SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
1
Pneumopatias Ocupacionais
Prof. Dr. Clovis Botelho
Universidade Federal de Mato Grosso
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
I Curso de Pneumologia na Graduação
Faculdade de
Medicina da Bahia
29 a 31
Maio de 2008
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P.Ocupacionais
Pneumopatias Ocupacionais
Agravos respiratórios relacionados com o ambiente de trabalho:
Nexo Causal
Principais Agentes:
Poeiras Inorgânicas e Orgânicas
Gases Tóxicos, Aerossóis solúveis, Fungos
2
EXPOSIÇÃO
VIAS AÉREAS
PARÊNQUIMA
ASMA OCUPACIONAL
DPOC OCUPACIONAL
PNEUMOCONIOSES
P.HIPERSENSIBILIDADE
CARCINOMAS
MESOTELIOMA
Exposição: gases, vapores, partículas
SAÚDE EXPOSIÇÃO
EFEITO
BIOLÓGICO
PERÍODO DE
INDUÇÃO
SINTOMAS
PRECOCES
PERÍODO DE
LATÊNCIA
QUADRO
CLÍNICO
TERAPIADESENLACE
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
REABILITAÇÃO
DIAGNÓSTICO
PRECOCE
VIGILÁNCIA
PREVENÇÃO
CLÍNICAREINSERÇÃO
HISTORIA NATURAL DA DOENÇA
3
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P. Ocupacionais
Asma ocupacional
Obstrução variável das vias aéreas inferiores
induzidas por agentes inaláveis presentes no
ambiente de trabalho.
Causas imunológicas (alérgicas): produtos de
origem animal e vegetal, metais, isocianatos etc.
Não imunológicas: substâncias irritantes
ASMA OCUPACIONAL/ART
ASMA OCUPACIONAL
Asma agravada no local
de trabalho
Asma “alérgica”
(com período de latência)
Asma não “alérgica”
(sem período de latência)
≠
4
TIPOS DE ASMA OCUPACIONAL
Imunulógica: com período de latência.
Mediada por IgE (atopia): substâncias APM: animais, cereais,
plantas, látex, enzimas. Substâncias BPM (haptenos): platina,
anidridos, antibióticos
4 Mediada por Células: Linfócitos T ativados (CD4 ou
CD8): substâncias de BPM: isocianatos, níquel, metais duros
Não imunológica: Síndrome da disfunção reativa das vias
aéreas: reação inflamatória inespecífica: amônia, cloro, TDI, ar
frio e endotoxinas (silos)
Cascata inflamatória
linfócito TH2
Fator
ambiental mastócito
/ basófilo
FcεRI (receptores de alta afinidade)
IL-4
IL-13
plasmócito
linfócito B
IgE
sintomas
alérgicos
Fator ambiental
(re-exposição)
Histamina
Leucotrienos
Prostaglandinas
Citocinas
mastócito
(degranulação)
macrófago
(célula dendrítica apresentadora
de antígeno)
IgE - Mediadores inflamatórios
IgE
Fator ambiental
FcεRI
Em minutos
Mediadores lipídicos:
Prostaglandinas
Leucotrienos
Em horas
Produção de citocinas:
Especificamente IL-4, IL-13
Liberação imediata
Conteúdo dos grânulos:
Histamina, TNF-α,
Proteases, Heparina
5
• Chiado ou sibilos
• Aperto no peito
• Tosse
• Dispnéia
• Hiperresponsividade
• Dano epitelial
• Proliferação celular
• ↑da matriz celular
• Remodelamento
Inflamação
Aguda
Inflamação
Crônica
Sintomas Alterações Estruturais
Sintomas Respiratórios
ASMA OCUPACIONAL
Prevalência
• Espanha (AJRCCM 1996;154:137) 5 a 7%
• Austrália (New South Wales) (Occup Med 2006;56:258-262) 9,5%
• França (Eur Resp J 2002;19:84-89) 5 a 11%
• EUA (Occup Env Med 2002; 59: 505-511) 3 a 4,5
Principais ramos de atividade econômica
• Indústrias de plásticos (13.3%)
• Indústrias de material mecânico, elétrico e eletrônico (13.3%)
• Montadoras de veículos (8.3%)
• Serviços de limpeza (8.0%)
• Indústrias químicas e farmacêuticas (7.6%)
• Outras (49.5%)
Algranti, Mendonça e Rosa. Anais da IV Semana de Pesquisa, FUNDACENTRO, P.93-7, 2000
6
ASMA OCUPACIONAL
Farinhas
23,3%
Isocianatos
16,6%
Aldeídos
5,5%
Outros
Agentes
43,0%
Persulfatos
4,1%
Látex
7,5%
Outros
41,8%
Padeiros
23,8%
Saúde
12,0%
Cabeleireiros
5,2%
Madeiras
4,8%
Pintores
9,0%
ONAP (460 casos de AO)
(Eur Resp J 2002;19:84-89)
DIFICULDADES NA DEFINIÇÃO
• Desencadeamento por estímulos inespecíficos
• Multicausalidade
• Asma pré-existente e atopia
• Persistência de sintomas após o afastamento
Diagnóstico
História clínica compatível
Presença de agente conhecidamento causador de
AO em ambiente de trabalho
Testes de função pulmonar
– Espirometria
– Broncoprovocação
– inespecífica
– específica
– Pico de fluxo expiratório
7
Instrumentos diagnósticos
• História 96% - Nexo causal
• Função pulmonar 62%
• Curvas de pico de fluxo 56%
• Testes sorológicos 18%
• Provocação brônquica 6%
Post WK et al. Stepwise health surveillance...Occup. Environ. Med. 1998;55:119-125
CONCLUSÕES
• A prevalência de AO é de 5 a 10% das formas de asma.
• A prevalência de AO é muito variável, dependo essencialmente
do tipo de atividade econômica desenvolvida em cada região.
• Implicações sociais importantes: adaptação X desemprego
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P. Ocupacionais
8
PNEUMOCONIOSES
1. Natureza da partícula
2. Tamanho da partícula
3. Concentração por m3
4. Tempo de exposição
5. Intensidade da exposição
6. Suscetibilidade individual
PNEUMOCONIOSES
FIBROGÊNICAS: exposição à sílica, asbesto,
carvão, poeira mista
NÃO FIBROGÊNICAS: exposição ao ferro,
estanho, bário, rocha fosfática
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P. Ocupacionais
9
SILICOSE
Agente patogênico = sílica livre (Si02) ou dióxido
de silício, na forma livre (quartzo)
Aplicações do Silício
• Semicondutores;
• Transistores;
• Chips de computadores;
• Célula solar para transformar energia solar em energia elétrica;
• Graxas, abrasivos e lubrificantes (silicones);
• Componente essencial para vidros em geral (silicatos);
• Componente do aço (carbeto de silício, SiC);
• Cimento;
TOXICIDADE DA SÍLICA
Tamanho da partícula
Sílica livre ou cristalina
Presença de fratura recente (menos de 6 h)
10
Atividades de risco
Mineração
Indústria metalúrgica
Indústria naval
Indústria de vidro
Indústria cerâmica
Pedreiras
Cavadores de poços
Fundições
SILICOSE
SILICOSE
Aguda
Curta latência, meses a 5 anos de exposição maciça à sílica livre:
intenso infiltrado inflamatório intersticial.
Evolução radiológica dramática, sobrevida menor que 1 ano.
Clínica: quadro geral e respiratório extremamente limitante.
Grupos mais atingidos: Jateadores de areia, moagem de pedra.
SILICOSE AGUDA
• NÓDULOS, 1 – 10 mm
• PODEM COALESCER E CAVITAR
• SUCETIBILITADE PARA TB
• SÍLICO-PROTEINOSE
11
SILICOSE
Sub-Aguda
Média latência, em geral após 5 anos de exposição.
Presença de nódulos silicóticos/ inflamatório intenso
Evolução radiológica rápida, tendência a grandes opacidades.
Clínica: sintomas respiratórios precoces e limitantes como a dispnéia.
Grupos mais atingidos: Cavadores de Poços e Mineradores de Ouro
Silicose
Forma sub-aguda
SILICOSE
Crônica:
Longa latência, geralmente + de 10 anos.
Progressão da doença: Fibrose Pulmonar + Nódulos silicóticos
Clínica pobre, a não ser em estágios mais avançados
Grupos mais atingidos: Indústria Cerâmica, Pedreiras.
12
12 anos de exposição
Silicose
Forma crônica
Casca de ovo – patognomônico de silicose
13
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P. Ocupacionais
Exposição ao Asbesto
Alterações Pleurais Benignas
Mesotelioma Pleural
Câncer de Pulmão
Pneumoconiose: Asbestose
Exposição ao ASBESTO
Construção: fibrocimento (amianto), elementos isolantes.
Têxtil: roupas ou EPI que utilizam amianto (segurança).
Plástica: pisos vinílicos, adesivos, tintas e impermeabilizantes.
Automotiva: sistemas de freio e embreagem.
Mineração: extração e transporte de amianto.
14
Período de Latência - asbesto
• Lesões pleurais benignas 15-20a
• Asbestose >10a
• Câncer de pulmão >30a
• Mesoteliomas 30-40a
MESOTELIOMA
Lesão: pleura, peritônio e pericárdio.
Doença: desfavorável, expectativa de vida de 12 meses
Diagnóstico: Nexo causal, Imagem, biópsia a céu aberto.
Exposição: Acima de 30 anos de exposição.
Mesotelioma Pleural
15
CT – Mesotelioma Pleural
CÂNCER DE PULMÃO
• Não há tipo histológico prevalente
• Longos períodos de latência
• Todos os tipos de asbesto
• Não há limite de segurança estabelecido
• Efeito sinérgico com tabagismo
16
Pneumoconiose - ASBESTOSE
Os sintomas mais precoces: dispnéia aos esforços
Tempo de Latência >10 a
Prova funcional - Padrão predominante restritivo
Radiologia – fibrose intersticial 1/3 médio e bases
Biópsia – Fibrose peribronquiolar + corpos asbestóticos
17
Corpo asbestótico
18
Corpo asbestótico
Objetivos
1. Introdução: exposição/nexo causal, história
natural da doença;
2. Asma Ocupacional: definição, classificação,
epidemiologia, diagnóstico;
3. Pneumoconioses: Fatores de risco
4. Silicose: definição e classificação
5. Exposição ao Asbesto.
6.Conduta nas P. Ocupacionais
SAÚDE EXPOSIÇÃO
EFEITO
BIOLÓGICO
PERÍODO DE
INDUÇÃO
SINTOMAS
PRECOCES
PERÍODO DE
LATÊNCIA
QUADRO
CLÍNICO
TERAPIADESENLACE
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
REABILITAÇÃO
DIAGNÓSTICO
PRECOCE
VIGILÁNCIA
PREVENÇÃO
CLÍNICAREINSERÇÃO
HISTORIA NATURAL DA DOENÇA
19
PO: PROFILAXIA
No ambiente de trabalho:
Programa de Proteção Respiratória
Segurança do trabalhador
Proteção Coletiva: ventilação /exaustão
Proteção Individual: EPI
Proteção respiratória individual
PO: Conduta legal
Tipos de Documentos:
1. CAT – Comunicação da Doença Profissional de Trabalho.
2. Laudo de Exame Médico.
3. Resultados dos exames laboratoriais.
4. Solicitação de afastamento do trabalho e/ou readaptação ou
reabilitação profissional.
20
MUITO OBRIGADO !

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)
Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)
Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)Jaime Alves
 
Pneumologia pneumoconioses
Pneumologia   pneumoconiosesPneumologia   pneumoconioses
Pneumologia pneumoconiosesadrianomedico
 
CIPA - Como tudo começou...
CIPA - Como tudo começou...CIPA - Como tudo começou...
CIPA - Como tudo começou...mafm_martins
 
Amianto na Escola
Amianto na EscolaAmianto na Escola
Amianto na Escolamaneltovar
 
Parte I - Introdução
Parte I - IntroduçãoParte I - Introdução
Parte I - Introduçãorafasillva
 
Curso de cipa apresentação power point 15 11 05
Curso de cipa   apresentação power point 15 11 05Curso de cipa   apresentação power point 15 11 05
Curso de cipa apresentação power point 15 11 05Nilton Goulart
 
Parte II - Silicose
Parte II - SilicoseParte II - Silicose
Parte II - Silicoserafasillva
 
Release do Projeto EMF-SP
Release do Projeto EMF-SPRelease do Projeto EMF-SP
Release do Projeto EMF-SPemfsp
 
Aula 3 doenças ocupacionais
Aula 3   doenças ocupacionaisAula 3   doenças ocupacionais
Aula 3 doenças ocupacionaisDaniel Moura
 
Aula 02 epidemiologia das doenças ocupacionais
Aula 02   epidemiologia das doenças ocupacionaisAula 02   epidemiologia das doenças ocupacionais
Aula 02 epidemiologia das doenças ocupacionaiseducopa
 
Aula 1 reconhecimento de risco
Aula 1 reconhecimento de riscoAula 1 reconhecimento de risco
Aula 1 reconhecimento de riscompaffetti
 

Mais procurados (14)

Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)
Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)
Doenças ocupacionais - Asbestose e Silicose (Jaime Alves)
 
Pneumologia pneumoconioses
Pneumologia   pneumoconiosesPneumologia   pneumoconioses
Pneumologia pneumoconioses
 
CIPA - Como tudo começou...
CIPA - Como tudo começou...CIPA - Como tudo começou...
CIPA - Como tudo começou...
 
Silicose
SilicoseSilicose
Silicose
 
Amianto na Escola
Amianto na EscolaAmianto na Escola
Amianto na Escola
 
Parte I - Introdução
Parte I - IntroduçãoParte I - Introdução
Parte I - Introdução
 
Curso de cipa apresentação power point 15 11 05
Curso de cipa   apresentação power point 15 11 05Curso de cipa   apresentação power point 15 11 05
Curso de cipa apresentação power point 15 11 05
 
Parte II - Silicose
Parte II - SilicoseParte II - Silicose
Parte II - Silicose
 
Release do Projeto EMF-SP
Release do Projeto EMF-SPRelease do Projeto EMF-SP
Release do Projeto EMF-SP
 
Aula 3 doenças ocupacionais
Aula 3   doenças ocupacionaisAula 3   doenças ocupacionais
Aula 3 doenças ocupacionais
 
Aula 02 epidemiologia das doenças ocupacionais
Aula 02   epidemiologia das doenças ocupacionaisAula 02   epidemiologia das doenças ocupacionais
Aula 02 epidemiologia das doenças ocupacionais
 
Aula 1 reconhecimento de risco
Aula 1 reconhecimento de riscoAula 1 reconhecimento de risco
Aula 1 reconhecimento de risco
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 

Destaque

Mf30 project1
Mf30 project1Mf30 project1
Mf30 project1vetters
 
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.RosarioCarmonaMarin98
 
Circuitos eléctrico01
Circuitos eléctrico01Circuitos eléctrico01
Circuitos eléctrico01darioleime
 
Campus tecnificación 2013'
Campus tecnificación 2013'Campus tecnificación 2013'
Campus tecnificación 2013'FATENIS
 
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATER
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATERGREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATER
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATERCamille Delcour
 
Libro de 1º B Srta. Silvia
Libro de 1º B Srta. SilviaLibro de 1º B Srta. Silvia
Libro de 1º B Srta. Silviacristareyes
 
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...Andreas Grabner
 

Destaque (11)

Mf30 project1
Mf30 project1Mf30 project1
Mf30 project1
 
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.
La maquina de vapor. Rosario Carmona Marín.
 
Circuitos eléctrico01
Circuitos eléctrico01Circuitos eléctrico01
Circuitos eléctrico01
 
Taxatelier_Brochure_v4_web
Taxatelier_Brochure_v4_webTaxatelier_Brochure_v4_web
Taxatelier_Brochure_v4_web
 
Campus tecnificación 2013'
Campus tecnificación 2013'Campus tecnificación 2013'
Campus tecnificación 2013'
 
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATER
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATERGREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATER
GREEN CITIZEN’S GUIDE – I WATCH OUT WATER
 
Libro de 1º B Srta. Silvia
Libro de 1º B Srta. SilviaLibro de 1º B Srta. Silvia
Libro de 1º B Srta. Silvia
 
58_edugirl
58_edugirl58_edugirl
58_edugirl
 
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...
Performance Quality Metrics for Mobile Web and Mobile Native - Agile Testing ...
 
Belgian art contest
Belgian art contestBelgian art contest
Belgian art contest
 
soalan SPM
soalan SPMsoalan SPM
soalan SPM
 

Semelhante a Pneumopatias ocupacionais: diagnóstico e conduta

Doenças ocupacionais pneumoatual (1)
Doenças ocupacionais pneumoatual (1)Doenças ocupacionais pneumoatual (1)
Doenças ocupacionais pneumoatual (1)Rose Lima
 
Aula introdução biossegurança
Aula introdução biossegurança Aula introdução biossegurança
Aula introdução biossegurança laiscarlini
 
biossegurança 1 aula.pptx
biossegurança 1 aula.pptxbiossegurança 1 aula.pptx
biossegurança 1 aula.pptxDaniela Chucre
 
Aplicações da radioatividade
Aplicações da radioatividadeAplicações da radioatividade
Aplicações da radioatividadeAna Clara Raft
 
Cipa os caras
Cipa os carasCipa os caras
Cipa os carasstoc3214
 
Higiene ocupacional para iniciantes
Higiene ocupacional para iniciantesHigiene ocupacional para iniciantes
Higiene ocupacional para iniciantesMaicom Santos
 
Apresentação monografia
Apresentação monografiaApresentação monografia
Apresentação monografiaguest4f4d85f
 
Biosseguranca
Biosseguranca  Biosseguranca
Biosseguranca UERGS
 
CIPA Treinamento.ppt
CIPA Treinamento.pptCIPA Treinamento.ppt
CIPA Treinamento.pptAdelmaSiles
 
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptx
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptxCaracterização e Formação sobre o Amianto.pptx
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptxLilianaMoura13
 
Asma ocupacional artigo especial - imunologia clínica
Asma ocupacional   artigo especial - imunologia clínicaAsma ocupacional   artigo especial - imunologia clínica
Asma ocupacional artigo especial - imunologia clínicaadrianomedico
 
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdf
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdfRiscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdf
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdfDaniel Entorno
 

Semelhante a Pneumopatias ocupacionais: diagnóstico e conduta (20)

Doenças ocupacionais pneumoatual (1)
Doenças ocupacionais pneumoatual (1)Doenças ocupacionais pneumoatual (1)
Doenças ocupacionais pneumoatual (1)
 
Aula introdução biossegurança
Aula introdução biossegurança Aula introdução biossegurança
Aula introdução biossegurança
 
biossegurança 1 aula.pptx
biossegurança 1 aula.pptxbiossegurança 1 aula.pptx
biossegurança 1 aula.pptx
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
Cipa apresentacao
Cipa apresentacaoCipa apresentacao
Cipa apresentacao
 
Aplicações da radioatividade
Aplicações da radioatividadeAplicações da radioatividade
Aplicações da radioatividade
 
Cipa os caras
Cipa os carasCipa os caras
Cipa os caras
 
Higiene ocupacional para iniciantes
Higiene ocupacional para iniciantesHigiene ocupacional para iniciantes
Higiene ocupacional para iniciantes
 
Apresentação monografia
Apresentação monografiaApresentação monografia
Apresentação monografia
 
Biosseguranca
Biosseguranca  Biosseguranca
Biosseguranca
 
St 03
St 03St 03
St 03
 
Ppra goianesia limagrian guerra do brasil sa
Ppra goianesia   limagrian guerra do brasil saPpra goianesia   limagrian guerra do brasil sa
Ppra goianesia limagrian guerra do brasil sa
 
Apresentacao amianto
Apresentacao amiantoApresentacao amianto
Apresentacao amianto
 
CIPA Treinamento.ppt
CIPA Treinamento.pptCIPA Treinamento.ppt
CIPA Treinamento.ppt
 
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptx
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptxCaracterização e Formação sobre o Amianto.pptx
Caracterização e Formação sobre o Amianto.pptx
 
Asma ocupacional artigo especial - imunologia clínica
Asma ocupacional   artigo especial - imunologia clínicaAsma ocupacional   artigo especial - imunologia clínica
Asma ocupacional artigo especial - imunologia clínica
 
Doenças ocupacionais 2
Doenças ocupacionais 2Doenças ocupacionais 2
Doenças ocupacionais 2
 
Periculosidade em posto abastecimento
Periculosidade em posto abastecimentoPericulosidade em posto abastecimento
Periculosidade em posto abastecimento
 
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdf
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdfRiscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdf
Riscos em estabelecimentos veterinários - tópicos introdutórios.pdf
 
Mastite
MastiteMastite
Mastite
 

Mais de adrianomedico

Um processo de terapia para a gagueira
Um processo de terapia para a gagueiraUm processo de terapia para a gagueira
Um processo de terapia para a gagueiraadrianomedico
 
Um ensaio sobre a gagueira
Um ensaio sobre a gagueiraUm ensaio sobre a gagueira
Um ensaio sobre a gagueiraadrianomedico
 
Tratamento farmacológico da gagueira
Tratamento farmacológico da gagueiraTratamento farmacológico da gagueira
Tratamento farmacológico da gagueiraadrianomedico
 
Saiba mais sobre a gagueira infantil
Saiba mais sobre a gagueira infantilSaiba mais sobre a gagueira infantil
Saiba mais sobre a gagueira infantiladrianomedico
 
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeus
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeusProblemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeus
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeusadrianomedico
 
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...adrianomedico
 
Para quem a escola gagueja
Para quem a escola gaguejaPara quem a escola gagueja
Para quem a escola gaguejaadrianomedico
 
Gagueira tem tratamento
Gagueira tem tratamentoGagueira tem tratamento
Gagueira tem tratamentoadrianomedico
 
Gagueira não tem graça, tem tratamento
Gagueira não tem graça, tem tratamentoGagueira não tem graça, tem tratamento
Gagueira não tem graça, tem tratamentoadrianomedico
 
Gagueira não é emocional
Gagueira não é emocionalGagueira não é emocional
Gagueira não é emocionaladrianomedico
 
Gagueira e núcleos da base
Gagueira e núcleos da baseGagueira e núcleos da base
Gagueira e núcleos da baseadrianomedico
 
Gagueira e disfluência geral
Gagueira e disfluência   geralGagueira e disfluência   geral
Gagueira e disfluência geraladrianomedico
 
Gagueira e dificuldade de aprendizagem
Gagueira e dificuldade de aprendizagemGagueira e dificuldade de aprendizagem
Gagueira e dificuldade de aprendizagemadrianomedico
 
Gagueira estudo molecular dos genes g
Gagueira   estudo molecular dos genes gGagueira   estudo molecular dos genes g
Gagueira estudo molecular dos genes gadrianomedico
 
Gagueira disfluência
Gagueira   disfluênciaGagueira   disfluência
Gagueira disfluênciaadrianomedico
 
Gagueira até onde é normal
Gagueira   até onde é normalGagueira   até onde é normal
Gagueira até onde é normaladrianomedico
 
Gagueira a teoria na prática
Gagueira   a teoria na práticaGagueira   a teoria na prática
Gagueira a teoria na práticaadrianomedico
 

Mais de adrianomedico (20)

Um processo de terapia para a gagueira
Um processo de terapia para a gagueiraUm processo de terapia para a gagueira
Um processo de terapia para a gagueira
 
Um ensaio sobre a gagueira
Um ensaio sobre a gagueiraUm ensaio sobre a gagueira
Um ensaio sobre a gagueira
 
Tratamento farmacológico da gagueira
Tratamento farmacológico da gagueiraTratamento farmacológico da gagueira
Tratamento farmacológico da gagueira
 
Seu filho gagueja.
Seu filho gagueja.Seu filho gagueja.
Seu filho gagueja.
 
Saiba mais sobre a gagueira infantil
Saiba mais sobre a gagueira infantilSaiba mais sobre a gagueira infantil
Saiba mais sobre a gagueira infantil
 
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeus
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeusProblemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeus
Problemas na fala atrapalham carreira de reis e plebeus
 
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...
 
Para quem a escola gagueja
Para quem a escola gaguejaPara quem a escola gagueja
Para quem a escola gagueja
 
Genes da gagueira
Genes da gagueiraGenes da gagueira
Genes da gagueira
 
Gagueira tem tratamento
Gagueira tem tratamentoGagueira tem tratamento
Gagueira tem tratamento
 
Gagueira não tem graça, tem tratamento
Gagueira não tem graça, tem tratamentoGagueira não tem graça, tem tratamento
Gagueira não tem graça, tem tratamento
 
Gagueira não é emocional
Gagueira não é emocionalGagueira não é emocional
Gagueira não é emocional
 
Gagueira infantil
Gagueira infantilGagueira infantil
Gagueira infantil
 
Gagueira e núcleos da base
Gagueira e núcleos da baseGagueira e núcleos da base
Gagueira e núcleos da base
 
Gagueira e disfluência geral
Gagueira e disfluência   geralGagueira e disfluência   geral
Gagueira e disfluência geral
 
Gagueira e dificuldade de aprendizagem
Gagueira e dificuldade de aprendizagemGagueira e dificuldade de aprendizagem
Gagueira e dificuldade de aprendizagem
 
Gagueira estudo molecular dos genes g
Gagueira   estudo molecular dos genes gGagueira   estudo molecular dos genes g
Gagueira estudo molecular dos genes g
 
Gagueira disfluência
Gagueira   disfluênciaGagueira   disfluência
Gagueira disfluência
 
Gagueira até onde é normal
Gagueira   até onde é normalGagueira   até onde é normal
Gagueira até onde é normal
 
Gagueira a teoria na prática
Gagueira   a teoria na práticaGagueira   a teoria na prática
Gagueira a teoria na prática
 

Pneumopatias ocupacionais: diagnóstico e conduta

  • 1. 1 Pneumopatias Ocupacionais Prof. Dr. Clovis Botelho Universidade Federal de Mato Grosso SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA I Curso de Pneumologia na Graduação Faculdade de Medicina da Bahia 29 a 31 Maio de 2008 Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P.Ocupacionais Pneumopatias Ocupacionais Agravos respiratórios relacionados com o ambiente de trabalho: Nexo Causal Principais Agentes: Poeiras Inorgânicas e Orgânicas Gases Tóxicos, Aerossóis solúveis, Fungos
  • 2. 2 EXPOSIÇÃO VIAS AÉREAS PARÊNQUIMA ASMA OCUPACIONAL DPOC OCUPACIONAL PNEUMOCONIOSES P.HIPERSENSIBILIDADE CARCINOMAS MESOTELIOMA Exposição: gases, vapores, partículas SAÚDE EXPOSIÇÃO EFEITO BIOLÓGICO PERÍODO DE INDUÇÃO SINTOMAS PRECOCES PERÍODO DE LATÊNCIA QUADRO CLÍNICO TERAPIADESENLACE DIAGNÓSTICO TRATAMENTO REABILITAÇÃO DIAGNÓSTICO PRECOCE VIGILÁNCIA PREVENÇÃO CLÍNICAREINSERÇÃO HISTORIA NATURAL DA DOENÇA
  • 3. 3 Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P. Ocupacionais Asma ocupacional Obstrução variável das vias aéreas inferiores induzidas por agentes inaláveis presentes no ambiente de trabalho. Causas imunológicas (alérgicas): produtos de origem animal e vegetal, metais, isocianatos etc. Não imunológicas: substâncias irritantes ASMA OCUPACIONAL/ART ASMA OCUPACIONAL Asma agravada no local de trabalho Asma “alérgica” (com período de latência) Asma não “alérgica” (sem período de latência) ≠
  • 4. 4 TIPOS DE ASMA OCUPACIONAL Imunulógica: com período de latência. Mediada por IgE (atopia): substâncias APM: animais, cereais, plantas, látex, enzimas. Substâncias BPM (haptenos): platina, anidridos, antibióticos 4 Mediada por Células: Linfócitos T ativados (CD4 ou CD8): substâncias de BPM: isocianatos, níquel, metais duros Não imunológica: Síndrome da disfunção reativa das vias aéreas: reação inflamatória inespecífica: amônia, cloro, TDI, ar frio e endotoxinas (silos) Cascata inflamatória linfócito TH2 Fator ambiental mastócito / basófilo FcεRI (receptores de alta afinidade) IL-4 IL-13 plasmócito linfócito B IgE sintomas alérgicos Fator ambiental (re-exposição) Histamina Leucotrienos Prostaglandinas Citocinas mastócito (degranulação) macrófago (célula dendrítica apresentadora de antígeno) IgE - Mediadores inflamatórios IgE Fator ambiental FcεRI Em minutos Mediadores lipídicos: Prostaglandinas Leucotrienos Em horas Produção de citocinas: Especificamente IL-4, IL-13 Liberação imediata Conteúdo dos grânulos: Histamina, TNF-α, Proteases, Heparina
  • 5. 5 • Chiado ou sibilos • Aperto no peito • Tosse • Dispnéia • Hiperresponsividade • Dano epitelial • Proliferação celular • ↑da matriz celular • Remodelamento Inflamação Aguda Inflamação Crônica Sintomas Alterações Estruturais Sintomas Respiratórios ASMA OCUPACIONAL Prevalência • Espanha (AJRCCM 1996;154:137) 5 a 7% • Austrália (New South Wales) (Occup Med 2006;56:258-262) 9,5% • França (Eur Resp J 2002;19:84-89) 5 a 11% • EUA (Occup Env Med 2002; 59: 505-511) 3 a 4,5 Principais ramos de atividade econômica • Indústrias de plásticos (13.3%) • Indústrias de material mecânico, elétrico e eletrônico (13.3%) • Montadoras de veículos (8.3%) • Serviços de limpeza (8.0%) • Indústrias químicas e farmacêuticas (7.6%) • Outras (49.5%) Algranti, Mendonça e Rosa. Anais da IV Semana de Pesquisa, FUNDACENTRO, P.93-7, 2000
  • 6. 6 ASMA OCUPACIONAL Farinhas 23,3% Isocianatos 16,6% Aldeídos 5,5% Outros Agentes 43,0% Persulfatos 4,1% Látex 7,5% Outros 41,8% Padeiros 23,8% Saúde 12,0% Cabeleireiros 5,2% Madeiras 4,8% Pintores 9,0% ONAP (460 casos de AO) (Eur Resp J 2002;19:84-89) DIFICULDADES NA DEFINIÇÃO • Desencadeamento por estímulos inespecíficos • Multicausalidade • Asma pré-existente e atopia • Persistência de sintomas após o afastamento Diagnóstico História clínica compatível Presença de agente conhecidamento causador de AO em ambiente de trabalho Testes de função pulmonar – Espirometria – Broncoprovocação – inespecífica – específica – Pico de fluxo expiratório
  • 7. 7 Instrumentos diagnósticos • História 96% - Nexo causal • Função pulmonar 62% • Curvas de pico de fluxo 56% • Testes sorológicos 18% • Provocação brônquica 6% Post WK et al. Stepwise health surveillance...Occup. Environ. Med. 1998;55:119-125 CONCLUSÕES • A prevalência de AO é de 5 a 10% das formas de asma. • A prevalência de AO é muito variável, dependo essencialmente do tipo de atividade econômica desenvolvida em cada região. • Implicações sociais importantes: adaptação X desemprego Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P. Ocupacionais
  • 8. 8 PNEUMOCONIOSES 1. Natureza da partícula 2. Tamanho da partícula 3. Concentração por m3 4. Tempo de exposição 5. Intensidade da exposição 6. Suscetibilidade individual PNEUMOCONIOSES FIBROGÊNICAS: exposição à sílica, asbesto, carvão, poeira mista NÃO FIBROGÊNICAS: exposição ao ferro, estanho, bário, rocha fosfática Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P. Ocupacionais
  • 9. 9 SILICOSE Agente patogênico = sílica livre (Si02) ou dióxido de silício, na forma livre (quartzo) Aplicações do Silício • Semicondutores; • Transistores; • Chips de computadores; • Célula solar para transformar energia solar em energia elétrica; • Graxas, abrasivos e lubrificantes (silicones); • Componente essencial para vidros em geral (silicatos); • Componente do aço (carbeto de silício, SiC); • Cimento; TOXICIDADE DA SÍLICA Tamanho da partícula Sílica livre ou cristalina Presença de fratura recente (menos de 6 h)
  • 10. 10 Atividades de risco Mineração Indústria metalúrgica Indústria naval Indústria de vidro Indústria cerâmica Pedreiras Cavadores de poços Fundições SILICOSE SILICOSE Aguda Curta latência, meses a 5 anos de exposição maciça à sílica livre: intenso infiltrado inflamatório intersticial. Evolução radiológica dramática, sobrevida menor que 1 ano. Clínica: quadro geral e respiratório extremamente limitante. Grupos mais atingidos: Jateadores de areia, moagem de pedra. SILICOSE AGUDA • NÓDULOS, 1 – 10 mm • PODEM COALESCER E CAVITAR • SUCETIBILITADE PARA TB • SÍLICO-PROTEINOSE
  • 11. 11 SILICOSE Sub-Aguda Média latência, em geral após 5 anos de exposição. Presença de nódulos silicóticos/ inflamatório intenso Evolução radiológica rápida, tendência a grandes opacidades. Clínica: sintomas respiratórios precoces e limitantes como a dispnéia. Grupos mais atingidos: Cavadores de Poços e Mineradores de Ouro Silicose Forma sub-aguda SILICOSE Crônica: Longa latência, geralmente + de 10 anos. Progressão da doença: Fibrose Pulmonar + Nódulos silicóticos Clínica pobre, a não ser em estágios mais avançados Grupos mais atingidos: Indústria Cerâmica, Pedreiras.
  • 12. 12 12 anos de exposição Silicose Forma crônica Casca de ovo – patognomônico de silicose
  • 13. 13 Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P. Ocupacionais Exposição ao Asbesto Alterações Pleurais Benignas Mesotelioma Pleural Câncer de Pulmão Pneumoconiose: Asbestose Exposição ao ASBESTO Construção: fibrocimento (amianto), elementos isolantes. Têxtil: roupas ou EPI que utilizam amianto (segurança). Plástica: pisos vinílicos, adesivos, tintas e impermeabilizantes. Automotiva: sistemas de freio e embreagem. Mineração: extração e transporte de amianto.
  • 14. 14 Período de Latência - asbesto • Lesões pleurais benignas 15-20a • Asbestose >10a • Câncer de pulmão >30a • Mesoteliomas 30-40a MESOTELIOMA Lesão: pleura, peritônio e pericárdio. Doença: desfavorável, expectativa de vida de 12 meses Diagnóstico: Nexo causal, Imagem, biópsia a céu aberto. Exposição: Acima de 30 anos de exposição. Mesotelioma Pleural
  • 15. 15 CT – Mesotelioma Pleural CÂNCER DE PULMÃO • Não há tipo histológico prevalente • Longos períodos de latência • Todos os tipos de asbesto • Não há limite de segurança estabelecido • Efeito sinérgico com tabagismo
  • 16. 16 Pneumoconiose - ASBESTOSE Os sintomas mais precoces: dispnéia aos esforços Tempo de Latência >10 a Prova funcional - Padrão predominante restritivo Radiologia – fibrose intersticial 1/3 médio e bases Biópsia – Fibrose peribronquiolar + corpos asbestóticos
  • 18. 18 Corpo asbestótico Objetivos 1. Introdução: exposição/nexo causal, história natural da doença; 2. Asma Ocupacional: definição, classificação, epidemiologia, diagnóstico; 3. Pneumoconioses: Fatores de risco 4. Silicose: definição e classificação 5. Exposição ao Asbesto. 6.Conduta nas P. Ocupacionais SAÚDE EXPOSIÇÃO EFEITO BIOLÓGICO PERÍODO DE INDUÇÃO SINTOMAS PRECOCES PERÍODO DE LATÊNCIA QUADRO CLÍNICO TERAPIADESENLACE DIAGNÓSTICO TRATAMENTO REABILITAÇÃO DIAGNÓSTICO PRECOCE VIGILÁNCIA PREVENÇÃO CLÍNICAREINSERÇÃO HISTORIA NATURAL DA DOENÇA
  • 19. 19 PO: PROFILAXIA No ambiente de trabalho: Programa de Proteção Respiratória Segurança do trabalhador Proteção Coletiva: ventilação /exaustão Proteção Individual: EPI Proteção respiratória individual PO: Conduta legal Tipos de Documentos: 1. CAT – Comunicação da Doença Profissional de Trabalho. 2. Laudo de Exame Médico. 3. Resultados dos exames laboratoriais. 4. Solicitação de afastamento do trabalho e/ou readaptação ou reabilitação profissional.