2. Caminho para se chegar a um fim;
Modo ordenado de fazer as coisas;
Conjunto de procedimentos técnicos e
científicos.
MÉTODOS
3. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Um conjunto de princípios teórico-procedimentais que
organizam o trabalho pedagógico em torno da
alfabetização.
Um conjunto de saberes práticos ou de princípios
organizadores do processo de alfabetização,
(re)criados pelo professor em seu trabalho pedagógico.
4. .
“É difícil comprovar a superioridade absoluta
de um método sobre outro.
(..) uma turma x pode obter maiores ou menores
resultados dependendo do que se considera como
“bons resultados” em matéria de leitura: capacidade
de decodificar quaisquer novas combinações de
letras? Leitura oral ou fluente? Interpretação do
significado?”
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed.
São Paulo: Ática, p.35-42
Qual é o melhor método
para ensinar a ler?
5. Se todos os métodos servem para aprender a
ler, tanto faz escolher um ou outro?
“Não, absolutamente. (...) Exemplo: pessoas
recém-alfabetizadas por métodos sintéticos são
em geral mais atentas à decodificação integral
do texto, que é lido palavra por palavra, sem
omissões ou substituições. Contudo, são
menos preparadas para a tarefa de
interpretação”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo:
Ática, p.35-42.
6. O que deve ser levado em conta no
momento de escolher um método?
“Simples: estude o método antes de aplicá-lo. É melhor
refletir antes do que corrigir depois.
Recomendações:
considere os fundamentos teóricos (...),
as etapas de aplicação (...),
o material necessário (...),
os resultados previsíveis (...)”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
8. MÉTODOS SINTÉTICOS
(alfabético, silábico, fônico)
(Orientações da SEE, cad. 3, pg.36)
PROPOSTA ENFOQUE VANTAGENS LIMITAÇÕES
Progressão de
unidades
menores (letra,
fonema, sílaba) a
unidades mais
complexas
(palavra, frase,
texto).
Processos de
decodificação,
análise
fonológica,
relações entre
fonemas (sons) e
grafemas (letras)
Possibilita a análise
das relações entre
fonemas (sons ou
unidades sonoras) e
grafemas (letras ou
grupo de letras)
Promove o
desenvolvimento da
consciência fonológica
e os processos de
codificação e
decodificação.
Desconsidera os usos e
funções sociais da
escrita.
Em algum momento, o
aprendiz tem que se
desvincular da fala para
codificar (escrever) e
decodificar (ler)
palavras, frases e textos,
já que em alguns casos
a escrita não representa
os sons da fala.
9. MÉTODOS ANALÍTICOS (cad.3)
(palavração, sentenciação, global contos/textos)
(Orientações da SEE, cad. 3, pg.36)
PROPOSTA
ENFOQUE VANTAGENS
LIMITAÇÕES
Progressão de
unidades de
sentido mais
amplas (palavra,
frase, texto) a
unidades
menores (sílabas
e sua
decomposição
em grafemas e
fonemas).
Compreensão
de sentidos e
aprendizagem
ideovisual
(reconheci-
mento global
pela silhueta
da palavra,
frase ou texto).
Reconhecimento
global e mais
rápido das
palavras,
possibilitando a
leitura de
unidades com
sentido desde o
início da
escolarização.
Se não houver uma correta
orientação do professor:
Pode dificultar a leitura com
sentido quando o texto apre-
sentar palavras completamente
novas.
Se não houver uma orientação
correta para a decodificação,
corre-se o risco do aluno utilizar
do recurso da memorização sem
observar que as palavras são
compostas de unidades menores.
10. MARCHA
1º Passo: Memorização do nome das letras;
2º Passo: Representação gráfica;
3º Passo: Representação famílias silábicas (b+a=ba; b+e=be, b+i=bi)
4º Passo: Monossílabos, dissílabos, trissílabos e sílabas não canônicas.
5º Passo: Textos segmentados (a ca sa a ma re la na flo res ta)
MÉTODO ALFABÉTICO (SOLETRAÇÃO)
(SINTÉTICO)
11. MARCHA
1º passo: Vogais: nome e som das letras são iguais
2º passo: palavras formadas apenas por vogais
3º passo: apresentação dos fonemas regulares (d, b, f, j,m,n...) de
forma isolada e processualmente os irregulares
4º passo: junção dos fonemas regulares e, processualmente os
irregulares, com as vogais, formando sílabas
5º passo: formação de palavras
6º passo: formação de frases
7º passo: formação de textos
MÉTODO FÔNICO
(SINTÉTICO)
12. MARCHA
1º passo: Apresenta-se as vogais, com ajuda de ilustrações e palavras como
“o” de OVO; “e” de ELEFANTE;
2º passo: Apresentam-se as sílabas canônicas, utilizando palavras e ilustrações
e destacando a sílaba na palavra: ma de macaco, na de navio, pa de
panela, e as não canônicas, de forma processual;
3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na palavra;
4º passo: Formação de palavras;
5º passo: Formação de frases;
6º passo: Formação de pequenos textos.
MÉTODO SILÁBICO
(SINTÉTICO)
13. MARCHA
1º passo: Apresentação de palavras ilustradas que fazem parte do universo
infantil;
2º passo: Memorização (leitura e escrita da palavra)
3º passo: divisão silábica das palavras
4º passo: formação de novas palavras com as sílabas estudadas;
5º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas
6º passo: formação de frases
7º passo: formação de textos
PALAVRAÇÃO
(ANALÍTICO)
14. MARCHA
1º passo: Apresentação de frases que fazem parte do universo
infantil;
2º passo: Memorização (leitura e escrita da frase);
3º passo: Observação de palavras semelhantes dentro da sentença;
4º passo: Formação de grupo de palavras;
5º passo: Isolamento de elementos conhecidos dentro da palavra
(sílaba);
6º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas
SENTENCIAÇÃO
(ANALÍTICO)
15. MARCHA
1º passo: Apresentação de partes do texto com sentido completo,
em cartazes;
2º passo: Memorização - leitura e escrita do texto;
3º passo: Decomposição do texto estudado em frases, (iniciando-
se o estudo do 2º cartaz);
4º passo: Decomposição das frases em palavras;
5º passo: Decomposição das palavras em sílabas;
6º passo: Formação de novas palavras com as sílabas estudadas;
7º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas.
GLOBAL DE TEXTOS/CONTOS
(ANALÍTICO)
16. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
(equilíbrio e articulação)
• princípios de decodificação e de organização
do sistema alfabético-ortográfico da escrita;
• princípios de compreensão, reconhecimento
global e construção de sentidos em contextos
de usos sociais da escrita e da leitura;
• princípios pertinentes à progressão das
capacidades das crianças, com ênfase em
intervenções para avanços.
Caderno 3 SEE/MG
17. E hoje, que critérios observar na escolha
dos métodos de alfabetização?
- Qualquer que seja o método escolhido,
deve ser observado um envolvimento
sistemático dos alunos com a escrita em
muitas situações sociais.
- Qualquer que seja o método, o
reconhecimento da dimensão fonológica
da língua é indispensável para a aquisição
da base alfabética.
18.
19. Orientações para a Organização do
Ciclo Inicial de Alfabetização
(Caderno 1 – p.22)
“As metodologias de ensino, por si
mesmas, não são suficientes para
assegurar resultados positivos, pois
dependem sempre do professor, de sua
sensibilidade para interpretar as
necessidades dos alunos –
particularmente daqueles queparticularmente daqueles que
apresentam dificuldades no processoapresentam dificuldades no processo
de aprendizagem”.de aprendizagem”. (grifo nosso)(grifo nosso)
20. “Mais do que pensar em métodos, é preciso
compreender os processos de aprendizagem
da criança ao tentar reconstruir a
representação do sistema alfabético”.
EMÍLIA FERREIRO
21. TEORIA X MÉTODO
Caminho para chegar a um fim;
Modo ordenado de fazer as
coisas;
Conjunto de procedimentos
técnicos e científicos.
Forma de pensar e
entender algum
fenômeno.
MÉTODOTEORIA
22. ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO (Magda Soares,
1998)
O PAPEL DO PROFESSOR É ENSINAR A LER E
ESCREVER NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS
SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA, DE MODO
QUE O INDIVÍDUO SE TORNE, AO MESMO
TEMPO, ALFABETIZADO E LETRADO.
23. MÉTODOS DE
ALFABETIZAÇÃO
Longe de estarem aqui para nos
confundir, para determinar nossa
personalidade ou nossa prática
como professores,estão aqui para
nos darem suporte e nos ajudar a
alcançar nossas metas!
24. Eu educo hoje,
Com os valores que eu recebi ontem
Para as pessoas que são o amanhã.
Os valores de ontem eu conheço,
Os de hoje, percebo alguns
Dos de amanhã, não sei.
Se só uso os de hoje,não educo: complico
Se só uso os de ontem, não educo: condiciono.
Se só uso os de amanhã, não educo
Faço experiências as custas das crianças
EDUCAR EM TRÊS TEMPOS
25. Se uso os três, sofro, mas educo
Por isto educar é perder sempre, sem perder-se.
Educa quem fundi ontens, hojes e amanhãs
Transformando-os num presente
Onde o amor e o livre arbítrio
Sejam as bases.
Terezinha Matheus Andrade
26. Para saber mais sobre métodos...
Orientações para a Organização do
Ciclo Inicial de Alfabetização
Caderno 1, p.22 - Um problema de método?
Caderno 2, p.11 – Concepção de alfabetização e letramento
Caderno 3, p.35 – O lugar da discussão metodológica no
conjunto de decisões relacionadas à alfabetização
Cantalelê
Caderno do Professor, p.2 – A disputa entre os métodos de
alfabetização.
27. REFERÊNCIAS E
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1999. 95p.
Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Orientações para a organização do
ciclo inicial de alfabetização. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação
de Minas Gerais, 2003. 6 vol.
ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emilio a Emilia: a trajetória de alfabetização.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez,
1991.103p.
FONTANA, Roseli; CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo:
Atual, 1997. 231p.
FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. METODOLOGIA e didáticas de
alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Belo
Horizonte: CEALE, 2005.
Guia do Alfabetizador. Belo Horizonte: 2008.
MADI, Sônia. Cantalelê.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2000. 70p.
LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos.
São Paulo: Vozes, 1994. 90p.
28. REFERÊNCIAS E
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização:
método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética em Paulo
Freire. São Paulo: Cortez, 2007.150p.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um
processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione 1997. 111p.
Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares
nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
126p.
RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998, 336p
SEE. Resolução 1086/2008. Belo Horizonte: 16/04/2008.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 1999.124p.
VEREDAS, Coleção. Formação Superior de Professores. Módulo 5, vol. 1,
SEE/MG, pg. 27.
www.google.com.br, pesquisa baseada nos termos: História dos Métodos de
Alfabetização, Vygotsky, Métodos de Alfabetização, Piaget, Construtivismo,
Comenius, Paulo Freire,entre outros.
portal.mec.gov.br, em História dos Métodos de Alfabetização no Brasil, de Maria
do Rosário Longo Mortatti