocupada de adultos com a visão mais positiva, curiosa e cheia de imaginação das crianças. Ele descreve como crianças vêem beleza em coisas como flores, sorrisos de estranhos e poças de lama, enquanto adultos tendem a se focar nos aspectos negativos ou problemas potenciais. O autor reflete que talvez devêssemos aprender com a capacidade das crianças de apreciar as pequenas alegrias da vida.
2. Quando olho dentes-de-leão, eu vejo ervas daninhas
invadindo meu quintal.
Meus filhos
vêem flores
para a mãe e
sopram a
penugem
branca
pensando em
um desejo.
3. Quando olho um velho mendigo que me sorri,
eu vejo uma pessoa suja que provavelmente
quer dinheiro e eu me afasto.
Meus filhos vêem
alguém sorrir para
eles e sorriem
de volta.
4. Quando ouço uma música, eu gosto. Mas não sei cantar
e não tenho ritmo; então me sento e escuto.
Meus filhos sentem a batida e dançam. Cantam e se
não sabem a letra, criam a sua própria.
5. Quando sinto um forte vento em
meu rosto, me esforço contra ele.
Sinto-o atrapalhando meu
cabelo e empurrando-me
para trás enquanto ando.
Meus filhos fecham seus
olhos, abrem seus braços
e voam com ele, até que caiam a
rir pela terra.
6. Quando rezo, eu digo Tu e Vós
e conceda-me isto, dê-me aquilo.
Meus filhos dizem,
"Olá Deus!
Agradeço por
meus brinquedos e
meus amigos.
Por favor, mantenha
longe os maus sonhos
hoje à noite. Eu ainda não
quero ir para o céu.
Eu sentiria falta
de minha mãe
e de meu pai."
7. Quando olho uma poça de lama eu dou a volta.
Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos.
Meus filhos
sentam-se nela.
Vêem represas para construir, rios para cruzar
e bichinhos para brincar.
8. Eu só queria saber se
os filhos nos foram
dados para os
ensinarmos ou para
aprendermos...
9. porque um dia
poderá olhar para
trás e descobrir
que eram grandes
coisas grandes.
Eu recomendo
que você aprecie
as pequenas
coisas da vida,
10. E, pra finalizar, desejo à você
grandes
poças de lama...
e dentes-de-leão!!!