SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
3URYD GH 5HGDomR



PROPOSTA 01
Os textos abaixo retratam atitudes semelhantes assumidas por Maria da Glória, em Lucíola, e
José Dirceu, Ministro da Casa Civil do atual governo brasileiro, que mudaram de identidade por
razões distintas.


       “O sorriso pálido que contraiu o rosto de             “(...) Em 1975, desgastado com o exílio e
  Lúcia parecia despedaçar-lhe a alma nos lábios:       os cubanos, [José Dirceu] decidiu deixar em
      – Sabe agora o segredo da cupidez e               Havana o passado, a identidade e o rosto
  avareza de que me acusavam. Encontram-se              original e foi morar em uma cidade do interior
  no Rio de Janeiro homens como Jacinto, que            do Paraná, Cruzeiro do Oeste. Por quatro
  vivem da prostituição das mulheres pobres e           anos, viveu sob a pele de uma ficção: o
  da devassidão dos homens ricos; por                   empresário Carlos Henrique Gouveia de Melo,
  intermédio dele vendia quanto me davam de             paulista de origem judia, natural de
  algum valor. Todo esse dinheiro adquirido             Guaratinguetá, sujeito pacato e torcedor
  com a minha infâmia era destinado a socorrer          fanático do Corinthians. Durante esse período,
  meu pai e a fazer um dote para Ana. Jesuína           não revelou a verdadeira identidade nem
  continuava a servir-me. Minha família vivia           mesmo para a mulher com quem se casou e
  tranqüila, e seria feliz se a lembrança do meu        teve o primeiro filho. Clara Becker só veio a
  erro não a perseguisse. Nisto uma moça                saber que o marido era um ex-preso político,
  quase de minha idade veio morar comigo; a             libertado em troca de um embaixador
  semelhança de nossos destinos fez-nos                 seqüestrado, no quarto ano de casamento.
  amigas; porém Deus quis que eu carregasse                  Carlos Henrique nasceu na mesa de
  só a minha cruz. Lúcia morreu tísica; quando          operações de um hospital cubano. Em 1970,
  veio o medico passar o atestado, troquei os           José Dirceu submeteu-se a uma cirurgia
  nossos nomes. Meu pai leu nos jornais o óbito         plástica que lhe transformou as feições. Dois
  de sua filha; e muitas vezes o encontrei junto        cortes feitos na altura das orelhas permitiram
  dessa sepultura onde ele ia rezar por mim, e          que os médicos levantassem as maçãs de
  eu pela única amiga que tive neste mundo.             seu rosto, e um terceiro, logo acima do lábio
      – Morri pois para o mundo e para minha            superior, serviu para que lhe implantassem
  família. Foi então que aceitei agradecida o           uma prótese no nariz. Originalmente reto,
  oferecimento que me fizeram de levar-me à             tornou-se ligeiramente adunco. O resultado,
  Europa. Um ano de ausência devia quebrar os           se prejudicou sua aparência, ajudou-o a
  últimos laços que me prendiam. Meus pais              preservar o pescoço – desafio que poucos de
  choravam sua filha morta; mas já não se               seus pares venceram. Dos 28 brasileiros com
  envergonhavam de sua filha prostituída. Eles          quem morou em Havana, em 1969, no
  tinham-me perdoado. Quando voltei, só restava         sobrado que seria depois citado como a “Casa
  de minha família uma irmã, Ana, meu anjo da           dos 28”, nada menos que dezessete
  guarda. Está num colégio educando-se.”                morreram nas mãos de policiais brasileiros.
      “Eis a minha vida. O que se passava em                (...) José Dirceu tem orgulho de sua
  mim é difícil de compreender, e mais difícil de       trajetória. Tanto que colecionou documentos e
  confessar. Eu tinha-me vendido a todos os             fotos ao longo da vida e acabou doando esse
  caprichos e extravagâncias; deixara-me                material ao Arquivo Edgard Leuenroth, da
  arrastar ao mais profundo abismo da                   Universidade de Campinas. José Dirceu é
  depravação; contudo, quando entrava em                uma das poucas pessoas que podem dizer,
  mim, na solidão de minha vida íntima, sentia          sem exagero, que a própria vida daria um
  que eu não era uma cortesã como aquelas               filme.”
  que me cercavam. Os homens que                                    LIMA, João Gabriel e OYAMA, Thaís,
  chamavam meus amantes valiam menos para                           “O homem que faz a cabeça de Lula”.
  mim do que um animal; às vezes tinha-lhes                         Revista VEJA, 25.09.2002, p.49–52.
  asco e nojo.”
                             ALENCAR, José. Lucíola.




• Crie uma crônica, para ser publicada em um jornal de sua cidade,
  narrando um fato em que a personagem também troca de identidade.
  Ao fazê-lo, explicite a razão que motivou a troca.




UFC – Vestibular 2003 – II Etapa                       Redação                                    Página 1 de 3
PROPOSTA 02

Assim como Os Sertões, os textos a seguir tomam Antônio Conselheiro como personagem.



TEXTO 01



          (...) não havia uma só vila, ou lugarejo obscuro, em que não contasse adeptos
 fervorosos, e não lhe devesse a reconstrução de um cemitério, a posse de um templo ou a
 dádiva providencial de um açude; insurgira-se desde muito, atrevidamente, contra a nova
 ordem política e pisara, impune, sobre as cinzas dos editais das câmaras de cidades que
 invadira” (...)

                                       CUNHA, Euclides da. (2002) Os sertões. São Paulo: Martin Claret. p. 208-209




TEXTO 02



                                             “Manhoso, malvado era ele
                                            Com capa de santo enganava
                                            Ao bom povo d´aquele sertão
                                             Com doçura a eles falava.”

         BOMBINHO, Manoel Pedro das Dores. Canudos, História em Versos. Imprensa Oficial SP/Edufscar/Hedra.




TEXTO 03



“Nunca mais pude esquecer aquela presença. Era forte como um touro, os cabelos negros e
lisos Ihe caíam nos ombros, os olhos pareciam encantados, de tanto fogo, dentro de uma batina
de azulão, os pés metidos numa alpercata de currulepe, chapéu de palha na cabeça. Era
manso de palavra e bom de coração. Só aconselhava para o bem.”
                              Depoimento de Honório Vilanova, sobrevivente de Canudos e irmão de Antônio Vilanova,
                                       ao escritor Nertan Macedo no ano de 1962. In: www.portfolium.com.br/antonio




•      Assim como Bombinho e Vilanova, você também deve ter construído
       uma imagem do líder de Canudos. A fim de torná-la pública, produza
       um texto no qual você descreve Antônio Conselheiro.




UFC – Vestibular 2003 – II Etapa                        Redação                                        Página 2 de 3
PROPOSTA 03

Leia os textos abaixo.

Texto 01




Texto 02




      Obs.: Texto extraído de uma carta escrita por Bárbara Macêdo W. Azeredo, de 7 anos.

Texto 03




Imagine que você é o Arc e escreva uma carta ao povo de seu planeta,
avaliando a constituição das alianças políticas feitas aqui no Brasil.
UFC – Vestibular 2003 – II Etapa                      Redação                               Página 3 de 3

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Pre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclidesPre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclides
 
2a fase modernista - Capitães da Areia
2a fase modernista  - Capitães da Areia2a fase modernista  - Capitães da Areia
2a fase modernista - Capitães da Areia
 
Jorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De AreiaJorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De Areia
 
Seminário - Capitães da Areia
Seminário - Capitães da AreiaSeminário - Capitães da Areia
Seminário - Capitães da Areia
 
Machado De Assis
Machado De AssisMachado De Assis
Machado De Assis
 
Chicos 11 setembro 2007
Chicos 11 setembro 2007Chicos 11 setembro 2007
Chicos 11 setembro 2007
 
443 an 04_setembro_2013.ok
443 an 04_setembro_2013.ok443 an 04_setembro_2013.ok
443 an 04_setembro_2013.ok
 
HIS05 movimentos de_resistencia
HIS05 movimentos de_resistenciaHIS05 movimentos de_resistencia
HIS05 movimentos de_resistencia
 
Capitães da Areia 3ª C - 2013
Capitães da Areia   3ª C - 2013Capitães da Areia   3ª C - 2013
Capitães da Areia 3ª C - 2013
 
Resenha Jorge Amando Capitães da Areia
Resenha Jorge Amando Capitães da Areia Resenha Jorge Amando Capitães da Areia
Resenha Jorge Amando Capitães da Areia
 
Capitães da Areia 3ºB - 2011
Capitães da Areia 3ºB - 2011Capitães da Areia 3ºB - 2011
Capitães da Areia 3ºB - 2011
 
Capitães de Areia
Capitães de AreiaCapitães de Areia
Capitães de Areia
 
Chicos 41 - Dezembro 2014
Chicos 41 - Dezembro 2014Chicos 41 - Dezembro 2014
Chicos 41 - Dezembro 2014
 
Chicos 42 abril 2015
Chicos 42 abril 2015Chicos 42 abril 2015
Chicos 42 abril 2015
 
Análise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de AreiaAnálise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de Areia
 
Conto-meu tio jules
Conto-meu tio julesConto-meu tio jules
Conto-meu tio jules
 
Vidas secas
Vidas secasVidas secas
Vidas secas
 
12º ano gramática
12º ano gramática12º ano gramática
12º ano gramática
 
Capitaesdeareira
CapitaesdeareiraCapitaesdeareira
Capitaesdeareira
 
Jorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da AreiaJorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da Areia
 

Semelhante a Redações ... propostas

Semelhante a Redações ... propostas (20)

PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
Pre modernismo
Pre modernismoPre modernismo
Pre modernismo
 
PRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptxPRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptx
 
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
 
Literatura brasileira
Literatura brasileira Literatura brasileira
Literatura brasileira
 
03i2pdf
03i2pdf03i2pdf
03i2pdf
 
Fogo morto, de José Lins do Rego - análise
Fogo morto, de José Lins do Rego - análiseFogo morto, de José Lins do Rego - análise
Fogo morto, de José Lins do Rego - análise
 
Realismo Machado de Assis
Realismo   Machado de AssisRealismo   Machado de Assis
Realismo Machado de Assis
 
O QUINZE, de Rachel de Queiroz
O QUINZE, de Rachel de QueirozO QUINZE, de Rachel de Queiroz
O QUINZE, de Rachel de Queiroz
 
Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
Dom Casmurro 3ª D - 2011
Dom Casmurro   3ª D - 2011Dom Casmurro   3ª D - 2011
Dom Casmurro 3ª D - 2011
 
Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias
Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: HistóriasCesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias
Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias
 
Fogomorto
FogomortoFogomorto
Fogomorto
 
Dom casmurro
Dom casmurroDom casmurro
Dom casmurro
 
Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2
 
Cultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioCultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maio
 
César Queiroz | É Levantando Bandeiras que se faz Nascer uma Cultura de Marca
César Queiroz | É Levantando Bandeiras que se faz Nascer uma Cultura de MarcaCésar Queiroz | É Levantando Bandeiras que se faz Nascer uma Cultura de Marca
César Queiroz | É Levantando Bandeiras que se faz Nascer uma Cultura de Marca
 
Dom Casmurro
Dom CasmurroDom Casmurro
Dom Casmurro
 
Segunda fase do modernismo By: Elayne Farias!
Segunda fase do modernismo By: Elayne Farias!Segunda fase do modernismo By: Elayne Farias!
Segunda fase do modernismo By: Elayne Farias!
 

Mais de ADRIANA BORDINHÃO VICIOLI (13)

A joaninha desobediente
A joaninha desobedienteA joaninha desobediente
A joaninha desobediente
 
Concordância nominal slides
Concordância nominal slidesConcordância nominal slides
Concordância nominal slides
 
Talentos em cena teatros 2013
Talentos em cena  teatros 2013Talentos em cena  teatros 2013
Talentos em cena teatros 2013
 
Sem título 1ª aula ingles instr
Sem título 1ª aula ingles instrSem título 1ª aula ingles instr
Sem título 1ª aula ingles instr
 
O poder da introdução na dissertação
O poder da introdução na  dissertaçãoO poder da introdução na  dissertação
O poder da introdução na dissertação
 
Orações subordinadas substantivas
Orações subordinadas substantivasOrações subordinadas substantivas
Orações subordinadas substantivas
 
Lauro trevisan -pode_quempensaquepode
Lauro trevisan  -pode_quempensaquepodeLauro trevisan  -pode_quempensaquepode
Lauro trevisan -pode_quempensaquepode
 
Exercises red hiding hood
Exercises red hiding hoodExercises red hiding hood
Exercises red hiding hood
 
Classicismo videoaula
Classicismo  videoaulaClassicismo  videoaula
Classicismo videoaula
 
Resenha bob marley
Resenha bob marleyResenha bob marley
Resenha bob marley
 
Apresentação projeto leitura 2012
Apresentação projeto leitura 2012Apresentação projeto leitura 2012
Apresentação projeto leitura 2012
 
Barroco 2010
Barroco 2010Barroco 2010
Barroco 2010
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 

Redações ... propostas

  • 1. 3URYD GH 5HGDomR PROPOSTA 01 Os textos abaixo retratam atitudes semelhantes assumidas por Maria da Glória, em Lucíola, e José Dirceu, Ministro da Casa Civil do atual governo brasileiro, que mudaram de identidade por razões distintas. “O sorriso pálido que contraiu o rosto de “(...) Em 1975, desgastado com o exílio e Lúcia parecia despedaçar-lhe a alma nos lábios: os cubanos, [José Dirceu] decidiu deixar em – Sabe agora o segredo da cupidez e Havana o passado, a identidade e o rosto avareza de que me acusavam. Encontram-se original e foi morar em uma cidade do interior no Rio de Janeiro homens como Jacinto, que do Paraná, Cruzeiro do Oeste. Por quatro vivem da prostituição das mulheres pobres e anos, viveu sob a pele de uma ficção: o da devassidão dos homens ricos; por empresário Carlos Henrique Gouveia de Melo, intermédio dele vendia quanto me davam de paulista de origem judia, natural de algum valor. Todo esse dinheiro adquirido Guaratinguetá, sujeito pacato e torcedor com a minha infâmia era destinado a socorrer fanático do Corinthians. Durante esse período, meu pai e a fazer um dote para Ana. Jesuína não revelou a verdadeira identidade nem continuava a servir-me. Minha família vivia mesmo para a mulher com quem se casou e tranqüila, e seria feliz se a lembrança do meu teve o primeiro filho. Clara Becker só veio a erro não a perseguisse. Nisto uma moça saber que o marido era um ex-preso político, quase de minha idade veio morar comigo; a libertado em troca de um embaixador semelhança de nossos destinos fez-nos seqüestrado, no quarto ano de casamento. amigas; porém Deus quis que eu carregasse Carlos Henrique nasceu na mesa de só a minha cruz. Lúcia morreu tísica; quando operações de um hospital cubano. Em 1970, veio o medico passar o atestado, troquei os José Dirceu submeteu-se a uma cirurgia nossos nomes. Meu pai leu nos jornais o óbito plástica que lhe transformou as feições. Dois de sua filha; e muitas vezes o encontrei junto cortes feitos na altura das orelhas permitiram dessa sepultura onde ele ia rezar por mim, e que os médicos levantassem as maçãs de eu pela única amiga que tive neste mundo. seu rosto, e um terceiro, logo acima do lábio – Morri pois para o mundo e para minha superior, serviu para que lhe implantassem família. Foi então que aceitei agradecida o uma prótese no nariz. Originalmente reto, oferecimento que me fizeram de levar-me à tornou-se ligeiramente adunco. O resultado, Europa. Um ano de ausência devia quebrar os se prejudicou sua aparência, ajudou-o a últimos laços que me prendiam. Meus pais preservar o pescoço – desafio que poucos de choravam sua filha morta; mas já não se seus pares venceram. Dos 28 brasileiros com envergonhavam de sua filha prostituída. Eles quem morou em Havana, em 1969, no tinham-me perdoado. Quando voltei, só restava sobrado que seria depois citado como a “Casa de minha família uma irmã, Ana, meu anjo da dos 28”, nada menos que dezessete guarda. Está num colégio educando-se.” morreram nas mãos de policiais brasileiros. “Eis a minha vida. O que se passava em (...) José Dirceu tem orgulho de sua mim é difícil de compreender, e mais difícil de trajetória. Tanto que colecionou documentos e confessar. Eu tinha-me vendido a todos os fotos ao longo da vida e acabou doando esse caprichos e extravagâncias; deixara-me material ao Arquivo Edgard Leuenroth, da arrastar ao mais profundo abismo da Universidade de Campinas. José Dirceu é depravação; contudo, quando entrava em uma das poucas pessoas que podem dizer, mim, na solidão de minha vida íntima, sentia sem exagero, que a própria vida daria um que eu não era uma cortesã como aquelas filme.” que me cercavam. Os homens que LIMA, João Gabriel e OYAMA, Thaís, chamavam meus amantes valiam menos para “O homem que faz a cabeça de Lula”. mim do que um animal; às vezes tinha-lhes Revista VEJA, 25.09.2002, p.49–52. asco e nojo.” ALENCAR, José. Lucíola. • Crie uma crônica, para ser publicada em um jornal de sua cidade, narrando um fato em que a personagem também troca de identidade. Ao fazê-lo, explicite a razão que motivou a troca. UFC – Vestibular 2003 – II Etapa Redação Página 1 de 3
  • 2. PROPOSTA 02 Assim como Os Sertões, os textos a seguir tomam Antônio Conselheiro como personagem. TEXTO 01 (...) não havia uma só vila, ou lugarejo obscuro, em que não contasse adeptos fervorosos, e não lhe devesse a reconstrução de um cemitério, a posse de um templo ou a dádiva providencial de um açude; insurgira-se desde muito, atrevidamente, contra a nova ordem política e pisara, impune, sobre as cinzas dos editais das câmaras de cidades que invadira” (...) CUNHA, Euclides da. (2002) Os sertões. São Paulo: Martin Claret. p. 208-209 TEXTO 02 “Manhoso, malvado era ele Com capa de santo enganava Ao bom povo d´aquele sertão Com doçura a eles falava.” BOMBINHO, Manoel Pedro das Dores. Canudos, História em Versos. Imprensa Oficial SP/Edufscar/Hedra. TEXTO 03 “Nunca mais pude esquecer aquela presença. Era forte como um touro, os cabelos negros e lisos Ihe caíam nos ombros, os olhos pareciam encantados, de tanto fogo, dentro de uma batina de azulão, os pés metidos numa alpercata de currulepe, chapéu de palha na cabeça. Era manso de palavra e bom de coração. Só aconselhava para o bem.” Depoimento de Honório Vilanova, sobrevivente de Canudos e irmão de Antônio Vilanova, ao escritor Nertan Macedo no ano de 1962. In: www.portfolium.com.br/antonio • Assim como Bombinho e Vilanova, você também deve ter construído uma imagem do líder de Canudos. A fim de torná-la pública, produza um texto no qual você descreve Antônio Conselheiro. UFC – Vestibular 2003 – II Etapa Redação Página 2 de 3
  • 3. PROPOSTA 03 Leia os textos abaixo. Texto 01 Texto 02 Obs.: Texto extraído de uma carta escrita por Bárbara Macêdo W. Azeredo, de 7 anos. Texto 03 Imagine que você é o Arc e escreva uma carta ao povo de seu planeta, avaliando a constituição das alianças políticas feitas aqui no Brasil. UFC – Vestibular 2003 – II Etapa Redação Página 3 de 3